Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

É Preciso Outra Mentalidade / Reflexão

É Preciso Outra Mentalidade / Reflexão


     Se quiserem que 2021 seja melhor, além das vacinas e dos remédios para resolver o problema do coronavírus, será preciso outra mentalidade.

     Apesar do distanciamento social, é necessário que haja respeito pelas escolhas dos outros, começando pelo jantar de amanhã.

     Observou-se hoje no supermercado comentários contra vegetarianos e carnívoros, porque havia fila no açougue do supermercado.

     Amanhã, quem quiser comer empadão vegano, que coma; quem quiser comer carne ou fazer churrasco, que faça; quem preferir um petisco ou apenas umas batatas fritas e nem jantar, que faça; todos merecem respeito.

     Depois de um ano cujo o principal gasto foi com desinfetantes e máscaras, quem estiver em casa, que se sinta em casa e esteja conforme quiser ou puder.

     Provavelmente a normalidade voltará e a convivência social virá, mas urge que se retire o pensamento amesquinhado pelo sofrimento, conforme observado hoje.

     Elevar o pensamento, conectar com o divino, saber que existe esse desconhecido de muitos, chamado Deus, e que ele é bom e que nós não o entendemos, é melhor ainda.

     2020 foi um ano muito difícil, e precisamos compreender que estamos cansados de tanta angústia, de isolamento e distanciamento, de pensar em limpeza como a neurose do dia a dia com álcool gel, sanitizantes e panos e mais panos de limpeza a serem mantidos prontos para todo dia, naturalmente que estamos com algum estresse.

     Aos que estão em passeios, pede-se ainda alguma moderação nos abraços, e a divisão na hora da louça será bem vinda.

     Um bom começo de Ano Novo será respeitar a comemoração na casa do outro, que também terá poucos familiares, pois cada um aproveitará a data conforme puder, alguns com orações apenas.

     Porque é preciso deixar algum espaço na alma para que 2021 possa ser melhor.

     Nenhuma vacina apagará o que aconteceu neste ano de 2020, mas há que se continuar.

     Porque ninguém merece pensar um Ano Novo como a oportunidade de tomar uma vacina. Há que se pensar em algo bom como um novo secador de cabelo, ou bens espirituais relevantes como o bem-estar, a superação e a continuação da esperança apesar de tudo.

     Antes de terminar o texto, conto que olhei pela janela a rua vazia, e nela caminhava uma única senhora com um vestido leve e longo, estampado, mas de um tecido que dava a ela certa leveza no andar nessa tarde abafada.

     Acho que é mais ou menos isso: a esperança é pensar em caminhar com graça e leveza de espírito numa rua vazia, ou não, porque logo as ruas terão mais pessoas, e poderemos ver a expressão do sorriso, pois hoje, se sorri, foi preciso o olhar.

     Desejo um bom Ano Novo para vocês!   

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Tempo Vindouro

Tempo Vindouro


Saber o que não se quer

É o melhor nesse momento,

E seja o que Deus quiser

De bom, depois desse tempo


Que veio assim, sem que sequer

Houvesse pausa, esse tempo 

Que não deu tempo a escolher, 

Mas agora vem o tempo


Mediano,  se bem convier

A expressão comedimento;

Algo que se está a prever,

Ao menos, no pensamento.

   

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Fundamental Futuro

Fundamental Futuro



Mesmo que seja a mesmice,

Numa esperança a tolice,

Querer esse algo normal

Parece que é natural.


Parece tagarelice,

Mas se espera a invencionice

De um futuro quase igual,

Ao que seria como tal


Se fosse apenas velhice

Que viesse com a meiguice

De um cansaço fraternal,

Mas também fundamental. 

domingo, 27 de dezembro de 2020

Bons Augúrios

      Parece difícil, mas é uma obrigação desejar o bem universal. 

Antes que Azinhavre

Antes que Azinhavre


Época de anotar,

Talvez se planejar

Sem planos; ninguém sabe

 

O futuro a confiar,

Pois o desenrolar

Desse tempo é o que cabe


A cada um cogitar


Antes que ele azinhavre. 

sábado, 26 de dezembro de 2020

Miragem

Miragem


Palavra errada,

 Como miragem,

É arremedada,

É toda a imagem


Desperdiçada,

Como montagem

Que é desmontada,

Ironia e aragem


Mal disfarçada

Dessa paisagem

Revisitada

Com desvantagem.



sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Poema Tribal

Poema Tribal


Já começa a mudar,

Já há nova perpectiva,

Já existe esse esperar

Daquilo que motiva


A seguir, continuar,

Porque a vida é nativa,

E natural é o soar

Da tribo primitiva


Que existe por buscar

Toda uma alternativa

Vivida a cirandar,

Ser significativa.



