Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Discernimentos de Amor

Discernimentos de Amor

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Distantes são os pensamentos,

Roteiros e circunstâncias

Quebrados em sentimentos

Perplexos, extravagâncias.

 

Suspiram pressentimentos

Da calma em ternas vacâncias

Do espírito sem lamentos

Ao encontro das consonâncias.

 

Comparam alguns momentos

Vividos em alternâncias

Complexas; discernimentos

De amor e suas constâncias.

domingo, 29 de junho de 2014

O Turismo de Melissa

O Turismo de Melissa

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Brasileira, vinte e cinco anos de idade, sem namorado, quis viajar ao exterior.

Melissa queria algum país diferente e pegou o avião mais barato, sem se importar com o destino da viagem.

Camelo para cá e camelo para lá, aproveitava cada momento dessa aventura.

Quando se aproximou o dia da volta ao Brasil, a moça quis comprar lembranças para a família e os amigos com o dinheiro guardado para esse fim.

Melissa entrou na loja de presentes e conversava com a gentil dona do estabelecimento, uma mulher adulta de olhos verdes e amendoados, colar de ouro e bastante atenciosa.

Enquanto escolhe os presentes, elogia a atenção dispensada pela lojista.

A lojista cai na risada e pergunta:

_A moça quer se casar com o meu marido?

_Como assim, perguntou Melissa estranhando a pergunta.

_A poligamia é permitida nesse país e quando eu vejo moças bonitas e casadoiras, eu pergunto se ela quer se casar com o meu marido.

Melissa, menos sorridente, disse que não conhecia o marido dela, a lojista.

_Não tem problema, eu te apresento para ele. Vamos até a caixa da loja.

O marido gargalhava junto com a esposa. A esposa perguntou se ele era bonito na visão de Melissa.

O homem era bonito. Olhos grandes e castanhos, cabelos castanhos quase ondulados. Ele era alto e tinha uma voz bonita, nem magro nem gordo, apenas a barriga ligeiramente saliente que completava a figura de bom marido.

Melissa disse que o marido da lojista era bonito, mas ela não estava interessada em se casar; queria voltar para o Brasil com os mimos comprados na loja.

A mulher disse que era uma pena, mas se a vontade dela era fazer compras então ela faria as vendas de boa vontade.

Melissa respirou aliviada e disse que no Brasil nenhuma mulher ofereceria o seu marido para se casar com outra mulher.

A lojista pediu que a moça escolhesse os presentes enquanto ela contava a sua história.

_Está bem.

“_Quando eu nasci, a minha mamãe e o meu papai me prometeram, em casamento, para a família dele. Eles me ensinaram que eu iria me casar com ele desde que aprendi a falar. Enquanto eu era criança eu achava essa história de não ter que procurar marido uma história linda.

Mas, quando eu cresci e cheguei perto da idade de conhecê-lo para me casar, eu fiquei muito triste. Uma amiga da minha mamãe ensinou-me como agir em caso de desgosto e me deu um roteiro a seguir: eu me casaria, teria um filho em seguida e, depois da criança desmamada, eu arranjaria uma segunda esposa para ele. O marido é obrigado por lei a manter casa para todas as esposas e filhos no meu país e, até é sinônimo de posição social manter uma dúzia de esposas, é sinal de riqueza.

Eu estava prometida e aceitei todos os conselhos porque não queria desagradar o papai e a mamãe, muito menos as nossas tradições.

Fizeram uma grande festa no dia das apresentações. Eu estava contrariada, mas conformada, pensando na segunda esposa.

No momento em que eu o vi, no entanto, eu o achei o jovem mais lindo com o qual jamais sonhei. Eu o olhei mostrando o quanto ele me encantava e, o melhor aconteceu: ele correspondeu ao meu olhar.

Casamos-nos fazendo juras de amor. Quando eu tive o meu primeiro filho, eu não me contive e pedi perdão a ele por ter pensado em arranjar uma segunda esposa. Ele riu-se porque tinha planejado ter várias esposas e não conseguiu sequer olhar para qualquer mulher depois que me conheceu.

Mas, como marido, podia mandar em mim e tinha que me dar um castigo; são os nossos costumes.

O castigo que ele me deu foi esse de perguntar a qualquer mulher bonita que, porém, não fosse do nosso país e não tivesse os nossos costumes, se ela se casaria com ele. Ele não queria nenhuma outra mulher na vida dele além de mim.

No começo, eu fiquei aborrecida, mas a cada vez que eu perguntava para uma estranha se ela se casaria com ele, ele considerava uma prova de amor e me presenteava com safiras e correntes com jades e rubis”.

Melissa ouviu a história encantada com o carinho de um para com o outro. Mesmo assim, perguntou para a lojista se, por acaso, tivesse acontecido o contrário, ela não gostasse dele ou, ele não gostasse dela.

_Somos um povo sábio, temos a poligamia para as questões matrimoniais.

Melissa sentiu saudades do Brasil, não se acostumaria por lá.

Comprou os presentes, pagou e para surpresa, recebeu um abraço afetivo e um beijo no rosto e o marido disse que era sinal de gratidão por ela não ter querido se casar com ele. Pelos costumes deles, se ela aceitasse, ele teria que se casar com ela, querendo ou não.

Melissa disse que ela não era dali e que anteriormente ela tinha dito que ele não poderia se casar com gente de fora.

_Mas você é tão bonita! Tenho certeza que você será feliz.

