Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Plim

Plim


As pedrinhas de gelo

Na janela do zelo,

Em leve movimento


De delicado apelo

Sonoro num degelo,

Trazem distanciamento,


 E à janela modelo

A vontade e o andamento. 

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Ensolarado

 Ensolarado


Agradecer,

Obedecer

E ponderar


O que fazer,

Devaneio a ser

Pestanejar,


Muito a fazer,

Muito a pensar.



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

domingo, 28 de janeiro de 2024

Exercício

Exercício


Ainda canção,

Ainda lição

A se estudar,


Animação

De coleção

A se escutar,


Para a audição

Exercitar.

 

sábado, 27 de janeiro de 2024

Poema Psicológico

Poema Psicológico


Nem tropical 

Nem matagal,

Urbanamente


Em susto igual

Ao raio fractal,

Exatamente


Do natural

Ao ansiosamente. 



 



sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Outra Versão

 Outra Versão


     Após o telefonema, pegou o trem de Santos para São Paulo.

     Naquele trem havia uma mulher ao lado dele, e a mulher tanto incomodou, que ele acabou com o filho dela no colo.

     Chegou a São Paulo com o bebê da mulher no colo.

     A esposa havia ido esperar por ele na estação, pois naquele bar de Santos ele havia dado dois telefonemas, um para a polícia do delegado Barros, e outro para a casa do cunhado, avisando que estava voltando para São Paulo.

     O problema não demorou, e a esposa se sentiu desreipeitada por ele.

     _Como desrespeitada? Estou agindo como membro da Assembleia de Deus, e quer saber de mais, você não imagina o quanto eu te respeito!

    Naquele fim de tarde a discussão continuou, e no dia seguinte foi pior.

     A discussão foi tão intensa dentro do automóvel, que ela saiu do automóvel e disse para ele ir para casa quando estivesse se sentindo melhor, porque ele estava louco.

     Ele voltou para casa após anoitecer.

     _Onde você esteve? Que loucura foi aquela dentro do automóvel?

     Ele disse que tinha ficado à esmo, perdido em seus pensamentos e a loucura que eles causavam.

     Nenhum dos dois pediu desculpas pelo acontecido dentro do automóvel.

     _O que foi que aconteceu? Você estava transtornado, perguntou ela.

     _Fui traído. Não era para chamar a polícia em caso de agressão. Era para avisar a polícia sobre a situação de Santos. Perdi a confiança neles. (Acabou, quebrou o cristal)*. Eles me usaram. Não sou da polícia, ou dos adeptos do delegado Barros.

     Respirou fundo, olhou nos olhos dela, e a percebendo assustada e amorosa, sentou-se em frente a ela.

     _ Santos estava no inferno. Quando me pediram para telefonar sem que houvesse acontecido nada além do inferno daquela situação, eu disse que me sentia dispensado de estar com eles. Perguntei como chegar até a estação de trem. Comprei o bilhete e embarquei. Aquela mulher realmente era ordinária, pensei em você e peguei a criança no colo para impedir qualquer atitude sexual da parte dela. Quando ela se fez dengosa eu disse que era do filho dela que ela gostava.

     A esposa perguntou como ele se sentia naquele momento.

     _Perdi meus amigos de infância. Estou sentindo luto.

     A esposa ponderou se ele sairia com eles novamente, pois eles voltariam de Santos e, certamente o iriam procurar.

     _Eu não saio mais com eles. Acabou.

     Ele olhou para ela e disse que durante o tempo em que vagou de automóvel pela cidade, pensou nela, e que ela tinha toda a razão de estar zangada, e que ele não se sentiu bem ao lado daquela mulher, e havia sido fiela a ela. Sentia ódio de si mesmo por ter confiado nos amigos, e que não teve como evitar de dar o telefonema para voltar a São Paulo.

     Ela perguntou se os amigos haviam ficado em Santos.

     _São lambe-botas. Ficaram. De hoje em diante f***

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Este trecho não faz parte do livro do pastor da igreja, mas se você tem um livro, leia. O fiel não perecerá.

Acabo de modificar o capítulo de um livro de Jorge. Livro de época, similaridades, contextos e criatais trincados.

 *Edite editou: "Não quebrou cristal nenhum, pois o cristal era ela, não os amigos."      

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Tempo de Prosa

Tempo de Prosa


Outro tempo

É o da prosa;

Céu cinzento

Azul, rosa,


Ou nevoento,

Que na prosa

É o fomento

Da mimosa


Quanto ao vento,

E preciosa

Ao argumento,

Glamurosa.




