Soletrar
Soletrar
Por pensar:
Deus existe,
Está no ar.
É só orar,
Mas insiste
Sem parar;
Que te assiste.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Soletrar
Soletrar
Por pensar:
Deus existe,
Está no ar.
É só orar,
Mas insiste
Sem parar;
Que te assiste.
Multiverso
Nada com nada
É o multiverso
Da atordoada
Cena falada
Ao desconexo,
Simplificada
E imaginada
Num tal reverso.
Tartaruga
Plano muda,
Tartaruga
De compasso,
Que se enruga,
Sua e enxuga;
Segue ao passo
Dessa lua,
Risca o traço.
Pensamento
Pensamento
Toma o tempo
Calculado
Contra o tempo;
Um momento
Fabricado
É o sedento
Poetizado.
Superego
Procuro um pensamento
Que me explique este tempo
De tanta obrigação,
Que é do discernimento,
Que diz acolhimento,
Porque é da educação,
Porque é do polimento,
Superego em ação.
Microrreflexão
Ouço o relógio em seu tic-tac, um ou outro veículo na rua, e penso o silêncio.
Nem o silêncio é absoluto, pois até as folhas das árvores têm o seu farfalhar.
Tenho que escrever, pois o relógio toca um metrônomo, num único compasso e exato, mas eu o subdivido em muitos ritmos, logo eu, inexata e humana.
Humanidade, essa necessidade de ser racional, como se fosse possível, porque as percepções estão com todos os humanos, e os livros dizem que existe mais que razão e emoção.
O mais próximo possível desta sensação silenciosa e reflexiva é a música, porque há o indizível.
O silêncio não se traduz em conclusões apressadas, mas em reflexões vindas de pesquisas ou de ensinamentos, e um deles volta e meia volta em busca de uma explicação plausível
_Saber música, saber decorar, então é isso! Mas isso não me satisfaz sem que haja uma tradução dentro da alma e que seja significativa.
A busca do ser por e para ser é mais que o saber.
Cesta de Papéis
Páginas amassadas
E escritas sem vontade,
Rimas verificadas,
Com métrica, e o que evade
De um lápis, rabiscadas
Letras de assiduidade,
Que são confeccionadas
Contadas à unidade,
Até mesmo versadas
Em versatilidade,
Depois desconversadas
E sem utilidade.
Poema Abstrato
Dá-se um jeito
No retrato
Meio desfeito,
Literato;
Dá-se um jeito
Imediato,
Imperfeito,
Mas sensato
Contrafeito
Ao substrato,
Seu preceito
Sobre o abstrato.
Sociabilidade
A responsabilidade
De viver em sociedade
É subjetiva e sensível
Ao se fazer o possível
Dentre a possibilidade
Do que se mostra, humildade
Que é decidir o factível,
Pois o destino é invencível,
Posto a periodicidade
Do sol, temporalidade
Que se atravessa invisível,
Como parte do tangível.
De Algum Jeito
Pensamento vago e distante,
Posto que nem tudo é constante,
E o inesperado vem calado,
Bom ou ruim, solidificado
Numa realidade mutante
De um tempo pleno e com variante,
A todo ser esperançado,
Onde crer não é o ter alcançado,
E o não saber é contrastante,
Mas dele se faz resultante
A necessidade do achado
Para se ter o saber variado.
Meia Verdade
Ter idade
Não é cansaço,
Nem vaidade,
É um tal lasso;
Mocidade,
Linha e laço
Da cidade
Desabraço
Da saudade
No compasso
Por vontade,
Meia verdade.
Fica no Ar
Antes de ler,
Antes se ver
Para pensar
Sem descrever
O livro a ler.
Repaginar,
Porque escrever
É imaginar.
O Bastante
Inteligível,
O que é coerente
Sem ser incrível
É o suficiente,
Com prumo e nível
Ao condizente,
Porque é factível,
Porque é congruente;
Meta atingível
Dentro da gente
É meio invisível
E meio prudente.
Dimensão Musical
A dimensão musical,
Mais que da imaginação,
É o sentido e percepção
Diferente e desigual,
Porque é única e individual,
Quando chega a sensação
De se soltar em doação
A si mesmo, e ao céu de vial
Sonoro, mas não casual,
Depois do estudo à ficção,
Posto que o esforço é canção,
Com pés no chão, e ficcional.