Sem saber o que dizer, Melissa agradeceu a consideração e gentileza, mas caiu fora dali o mais rápido possível.

Edson Prado Responde

Edson Prado Responde

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Devido às perguntas recebidas pelo repórter do blog (por enquanto), o blog abre o espaço para que ele responda concisamente algumas perguntas, que ele garante que são dos amigos dele.

Ele foi avisado que esse é espaço para artes em geral, mas, tudo bem. Enquanto a blogueira cuida deste domingo, no caso, eu mesma, passo esse espaço momentaneamente para as perguntas e respostas.

1 – Enquanto assistimos o futebol, os partidos políticos fazem as suas convenções e estabelecem os seus candidatos para as próximas eleições?

Resposta: Sim.

2 – Isso não é errado?

Resposta: Não, quem escolhe quais serão os candidatos são as bases eleitorais dos partidos políticos, não é a população. Após a escolha dos candidatos haverá campanha eleitoral e as eleições propriamente ditas.

3 – Quem garante a lisura nas apurações das eleições?

Resposta: Quem garante a lisura no processo eleitoral são os Tribunais Regionais Eleitorais, subordinados ao Superior Tribunal Eleitoral e são assessorados pela legislação vigente para assegurar um processo eleitoral em acordo com a lei.

4 – O que é que o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal têm a ver com o processo eleitoral?

Resposta: São áreas diferentes do Sistema Judiciário Brasileiro, praticamente não intervém no processo eleitoral.

5 – Quem ganha, leva?

Resposta: Em princípio, sim. Vivemos num estado democrático de direito e o candidato que consegue o maior número de votos, assume o posto para o qual for eleito a menos que tenha pendências impeditivas de assumir o posto. Em palavras vulgares, o chamado ficha-suja não assume.

6 – Mas, existem boatos?

Resposta: Boatos são boatos. A normalidade é indicada pela própria realização das convenções partidárias. Os partidos políticos estão indicando os seus nomes e compondo as suas chapas majoritárias. O futebol não impede as convenções partidárias e nem prejudica a campanha eleitoral que tem data marcada para começar dentro de um calendário oficial.

7 – Podemos ficar com os pés no futebol e os olhos nas convenções?

Resposta: Esse é o exercício da cidadania, não somente podem como toda a população deveria prestar atenção em ambas as notícias.

8 – Em quem o senhor votará?

Resposta: O voto é secreto. Posso até mesmo confidenciar o voto com algum amigo, mas em público o voto é secreto. O voto secreto foi instituído para evitar o voto de cabresto, ou seja, o voto sob pressão ou ameaça. Cada cidadão é livre para escolher o seu candidato.

Obrigado pelas perguntas e pela confiança depositadas nesse repórter.

 

Valeu Edson Prado! Bom domingo a todos. Deus os abençoe.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Versos de Torcedora







Torcida

O que dizer
Para amanhã,
Senão torcer...

Quer-se é vencer,
Taça e divã
Por merecer.

A sorte é ser

Seu talismã.

Desconexão / Crônica de Supermercado

Desconexão / Crônica de Supermercado

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Essa crônica nada tem a ver com a psicologia e sim com o Ponto Facultativo do Comércio em Geral.

Padaria? Fechada. Marmitex? Para quando terminar a greve dos ônibus.

Hoje foi trabalhar quem pode e em meio aos jogos da Copa do Mundo, um dia a mais ou a menos, tanto faz. As crianças estão em férias e estão todos bem.

O que são duas horas dentro do supermercado numa manhã igual às outras?

A moça do café não perde expediente, estava lá e o café foi tomado.

O repositor de produtos tentava agradar o gerente:

_Com tanta gente que não conseguiu vir hoje, trabalharei por dois. Imagine se a chefia se irrita com a gente? É nessas horas que o funcionário exemplar corre riscos de demissão. Hoje serei melhor do que em outros dias.

A moça dos avisos repete:

_Atenção senhores clientes, amanhã, dia 28 de julho fecharemos as portas para a entrada pontualmente ao meio dia.

Uma, duas, três vezes.

Eu, que não sou boba, peguei a fila em frente aos congelados, precisaria descongelar em casa, mas eles chegariam congelados até aqui.

O supermercado se vira bem com os caixas e, todos os clientes compreendem a situação dos que não puderam chegar ao trabalho no dia de hoje.

Surpreendente foi o ponto facultativo do comércio. Abriu o estabelecimento quem quis ou quem pode.

Esse desencaixe de ideias deixou muita gente em desconexão real, sem saber onde fazer as compras, mudando de opção de estabelecimentos na última hora.

Uma manhã de improvisos na rua, com carro elétrico parando por falta de bateria e caminhão da companhia de luz arrumando postes. Todos os motoristas colaborando uns com os outros.

Uma improvisação generalizada que exige o autocontrole para evitar transtornos a si e aos outros.

Se ninguém avisou até agora, ou se alguns não sabem desse ponto facultativo, estejam sabendo e se previnam antes de terem que improvisar.

Ufa! Consegui fazer o que precisava, cumpri as minhas metas!

Mesmo com filas, os supermercados são uma opção para o dia de hoje.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lampejo

Lampejo

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Nem em meus sonhos vejo

O que à janela passa,

São a pirueta e o beijo

Acima da vidraça.

 

Plasticidade e ensejo

De ser somente graça

De pão, goiabada e queijo,

E, bem-te-vi na praça.