 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Que o Amor Seja Guia

Que o Amor Seja Guia


Há tanta gente que se ama,

Sem motivo de se ver,

Porque o amor a si reclama

Que é bom de se conhecer,


Que se sente porque irmana,

Porque não está a se esconder

Porque brilha a quem o chama,

Busca a ser só por viver.


 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Semelhante

Semelhante


Que em qualquer canto,

Toda esperança

Seja acalanto,


 E com espanto

Olhe-se a criança

E nela o santo


Cantando tanto,


Que é a semelhança.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vida no Deserto

Vida no Deserto


Procura o certo

Nessa incerteza,

Porque desperto


Mesmo o deserto

Mostra a beleza

Da areia, coberto


De um sol inserto;


De natureza. 



 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Sem Exagero

Sem Exagero


A luz é sobre a mesa

Num barco de incerteza,

E essa é a luz da verdade

E brilha de humildade;


 A chama queima acesa

E aquece em meio à rudeza

Do excesso  de saudade

Com naturalidade,


E faz sentido acesa

Como guia que se preza,

Guia na fragilidade

O espírito à deidade.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Pensamento Livre

Pensamento Livre


Não deixo de escrever

Só por ser pensamento

Que fica a serenar;


Todo o tempo a se ter

Não é tempo, é um pensamento

 Querendo se expressar,


E por não se prender

À alma, é deslocamento,

Por se movimentar.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Ano Novo

Ano Novo


Estará bem

O ano que vem,

Por vocação

E reflexão


À qual se atém

Agora e alguém

Por convicção,

Mas a intuição


Não se contém

 

Sem ter razão.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O Sabié não Sabe / Microcrônica

O Sabiá não Sabe / Microcrônica


     Abro a janela pela manhã e observo um papel de bala amassado.

     Pego os óculos de ler e verifico que se trata do conhecido chiclete que refresca o hálito e não tem açúcar.

     O vento que trouxe, pensei.

     Dali a pouco, o canto de um Bem-Te-Vi chama a atenção e vou a janela. Começou a garoar.

     _Mais um pouco e fecho a janela Bem-Te-Vi, afinal é a ventilação necessária e a chuva é miúda.

     Para não pegar no papel amassado do chiclete, fui até a cozinha pegar uma toalha de papel para retirar o papel do chiclete, pois apesar do papel estar limpo e sem chiclete, alguém o manuseou.

     Voltei à janela e o Bem-Te-Vi tinha retirado o papel do chiclete e o levado não sei para onde, e lá se foi embora o diabinho amassado no bico de um Bem-Te-Vi.

     Adivinhem o nome do chiclete.  

      

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Meu Tempo

Meu Tempo


Lomge do mar,

Do marejar,

 No acampamento


De imaginar

E o idealizar

Do pensamento,


Vem sobrevoar


Esse meu tempo. 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Ar de Poesia

Ar de poesia


Ar de poesia,

Essa aporia

É permanente


 Por todo o dia

Na fantasia

De um descontente


Que desconfia,


Quando descrente.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Linhaça Dourada

                                                     Linhaça Dourada 


Um pouco de bom senso,

Sem exigir consenso

Nesse tempo que passa,

Que tanto nos desgasta,


Onde e porque há algum lenço

Que acena ao contrassenso,

Encanto e feira e massa

 De um enfeite na praça,


Pingente alto e suspenso

Fingindo ser pretenso

Esse medo à vidraça,

Semente de linhaça.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Às Ilhas

Às Ilhas


 Que venha a esperança

Que à todos alcança

Com a alma nas mãos.

Não se perca em vãos,


Frestas d'uma andança

Que nunca se cansa

Desses pés e chãos

Pisados, mil-grãos


De tanta tardança,

Mas sem desconfiança

Das várias demãos

De tinta e ermitãos.






     

domingo, 13 de dezembro de 2020

Uma Micro História de Natal

 Uma História de Natal


     Pedi para tirar uma fotografia das ajudantes do Papai Noel. Elas me pediram para entrar na casa do papai Noel e tirar uma foto.

