Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Mescladas

Mescladas

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Roupas tristes e abandonadas;

Dentro do armário, um cobertor,

Lado a lado a essas desbotadas

Peças, que sendo novas, ror.

 

Cores pediam descombinadas;

Bege, se for cor, é torpor,

Verde saído ao vinho, amadas:

Vive esse armário do meu amor.

 

Lavo e combino-as, às mescladas;

Mexo e misturo neutro e cor,

Ficam bonitas arrumadas,

Tornam mais belo o cobertor.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Porta-retratos

Porta-retratos

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São quinquilharias,

Essas nostalgias,

Bem plastificadas.

 

E são as alegrias,

Das cores dos dias,

Assim reveladas.

 

São fotografias

 

Que andam de mãos dadas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Poesia

Poesia

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Esse meu tempo escasso

Faz do mundo que eu abraço,

Nesse espaço, um querer.

 

E liberto o cansaço

Nesse canto, um compasso,

De alegria a me entreter;

 

Na canção eu me refaço.

 

É poesia de escrever!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Compartilhando Arte


Agradeço aos amigos pelo contato e compartilho as notícias:

1 - O autor Gonzalo Saleski envia o link do site da entrevista no El Cotidiano:

http://www.elcotidiano.es/entrevista-con-el-hombre-hueco-gonzalo-salesky/


2 - Foi publicado o livro do artista plástico e escritor João Werner, dedicado à Comunicação Visual. Ebook à venda na Amazon.
O link para a compra é:

http://www.amazon.com.br/dp/B00TSIU3QG

O livro chama-se: A Figura Na Comunicação Visual.
Segundo o autor:
 "É o primeiro volume de uma série de três manuais que pretendo
escrever, dedicados à Comunicação Visual. O segundo volume tratará da cor e o terceiro, da composição.
É um livro voltado à prática, ao atelier e que, espero, seja útil aos interessados neste fascinante tema."

  

Alba

Alba

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Garrafa sem água,

Mensagem cifrada

Sincera, sem mágoa.

 

Descolada à tábua

De um barco, vê a estrada,

E vê essa vida árdua.

 

Pois, boiando é encontrada,

 

E lida, é amor de Alba.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Oportunidade / Crônica do Cotidiano

Oportunidade / Crônica do Cotidiano

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A moça do café conseguiu uma vaga como vendedora e deixará de atender os consumidores de café.

_Parabéns!

Dentre as moças que servem café, uma das que têm bom papo é essa.

Quando muda a moça do café, muda a clientela do café.

Desse ponto de café, eu sei, sou freguesa há alguns anos.

O carisma dela atraía toda a sorte de representantes de vendas.

Todos observavam, durante as conversas, que ela tinha talento comercial.

Do talento à realização, alguns anos se passaram.

Agora, para ela, serão histórias para contar.

Eu me despedi e desejei boa sorte na nova empreitada.

_Obrigada. A oportunidade apareceu e seguirei o meu caminho.

Como sempre, muitos vendedores por ali.

_Até quando você fica?

Ela respondeu que mais alguns dias.

Eu entendi a tristeza deles. Há tempos que algumas empresas estão de olho no talento da moça, profissional competente.

Sabíamos que um dia isso aconteceria e tanto eu, consumidora de café, quanto eles, vendedores em busca de sugestões para venda de produtos, exposições e vitrines, supúnhamos esse dia.

Sei que outras turmas de consumidores aparecerão pelo café. Assim como, antes dela, a outra moça reunia pessoas maduras e donas de casa em volta dela.

Aprendi muito com ela e com a roda do café: comércio, vendas e demonstração de produtos.

Enquanto penso e desejo sucesso a ela, penso em como será a nova moça do café.

Se, é hora de novos empreendimentos para ela, penso que, para mim, será tempo de conhecimento.

A crônica deve continuar!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Quiçá

Quiçá

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Distrai a mente o pensamento

Ao tempo e ao contentamento,

Divaga ao momento o intruso;

 

Descansa os ouvidos lento

Sussurro de paz, que é invento,

De um sonho que ainda é confuso.

 

Quiçá algum planejamento

 

Feliz não seja obtuso.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Esse Mundo de Deus / Reflexão

Esse Mundo de Deus

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As pessoas contam histórias. Além dos países cujo governo é teocrático, temos os países cujo governo é autocrático.

Os estrangeiros não contam dos seus países ao acaso, quando eles contam é porque estabelecem comparações entre o país de origem e o país para onde emigraram.