 

E viu o voo algum desejo,

Fotografia que abraça

Nessa visão e lampejo

Da liberdade e a garça.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Reconforto

Reconforto


Sopra essa leveza
Onde era a tristeza,
Carcaça de amor.

Alguma certeza,
Na incerta presteza,
Levou toda a dor.

Com toda a clareza,

Reconfortador.

terça-feira, 24 de junho de 2014

As Orações

As Orações

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Entre as minhas qualidades e defeitos, eu não sou radical em posicionamentos, está a permissão para que as visitas façam as suas orações, conforme a educação que recebi do meu pai e da minha mãe.

Quem ora, em princípio procura o bem.

E, mesmo de alguns ateus, temos boas lembranças, pois o ateu, se não ora, abraça com o mesmo afeto de Deus.

Até concordaria em descrer do chamado “capeta”, se não fosse, certa vez, alguém bater à minha porta para dizer que odiava a minha boa vontade para com as pessoas. Era tanto ódio e tanto prazer ao falar desse ódio, que imediatamente me fez acreditar no demônio.

Deixemos que os outros façam as suas orações, que busquem a Deus.

Existem os fiéis divertidos, mas não entrei para a política. Pela Bíblia, garante que foi eleito e não é evangélico. Caí fora da história. Mas que está eleito, certamente está.

Sui generis é ver um espião orando. Um homem inteligente tem bons raciocínios. Antes de pedir para se ajoelhar em frente à capela, disse que os comunistas tinham o rei na barriga e pensavam que todas as informações do mundo eram sobre eles. Além de não espionar nenhum comunista, era capaz de orar e, agradecia por isto.

A moça adventista que orou durante um ano a meu lado. Abençoada seja.

A moça que, lembrando sempre que as orações no túmulo de Maria Bueno são para que a história dela não seja esquecida jamais, a santa de Curitiba. Quem quiser que pesquise o drama.

A maioria das pessoas faz orações espontâneas, e o faz o dia inteiro, em diálogos informais. Deus entra no meio de qualquer conversa que dure mais do que meia hora sem que se puxe o assunto.

Experimente fazer um lanche para as amigas e, aguarde. O assunto vem, passa e repassa.

Se prestar atenção, verão orações vindas dos mais humildes aos mais sofisticados ambientes.

Não há hipocrisia nessas orações espontâneas, há o bem vindo de dentro Daquele que deseja o amor da fraternidade.

E tudo o que escrevo serve para a minha leitura, porque tão importante quanto ler os amigos é saber se ler.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Consonante

Consonante

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Inverno de amendoim e guaraná,

Pipoca com café e televisão,

Torcida e futebol, mesa e sofá,

Desejo de ganhar, Gol! Seleção.

 

Difere do já visto, nota lá;

Confere ao som a sua saudação

Aos jogos e colore para cá,

O que era para o sol, a pontuação.

 

Aquece esse calor ao descoberto,

Num peito agasalhado ao cobertor

Do amor e da amizade. O que está certo,

 

Concreto, é o aproveitar e estar-se perto.

D’um junho a recordar acolhedor,

À pauta em consonância me desperto.

domingo, 22 de junho de 2014

A Continuidade / Crônica do Cotidiano

A Continuidade / Crônica do Cotidiano

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Todas as pessoas com quem conversei durante a semana se perguntam como será depois do torneio esportivo denominado World Cup – Copa do Mundo.

Temos mais alguns dias de folga e estamos aproveitando esses dias dos jogos para colocar os assuntos em dia, se é que se pode dizer assim; estamos festejando.

A dúvida é que não tivemos até hoje nenhuma festa com mais dias do que o Carnaval.

Todos nós estamos deixando de fazer algumas coisas em função dos jogos, o segredo é não perder o prazo das contas da luz e da água, as contas de todos nós igualmente. As rotinas estão diferenciadas e logo voltam ao normal.

Em conjunto, pessoas de todas as condições sociais, pensam no que estão deixando de fazer, são atitudes rotineiras que podem ser adiadas como as visitas, algumas saídas e passeios e estudos.

Houve uma observação bastante interessante de um garçom que contava do movimento diminuído e das gorjetas escassas. Ele se resolveu, está aproveitando os jogos e não está gastando com supérfluos. Gosto de gente que sabe aproveitar a vida.

Os alunos terão que se recuperar no mês que vem, não tem jeito. Algumas escolas suspenderam as férias de julho, outras minimizaram as férias de julho para cumprir o cronograma curricular das matérias.

As mercearias dizem que o que não se comeu hoje, geralmente não se come amanhã e estão se preparando para o mês puxado que terão pela frente.

São exercícios de futurologia financeira, mas a retomada da rotina levará uma semana após o final dos jogos, ganhe quem ganhar.

Embora não pareça, estamos todos dialogando e sobre todos os aspectos. Participamos da festa com a torcida para que sejamos campeões, mas olhando para daqui a mais ou menos vinte dias.

Estamos nos arrumando para prosseguir a rotina, mas não sabemos como alguns de nossos amigos se programam, o tempo livre é para o futebol. Sem hipocrisia, é justo que brindemos o futebol, nunca participamos tão ativamente de uma competição esportiva.

A impressão que se tem, no entanto é de final de ano: feriados, eleições, Natal e 2015, com sorte.

Mesmo assim, todos se programam para as suas rotinas de modo a se sair bem nessa rotina de um ano completamente diferente para nós, brasileiros.