     Há uma luz a ser vista, é para ver. 



     Há algo natalino nisso, e as ajudantes, com máscara, foram muito boas.  


     

sábado, 12 de dezembro de 2020

Peri e Ceci Atualizados

Peri e Ceci Atualizados


Ceci e janela,

Peri e janela,

Solário triste,


Porque há favela,

Varanda p'ra ela,

Dedos em riste;


Não a veja bela,


Não o veja em chiste. 

 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Estroboscópica

Estroboscópica



Era tanto esse cansaço,

Que veio sem pedir ajuda,

Veio como quem dá um abraço;

E diz chega e deixa a muda


  Ao estroboscópico espaço,

Desprovida até de gula,

Ou tédio, ou vírus, ou passo,

Mas do sono que o regula,


Da água, que bebida ao escasso,

Contínua é sede, e madruga

A quem não vence o cansaço;

Aquilo que não se aluga.


 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Desnecessário

Desnecessário


Às vezes não é isso,

Mas ao contrário,

É um outro issó,


E saber disso,

Que há um dromedário

Feito feitiço,


É descrer nisso;

Desnecessário.

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Tempo de basquete

Tempo de Basquete

     O que é o tempo do jogo de basquete senão o tempo de se organizar para continuar a partida?

     Com a volta da bandeira laranja, volta o tempero caseiro, volta-se a evitar as saídas.

     Já aparei as pontas do cabelo segundo um vídeo do Youtube, e dou os meus parabéns para a moça, muito embora tenha consumido mais ou menos duas horas no espelho. Conforme o vídeo, divide-se o cabelo ao meio como se fosse para fazer perfeitas maria-chiquinhas, puxa-se todo o cabelo para a frente, estica-se e tira um centímetro de forma reta, depois desmancha-se as maria-chiquinhas e puxa-se o cabelo para a frente e tira-se um centímetro,. Terminada essa parte, escolhe-se o comprimento da franja, mas não se aconselha a tirar mais do que um centímetro para não estragar a arrumação. É de extrema ansiedade esse tempo em frente ao espelho, mas agora, vou esperar baixar a taxa de contaminados pelo coronavírus, para, finalmente ir ao salão de beleza. Fala sério, salão de beleza na terceira idade, só com botox.

     Cansada não é a palavra certa, é ansiosa o nome dessa palavra.

     Grata pelos convites para atividades online, estamos no final do ano, e as pessoas que estiveram comigo durante o ano foram todas especiais de uma maneira ou outra, alguns locutores de rádio, o pessoal da igreja incansável com o rebanho, pessoas especialmente ligadas à cultura que trouxeram entretenimento, foram muitas pessoas novas e com atividades online. Agradeço a todos imensamente.

     As frustrações também acompanharam esse ano que está chegando ao fim, pois não aprendi muito sobre a tecnologia de se estar online, e me ausento de atividades que poderiam ser lúdicas.

     2020 é um ano que ficará marcado pela disciplina e pela máscara, pelo distanciamento social, pelas tarefas feitas conforme a aprendizagem permite, e para aprender é preciso tempo e esse tempo é dentro de casa.

     Tanto texto para dizer que agora é o tempo do basquete, pois precisamos nos organizar para um final de ano dentro de casa e sem confraternizações pessoais.

     A esperança de que no ano que vem possamos nos livrar das máscaras e cumprimentar as pessoas com um aperto de mão é a melhor esperança que podemos ter.

     Hoje vi uma moça, que parou em frente a uma lanchonete, na rua, e pediu um cafezinho, por favor.

     Ainda não tomei cafezinho em nenhuma panificadora, ou melhor, tomei um café com leite, mas comprei o café num copo descartável com o pão de queijo num saquinho de papel, e tomei em frente do local, quase na rua. Assim não tem a menor graça! As pessoas compram o café para tomarem no meio da rua.

     Para que se possa tentar evitar os resfriados, não tomem gelado e vento frio!

     O livro do Carpinejar: Colo, por favor, é uma boa sugestão de presente, leitura conjunta, e passatempo corroborado pela autoajuda. Comprei e estou feliz de ter comprado.

     Continuemos com fé, e com os preparativos possíveis e previsíveis para o ano que logo se inicia.