Em alguns países autocráticos a religião fica submissa ao poder de estado. Religiosos que não se alinham aos interesses governamentais são punidos, não pela igreja, mas pelo estado. Muitos observam a vantagem de se morar num país, como o Brasil, onde o livre exercício das religiões é permitido.

Já ouvi críticas ao livre exercício das práticas religiosas e, até me magoei, conforme ouvi a frase abaixo citada:

“_No meu país não precisamos de igrejas porque o estado cumpre as funções do que as pessoas chamam de Deus.”

Já ouvi igualmente críticas exóticas, como a que transcrevo abaixo:

“_No estado cujo governo é teocrático, não se precisa de espaço físico para exercer o que vocês chamam de estado. Deus nos une ao redor do mundo.”

São exemplos de força e ganância que, comparados com o nosso país, deixam a desejar em termos de espiritualidade.

Há muita carência de boa vontade pelo mundo afora. Governos, no entanto, têm-se para todos os gostos.

Tenho em conta que, nem o estado, nem a igreja, e nem mesmo as artes, suprem a necessidade espiritual intrínseca ao ser humano.

Outro dia, diversificando o assunto, conversei sobre esse tema: a necessidade das artes. Bela e culta, mestra e aprendiz de si própria, talentosa e impactante ao lado sensível do ser humano e, com todas essas virtudes, não supre a necessidade de se conversar sobre os temas do espírito e do próprio ser humano, cuja vida seria impossível sem o colo de uma mãe.

É da espiritualidade que vem o conceito que podemos admirar o outro sem jamais nos esquecermos de abraçar esse outro. Conceito simples e metafísico, jamais descabido em nenhuma teoria.

E paro por aqui para permitir que a reflexão isenta do leitor.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Fórmula Simples

Fórmula Simples

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Rogério ouviu o conselho do sábio que disse: Ao observar os erros dos outros e guardá-los para conosco, evitamos muitos dos nossos erros.

Numa interpretação particular, ele aperfeiçoou o conselho: Observando o acerto dos outros, eu me livro dos meus problemas.

Procurou entre os amigos alguém que pudesse ser exemplo de bem viver, alguém que tivesse conceitos parecidos com os dele, mas que não tivesse os problemas dele.

Procurou e encontrou Josualdo. Observou as características desse homem nascido de boa família, educado, responsável, sincero, casado, bom pai, bom irmão e impecável nos trabalhos que executava.

Após encontrar o que considerava exemplo tratou logo de buscar oportunidades para conversas e mais conversas.

Josualdo tratava bem, embora não entendesse o propósito de tantas conversas sobre filosofia de vida, responsabilidade, família e sociabilidade.

Certo dia, por ocasião do seu aniversário, convidou vários amigos para uma reunião informal em sua casa.

Durante a reunião um dos amigos perguntou por que motivo ele não tinha convidado Rogério.

Rogério tinha razão, Josualdo era sincero:

_Eu não sei o motivo. Pensei em convidá-lo, mas fiquei em dúvida se deveria ou não.

Os amigos comentaram:

_Ele parece ser seu amigo, conversa muito com você.

Josualdo disse que sim, conversavam muito sobre valores, costumes de família, filosofia de vida, mas os assuntos eram sóbrios demais para uma festa de aniversário.

Alguém mais afoito perguntou se ele considerava o Rogério desagradável.

_Não. Ele é boa pessoa e, nenhuma queixa eu tenho dele. É até mesmo uma sensação estranha, existe algo nele que não combina comigo, mas eu não sei do que se trata. Eu não faço a mínima ideia do que seja, mas às vezes, é melhor não saber e eu não sei se é esse o caso.

Alguns anos após, Josualdo foi transferido de cidade e, não mais soube de Rogério.

Depois de aposentado voltou à cidade natal, Piracicaba.

Reviu todos os amigos, inclusive o Rogério.

Para surpresa de Josualdo, Rogério vestia-se como ele próprio há quarenta anos. Falava com a linguagem e conforme os costumes de quarenta anos atrás.

Rogério quis apresentar a família e o convidou para uns petiscos na sua casa.

Josualdo se lembrou daquela antiga indagação que tinha a respeito de Rogério.

Chegou à noite, ele e a mulher se arrumaram e foram até a casa de Rogério.

Quando o amigo abriu a porta, as surpresas começaram. A mesa posta conforme quarenta anos atrás, guardanapos de pano e copos lapidados. A mulher de Rogério comportava-se como a mulher de Josualdo há quarenta anos. Os livros dos quais comentaram estavam na estante.

A constatação de que não era coincidência houve quando a mulher de Rogério, no entremeio da conversa, puxou assunto de anos atrás.

