Futebol.
Começo a sentir a torcida se agitar, é o futebol. Copa do Mundo. Todos com a camiseta verde e amarela. É a grande oportunidade para deixar a festa tomar conta da gente. Com moderação, com entusiasmo, com pipoca na frente da televisão. Hora de festejar e soltar os instintos porque a festa está aí.
Assisto os jogos da seleção. Ligo o despertador e levanto de madrugada. Está frio, passo café. Acordo a casa inteira quando tem gol. Não choro na derrota. Critico todos os jogadores e o técnico também. A sorte é que ele não me escuta quando eu digo...(rime com o que quiser).
Descarrego nacional, sortilégio federal. Amor , diversão e arte nos dribles. Comentários estapafúrdios são os meus preferidos. A festa nas ruas e, aquelas lágrimas de quem perde o jogo. Será uma reação natural?
Os enfeites nas casas, edifícios, praças e ruas. A decoração agora é essa. O meu café e as minhas mãos se esfregando uma na outra. Meus pés chutando a mesa junto com o jogador que bate a falta.
Minha posição de campo é qualquer uma. Eu não jogo mesmo. Reparo nos cabelos dos jogadores. Sempre tem um mais exótico, um mais certinho.
Vejo o jogador desbocado levando cartão amarelo. A mãe do juiz não joga e não julga. Penalidade máxima. Se o nervosismo não atrapalhar, aquele...centro-avante ou zagueiro, aquele lá, que enxugou o suor com a manga da camisa. Eles suam muito, que vontade de jogar!
Vou pegar a lã e tricotar. Tomo cuidado para não perder os pontos. Os pontos da agulha. Os pontos do jogo o locutor me diz. Cadê aquela corneta para agitar um pouco mais a madrugada?
É tão gostoso ouvir o barulho dos prédios em dia de jogo. Tem torcedor que pede refrigerante e põe gelo. Eu escuto a gritaria. Falta contra o nosso time. Que canelada, seu perna-de-pau! É o máximo que eu sei dizer.
Que venha o futebol, que a chaleira está no fogo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário