Rio de Janeiro

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http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Madalena, a primeira


Ao deixar o seu traço,
sem tirar o sorriso
e o batom num abraço,
Mas mostrando serviço:
Feliz Dia do Trabalho

E tomara que o Youtube permitaPaz! Presente da Sweet Melody

domingo, 29 de abril de 2012

Responsabilidade Familiar do Empregador – Reflexão

Responsabilidade Familiar do Empregador – Reflexão
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Pode parecer carolice, mas sem citar a palavra religião, e, tendo em vista a desestruturação das famílias, consequência da vida agitada, da violência e dos novos comportamentos sociais, penso alguns rumos para minorar as dificuldades familiares em tempos de competição deslavada.
Eu me pergunto o porquê da transferência de funcionários casados e com a família estabilizada para outras cidades? Qual é a importância para a empresa em termos de custo-benefício em escolher os estáveis sob o ponto de vista social para assumirem compromissos longe da sua célula familiar. Sobram mulheres e filhos numa localidade e maridos em outra localidade, saudades e dificuldades não compartilhadas, lazer negado. Sim, lazer negado. Os maridos e mulheres que assumiram o compromisso ficam restringidos na sua vida conjugal contando com os apoios de mães e sogras, irmãs, etc. Nenhuma família funciona de maneira ideal quando se vê obrigada a ficar agrupada a outras famílias e colocando em segundo plano a célula-mãe: o casal e os filhos. Mesmo quando são casados pela segunda vez após o primeiro divórcio. É antinatural porque o natural seria que os mais frágeis, ou seja, os idosos e incapazes, dependessem dos filhos e obtivessem a ajuda deles. Com tantos profissionais solteiros e divorciados e avulsos, existe a necessidade de se transferir um dos cônjuges sob a pena de um possível desemprego?
Esta escolha entre emprego e vida familiar estável é injusta antes de tudo, inclusive antes do lucro. É uma reflexão e nem sei se eles, os empregadores, leriam com boa vontade este texto.
Outra sugestão é a de que o empregado saiba as suas funções detalhadamente, coisa que nem sempre ocorre. É a desorganização da empresa que confunde as funções e mantém o empregado sob pressão constante. Este é o empregado que dorme sonhando com o emprego, acorda cansado, vai ao trabalho com medo e a mulher reza para que ele perca o emprego, mas que permaneça vivo. A doença estresse entra pela porta da residência familiar e acaba por contaminar a todos. De repente ninguém mais se entende, os mal entendidos se sucedem porque ninguém consegue pensar após a pausa para a recreação dos fins de semana. Digo recreação como construir uma casa para pássaros no quintal ou fazer compras observando os novos produtos expostos nas prateleiras. Penso que, nesse caso, ou o empregado é mandado embora, ou a empresa se contamina pelo problema que ela criou. Não é dever de a empresa desestruturar a unidade familiar.
E, por fim, penso que o empregador deveria pensar nos meios de proporcionar qualidade no ambiente de trabalho de qualquer função, mas quem sabe investir em britadeiras silenciosas, máscaras confortáveis protetoras de produtos químicos, cal fino, etc. A empresa pode e deve investir em tecnologia de qualidade de ambiente de trabalho. Não se joga para a invalidez a mão de obra qualificada, treinada e eficaz. Preservar a mão de obra é preservar a família desse empregado e o consequente desenvolvimento das suas potencialidades.
Por hoje é isso, acordei com o bicho grilo nos meus ouvidos.

sábado, 28 de abril de 2012

Peneira

Peneira

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Mudam-se as dunas e a paisagem,

Viagem no tempo que este vento

Côa na peneira e nessa passagem

Rápida ao vago entendimento.

 

Fina areia cálida à bagagem

Leve onde insiste no talento

Grão de elegante bricolagem,

Brilho de espelho ao céu cinzento.

 

Flana em contraste a essa paragem

Surda ao meio termo desatento,

Faz desse sol camaradagem

Desses destinos tão poeirentos.

 

Nesse cenário de miragem

Sonha-se pingo d’água e alento

Da alma inventada à aeroplanagem

Feita de chão e conhecimento.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Azulejos

Azulejos

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São tantos os azulejos

Do Tejo àqueles do Egito,

Histórias de ais e festejos,

Segredos do cais antigo.

 

São dias de todos os queijos

Na sorte do que é imprevisto;

Não vivem de amor os pejos

Da dor, da morte e do grito.

 

Porque foram azulejos

Que viram todo o perigo

Dos ventos e tantos despejos

Inúteis de céu e corisco.

 

Que a chuva e seus relampejos

Não firam o amor e o amigo;

Que traga no peito ensejos;

Não sirva a ninguém de abrigo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estilo Querido Diário

Estilo Querido Diário

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Querido diário, tantas tarefas e arranjei um tempo para sair e pagar alguma coisa. O dia começou no banco e à tarde.

O caixa eletrônico não funcionou. Uma funcionária disse que o sistema estava fora do ar. Não me dei por vencida e fui noutro banco. Gentilmente disseram para que eu nem entrasse na agência porque não se podia fazer nada lá dentro. Pensei que poderiam servir um café e conversar sobre o que acontecia se não estivesse com pressa e tivesse outro compromisso.

Liguei para casa e avisei que hoje não era dia de banco e que algo estava diferente. Quando liguei, quem fazia a reforma (devidamente feita no novo prazo) avisou que o celular dele não funcionava. Se eu liguei, o meu que era de outra operadora, funcionava.

No outro lugar as pessoas conversavam sobre o apagão. Logo no dia 25 de abril? Que esquisito! Mas estamos no Brasil e aqui nada é suficientemente esquisito. Até conversei com um conhecido sobre o significado do dia 25 de abril de outro país, no caso, Portugal.

Enfim, estávamos perdidos e sem saber o que fazer, eu e o público em geral. Teve gente que abriu a carteira e mostrou a nota de dez reais e disse que era tudo o que tinha. Outro disse que não teria como jantar sem o cartão de débito. Outro não conseguiu ligar para a sua casa.

Muita gente foi para casa com medo de ficar na rua, sem dinheiro e sem poder se comunicar com ninguém. Não houve pânico, mas não consegui me concentrar com a possibilidade de ficar com o que eu tinha na carteira para ir ao supermercado.

Na rádio avisaram que o sul do país estava isolado das comunicações porque três cabos se romperam na divisa do Paraná com São Paulo, mas a pane nos bancos foi geral.

Uma garota chegou com cheque para pagar a conta e disse para que descontassem quando pudessem.

Sem mais nenhuma explicação o sistema voltou por volta das cinco horas da tarde. Saí correndo para pagar a minha conta, não gosto de me atrasar com as minhas obrigações. Depois fui ao supermercado quase vazio na hora de maior movimento.

Hoje ficamos com medo do desconhecido que seria ficarmos isolados do resto do país por tempo indeterminado. Porque a rádio avisou que estávamos nesta situação às três horas da tarde, mas a omissão de um apropriado esclarecimento ao público foi de indignar qualquer cidadão de bom senso. Eu estava na rua e os outros também e o que se ouvia era: _Será? O que você acha que é isso?

Dias diferentes como o de hoje merecem ficar registrados e comentados. Sinceramente, creio que todos nós aguardamos maiores informações sobre o ocorrido e o que foi feito para solucionar o problema. Também esperamos que nos expliquem porque aquele silêncio ultrajante e omisso de quem deveria estar alardeando que tudo estava bem, que os bancos voltariam a funcionar normalmente, que as mães não precisavam levar as crianças para casa, que ninguém estava isolado do resto do mundo senão temporariamente. A internet também foi omissa, nenhuma explicação e nenhum furo de reportagem e entrevista.

Querido diário, hoje é um dia para não esquecer, com a reforma e com a gentileza de uns para com os outros. Muito estranho.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dalva Tarde

Dalva Tarde

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Estrela de brilho terno

Que sempre ilumina o céu,

Clareia na tarde o mistério

Que a névoa encobriu com véu.

 

Não deixa o brilhar inepto

À estrela e o seu fogaréu,

Mas é certo neste incerto

Momento, o sabor do mel.

 

Solstício de um bem secreto

E cisma de um carrossel,

Foi do ontem ao encontro etéreo

Que a Dalva surgiu escarcéu.

sábado, 21 de abril de 2012

MEME CONHEÇA O (A) BLOGUEIRO (A)

MEME CONHEÇA O (A) BLOGUEIRO (A)

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Quem me indicou este meme foi o amigo Antonio Pereira do blog www.aponarte.com.br , o qual recomendo, pelas experiências poéticas e pelo prazer da leitura.

Sou-te grata pela lembrança do meu blog neste meme.

Perguntas e respostas:

1 – Quando surgiu a ideia de criar o seu blogue?

A ideia não surgiu, foi sugerida pelos amigos, que após alguma insistência, me convenceram de que era uma boa ideia criar um “blogue para guardar o que se escreve”, e como se fosse um antigo caderno de poesias, eu o concebi.

2 – Origem do nome do seu blogue:

Bom, sempre gostei das delicadezas do lar tais como tricô, bordados e culinária, além de gostar de música, fotografia e artes em geral. Neste pensamento encontrei a palavra Artes. No entanto, senti que faltava algo que caracterizasse os textos, porque escrevo à medida do que me apetece e faço os meus escritos sem pretensões. Escritos? Eu pensei “escritos”, mas a palavra escritas soava feminino e gostei da feminilidade na apresentação do título. Artes e escritas, pronto!

3 – Você teve/tem outros blogues além deste?

Sim, tenho um blog em construção, porque ainda não tenho certeza se continuará no formato. Está em caráter experimental funcionando como uma base de ideias a serem desenvolvidas ou não. Peço aos amigos que me desculpem, mas a divulgação ocorrerá quando houver alguma certeza de que o formato é funcional e de acordo com o que eu pretendo, somente e se, estiver de acordo com o que imagino é que ocorrerá a divulgação.

4 – Já pensou desistir alguma vez do seu blogue?

Desistir? Não. Mesmo quando não tenho tempo para blogar, anoto textos e penso na continuação. Penso que o segredo é não divulgar antes de se ter a convicção dos seus objetivos, para que não ocorra a desistência dele, apenas surjam intervalos maiores na atualização dos textos.

5 – Mande uma mensagem para os seus seguidores:

Aos meus seguidores digo que: O contato e o diálogo através destes textos me faz crescer em conhecimento, aumentando a interação com as diversas correntes de pensamento e hábitos culturais. São vivências únicas a de cada blogueiro, mas a experiência literária compartilhada é extremamente gratificante para quem lê. Mantemos relacionamentos cordiais e interessantes de tal maneira que possam ser trazidos para a vida real, como já aconteceu em alguns casos bastante simpáticos.

Sobre o blogueiro: Yayá Portugal

1 - Uma música: Sonho Impossível

2 – Um livro: A Bíblia

3 – Um filme: A série As Crônicas de Nárnia baseados nos romances de C.S. Lewis

4 – Um hobby: tricô.

5 – Um medo: Tinha medo da hora da prova, mas as pastilhas de hortelã ajudam e muito a distrair a preocupação.

6 – Uma mania: ouvir rádios populares.

7 – Um sonho: Decorar cinco partituras complexas.

8 – Tem coleção de alguma coisa: A palavra coleção no sentido de adquirir coleções de livros e CDs é interessante, assim tenho algumas coleções de livros e CDs. No momento acompanho a série da Coleção Folha Ibero-Americana da editora Folha de São Paulo e compro os livros que ainda não li.

9 – Não consigo viver sem: pequenas guloseimas.

10 – Gostaria de fazer alguma pergunta aos próximos participantes:

Você tem algum gênero de literatura preferido? O que mais te atrai nesse gênero?

Resposta à pergunta do blog anterior:

Qual a importância das redes sociais para você e o seu blog?

R: Vejo em cada rede social uma funcionalidade específica e no que tange aos blogs acompanho alguns deles pelo Twitter e outros pelo mais1. Depende da preferência do blogueiro e da funcionalidade que ele mantém entre o blog e a rede social esta importância. O twitter funciona como alerta de postagem e o mais 1 adiciona uma possibilidade de resposta nova ao blog.