 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Conexão

Conexão


A luz é a conexão

Que pode transformar,

É uma libertação

Que se pode alcançar


Pela alegria de um pão,

Ceia de um só caminhar,

Que ao verbo doa a oração

Mui humilde a concordar, 


Recitando à razão

Que deve continuar

Na palavra canção,

Pois Deus sabe cantar.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Convicção

Convicção


Todo dia diferente,

Deste modo presente

No ser, composição


Da criação, referente

E nova e segue em frente

Da escolha à situação,


Que depende da gente

Aonde está a convicção.    

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Sistematização Musical

Sistematização Musical


Automática decoração,

Emoções que são analisadas

Uma a uma na interpretação,

Mesmo quando são repensadas


Numa sistematização

Nas leituras sincronizadas

De difícil exposição,

Onde são de novo arranjadas,


Dinamizadas na canção,

Plena de frases ajustadas,

Transformada a interpretação;

Emoções desarrazoadas.

 

domingo, 21 de janeiro de 2024

Cola Fugaz

Cola Fugaz


Vem da oração

A redenção,

Que é sentir paz,


Libertação

E comunhão

Porque é capaz


A luz de ação,

Cola fugaz.

 

sábado, 20 de janeiro de 2024

Mania de Escrever

Mania de Escrever


 Lugar de escrever

  E deixar passar

O tempo, e antever

Um verso a se doar


Sem querer, por ter

Mania de pensar

E ter que dizer,

Ler e extravasar


A não mais saber

Da ideia a cintilar,

Primeira a nascer

Na mente, e inspirar.




sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Quadrado, Quadrado

Quadrado, Quadrado


Dia quadrado

E esforçado

Não se cansa,


Se pensado,

Combinado

Que se alcança


Almejado,

Com confiança. 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Cultura Inútil / Reflexão


Cultura Inútil / Reflexão


     A cultura inútil não é inútil, quando relacionada com o saber cultural.

     Pela segunda vez ouço a recomendação para não ir a um determinado lugar.

     O primeiro lugar é uma lagoa, com histórias e mais histórias contando ser um lugar negativo.

     Hoje foi a respeito de um museu pitoresco de outra cidade, e tenho que dizer que tanto a lagoa quanto o museu ficam noutra cidade antes que criem folclores na minha cidade.

     Hoje até achei exagerado o conselho, mas ouvi:

     _Não vá. É um lugar complicado com uma história complicada.

     Os dois conselhos se referem a cidades diferentes.

     A lagoa realmente tem história de arrepiar em termos de paranormalidade.

     Sobre o museu dizem que se entra lá sozinho e se sai acompanhado por espíritos, e que depois além das orações, será preciso a sorte de que o espírito queira desacompanhar o visitante do museu.

     _Nunca! Nem por curiosidade, nem por não ter medo de espíritos. Eu também sou evangélico e não acredito nessas coisas, mas não entro lá, porque não sou eu quem vai provar que as histórias são criadas pela imaginação popular.

     Isso é cultura popular, uma história que se comprova na imaginação coletiva das pessoas, e até por uma questão de autossugestão, pode ser que coisas estranhas aconteçam.

     A lagoa é povoada de bruxos e monstros.

     O museu é povoados pelos espíritos que vivem nos quadros.

     Os fenômenos culturais devem ser respeitados e até digo que gostaria que essas pessoas escrevessem as hostórias, porque tais histórias fantásticas são muito bem contadas.

     Não sei contar, porque não guardei os detalhes que as fazem emocionantes.

     Dessa vez nem vou tentar, mas quanto à lagoa, eu pedi para ir almoçar na lagoa ao motorista de táxi.

     _O quê? A senhora não sabe o que está pedindo, e eu preservo os meus fregueses de maus presságios. Posso indicar vários outros lugares para a senhora passear.

     Respeitar a cultura de uma localidade ajuda a entender a cultura que a permeia.

     Não, não existe cultura inútil.   

 


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Melódica

Melódica


Entendo a melodia,

Muda a filosofia

Ao tempo desse autor ,


É outra a simbologia

De quando ele escrevia,

Seu público, seu andor


Secular de magia,

Séquito do seu amor.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Tapete do Mar

Tapete do Mar

Tapete do Mar


Aré o vento se faz quente

Quando o calor se reflete

Na areia, que teimosamente


Tem a pegada d'água entre

A água e a areia, a qual se reveste

De borracha,  displicente,


Sandálias que de repente

São a vontade d'um tapete.  