_Somos parecidos. Nunca sequer pensamos em nos desquitar.

A mulher de Josualdo assustou-se com o rumo da conversa e, como as horas estavam adiantadas, pegou as mãos do marido e disse que eram horas de repousar.

Na rua, sentiu-se incomodada. Desquitar era um termo ultrapassado, o divórcio havia anos que fora aprovado.

Josualdo comentou com a mulher:

_Falávamos assim há quarenta anos. Nós reafirmávamos os nossos votos de casados como se o divórcio pudesse ser uma ameaça. Somos piracicabanos e, por aqui o comportamento aceitável era esse.

No dia seguinte, encontrando outros conhecidos na cidade, ele perguntou se em Piracicaba nada havia mudado.

A cidade estava sintonizada com o resto do país. Josualdo não precisava se preocupar quanto a isso.

Josualdo comentou sem tom de crítica, mas em tom de constatação:

_Você se lembra de que eu tinha uma espécie de implicância com o Rogério? Continuo tendo. Eu não entendi o jeito dele ontem à noite.

Se ele disse como se sentia, os amigos sentiram-se à vontade para conversar com ele.

_Ele planejou a vida dele para ser como a sua porque o considera exemplo a ser seguido.

Josualdo disse que ele havia mudado, embora se considerasse um bom homem e chefe de família.

Os amigos contaram o que sabiam.

_Ele resolveu os problemas da vida dele observando o seu modo de viver. Hoje ele vive nessa fotografia tirada há quarenta anos.

Josualdo perguntou então sobre as particularidades de cada indivíduo, seria possível que Rogério não tivesse exercido alguma autonomia na vida dele?

Os amigos o tranquilizaram:

_Ele está bem. Ele quer viver nessa fotografia que ele tirou de você e da sua família e ele é boa pessoa, nós também não entendemos isso. Será que os problemas dele o afetaram a esse ponto?

Josualdo disse que não iria atualizar essas impressões. Rogério que vivesse do jeito que bem entendesse. Afinal, a vida dele há quarenta anos não era má.

Todos conversam na esquina e Rogério chega.

_Amigo Josualdo, eu quero que você vá ao jogo de futebol comigo. Você não me negará a sua companhia depois desse tempo todo longe da cidade?

Todos os amigos quiseram ir junto.

Rogério ficou com a sua fotografia.

Josualdo tomava cuidado em cada palavra proferida e não era implicância, era necessidade.

Os amigos ajudaram Josualdo a não acrescentar ou retirar nenhum objeto daquela fotografia de bem viver.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Tampouco

Tampouco

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Terminada a festa

De ressaca e sesta

Com zunido rouco,

 

Na hora digesta

Ao cansaço atesta,

Que parece pouco.

 

Aproveita a lexia

 

E o desdiz: tampouco.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Simbiose

Simbiose
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Se um, é da terra, o outro é do mar,
Mas, juntos, formam completudes;
E assim conjugam esse amar,
Essas manias que são as virtudes.

Se um é simbólico, o remar,
Far-se-á por gosto em plenitudes,
Que alcançam sóis a iluminar
Sons e marés, em inquietudes.

Canções despertas ao ondular
Do barco, são, sim, desvirtudes;
O piano em terra é de encantar
E, ao mar, é alerta de amplitudes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Chuva Miúda

Chuva Miúda

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Chove sem trégua,

Homens na chuva.

Anda uma légua,

Homens na chuva.

 

Miúda na relva,

Passos na chuva.

Parece a selva,

Passos na chuva.

 

E se releva

O guarda-chuva

Que se rebela;

Tanta e miúda.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Coisas que Ninguém Acredita / Crônica do Cotidiano

Coisas que Ninguém Acredita / Crônica do Cotidiano

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Quem tem bom senso não conta. Mas, é carnaval e, se ninguém acredita, não tem importância.

Aquela luz no céu, elíptica e intermitente, parecendo flash de câmera fotográfica.

Na época, um de nós e não recordo quem, ligou e perguntou para um especialista do que poderia ter se tratado.

Alguns curiosos chegaram a cogitar que podiam ser hologramas feitos a laser para as festas na Pedreira Paulo Leminski.

Dias depois o casal tomou um táxi na região. Esse pormenor para se pegar táxis para irem aos locais de difícil acesso ou estacionamento era uma particularidade da sintonia deles.

Quando voltaram para casa, chegaram contando que tomaram um táxi dirigido por alguém estranho. Comentaram então, que era perigoso pegar um carro de praça dirigido por um motorista com ideias tão absurdas.

Marido e mulher de braços dados dentro de casa, ainda assustados com a conversa.