O bom desse ano está sendo o diálogo aberto com essa franqueza polida que nos distingue.

De fato, todos nós queremos alguma rotina no dia a dia, mas vamos ver como será daqui a pouco.

Amanhã tem jogo: Boa Sorte Brasil!

sábado, 21 de junho de 2014

Escalas

Escalas

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Precisa-se de um dicionário,

Palavra e significado

Que explique o desafinar.

 

O surdo é funcionário,

Baqueta bate a mandado;

Quem precisa solfejar?

 

O aviso veio ao seu contrário,

Mandou-o algum recém-chegado

Que gosta de contrariar.

 

O coro canta o canário,

Precisa ser ensaiado,

Mas, quem o irá projetar?

 

Cuidando do estradivário,

Em casa fique ao cuidado,

Não queira se lamentar.

 

Sem maestro por missionário,

Ninguém responde ao chamado,

Melhor é se resguardar.

 

Entende-se o corolário

Assim sendo malcriado,

Querendo o som ao pausar.

 

E, nesse tempo o diário,

Das escalas em teclado,

Aquecem o sol e o lar.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Significativo!







Sinto-me agradecida por assistir e poder compartilhar com os amigos, lindo demais...

Projeção

Projeção

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Amplia-se a visão

Com graça e lazer,

Desocupação

N’algum entreter.

 

A imaginação

À tela é o escrever

De si, na razão,

Do amor, se prever.

 

Toda a concepção

Está no acrescer

Ideias de via e mão

Expressando o ser.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Rodamonte

Rodamonte

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Dobre essa esquina,

De saibro e ponte;

Veja a menina

Nesse horizonte.

 

A rua ensina

Do rio e da fonte

E determina:

O amanhã foi ontem.

 

Amor não é sina

Que se desconte;

Nunca termina,

É rodamonte.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O Mundo / Filosofando

O Mundo / Filosofando

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Encontrei no livro Quadrivium - Wooden Books Ltd, que é um livro de Filosofia sobre as Artes Matemáticas e Música que ganhei do meu irmão, conhecedor dessa paixão matemática, o filósofo Jâmblico e a sua frase: Não por sua causa o mundo foi gerado – mas você nasceu por sua causa (a dele).

É um livro para saborear com carinho, se é que se pode exprimir esse bem estar causado pelo livro.

Essa frase não contradiz o Gênesis e fala do bem latente da criação humana que é fazer desse mundo o melhor para se viver.

Se, o prefácio causa boa impressão, aos poucos, quem sabe, possa traduzir em palavras de onde vem tal paixão.

Também, ao início a afirmativa de que, se, por ventura existirem seres humanos em outros planetas, eles se encontrarão na mesma situação que nós, nascidos por causa dele, o mundo, e não vice-versa.

O mundo, em si mesmo, não é mal nem bom, a finalidade do mundo é ele mesmo, conforme foi criado.

O ser humano, não. A finalidade do homem não é ser humano, é fazer desse mundo que ele conhece o habitat perfeito para se viver. Em geral, os filósofos matemáticos procuram alguma fórmula para que a possibilidade exista enquanto matéria, sabedores da existência imaterial da alma, a qual nenhum matemático nega.

Parei nesse trecho, porque é difícil manter a concentração e não gerar pensamentos positivos a partir desse ponto.

O que significa gerar energia positiva, quando não se sabe exatamente o que se diz. Para mim, a geração da energia positiva é possível, tendo em vista que nada mais somos do que átomos e moléculas enquanto parte do mundo, mas essa energia é gerada intrinsecamente, de forma não conhecida em sua plenitude, através do que se denomina alma.

Pode-se procurar essa energia positiva com palavras boas e boas atitudes, esse é um esforço dinâmico que até pode funcionar. A energia gerada pelo pensamento dessa alma, esse lado interno, é que é o xis da questão.

Essa é uma energia gerada involuntariamente e tem como consequência a modificação da vida prática, do ser humano enquanto vivente no mundo.

Também sob o meu ponto de vista, o pensar positivamente em oposição ao que a alma determina, não gera energia nenhuma; são forças anuladas em si mesmas.

A alma sabe do seu bem estar e, geralmente cuida do bem estar físico, a sua moradia temporária. A alma tem que desejar a sua felicidade em harmonia com o mundo que se quer perfeito.

A busca da felicidade, para si, quando vem da alma, geralmente não é egoísta, idealiza todo o bem para o seu ambiente de vida palpável, esse mundo.

Nessa busca, muitas vezes, o caminho das pessoas é desviado sem que necessariamente signifiquem dificuldades ou problemas, às vezes são encontros inesperados com novas realidades desse mesmo mundo.

Quando tudo está mudado, algumas vezes percebe-se que o caminho fora traçado, não pelo destino, mas pela alma que buscava a felicidade, talvez alguma de paz de espírito para suportar melhor algum problema.

Quando a alma busca algum bem espiritual, ela gera energia e, os caminhos previamente planejados em busca desse momento feliz geram consequências outras. Essas consequências outras inferem no plano do mundo, o plano físico das coisas próprias do ser humano.

Toda alma quer é ser feliz, mas matematicamente, nessa busca feliz não há envolvimento dos sentimentos que não sejam idealizações do momento perfeito para fazer a alma sorrir.

