Soneto Caipira - História caipira da Mula sem cabeça.
Conta o povo que viveu no mato,
Gente caipira que conta história,
Feitos, crendices da viva memória,
Onde reside no céu – boitatá.
Fogo de briga, compadres de fato,
Briga na vida rezada. Na história,
Hora da morte, não há perdão. Glória
Não houve. Não foram ao céu e, no mato
Seco, ficaram. De almas brigadas
Queimam a mando de Deus. Quem avista,
Para distante. Cabeças ventadas,
Mulas correndo nos campos na pista
Rubra; de noite e de dia castigadas.
Santo não salva compadres, revista.
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