Agora o meu convite aos dez blogueiros:

Eis os meus convites para que participem deste desafio, lembrando que o aceite é optativo:

http://os7degraus.blogspot.com.br/

http://lola-elmundodelola.blogspot.com.br/

http://contos-poemas.blogspot.com.br/

http://rimablogeutedouumaflor.blogspot.com.br/

http://mdfbf.blogspot.com.br/

http://onovoblogdosforninhenses.blogspot.com.br/

http://sandra-sentidos.blogspot.com.br/

http://vivereafinaroinstrumento.blogspot.com.br/

http://algarve-saibamais.blogspot.com.br/

http://dallianegra00.blogspot.com.br/

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dormindo no Ponto

Dormindo no Ponto

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O lojista Fernão conseguiu amealhar com o lucro da sua loja recursos suficientes para pensar em abrir a filial.

Comentava com os conhecidos sobre este seu desejo quando o cidadão se aproximou e ofereceu aos presentes uma loja sua pretendia vender. A construção tinha dez anos e havia sido reformada há poucos dias atrás.

Fernão se interessou e foi ver a loja. Verificou a documentação e os impostos, estava tudo em ordem e ele poderia comprar.

Entusiasmado, contou a todos os amigos, conhecidos e fregueses sobre o investimento. Uma das freguesas da loja atual pede a ele que não faça o negócio, que espere outras propostas e não se precipite.

Fernão ouve os conselhos, mas os ignora e compra a loja. Investe e se prepara para dois anos sem lucro porque tem que fazer o ponto comercial ainda inexistente.

Nos primeiros meses não aparecem fregueses e as roupas ficam no estoque, paradas. Ele observa a loja e conclui que terá que gastar em propaganda para conquistar clientes. Não adiantou. Passaram-se dois anos e a antiga loja começou a sustentar a nova loja e os seus gastos pessoais.

Tudo o que fora planejado dera errado. Vendeu a loja nova ao antigo proprietário por valor inferior ao investido e se livrou do problema.

Voltando a trabalhar na antiga loja voltou a se encontrar com os fregueses. Acabou por atender aquela que pediu para que ele aguardasse outras propostas antes de comprar a filial e disse que ela tinha razão.

Comprou de novo quem vendeu

Pagando um preço de desconto,

Não foi o primeiro que perdeu;

Malandro deixa o povo tonto.

E vende e compra do que é seu

E o engano ilude nesse ponto,

Dinheiro na isca que se roeu

Porque esse vale é sem abono.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Confiança

Confiança
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Não se joga fora
O que não se compra,
O valor do agora
Faze-te a lisonja,
Graça peremptória.

Veio de era remota
A lição assim pronta.
Afinal decora
O viver sem sombra,
Aprendendo a história.

Não se manda embora
E a confiança conta,
E o saber namora,
Todo o texto em soma
Sem fazer paródia.

domingo, 15 de abril de 2012

Exercício

Exercício

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O seu jeito pouco heterodoxo

Convenceu-me do hábito ao exercício,

Mas parece estranho o paradoxo

Do depois de ruído, o som e o mito.

 

Percepção aguçada sem remorso

Ao nascer consenso nesse grito,

Vem e manda ao corpo esse alvoroço,

Dolorido ensaio ao benefício.

 

A palavra tarde mostra o esboço

Do descanso acima do armistício,

E seria maldade não fosse osso

Precisando desse raciocínio.

sábado, 14 de abril de 2012

Ponderação

Ponderação
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Os dias sem flores são de pedra:
Maduros, cinzas, reais, não mais;
E, aos verbos pedem que a cautela
Se insurja e seja perspicaz.

Forjada à tábua e à razão média,
A busca insulta os racionais
Numéricos por via de regra,
E foge aos cálculos normais.

São dias de raiz de forma e réstia,
Quadrada e feita à mão e com lápis,
Ungidos, sóbrios de modéstia
Que surgem úteis e cordiais.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Contraposição

Contraposição

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O seu torpor

E este meu amor

São diferentes,

Inconsistentes

E desiguais.

 

A sua dor

Não vem da flor,

Vem desses dentes

Assim dormentes

E sem ideais.

 

O contrapor

Nasce cultor

Aos Coincidentes;

E aos divergentes,

São imateriais.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Poema Operário

Poema Operário
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Ouço a bigorna e o martelo,
Poema operário de sonho
Áspero à frase sem prelo,
Dita e pensada sem dono.

Bate à parede com prego,
Fura e põe rosca ao canhoto,
Pincha o tijolo num certo
Prumo, constrói o seu rastelo.