Se, poucas linhas de livro, me fizeram devanear desse jeito, quero mais música e mais matemática.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Fortaleza





No dia 17/06/1970 o Brasil jogou com o México em Guadalajara. era dia de aniversário. Quem sabe algum dia eu conte do jogo, do bolão entre a família, do piano e dos boleros e do "como seria se não fosse", talvez a única maneira correta de se colocar essa expressão numa oração. Valeu!



DESEJAMOS BOA SORTE BRASIL!



Fortaleza

Hoje, aquele sofá,
Verde e branco é lembrar;
Criança, infância e sol fá;
Um piano a recordar.

Data, hora e vou já,
Pássaro tempo no ar,
Volta num patuá
Aquele dia a sonhar.

Foi-se o dia que virá
Desfeito ao desejar...
Deixa, deixa prá lá;
Hoje é dia de jogar.





segunda-feira, 16 de junho de 2014

Copa

Copa

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Levanta cedo

Porque o folguedo

Vai começar.

 

E de arremedo,

Esse brinquedo,

É festejar.

 

Que role o enredo,

 

Bola a rolar.

domingo, 15 de junho de 2014

O Defunto Alheio

O Defunto Alheio

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Coitadas, vivem dos trocados que ganham para acompanhar o cortejo, são pobres e se vestem de preto para chorar o defunto alheio. Ainda são requisitadas por gente sem família ou com família pequena.

Ainda ontem estavam no mercadinho da cidade. Estavam insatisfeitas, faz tempo que não conseguem um defunto para chorar.

Depois daquele caso de alguns anos atrás, ainda não se recuperaram.

Aquela ideia infeliz de achar que a Mariazinha estava nos seus últimos dias. Até hoje não se sabe de onde tiraram aquela ideia. O abatimento da moça não era tristeza ou desgosto, era cansaço, tanto que a magreza e a palidez se desfizeram em poucos meses de bom sono e boa comida.

O povo, cuja língua não tem osso, dizia que era doença de tristeza, solidão de acabar com qualquer um e que a moça estava definhando.

As mulheres se animaram. Nos seus vestidos pretos ensaiavam as rezas e os coros para defunto desacompanhado.

Consta que a moça soube e tratou logo de se arrumar, parecer bem antes mesmo de estar bem.

Deu certo e o povo parou de falar do abatimento para agora, falar que suas maçãs de rosto vermelhas mostram que a moça está gostando de alguém. O povo fala quando quer falar, o falatório não deixa de ser um lazer de fuga dos seus problemas, é coisa que ninguém impede.

Mesmo com aquela moça saudável e corada, as mulheres arranjaram os seus trocados. Estavam juntas naquele ar aborrecido que têm de vez em quando.

O interessante foi observar como elas se sentem enganadas. Falavam da boa aparência da moça como se estivessem ofendidas ou fossem enganadas.

Ouviu-se dizer que, a moça, sabedora que foi do interesse delas em chorar por ela, disse a todos da cidade que não queria nenhuma homenagem desse tipo. Que, se houvesse a tristeza, que ninguém chamasse aquelas mulheres para fazer bonito no cortejo.

Nesse caso, o falatório não era fuga de problema nenhum, era vontade de ter onde e por quem chorar. As mulheres sabem que esse é ofício para lugares pequenos ou bairros retirados do centro da cidade grande.

E a coruja não pia perto de onde elas queriam, a coruja foi piar noutro lugar, se é que quer piar.

Tem sim, tem gente que gosta de viver para chorar o defunto alheio, um desperdício.

sábado, 14 de junho de 2014

Pode Apostar

Pode Apostar

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Silmara era amiga da Ana Maria. A primeira de origem japonesa e, a segunda, de origem argentina.

Ambas nascidas no Brasil, portanto, ambas brasileiras e simpáticas, conforme os costumes do país.

Silmara era desenhista e Ana Maria trabalhava numa revenda de alfajores.

Numa conversa, Ana Maria contou à Silmara que estava pensando em deixar o emprego para trabalhar numa empresa de produtos alimentícios para a culinária japonesa.

Silmara arregalou os olhos e disse:

_Desculpe amiga, não vai dar certo.

Ana Maria ficou triste com a observação da amiga e disse que era boa vendedora.

Silmara disse que a questão não era o profissionalismo, era outra coisa. Baixou a cabeça.

Ana Maria pediu para que a Silmara dissesse o que haveria de errado nessa troca de emprego.

Silmara era amiga e disse o que pensava:

_Eu gosto de você e digo o que penso. Você não conhece o alfabeto japonês, não luta e nem faz intercâmbio de cultura com os outros povos orientais.

Ana Maria disse que era para vender os produtos da mesma maneira como vendia os alfajores.

_Eu tenho um metro e cinquenta centímetros de altura e te derrubo com dois golpes de judô. Pense bem, você tem 1:70 metros de altura, é mais alta e mais forte do que eu, mas não luta. Perdeu.

Ana Maria disse que não pretendia lutar com ninguém na loja de produtos importados.

_Parece que você não entendeu. A luta, para nós, não tem o significado de briga. Lutar é uma forma de desenvolver o espírito de acordo com as leis filosóficas nas quais acreditamos. Você sabe quais são as nossas leis espirituais e qual é o significado de cada degrau atingido na técnica da luta?

Ana Maria disse que não e perguntou se tinha algo a ver com o Ying e o Yang.