_O senhor sabia que podemos estar sendo filmados nesse instante por algum satélite espião? Que nós éramos escutados por eles eu imaginava, mas também filmados, é tecnologia recente.

Quando o motorista disse isso, contaram eles que se entreolharam para ficarem calados enquanto o homem falava.

_Eles podem nos encontrar em qualquer rua e praça, saber o que conversamos, para depois planejarem a invasão.

A mulher contava da conversa e o marido a interrompeu para dizer que o taxista não estava em seu juízo perfeito.

_Acreditam em extraterrestres? O problema desses satélites é que eles podem ser utilizados por mais de um país, quiçá até por dois planetas.

A mulher contou que pediu a Deus para chegar viva ao destino, uma festa de aniversário num bairro distante. Dessa vez, não deixou o marido responder e foi logo dizendo que, para Deus, nada é impossível. Disse também que, se deus criou o homem e os planetas, Ele poderia colocar quem Ele quisesse noutro planeta. Disse num tom amável, pensando que talvez o homem estivesse sob o efeito de alguma bebida mais forte que um destilado.

O marido contou que nessa hora ele pediu a Deus para que a mulher não abrisse mais a boca. O motorista era “louco de vara” – gíria que significa a não recuperação da loucura.

Contaram do medo que sentiram quando pegaram o táxi para voltar pra casa, mas o motorista que fez o trajeto da festa para a casa era normal. Conversou amenidades e sobre os melhores trajetos para encurtar o caminho, encurtando também a cobrança da corrida.

Essa história é antiga e, passaria esquecida não fosse, por esses dias, a Prefeitura de Curitiba contar das fotos feitas a partir de um satélite há vinte e cinco anos atrás.

Afinal, não era holograma a laser para as festas na Pedreira Paulo Leminski. Não eram igualmente objetos voadores não identificados.

A resposta para o que foi avistado estava ali, no ouvido deles, mas era algo tão improvável, que eles não creram.

O motorista de táxi exagerou nas ponderações. Mas, pensando bem, se fosse possível uma foto tirada por satélite, muito mais seria possível.

Agora a fotografia publicada pela prefeitura municipal prova o que foi possível.

Quanto tempo terá sido necessário para que o acesso a essa fotografia fosse possível?

Eram flashes elípticos por sobre edifícios e pessoas. Sonda Voyager na página do Facebook da Prefeitura Municipal de Curitiba. Quem tiver página no Facebook, pode conferir as fotos da linha do tempo da prefeitura.

Uma boa história para essa terça-feira de carnaval.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Folião

Folião

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Ao detalhe, a diferença;

Qualidade e precisão.

Simpatia que não dispensa

Um cuidado em condição.

 

Há quem diga que a presença,

Por si só é samba-canção

E, com modos, com licença,

É enfeitada de razão.

 

Sai na chuva enquanto pensa

E repensa e estende a mão,

Pois sambar é a recompensa

E, a alegria, exige um folião.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Música a Todo Vapor

Música a Todo Vapor

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Pelo que se pode observar, faltaram bandas nas praças.

O som fica por conta das animações dos foliões. Com toda razão, por perto alguém está ouvindo marchinhas de carnaval, daquelas antigas. Está feliz.

Para aqueles que não gostam de carnaval, saibam que os Shoppings Centers estão lotados. É melhor comprar o ingresso do cinema com antecedência.

Para aqueles que não querem nem uma coisa e nem outra, que façam de conta que é Ano Novo.

Tomar sérias resoluções nos períodos das festas carnavalescas é, no mínimo, divertido. Ninguém te leva muito a sério.

Fantasia difícil é vestir-se como se é.

Que importam as fantasias, quando é a melhor época para dizer o que se pensa sem as fantasias de posturas convenientes, posicionamentos, retóricas barrocas, roupas adequadas e respeitável público.

Até o carnaval pode ser pensado, pulado e brincado com a sobriedade de um refrigerante. Porque é a época onde o apresentador é folião e não quer atenção.

Ao contrário, quem quer atenção são os jovens. Por aqui, Curitiba, numa visita ao Shopping, eu visualizei uma dezena de jovens vestidos de formas vampirescas. Eles inventaram o “Dark Carnaval”. Acho que é isso.

Outros fantasiados estavam presentes. Estes com fantasias usuais, felizes de se encontrarem todos num mesmo lugar.

A festa segue nesse jeito curitibano de tribos.

Ninguém é de ninguém, mas todos querem saber dos outros.

Esse carnaval é diferente, pois durante a semana, pela primeira vez, saboreei uma salada enfeitada com flores.