Temporalidade
Agilidade
E animação,
Frugalidade
Da sensação
D'uma vaidade
Na cerração
De tempo e idade
Da compeensão;
Trivial é a idade,
Compensação
De um talvez não,
Talvez deidade.
Canção-Poema
Outro chão
Come o pão
Quando adoça,
Segue a mão,
Nada é vão
Nessa bossa;
É canção
Que se apossa.
Tempo Contemplativo
Outra estação,
Outono e cor,
Neblina em flor,
Orvalho ao chão
Se mostra em cor,
Contemplador
Dessa razão,
Maturador..
Outono
Todo o tempo
Diferente
Segue o vento,
Folha ao vento
Docemente
Vai-se ao tempo;
Passa o tempo,
Normalmente.
A Escultura que Passeia
Pela janela observo a escultura de mais de dois metros de altura sobre um pequeno trator em meio ao congestionamento de fim de tarde.
O trator passa devagar, com sinalizadores sonoros e de luz ligados.
Da minha janela vê-se perfeitamente a estátua de mulher, provavelmente de mármore, porque não conheço pedra branca com tal estrutura para suportar uma ladeira sem se danificar.
Foi para a restauração ou para algum museu, e sou péssima fotógrafa do inesperado.
A arte se move somente pela imaginação de um artista, mas neste caso, pelo tratorista.
Um tratorista que se mostrou artista, porque na hora do congestionamento, ele sabe que não pode andar em velocidade normal, e tem que seguir a velocidade lenta do trânsito.
Estava bem iluminada para que nenhum automóvel na rua se enganasse sobre o tema.
A arte moderna composta com artes plásticas mereceriam um retrato.
O que eu gostaria é de saber a respeito da estátua a tempo de filmar, não da janela, mas da rua,
como um aplauso solitário, e depois fazer a postagem, mas não foi possível.
A segurança da estátua não permitiria, mesmo que se soubesse.
Carros, semáforos ,e estátua fariam uma boa e significativa postagem.
Que fique a beleza inesperada e repleta de arte para os leitores, porque me é impossível descrever com todos os detalhes a experiência que tal imagem, enquanto obra de arte, causou na alma, de tão bela e extravagante que a composição se fez.
Grata aos leitores que lerem o texto.
Mover por Pensar
Se pesquisar
O não saber,
É se entreter,
Vale passear
Nesse aprender,
Por se querer
Amenizar
Nesse mover.
Específica
Seja mania,
Ou companhis,
Toda a emoção
Diz melodia,
E o que seria
Dessa canção
Que já não ouvia
Com atenção.
Continuar
Recomeçada,
A começar
E caminhar,
Objetivada
Em continuar,
Foto a focar
Por essa estrada,
Quando pensar.
Aleluia
É a significação
Da Páscoa o renascer
De Cristo em salvação
De o ser em comunhão,
D'alma a se engrandecer
Pela ressurreição,
Eterna condição
De Deus e seu mister.
Deus Humano
Para se ver
Conforme escrito,
Santo e bendito
Ao renascer,
Não reescrever
O que foi dito,
É Jesus Cristo
A se mover,
E pertencer
Eterno e escrito,
Profecia e rito,
Previsto Ser.
Verbo Contido
Não precisa motivo,
A individualidade
De Deus é o seu covívio
Com toda a humanidade
Através de seu livro
Feito de eternidade,
Pela palavra vivo.
E feito de humildade.
A leitura é um alívio
Até para a vaidade,
Que diminui ao incentivo
Do verbo da amizade.
Descobrimento
Caminhar
E buscar
O saber,
E ao encontrar,
Vale amar
O saber
A se dar,
E o escrever.
1º de Abril
Localizado o tempo,
As suas referências
Mostram de hoje o lamento
Dessas irreverências
Das mentiras, e o assento
Sereno das tendências
Ao ideal de algum consenso
Ausente às coincidências
Inventadas num tempo
Onde outras experiências
São do discernimento
As falsas aquiescências.