 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Salina

Salina


Necessário é esse tempo

Que não se acha ou se arruma,

Desfeito pelo vento,


Pelo temperamento

Do mar, que inquieto espuma

As ondas, sal rebento


A se mostrar momento,

 Nessa ilusão de bruma.  

domingo, 14 de janeiro de 2024

Barco à Remo

Batco à Remo


Rumo de um sol que assombra

O prumo, a vela, a sombra,

A conversa ruidosa


Sobre o tempo que zomba

De todos, que embroma

A brisa preguiçosa,


Sem pensar na maromba

Que e remar, vagarosa. 


 

sábado, 13 de janeiro de 2024

Espaço de Verso

Espaço de Verso


Espaço armazenado

De verso decorado

Em busca  de lazer,


Ou de um bife dourado

Com farinha empanado

 A quem sabe fazer,


Porque o talento é um dado,

E não há nada a aprender. 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Parada Obrigatória / Crônica de Supermercado

Parada Obrigatória / Crônica de Supermercado


     Parada obrigatória, entro num supermercado para comprar pães.

     Ao entrar avisto um senhor emocionado, enxugando as lágrimas que lhe caiam na face envelhecida e de cabelos brancos.

     Alguma coisa há, pensei e fui até a padaria pegar pães.

     o supermercado silencioso, e o único som que se ouvua era o da emissora de rádio curitibana.

     Pareciam estátuas vivas, o açougueiro e o cliente olhavam um para o outro com expectativa.

     A moça dos pães me atendeu, e me dirigindo para a saída, perguntei se havia algum tipo de frutas para o senhor que arrumava o corredor das verduras.

     Ele não respondeu, mas pediu com um gesto de mãos que eu aguardasse.

     Parei, era uma questão de ducação, ou talvez de saber o que estava acontecendo.

     Esperei uns dois minutos, quando o homem parou de pedir silêncio e se dirigiu a mim perguntando o que eu desejava comprar.

     Uma ou outra fruta, respondi, dizendo que não encontrei o preço.

     Ele sorrindo, e me vendo em atitude de surpresa, contou a situação:

     _Minha senhora, acabamos de ouvir pela rádio a mais bela mensagem sobre o amor , e sobre o relacionamento homem-mulher. A senhora entrou no mercado quase no final da mensagem, e por tal motivo não estava parada para ouvir. Procure o podcast da emissora e ouça, foi a mais emocionante e sensível mensagem que já ouvi.

     Parabéns para a emissora de rádio que conseguiu parar o supermercado inteiro, e deve ter sido algo muito especial.

     A fim de não dizer mais nada para não fazer propaganda, digo que agradeci, fui ao caixa e trouxe os pães comigo.

     

 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Conceito Bonito

Conceito Bonito


Conceito bonito

Pode ser mantido,

E não ser um dito,


No qual, se acredito,

Dito e transmitido,

Faz-se ainda bonito


Porque não é restrito,

Sem ser alarido.


 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Popularidade

Popularidade


Popularidade

Têm o sol e o mat

 A se encastelar,


Quando na cidade

A janela é um luar

A se esquadrinhar,


 Literalidade

Que é retangular.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Longe da Janela

Longe da Janela


A cada dia, o seu dia,

O frio, o calor, este dia

Conforme Deus e o tempo,


Ainda há pouco chovia,

Granizo que se via

Repicando no vento,


Mas logo derretia,

E não entendo este tempo.


 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

domingo, 7 de janeiro de 2024

Motivação

Motivação


A fita adesiva

E a outra colorida,

Detalhe guardado


Numa descabida

Imagem que avisa

A não se dobrado,


Mas bem que motiva

A ser poetizado.


sábado, 6 de janeiro de 2024

Cadernos de Música

Caderno de Música


Meus cadernos

Anotados,

Lápis ternos

Apagados


Por eternos

Dedilhados,

De modernos

A antiquados,


 Em fraternos

Remoldados,

São cadernos

Realizados.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Singularidade de Época

Singularidade de Época


Nesse tempo da gente,

Na conversa da gente,

Contemporaneidade


Feita de consistente

Feição em rugas que sente

E pensa à linearidade


De época pertinente,

É singularidade.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Tempo e Ornamento

Tempo e Ornamento


Civilidade,

Comportamento

E habilidade


Da sociedade

Em crescimento,

A ser cidade


E afinidade;

Tempo e ornamento.

 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Café com Pastel

Café com Pastel


Recomeçada

A caminhada,

Mas devagar,


Marcha engrenada

E encalorada;

Vale pausar.


Recém-chegada

Por rabiscar.


 

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Significar

Significar


O que fazer?

Ser e obrar

E entender


Esse dizer,

Porque não é orar

A Deus, é ser


E compreender,

Significar. 

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Bilboquê

Bilboquê


Sem porquê

Nem razão,

A canção


Diz a que

Vem, menção

De verão,


Bilboquê

Da emoção.