Ah, Curitiba, que eu não sei se tem jeito para o samba, mas ensaia a transformação. Não está mais tão quieta, parece que se animou.

A salada e o carnaval? Tudo a ver.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Intuição

Intuição

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Mas se dói quando chove,

É porque há o que incomode,

Mais que a cogitação

É o sentir, é a emoção.

 

O que, em tese, comove,

Há, porque há o que se molde,

A sofrida razão

Quando quer coração.

 

E cutuca e se move,

Contraria esse acomode

Quando vê a direção

Num amor de intuição.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Quando o Blog Chateia

Quando o Blog Chateia

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Esse blog têm alguns anos e são muitas as histórias contadas e alguns compartilhamentos de assuntos interessantes.

Mas o blog tem o seu lado frustrante. Ele não pode conter histórias reais e, de certa forma, significativas.

A temática do blog é entretenimento, artes, e distrações.

Mas frustra o fato de não conter informações de interesse público.

É impossível escrever uma crônica, por exemplo, sobre uma cidade onde o prefeito pede aos turistas para não irem a determinado bairro porque o índice de criminalidade é alto e, então, não se conta.

Se não existe censura, existe o policiamento do politicamente correto e a gente não sabe quem pode ser alvo desse policiamento porque quem o exerce são leitores e, a gente não sabe quem são os leitores nem a que interesses se prestam.

Frustra não poder contar onde a cultura em desenvolvimento é mais adiantada, dos incentivos e estímulos culturais são pensados diariamente, porque são gerenciamentos políticos e, a ingerência política precisa de engajamento político para ser até mesmo comentada.

Tenho agora em mente dez a doze histórias que, nem em metáforas serão contadas.

São histórias de onde o acaso interfere e modifica o comportamento para todo o sempre. Histórias intensas não cabem em blogs, não vão aos jornais, ficam estranhas em livros.

Mas, sentindo essa vontade de dizer sem dizer, tentarei dar conselhos, aqueles que as vovós dão aos netos.

“Meus queridos, sejam bons, não façam intencionalmente mal a ninguém.

Por favor, quando forem pescar, não fiquem na beira da lagoa, obedeçam à distância prudencial que os pescadores aconselham.

Escutem o que as pessoas te contam sem procurar saber, são essas histórias da vida normal de cada um que podem te ajudar num momento de dificuldade.

Peço-lhes também que não confundam histórias de amor com cenas de sexo, o amor é amplo e imensamente maior que o sexo.

Nós, avós, ensinamos muito o respeito ao próximo, mas precisamos ensinar o respeito a si mesmo. Amados, respeitem os seus sentimentos de amor, pois eles te salvam. O amor salva.

“Independentemente de toda e qualquer religião, Deus existe.”

Os conselhos ficaram bonitos, mas dentre esses conselhos bonitos existem milhões de palavras não ditas, de ilações não compartilhadas, de vivências guardadas.

Sinceramente não sei se as ilações reflexivas e conclusivas, pessoais e não divididas, formam a melhor resposta para uma sociedade sedenta de sabedoria popular, com perguntas e respostas interessantes.

O texto está pronto, o blog cumpre a função de entreter e as conclusões estão aí.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Querência

Querência

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Se alguém puder explicar

À luz clara da manhã,

A música que a brilhar

Colore todo amanhã,

 

Nas cores de um despertar,

Que até o sol canta xamã

E, à lua diz-se ocultar,

Ouvindo os chãos de Tupã…

 

Que exótico é o ressoar

Depois da canção pagã,

Que a terra é porto de altar,

E o mar é querência de irmã.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pétalas

Pétalas

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Poema de vagar,

Quase sussurrando,

Diz do que é esse amar.

 

São as mãos desse lar

Lira recordando,

Canto de sonhar.

 

Verso que a pousar,

 

Traz o sossegando.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Feito

Feito

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Do outro nada sei

A menos que queira;

De mim, se pensei,

Pensei sexta-feira:

 

Segunda-feira hei

De ser domingueira.

Sabendo o que sei,

Serei brincadeira.

 

Não maltratarei

A espreguiçadeira;

Cicatrizarei

A dor companheira.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Semelhanças

Semelhanças

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Domingo de tribos,

De saias e vestidos,

De tantas lembranças...

 

De passos, destinos,

Pinturas e signos,

Que mostram as danças.

 

Não são desatinos,

 

São tais semelhanças.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Diálogo com Zaqueu

Diálogo com Zaqueu

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_Tudo bem, Zaqueu? Posso te fazer uma pergunta?

_Pode.