_Perdeu de novo. Não luto com quem não sabe lutar, você não sabe. Não me leve a mal, mas não deixe o seu emprego antes de estar contratada pela empresa. Você não conseguirá esse emprego.

Ana Maria insistiu que não haveria necessidade de lutar com ninguém, bastaria à entrevista.

_E as flores e os seus nomes, por acaso você sabe o significado?

Ana Maria disse que não.

Silmara continuou a explanação:

_Há toda uma simbologia para cada nome e toda a flor. Depois você também não conhece as técnicas de dobraduras e o significado delas. Não tem jeito, venda alfajores.

Ana Maria disse que admirava tanto a cultura da amiga, a delicadeza com a qual ela se dedicava aos amigos, o modo de falar suave e perguntou se a Silmara a considerava uma amiga pouco educada.

_Não é questão de educação, você é educada e eu sei que é boa amiga. Acho que o seu Karma nessa vida não foi direcionado a essa função. Além de não dar certo, ainda há a possibilidade de gerar Karma para a próxima vida.

Ana Maria disse que não acreditava nem em Karma e nem em Darma. A ligação dela com Deus era bastante diferente daquela da sua amiga.

_Não acredita em Karma e Darma, então por os quer criar? Sabe, são dialetos, são os muitos diálogos com os chineses. Você sabia que japonês se dá bem com chinês? Com todo o respeito, fique fora.

Ana Maria ouviu e pensou, mas não desistiu e a entrevista foi um fracasso, ela realmente não entendia da culinária japonesa. Por sorte não deixou a loja de alfajores e a sua vida ficou estabilizada.

Passado algum tempo as amigas encontraram-se novamente.

Ana Maria contou à Silmara que realmente não entendia nada daqueles produtos e, mesmo com os rótulos traduzidos, não conseguiu saber a função culinária dos produtos.

Silmara ficou séria e disse:

_Não tente mais. Para tentar você tem que conviver diariamente conosco pelo período de dois anos, mesmo assim parecerá uma criança pequena.

Dessa vez, Ana Maria concordou. Ela não entendia nada daquela cultura.

Silmara disse que, para cada um há uma destinação a cumprir e, quando qualquer um tenta sair desse cumprimento das leis filosóficas, ele corre o risco de gerar consequências para as vidas futuras.

Ana Maria disse que não acreditava nessas coisas, mas o disse com todo o respeito. Eram sinceras uma com a outra, a amizade facilitava a conversa amena.

_As nossas lutas são entre amigas e nos abraçamos após o seu término. Se você quiser lutar, conheço uma academia excelente. Depois da luta, vamos para o Yoga. Quer ou não quer.

Ana Maria estava atrasada para chegar à loja de alfajores, mas abraçou a amiga dizendo que conversariam outra hora.

Silmara disse que estava combinado o chá tomado no tapete da sala.

Ana Maria concordou, tomaria o chá com a Silmara, à maneira dela.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Serviço para Turistas / Crônica do Cotidiano

Serviço para Turistas / Crônica do Cotidiano

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Vejam a surpresa na hora do lanche, num cotidiano riquíssimo de ideias novas.

A maioria das mesas tem quatro lugares e, sento-me geralmente em mesas livres.

O cavalheiro e a esposa interpelam-me:

_Quantas pessoas estão à sua mesa?

É óbvio que em lugares populares e lotados dividimos a mesa com quem chega e quer um lugar para se alimentar sossegado.

Dali a pouco chegou o filho e, pronto, estava eu compartilhando do lanche de uma família.

Que experiência maravilhosa, eram avaliadores de estabelecimentos comerciais que vendem lanches.

As empresas, tais como lanchonetes e restaurantes, recebem etiquetas especiais a serem identificadas pelos turistas.

Não eram da vigilância sanitária e nenhum órgão de fiscalização; eram apreciadores dos sabores oferecidos em preço, quantidade e qualidade.

Assisti Ratatouille, mas nunca tive a ideia de como funcionava na vida real. Eles realmente vão a todos os restaurantes e lanchonetes e, disfarçadamente observam como é que os alimentos se encontram nas cozinhas, a forma como os pratos são preparados e se há algum prazer na refeição pelo ambiente proporcionado aos fregueses.

Contavam de alguns locais de alimentação e comiam normalmente.

A conversa era animada e, de certa forma agradável, mas quando falaram das moscas encontradas noutro local em que estiveram, mostrei que não gostei.

Eles me olharam como se eu estivesse errada, pois eles vão aos lugares com ou sem moscas, esse é o trabalho deles.

_A realidade é pior que o filme.

A cada garfada, um comentário.

Foi sensacional porque não imaginei encontrar justo o personagem avaliador de Ratatouille, disfarçado de família e à mesma mesa. Não abri a boca para falar, embora a minha alface tenha sido observada criteriosamente. Foi tão bem observada que a senhora pediu um prato repleto de alfaces. De fato, são rigorosos.

Por que alguns donos de lanchonetes são tidos como ratos, não convém explicar muito, embora tenha concordado com a ideia homem-rato. Numa metáfora poderia se dizer que eles roem a freguesia exatamente como, no filme, o ratinho ocupa o lugar do antigo dono do restaurante.

Os turistas estão garantidos com a sua alimentação porque eles estão cuidando de tudo. Nem imaginando, eu sonharia com essa situação gourmet popular.

O cotidiano vale ouro, quem sabe valha a taça também.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Regional

Regional

Transcrevo um conto genuinamente brasileiro, nesse jeito interiorano e recatado, ainda encantador na modéstia.