Some depressa o seu tédio
De arte, aparato e reboco;
Canta uma moda-remédio
A essa mulher desse almoço.

Poema que mora no incerto
Da arte que foge ao rebolo,
Sente nos calos o cego
Tato à caneta de cromo.

Serve buscando o caderno
Para pintar o barroco,
Necessidade do inferno
É poetizar esse pouco.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Fotografia

A Fotografia
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A melhor fotografia
Qual seria? Da revelada
À esperada, ou, a carcomida,
Ou, ainda aquela amarelada?

E se fosse a que não havia
Apesar de estar fincada,
Tanto além quanto a coxia
D’uma Inês embalsamada.

Na labuta e correria,
Desornada e realizada,
A ferida cicatriza
Nessa etérea gracejada.

domingo, 8 de abril de 2012

Flor de Bananeira

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A flor de bananeira,

Nascida nesse baldio

Terreno d’uma ribeira,

Violeta ao dia enrubescido,

Alegra esta jardineira

E anima o verde vadio.

 

Exótica e alvissareira,

Resiste a todo gradil

Da moça namoradeira;

E, à nobre folha gentil,

Proclama conversadeira,

Banana ao pobre gentil.

sábado, 7 de abril de 2012

Feliz Páscoa!

Feliz Páscoa!

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A vida nova,

De novo vida,

Renasce agora.

À Insanidade

À Insanidade

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O louco diz o que vem à telha,

Mas pensa e sério na sua cura.

Saber-se febre nessa incerteza,

Saber-se doente é como uma surra

Ao ouvinte sôfrego de tristeza.

 

Do louco todos furtam a mesa,

E o afastam muito na amável fuga

Discreta, saibam que ele se queixa;

Do amor sincero e da ciência pura

Espera logo obter a certeza.

 

O mundo, como um louco despreza,

O ser humano nesta esconjura

Que expia e padece; esquece a centelha,

A luz que o habita; assim sendo expurga

Momentos raros de singeleza.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Sacrifício

O Sacrifício

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A cada qual a sua cruz,

Em busca dessa Santa Luz

Que vive em todo o seu esplendor

E livra todo o pecador.

 

Liberto e junto ao Pai, Jesus;

Amando o ser sem pedir jus,

Afasta o medo com amor,

Com fé e esperança a toda dor.

 

Orar eleva a alma e conduz

Ao bem estar da paz, seduz;

Retiro ao espírito e fervor

Que inflama e aclama o Vencedor.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Café da Manhã

Café da Manhã

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Passe o pão, distribua;

Conte o que te incomoda,

Rói a alma o que te magoa;

Não morda a dentadura.

 

Nesse segredo a sua

Dor aumenta e se demora,

Não finja que perdoa

Tudo, isso cria amargura.

 

Pensa na emoção pura

Nessa manhã de folga,

Vem que vem nessa boa

Fé pra vencer a lua.

 

Fica solta a aventura

Nesse chover garoa;

Molha-te numa boa,

Sirva-se de brandura.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Soneto da Compreensão

Compreensão

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Se for o caso, estudo de madrugada,

Buscando o tempo livre desse meu arbítrio.

Às vezes, pulso da égide iluminada

Do ser, razão e emoção e tendência ao infinito.

 

Se à aurora o dia se mescla na passarada,

Chilreia nesta ânima o ônus que protege o híbrido

Saber da culta esfera, na liberada

Bonança de onde o sonho se guia ao rito.

 

Questiono a mim e a ti, enquanto o sono insiste;

E perco nele sempre, por certo durmo,

Passando logo ao irônico do limite.

 

Aprendo e entendo o que o outro pensa e permite;

Às vezes sério, ou cômico, ou até soturno,

Porém humano. Sei do outro, que ele existe.

domingo, 1 de abril de 2012

Ramos

Ramos
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Que flanem os ramos
Nas ruas e praças,
Nas mãos feixes lhanos
Às festas da Graça.

Que venham os anjos
Antes da matraca,
E todos os santos
Verão o que se passa.

Louvores e cantos
À Terna Palavra
Os faz soberanos
Na fé que os consagra.

Jesus em Seus mantos,
Mostrando da lavra
De Deus os Seus planos
De sacra chamada.