_Eu sou publicana?

_É.

_Tenho que me portar como publicana? Assistir as pregações religiosas, mas não participar dessas questões, pelos mesmos motivos que você?

_Tem. É o melhor para você.

_Então eu errei e me envolvi demais onde não poderia?

_Quase. O Santo Espírito interviu.

_E agora, o que é que eu faço?

_Reconheça publicamente que você é publicana e, enquanto publicana, você nem deveria estar presente às reuniões. Mas as pode ir sem constrangimento.

_Mas, Zaqueu, parece que o Nosso Senhor concordou com a minha presença.

_Ele concordou, sim. Aqui estão os termos da aceitação: «Jesus, partindo dali, viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me”. Ele se levantou e o seguiu. Estando ele à mesa em casa, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se com Jesus e com seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo-o, disse: Os sãos não precisam de médico, mas sim os enfermos. Porém ide aprender o que significa: 'Quero misericórdia, e não sacrifícios, pois não vim chamar os justos, mas os pecadores! (Mateus 9:9-13).

_O que esse texto quer dizer exatamente?

_Que você não é hipócrita, não é fariseu, não é pecador e não é apóstolo.

_Bondade sua. Todos nós pecamos com algum quitute a mais. Mas ser publicana não é errado?

_Não, é uma categoria onde existem bons e maus, como em tantas outras categorias.

_Por favor, Zaqueu, seja claro.

_Assistir, sim, é bom. Participar, não. Há os escolhidos por Ele para essas funções. Você precisa dizer que os publicanos estão envolvidos com a coisa pública e quem está envolvido direta ou indiretamente com a coisa pública não deve se envolver pessoalmente com ações religiosas, coisa que toda a igreja sabe. É incompatibilidade que tem origem bíblica. Por que é que eu ficava em cima dos muros e das árvores para assistir ao mestre? Porque sou um publicano.

_Zaqueu, eu entendi. Grata pela explanação.

_Não fui eu, foi o Santo Espírito. Eu também agradeço a oportunidade de estar nesse barco.

_Bom amigo!

_Boa amiga!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sem Escolha

Sem Escolha

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Errou a sala. Com o livro na mão por acaso. Encontrou o professor de literatura.

_Estou contente em vê-lo.

Ele ficou satisfeito em rever o aluno.

Entre amenidades, lembrou que estava com um livro, cujo tema havia sido matéria de aula.

_O senhor lembra-se deste livro?

O professor olhou admirado para o livro:

_É o tema da aula de hoje. Os meus alunos atuais debaterão o livro hoje. Você quer assistir a aula conosco.

Bem que ele queria, mas tinha um compromisso dali a dez minutos.

_Se você não pode hoje, volte outro dia. Quero saber o que você pensa do livro hoje, agora que é adulto.

Ele agradeceu, olhou no relógio e saiu apressado. Teria pela frente uma discussão filosófica sobre escolhas.

A mestra começou o tema:

_Parte das coisas da vida você escolhe e parte lhes é impostas. Não digo das coisas óbvias tais como ambiente familiar e as relações interpessoais. Eu digo de propósitos interrompidos por fatores alheios e distintos daqueles óbvios com os quais todos convivem. Não sabemos a que propósitos tais coisas acontecem e a probabilidade de virmos saber se há propósito nisso é ínfima. Quando se consegue saber, muito tempo depois do acontecido é sorte, ou, melhor dizendo, esclarecimento do espírito.

A palestra foi muito interessante e prosseguiria em acordo com o cronograma pré-estabelecido.

Nesse interregno de tempo, enquanto trabalhava, chegou o comunicado da chefia:

”Em virtude das chuvas, aqueles cujas casas não foram atingidas pelos alagamentos, estão automaticamente escalados para o plantão. A empresa avisa que contatou com a seguradora e está providenciando o auxílio necessário de acordo com os contratos.”

Qual foi o tema da palestra? Perguntou-se, buscando uma resposta.

Não haverá nova palestra para ele. Tem muito a ser feito pela empresa e pelos colegas cujas casas foram alagadas.

A palestra foi uma preparação e, mesmo, compacta e por continuar, indicou a ele todo um questionamento, que deveria ser pensado em particular, por ele. Sem continuações, sem escolhas, a sós.

Por que e para que aconteceu a coincidência com ele?

No momento em que essas coisas acontecem, sobram perguntas, mas, depois da palestra, o ponto de vista dele estava modificado.

Aconteceu e seguiria sem questionar as suas novas tarefas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Relicário

Relicário

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Contem-me dos comentários,

Quando estiver distraída,

Digam nomes mui contrários,

Soprem do que é feita a vida.