Numa folha de caderno dobrada e antiga encontro essa maneira de mostrar amizade sem se sentir humilde, em forma de história.

Se a amizade valeu, a folha de caderno é prova que sim.

“Intenção de Bem

O pica-pau correu por matas em busca da gira celeste que é a Mãe Ana, índia tupi-guarani.

Jurema, cabocla velha, vem em socorro dos necessitados, que querem e clamam a sua ajuda.

_Vamos avante, levante a bandeira, rendamos homenagem aos que ajudam. Não se abatam enquanto houver flor nesse chão úmido e fresco. Cortai os trabalhos que os fazem aflitos e proteja quem isto carrega e, os livra de todos os males e doenças.

Jesus nos ouviu. Amém.

Ass. Caboclo Jerônimo “

Se eu encontrei, é porque não guardei, teve mais gente que gostou e a guardou para mim. Sabia que à maturidade eu saberia ler melhor do que na juventude.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Mãe Guia











MãeGuia

Toda mulher quer seu filho,
Amamentar sua cria
Compartilhada em abrigo
De acalantar o seu dia.

Maternidade é ter brio;
Saber-se a mãe que irradia
Todo o viver em contíguo,
Na plenitude de guia.

Ser mãe é de Deus, um elogio,
Realização da alegria
De ainda se crer nesse brilho,
Que Deus proteja e a bendiga.



terça-feira, 10 de junho de 2014

Solidário

Solidário
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Esse navio conhece o mar,
Como a experiência do barqueiro;
Sabe o canal a atravessar,
O tempo, o vento e o marinheiro.

Ao seu calado um sussurrar,
Do mar profundo por inteiro,
Desde os seus peixes a salgar
Sem a sereia, sendo solteiro.

Mulher é lua a se esperar,
Vagueia a pensar no passageiro;
Toda a aventura é navegar,
Tendo o farol por companheiro.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ideologias INSTITUTO FMR Banda Fais Mi Rir







Tive o prazer de conhecer um integrante da banda Instituto Fais Mi Rir, Rap e MPB que procura produtores e apoios.

Dou toda a força para eles.

domingo, 8 de junho de 2014

Poema Triste

Poema Triste

A descrição coerente,
Ao relembrar como eram,
Até se diz contente;
Mas, ao ser, desesperam.

Nesse andar consequente,
Pondera o que moderam;
Ao respirar, se sente,
O que as chuvas fizeram.

Ao lugar pertinente,
Nesse olhar dos que esperam,
A esperança insistente,

À tristeza se deram.




sábado, 7 de junho de 2014

Prudência

Prudência

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Ventou e choveu,

Aconteceu;

Haja paciência

Em subserviência.

 

Percebi o breu,

Vim no que deu;

A antecedência

Previne a ciência.

 

Saber o seu

Relativo eu,

É da prudência.

Choveu? Paciência.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A Descoberta / Realidade Fantástica

A Descoberta/ Realidade Fantástica

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Eram cinco horas da manhã quando Karina resolveu procurar uma panificadora e café com leite antes de sair para o curso de treinamento.

Não demorou nada e voltava à portaria do hotel onde estava hospedada.

_O que houve? Algum problema? Perguntou o gerente do hotel.

_Eu estava saindo, mas ao meio da quadra havia três pequenos ratos pegando comida na lixeira. Eu iria comprar lanches, mas desisti; pensei na volta e no pacote de biscoitos que viria comigo.

_Ah, minha amiga, este é um dos segredos dessa cidade.

Karina riu-se.

Nas cidades organizadas, os problemas existem, mas as soluções também. O hotel avisou os vizinhos e a prefeitura.

À noite, quando voltou, os homens estavam de lanternas nas mãos vasculhando o lugar.

No dia seguinte, o gerente perguntou se estava tudo bem com ela.

Estava. Ela estava confiante de que não precisava temer, viu os homens em ação antes de adormecer.

O homem que estava próximo observou:

_É por isso que ela está aqui, ela não teme os ratos; avisa da existência deles. Boa pessoa.

Karina saiu, caminhando devagar, pensando na vida. Os problemas pelos quais já se passou, quando retornam, são menores, pois sabemos solucioná-los. Da cidade de onde vieram, os ratos eram problemas sazonais. Lembrou-se de quando era pequena e algum rato entrava em casa e, ao invés de correr ou grita, ia até a cozinha e pegava um banco de madeira na cozinha, onde subia, ficava a salvo do rato e se divertia vendo o pai com a vassoura atrás do camundongo. Gostava mais ainda quando tinha alguma prima, criança feita ela, gritando porque na cidade dela não havia ratos.

Enquanto a mãe ficava desesperada, a prima gritava ao lado dela, em cima do banco de madeira da cozinha. Ela ria muito, sabia que tanto o seu pai quanto a sua mãe pegavam ratos com uma perfeição inigualável. Talvez fosse o rato o primeiro motivo de sentir orgulho de estar naquela família de gente corajosa.

Naquele momento parou com as lembranças e percebeu a outra cidade e, mesmo assim, aquele orgulho infantil apareceu. Acabava de mostrar ao mundo que não tinha medo dos ratos. Um segredo encoberto pela maturidade. O espelho estava perfeito, brilhava naquela saudade absurdamente feliz.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Poema de Supermercado: A Bola

Poema de Supermercado: A Bola

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Revoadas de pássaros pousam

Pensando nos jogos, na bola,

Que logo virá. Já ecoam

As vozes diversas num “Ola”.

