Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 31 de outubro de 2020

Repetidamente

Repetidamente


Se repetida,

É refletida

Neste momento

De pouco tempo


Porque é contida

A essência obtida

De um passatempo

De igual invento;


 Nessa corrida

Assim concisa,

Sou meu momento:

Contentamento.


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Nostalgia

Nostalgia


Termina o dia,

Mas diferente,

Com nostalgia

Da brisa ausente,


Que contagia

O sol dormente

 Nesse bom dia

Ainda presente,


Que se confia

Ao onipotente

Essa alegria;

Conceitualmente.


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Estética, Um Tema Delicado

 Estética, Um Tema Delicado


     Um dos temas difíceis para se conversar é a estética, mesmo para leigos com opinião diversa dos filósofos.

     Mesmo nessa abordagem distópica, ou seja, olhando o meu próprio umbigo, e não os umbigos dos outros, a estética é assunto controverso.

     Um dos tópicos sobre os quais não ouço conversarem é que a estética muda através do tempo e individualmente e sem pressão do mundo exterior.

     A estética individual muda de dentro para fora e de fora para dentro simultaneamente.

     A estética muda com um pensamento, uma mudança de estilo de vida, e com isso não quero dizer de tudo o que é saudável ou recomendado. Basta um pensamento para expor uma opinião, ou vontade de fazer algo, e basta esse pensamento para, a partir dessa vontade, a estética individual se modifique, não interessando se, para melhor ou para pior. Outro fator modificador da estética é a necessidade de se fazer algo por motivo não originário do pensamento enquanto ideação, mas a necessidade obriga, como todas as coisas que estamos fazendo em consequência da pandemia, tais como cozinhar.

     Sob esse ponto de vista, a estética adquirível, não é levada em consideração.

     Os pensamentos que podem mudar a estética individual são oriundos de filosofia de vida, do modo de observar a própria dificuldade, quando possível, porque algumas vezes essa dificuldade não consegue ser observada, mas o que pode ser observado pelo indivíduo, pode ser modificado, e certamente, muda a estética pessoal.

     A estética depende do pensamento e da necessidade do ser.

     Por outro lado, a estética pode se modificar de acordo com uma mudança vida de fora, através dos conceitos entronizados dos costumes, e até é relativamente fácil observar que o padrão de beleza feminina, variável conforme a região em que se habita, abre a visão para outros padrões estéticos valorizados e aceitos como bons.

     Importa dizer que a estética individual não é fixa ou permanente, e sequer adquirível, embora se possa pensar de maneira diversa.

     Essa estética vinda do pensamento não distingue gênero ou faixa etária, é algo admirável.

     Sob esse ponto de vista, um fator a ser considerado, é estar em desacordo com a própria estética, quando a estética pode ser consequência de um pensamento a ser pensado.

     Em resumo, tanto quanto a alma não nasce pronta e imutável, a estética pode ser considerada da mesma maneira, algo que pode mudar involuntariamente e de acordo com um pensamento, um único pensamento, e que ela não é tão importante a ponto de impedir a busca do bem estar físico, mental e emocional.   

     

     

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mais Não

Mais Não


Preciso dos pés no chão,

Dessas minhas incertezas

Conformadas em padrão,

Formando delicadezas


Que desconhecidas são,

Mas serão luzes acesas

Ao que hoje é superstição.

Simplicidades, rudezas


De calos sem a expressão

Das mais necessárias friezas

Depois de um mero pisão

Involuntário; mais não. 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Rede - Palavra Múltipla

Rede - Palavra Múltipla


Não adianta imaginar,

O lazer é na rede,

Nessa rede de idear,

Água que engole a sede;


Caminhar, caminhar

Ao tijolo e à parede

Seca, mas se voltar

Ao possível, impede


O tempo de ficar

 Parado ao porte-rede

Até se espreguiçar

E dormir numa rede.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Bom e Igual

Bom e Igual


Pouco sal,

Nenhum mal;

 Bom descanso,


Bem normal

Ao dia igual,

Dsse avanço


Musical,


Não me canso.


domingo, 25 de outubro de 2020

Paz e Bonança

Paz e Bonança



Que seja diferente,

E seja de esperança

O ser que se pressente.

Juntas paz e bonança


Venham para o presente,

Que a bondade se alcança

Ao ser e estar contente,

E assim o céu descansa.


O tempo não se sente

Porque a vontade é criança,

Que vem curiosamente

Surpreender com confiança.


 

sábado, 24 de outubro de 2020

Naturalidade

Naturalidade



Essa naturalidade,

E alguma paz me atravessa,

Penso Deus com humildade 

Que, na alma, versa e conversa,


E me diz  continuidade,

Calma, que uma hora cessa

Essa nossa vã ansiedade,

Porque o que nos interessa,


É a consciente divindade

Acompanhando a caleça

De cada um, da sociedade,

E não existe nela a pressa. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Busca

                                                                Busca


Ah! Esse tempo que passou

E onde levou esse horizonte,

Quando essa alma é foi e ainda sou

Como sou, e o que se desconte


Entre o feito e o que ficou

P'ra depois, mas sem afronte,

Porque tanto se buscou

Fazer e que assim encontre


O amanhã que já voltou,

E veio em forma d'uma ponte,

  Não somente o que sobrou

D'uma lenda que se conte. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Constância

Constância


Além do futuro,

Do espírito puro,

Há o que se acrescer,

Há o que se escrever,


Pensar nesse muro,

À paisagem, duro,

Grafismo a se obter,

E deixar sem ter


O cimo do muro,

Com vaso de arcturo,

Estrela a se ver,

Constância do ser.


 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Pluralidade

Pluralidade


Tantos inventos,

Todos atentos,

É novidade


Aos sentimentos,

 Experimentos

Dessa vontade


De movimentos;


Pluralidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Feijão

 Feijão


Esses meus parafusos,

Panela de pressão,

Meio soltos, meio reclusos,

Exigem aptidão,


Parafusos multiusos,

Chave de fenda à mão,

Com meus manuais confusos,

Numa manutenção


De proibidos intrusos,

 Pois preparo o feijão

Com temperos, desusos

De agradável alusão.



segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Versos Inversos

Versos Inversos


Não são demais

Esses tais versos,

Nem nunca mais

Serão dispersos,


Mas essenciais

Quando diversos

Dos comerciais

Vírus aspersos,


Tristes jornais

Dos dias adversos,

Não mais iguais;

Versos inversos.




 

domingo, 18 de outubro de 2020

Ânimo

Ânimo


Toda semana é começo

De consideração e apreço

Ao exercício da alma, certa

De que tudo se conserta


Quando há ânimo que é confesso

De vontade, e sem excesso

A ser o que em si desperta

A boa vontade encoberta


Por obstáculos, seu avesso

Que é o receio desse travesso

Destino; uma descoberta

A cada dia que se oferta. 

 


   

sábado, 17 de outubro de 2020

Em Casa

Em casa


Abençoado é o lazer

Depois desse dia inteiro,

Quando está a anoitecer,

E a noite é um passageiro


De um nada a se prever,

Pois amanhã é o ligeiro

  Dia bom de bendizer

E repeti-lo inteiro


À semana a fazer,

E ser dela parceiro

Dia a dia, por se querer,

Sentir-se  verdadeiro.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Desenho

Desenho


Esse lugar,

Deixar-se estar

Ao mormaço,


Refrescar,

Desenhar

Todo abraço


De esperar;


Sem cansaço.


 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Razão de Mim

Razão de Mim



Sei de mim,

Que sei assim,

Compreensão


Do que é afim,

Porque e enfim,

E a razão


Num jardim,


De oração. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Máscara e Bijuteria

Máscara e Bijuteria



Descubro a bijuteria,

As roupas enferrujadas,

De como eu seria, ou estaria,

Não fossem as coordenadas


Impostas à pandemia,

Repetidas mãos seladas

Seguidas com galhardia;

Sem enfeites, mascaradas.


Moda que não seguiria,

A que somos convidadas

Sem escolha, quem diria,

Nessas cores enfeitadas.

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Edson Prado em O Sumiço do Comediante

Edson Prado em O Sumiço do Comediante

     Edson Prado, o repórter free-lancer do blog, está aqui e eu, por questão de solidariedade, passo a palavra a ele. Ele parece aflito, do contrário, eu deixaria pra lá.

     _O comediante sumiu, o sítio de humor desapareceu. Não, não desapareceu, colocaram alguém infeliz naquele lugar. Ele não leva o menor jeito para o humor.

     Sim, e agora, pergunto eu?

     _E agora teremos que esperar por filmes de pastelão norte americanos, a senhora sabe se tem hífen, eu estou desatualizado da novíssima ortografia dos hífens.

     Não me pergunte. Eu tenho que pesquisar.