 

Círculos certos dos átrios,

Raios que me partam, vindima;

Contem dos ódios lacaios,

Mágoa que não cicatriza.

 

Cuidam de mim outros vários,

Como se sabe à vindita;

Cuidam de mim relicários,

Gente que em mim acredita.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Lugar

Lugar

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Onde fica a sede

Da felicidade,

Rua, casa ou sebe,

Da docilidade?

 

Sem que de si arrede,

A causalidade

Que ao plano despede,

Tempo em brevidade?

 

Poema que se bebe

À genialidade,

Verso que intercede

Sem a que se enfade.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A Dívida / Conto

A Dívida

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Toca o telefone:

_Eu preciso falar com a dona Cristina Borges. Aqui é da loja de departamentos.

Giovane responde que ali não existe nenhuma Cristina Borges. Repete o número do telefone e diz que esse número jamais fora trocado.

Na semana seguinte toca o telefone:

_Eu preciso falar com a dona Cristina Borges. Aqui é da loja de departamentos.

Giovane repete a resposta. Hoje tinha compromissos.

Quando volta ao apartamento, na portaria do edifício, recebe o recado do porteiro:

_A loja de departamentos ligou e pediu para a dona Cristina Borges, moradora do apartamento 710 pagar a dívida até o dia doze, senão o título será protestado.

Giovane fica aborrecida com a situação. Liga para a loja de departamentos e pede para falar com o setor de cobrança. Explica que quem mora naquele endereço é ela e não houve outra moradora até então. Pede ao serviço de cobranças que procure pela lista telefônica o número de telefone e endereço corretos da dona Cristina Borges.

Passam-se mais alguns dias e a vizinha vem conversar com ela. Pergunta se, por acaso, ela conhece alguém com o nome de Cristina Borges. Ela diz que não.

Passam-se dois meses e, depois de muitos telefonemas à vizinhança, os boatos começam. Giovane protege uma cliente que não paga as suas dívidas.

Giovane, constrangida com a situação, pede ao porteiro para contar a situação a quem mais vier pedir informações. Ela não sabe quem é Cristina Borges.

Passam-se dois meses e os boatos não param e, com nome de Giovane envolvido nos boatos, começam a dizer que Cristina Borges não existe e que a devedora é mesmo Cristina Borges.

Certo dia, já com os nervos à flor da pele, Giovane se queixa para a sua prima, contando o mal estar.

_Aguente a fama, querida. Você poderia ter evitado a situação cortando o assunto logo no primeiro telefonema.

Além de ganhar a fama de não pagar as suas contas, conseguiu a fama de não ter iniciativa, de não saber se defender, de não possuir autoestima.

Diante de tamanho esforço empreendido pela comunidade à sua volta, Giovane chegou á conclusão de alguém devia alguma coisa e a dívida era com ela. Precisava descobrir algo sobre Cristina Borges.

Foi até a loja de departamentos, fez compra e cartão da loja com o intuito de descobrir algo sobre Cristina Borges.

_Tempos atrás, o setor de cobrança da loja ligou para o meu número atrás de tal de Cristina Borges, o senhor pode verificar no computador se há outra pessoa que tenha fornecido o meu endereço e telefone.

O atendente verificou e conferiu que ninguém além dela estava localizado no mesmo endereço e telefone.

_O senhor pode verificar se essa tal de Cristina Borges existe. Eu tive muitos aborrecimentos em consequência de alguém que eu não sei se existe.

O atendente verificou:

_Sim, aqui está. Cristina Borges compareceu à loja na semana passada, pagou a dívida e atualizou o endereço.

Virou a tela do computador para que Giovane pudesse constatar que as informações sobre Cristina Borges estavam ali conforme ele disse.

A gerente, sentada numa mesa ao fundo, pergunta ao funcionário:

_Cristina Borges, de novo?

Giovane, ao ouvir a pergunta da gerente, pede um favor.

_A senhora conhece Cristina Borges? Conte-me sobre ela, mas, se a vir, peça, por favor, que tome cuidado na hora em que fornecer endereço e telefone. Eu ainda me incomodo com o engano dela.

A gerente se levanta e vem até o balcão para conversar com Giovane.

Após as apresentações de nomes e funções, diz sobre Cristina Borges.

_Cristina Borges é alguém que não pode ter dívidas. Sempre que temos problemas nas cobranças sorteamos alguém para ser Cristina Borges. A senhora nos desculpe pelo transtorno. Eu também não sabia que ele tinha voltado com a Cristina Borges. Não me pergunte que é ele. Pedirei que tome cuidado porque algum dia Cristina Borges será descoberta. O departamento de cobranças não fica nessa cidade e, para entrar com pedido de reclamação, a questão ficará muito cara. Eu tenho um pedido a fazer para a senhora: mantenha o cartão da loja ativo, parcele algo que não custe mais do que cinquenta reais e, em seis meses o assunto estará esquecido na sua vizinhança e em meio aos seus contatos. Infelizmente, além de comerciantes, sabemos criar boatos. Esse boato eu apago.

Giovane olhou para a loja de departamentos. Ainda não tinha dado o dinheiro para o pagamento da sua compra.

_Parcele no cartão da loja.

A gerente sorriu dizendo que todos os problemas estavam resolvidos.

Essas foram as calças jeans mais cara da sua vida.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Negociação / Reflexão

Negociação

Capacidade de negociação não é corrupção e, muito menos, truculência.

Capacidade de negociação é o gerenciamento das diversas habilidades e interesses conflitantes entre si com o uso adequado das habilidades políticas.

Percebe-se que aos jovens faltam habilidades de negociação, até mesmo porque são jovens e procuram a sua identidade dentro de uma sociedade pluralista.

Faltam ensinamentos de negociação para os jovens, não se exclui a inabilidade de liderá-los nas boas negociações.

Existem boas negociações. Essas boas negociações são habilidades próprias, além do poder de influência dos empresários e das forças que mantém a ordem.

Quando se fala em negociações logo vêm à mente as palavras como mentiras, traições, pressões, central de boatos e, não é nada disso. Essas estratégias de negociações são falhas e não levam a bom termo.

Negociar é permitir ao outro que as suas habilidades estejam desenvolvidas sem prejuízo das habilidades diversas e até mesmo conflitantes nessa negociação.

Negociar é tarefa exaustiva, mas compensadora nos seus resultados.

A sociedade é composta por vários segmentos e interesses e a negociação, quando exercida com seriedade, significa a ausência de prejuízos para todos.

Minimizar os prejuízos e as consequências dos interesses contrários é talento político.

Está na hora de habilitarmos os jovens com talento para a negociação.

Habilitar jovens para negociar significa perceber quais são as lideranças que não se utilizam de maus argumentos para essa negociação. É necessário garantir que os jovens possam se expressar livremente e sem influências partidárias na origem. À medida que amadurecerem, eles naturalmente escolherão os seus caminhos. Permitir essa escolha é ajudar na organização de uma sociedade autossustentável.

É saber que, muitas vezes, pensamos que qualquer empresário, por ser bem sucedido nos negócios, sabe negociar, quando não é verdade. O empresário tem talento, e muita capacidade para gerir negócios, o que não se traduz em negociação política necessariamente. Saber ganhar dinheiro é diferente de saber dialogar fora do âmbito dos seus negócios.

A sociedade não é um balcão de negócios, é a conversa sem barganha, permitindo-se, a si mesmo e ao outro, ficarem parcialmente satisfeitos.

Quem não dialoga, respeitando as diversas correntes de opinião, incluindo no diálogo, as minorias e as suas necessidades específicas, é máfia e não interessa a origem dessa máfia.

Outro dia, numa simples demonstração de negociação, pela internet, observei boas ideias. Devemos aproveitar as melhores qualidades da cada pessoa, a pessoa satisfeita faz melhor porque dá o melhor de si.

Por outro lado, forçar relações interpessoais é o mesmo que incentivar a frustração, o recalque e a agressividade, não apenas aquela dos jornais policiais, mas aquela agressividade velada que se traduz como desleixo ou tristeza.

Equipes de trabalho com afinidades de valores trabalham bem. Equipes formadas pela necessidade de momento tendem a fracassar após determinado tempo.

Valores sociais são por demais importantes para serem menosprezados. Hábitos e costumes variam de uma região para outra e entre as diversas profissões que compõe as camadas sociais.

A negociação política é atenta a esses ambientes e consegue prever com certa antecipação o resultado a partir do estilo das lideranças.

Para uma segunda-feira, já pensei demais.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Maria Abençoada

Maria Abençoada

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Hoje, ao meu espaço de papel,

As flores raras, se contadas,

As cores cândidas do mel,

Desperdiçado em chuvas ralas.

 

Porque pintadas com pincel

Na cor dourada, refinadas,

Cingem o espírito ao léu;

Doces Marias homenageadas,

 

Que, do amor, fazem seu chapéu,

Com muitas rosas perfumadas

Em seu rendado menestrel.

A esse meu espaço, o chamo céu.