 

Turistas que torcem, mas ousam,

Falar português nesse enrola

O verbo e, como eu; não me ouçam,

Sou igual a vocês. De sacola,

 

Mercado, nas compras que somam,

Na escolha do bife de sola,

Ou, o frango cozido, onde entoam

Torcidas, ao esporte que rola.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Desagradável Tema / Crônica do Cotidiano

Desagradável Tema / Crônica do Cotidiano

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Em Curitiba faz frio, mas ao sol é bom de caminhar.

O frio convida ao café, mas, hoje, quis um salgado para acompanhar o café, conheço o lugar de bons salgados, café e gente disposta a conversar.

A moça que atendia o balcão da confeitaria que fica de frente para a rua, com o apoio das colegas atendentes, foi recolhida para a cozinha para fazer outros serviços no lugar.

Os fregueses olhavam para a moça esperando saber o que havia acontecido a ela.

A moça estava abraçada pela colega que a defendeu.

Parei o café e fiquei atenta. Se houvesse algo de errado na rua, eu precisava saber tanto quanto os outros frequentadores do local.

Segundo a colega que presenciou o fato, um homem foi ao balcão e perguntou se ela tiraria a manta dela por cinquenta reais. Parece que ele insistiu e a colega a abraçou para entrarem. Um jovem ficou no lugar delas.

A gerente disse em voz alta:

_Fujam mesmo!

Houve um silêncio terrível lá dentro.

Quando saí, pediram para que eu me cuidasse.

Noutra esquina, esperando o semáforo para os pedestres, uma garota pediu ao pai que comprasse um Ipad.

O pai disse a ela que não compraria nenhum computador de mão para ela. Disse que compraria um computador de mesa onde ele e a família pudessem navegar juntos na internet.

Eu sei que tem gente que me lê entre conhecidos e conhecidos da família e agradeço a todos.

Eu tenho responsabilidade pelo o que escrevo e, por mais que sugiram, há temas sobre os quais eu não escrevo porque realmente não sei.

Por exemplo: eu não sei sobre os outros blogs e nem os seus autores.

Nesse caso, está implícito que o público que lê o meu blog, suspeita que seja um brasileiro conhecido quem escreve para um determinado blog de humor em língua estrangeira. Eu não sei, não faço afirmações sem conhecimento.

Eu penso que quem acha que é um brasileiro conhecido que escreve para o tal blog, deve escrever para o tal blog e conferir a identificação do blogueiro.

Não adianta fugir do tema: Eu não sei se ele é mau?!

Mas eu sei que todos nós devemos nos cuidar, com propostas estranhas como essa que a moça recebeu enquanto vendia salgados.

Eu sei, igualmente, que precisamos viver dentro da nossa civilidade habitual e que o medo é bom enquanto não prejudica ninguém, faz parte da nossa própria preservação.

Estou com vocês nessa descoberta sobre quem é o dono do tal blog que apavora a galera. De repente, pode até mesmo ser de outro lugar.

De acordo, fugirei tanto quanto vocês. Vocês me convenceram.

Aos leitores informo que o clima na minha cidade varia muito, eis o motivo da crônica.

To: A Homeless lawyer, a handsome man, who can't take a home, walking alone on Central Park telling about his cause.





They looked one each other, but the circumstances were uncomfortable.

Eles se olharam, mas as circunstâncias eram desfavoráveis.



This is a beautiful story for whoever think about romances.

Esta é uma linda história para quem gosta de criar romances.



We can create good stories throughout the world, but it needs a mood to believe that love is possible.

Podemos criar boas histórias em qualquer lugar do mundo, mas é preciso disposição para se acreditar que o amor é possível.



The happiness needs the will of each human being.

A felicidade necessita da vontade de cada ser humano.




terça-feira, 3 de junho de 2014

Minuano

Minuano
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Parece que ecoa o minuano
Ao poncho de lã de carneiro,
Sotaque gaúcho e pinheiro
De laços e fitas de pano.

No entanto, é o frio curitibano,
Assim encolhido ao passeio,
Vontade a ficar de aperreio;
Pinhão, terça-feira sem dano.

Soletra em destaque esse engano,
De chiste ao ser aventureiro,
E come o pinhão de recreio;
Folclore de feira em todo ano.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Espaço de Amor

Espaço de Amor

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Confesso é o espaço de amor,

Carinho de algum pedestre,

Que riu desse desamor,

Querendo a vida campestre.

 

Vivendo em campos de flor,

O sol dá a luz sem que empreste

Ao seu encanto, sonhador;

Teimoso tal flor do agreste.

 

Sabendo a mãe o parto e a dor,

Ao filho se torna mestre;

Não guarde à vida um rancor,

Que todo campo é silvestre.

domingo, 1 de junho de 2014

Poema Em Cima do Muro

Poema Em Cima do Muro

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Quero um poema em cima do muro,

Que não faça mal a ninguém,

Que não seja claro ou escuro

E não tenha nenhum vintém.

 

Sem promessas e nem perjuro,

Onde se esconda o quê ou algo ou quem;

Comprometa-se a esse ser puro,

Mas não seja apenas também.

 

Nem amarra ou fruto maduro

Saboreado ao gosto do nem;

Ao prazer desse não esconjuro,

Mesmo sendo o muro e o convém.