      _Cabe ao jornalista, a história, os fatos, mas ao comediante vale o ridículo, o sem sentido, a peculiaridade cômica, e do jeito que está sendo escrito, ninguém chega para olhar, quando aquilo já foi muito engraçado.

     Você acha que a comédia perdeu o ponto do riso?

     _A menos que ele tenha pegado o coronavírus e tenha colocado um pseudônimo vivo em seu lugar, se é que me entende.

     Façamos fisionomia de paisagem.

     _Sim, fisionomia de paisagem, mas o fato é que está errado. Tem muita gente procurando ficar bem consigo mesma e até mesmo rir em meio a tudo o que se passa nesse ano.

     Eu mesma fui capaz de ficar feliz ao saber de uma conhecida que voltou para casa recuperada do vírus, aliás, por aqui, já são quatro pessoas três mulheres e um homem, que estão bem, embora saídos do hospital. Que alegria ver essas pessoas bem.

     _É o que eu quero dizer. Este é um ano sofrido, por mais que se tape o sol com a peneira, como se costuma dizer. O humor tem que compreender que é necessário, que ajuda a transmitir otimismo e força de vontade.

     Concordo.

     _Não se pode pressionar a população com assuntos sérios.

     Convencer algumas pessoas de que o ano está difícil para todos é que é difícil.

     _E qualquer assunto é motivo, a senhora ouça que eu saí com o automóvel, com máscara, álcool gel, e consciente, quando ouvi que não sofro, que tenho conforto. Isto é falta de sensibilidade de perceber que, enquanto repórter, eu me expus e muito durante o ano.

     De fato, das quatro pessoas contaminadas e hospitalizadas, três têm automóveis.       As quarentenas mais pesadas foram difíceis. Agora, parece que as coisas estão um pouco melhores, temos que aguardar para ver se o perigo de contaminação diminui um pouco mais.

     _Sem humoristas, e com os olhos voltados para si mesmos, as pessoas podem pensar erradamente, que o outro está em condição melhor.

     Tem gente que quer ser aborrecida para aborrecer os outros.

     _Interessa é que o humor está diminuto, e que isto é um mal que contamina.

     Pergunto a que serve esta falta de humor.

     _Serve pra nada. Digo que é algo desinteressante.

     Vou de música. Vou de livro. Melhor assim.

     Ora, não é que o Edson Prado saiu e disse que irá procurar o bom humor por aí.

     É uma ideia.        


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Reciclagem

Reciclagem 


Aquela nota martelada,

Sincera, mas tambén gritada,

Repete a nítida tensão

E estraga toda uma canção,


Precisa e digitalizada,

Tonal de tom equivocada,

Sonora além da notação,

Absurda, chega ao coração


E diz-se fora, mas não adiada,

Que adianta sem ser adiantada,

Precisa de consertação;

Recicla-me também, canção.    

domingo, 11 de outubro de 2020

Reinvenção

Reinvenção

 

Esperar

Todo um tempo

A ficar,


Concordar

Que me invento

Devagar


A pensar


Noutro tempo.

sábado, 10 de outubro de 2020

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Duplo Sentido

Duplo Sentido


É outro o mundo,

Seu Raimundo,

Malicioso,


Nauseabundo

E infecundo

Ao que é cioso


Ao segundo


E ao ditoso.





 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Poesia de Deus

Poesia de Deus


A peneira do tempo,

Grão de areia que vai ao vento,

E para no lugar

Onde andou até parar,


Para ser aviamento

Que costura esse tempo,

Reflexo do pensar,

Vidrilho de enfeitar


Todo e qualquer momento,

Leve foi ao firmamento,

Nele está a se mostrar

Em verbo, é o verbo amar.

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Esteira de Musculação

Esteira de Musculação


Horário contado,

Capricho dobrado

Na apresentação,

Movida emoção


Imperfeita ao lado,

Redonda ao quadrado

Pela integração

Dessa percepção;


Caminho traçado,

Que à vista, é parado,

Parece ideação,

Mas não convicção.


 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Estudo

Estudo


Esse cansaço

De não saber

Fez-se embaraço,


Estudo é um laço,

Certo aprender

A não ser lasso,


Que vive ao passo,


Por se querer. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O Dilema das Redes / Comentário

O Dilema das Redes / Comentário


     Assisti hoje o documentário O Dilema das Redes. O documentário tem duração de mais de hora e meia e com muitas afirmações.

     Recebi a indicação por meio da rede do whats, e reservei um tempo para assistir e refletir antes de ler as críticas especializadas e os temas propostos para debates sobre a possibilidade de melhorar as redes sociais.

     Considerar a internet como utópica e distópica foi algo que me chamou a atenção pelo simples fato de que nos útimos vinte anos não observei nenhuma utopia na internet, não encontrei nada perfeito, ou mundo ideal dentro da rede. Quanto à distopia, ou seja, quanto a ter o âmago individual como centro do universo, depende da escolha individual, ou seja, evitar os agrupamentos de grupos de imposição cultural depende da vontade, por mais que esses próprios grupos digam pertencer a uma cultura ideal, unindo a distopia do grupo como uma utopia universal. Deletar e desligar é uma atitude válida que não fará falta ao indivíduo, que se aborrece toda vez que lê a postagem do grupo. 

     Quanto às notícias, os donos da internet podem facilitar a vida do internauta identificando a origem da notícia, a data, e, principalmente, se é matéria paga, conforme os jornais costumam fazer. Para quem não sabe, jornais e revistas publicam matérias pagas pelas empresas com a informação escrita de que se trata de matéria publicitária.

     Quanto à despersonalizar, ou mudar o comportamento, acredito que seja possível, como é possível pelas emissoras de rádio e televisão, com o intuito de formar opiniões, sem permitir que as pessoas tenham suas próprias opiniões, o que acontece através da pressão da massa de telespectadores, da qual não é possível discordar, cuja programação é patrocinada por grupos de interesses econômicos, o que é menos possível, atualmente, pela existência da tv a cabo.

     Quanto à teoria da conspiração, há quem patrocine, e o objetivo é causar prejuízo a qualquer pessoa que possa acreditar em tolices, nos casos mencionados no documentário estão exemplos como a possível mentira de que o homem foi à lua e de que a terra é plana. Se me for permitido uma conspiração: na hora em que a Terra parar de girar, ela fica chata.

     Algo que me interessou foi o excesso de publicidade e de informações não relevantes. Esse excesso de informações intoxica a internet, pois é irritante ficar fechando publicidade antes de ler isso ou aquilo. No entanto, a publicidade e a variedade de oportunidades para boas compras auxiliam o consumidor, desde que se esteja procurando um determinado produto.

     Pessoalmente, penso que a internet democratizou o acesso à cultura, mas é preciso que se busque a cultura, e com tempo certo, porque os "algoritimos" buscam consumidores de internet que fiquem logados o dia inteiro, e isso emburrece a qualquer pessoa, transformando o ser humano num robot. Seres humanos robots vão procurar grupos e esses grupos podem não ser o que eles desejavam, mas fazem isso para livrarem-se desse lado robot, que não faz parte de realmente ser humano. As pessoas com más intenções criam grupos para atrair quem não sabe o que procura.

     A internet é válida à medida em que saiba o que se quer buscar, e através dela, encontrar pessoas e sites confiáveis, afinal, recebi essa sugestão através de um grupo da internet, o da igreja, e me trouxe este olhar crítico. 

        

          

      

      

domingo, 4 de outubro de 2020

Hora Calma

Hora Calma


A esta hora,

O descanso

Revigora,


Muito embora,

Ao dia avanço

Sem demora;


Logo aurora,


Que alcanço.

 

sábado, 3 de outubro de 2020

Eufemismo

Eufemismo


Aquele verso perdido

 Vem a esse tempo espantado,

De rima pobre vestido,

Mas ainda bem-humorado,


Porque o verbo é comedido

De tanto que foi pesado

Antes de escrito, florido

E gasto, meio desbotado,


Ou pelo tempo esmaecido,

Digamos, aquarelado,

Eufemismo estarrecido

De um ano assim passado.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Microconto Realista

 Microconto Realista


     Quem te lembrará da fileira de abacaxis plantados junto ao muro?

     Das mudas de abacaxis, nasceram vinte e oito abacaxis, bonitos, de tamanho bom, e perfeitamente ácidos. Amadureceram no mesmo dia e tiveram que ser distribuídos.

     Porém, se alguém te lembrar, é porque esteve lá, e além de presenciar a colheita dos vinte e oito abacaxis, quer te fazer feliz.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Noite Sonora

Noite Sonora


Os grilos cantam

Por perto agora,

A chuva chamam

Por sob a flora,


E se derramam.

Se, a água demora,

Porque é noite, amam

Dizer da hora,


Pois se declamam

Nessa demora,

Versos que clamam;

Noite sonora.