     Saúde para todos!  

domingo, 6 de dezembro de 2020

Pedra Solta

Pedra Solta


Pedrinha colorida

 Vem do rio a te enfeitar,

Calçada a que te obriga

A jamais tropeçar.


Aos calçados se obriga

Proteger todo andar,

E, à pedrinha querida,

Simplesmente pular.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Ligeirezas

Ligeirezas


São tantas incertezas

Nesses dias que se vão,

Que a palavra vazão

Não é água, são correntezas


Que trazem estranhezas,

Porque perturbação

Como toda ilação

Plena de ligeirezas;


  Filtro das impurezas

 De um gesto de ilusão,

Longe a satisfação

São amargas sobremesas.

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Espaço e Tempo

Espaço e Tempo


Leva esse tempo

Até o vazio

De um pensamento,


Rápido ou lento,

Esse arredio

Comedimento;


Espaço e tempo


 Desse arrepio.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Assertivas

Assertivas


Conceitos libertos,

Expressos e certos

Formam convicções

Sem sombras, porções


De ideias descobertos,

Rabiscos incertos

De tantas questões

Questionam padrões;


Dia a dia são despertos

Os não óbvios assertos:

 Sol, raios e trovões

Entre outras noções.

 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Movimento

Movimento


Somos essas bailarinas,

Afastadas nas esquinas,

Dançando o distanciamento

Num meio vazio ao movimento;


Dança e não te contaminas,

São medos e vitaminas,

Neurótico pensamento

E dança a todo o momento,


E, a cada tosse, ferinas,

Nervosas, quase felinas

Amáveis,  mas sem lamento

Dançamos ao movimento.

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Toda Semana é Recomeço

Toda Semana é Recomeço



Não adianta a pressa

Sem a esperança,

Qualquer confiança

N'alma é promessa.


 Não que se impeça

A boa lembrança

Que gira e dança

Sobre a travessa,


Mas que se peça

A paz, bonança

De quem descansa

E recomeça.


domingo, 29 de novembro de 2020

Lenitivos

Lenitivos


Cuidados redobrados

Devem ser objetivos,

Caminhos respeitados

São abrigos e motivos


Nesses dias continuados

E iguais, convidativos,

 Cativos e isolados,

Mas também gradativos;


São essas cores, os dados,

E somos fugitivos

Da tristeza, ocupados

 Ao dia a dia, lenitivos.

sábado, 28 de novembro de 2020

Evanescente

Evanescente     


Hoje caminhei pela praça, queria conversar com uma árvore e me sentir um grão de areia entre tantos os que formam o espaço de esportes.

     Senti o perfume que estava pelo ar, silvestre, respirei com calma, pensei ou não pensei, que me importava o pensamento nessa manhã de sol.

     Apenas deixei fluir a energia que pairava entre eu e o universo, esse desconhecido.

     Era eu quem devolvia à natureza a beleza que ela inspira; às crianças, aos jovens, algo inusitado, um sorriso solto e leve, como se me libertasse de todo o peso, como se fosse eu a terra que não pertenço, e a areia que passeia conforme o vento deseja, sem vontade, sem preguiça, longe das atribulações que o dia a dia provoca.

     Caminhar pela praça, pisar na grama, volver a areia, olhar para os pássaros infinitamente companheiros nesse dia.

     Cheguei em casa como se tivesse caminhado quilômetros, ou alguma espécie de caminho santo.

     Depois do almoço, um sono irrecusável apareceu.

     Acordei quase na hora de tomar mais um café.

     Entendi o dia, a vida e a espiritualidade, o imaterial, o transcendente, mas também da necessidade dessa experiência chamada realidade, porque é ela que nos faz perceber que existe o não palpável, o desejável, essa outra realidade abstrata que, por ser desconhecida, chamamos de divina.

     Qualquer palavra não descreverá as sensações desse dia, que eu não queira, de forma alguma, organizá-lo, sistematizá-lo, enquadrá-lo em alguma realidade conhecida e palpável.

     Um bem-te-vi chegou à janela agora mesmo, e parecendo sorrir, me disse para voltar outras vezes nesse lugar, parece que ele é o dono da praça, e ficou feliz.  

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Coisas da Internet / Crônica

Coisas da Internet / Crônica

      Quem não gosta de poesia, não tem luz de emergência. Gostei da vizinha. Eu gosto deles por perto.

     A rede de internet tem um alcance inimaginável.

     Outra vizinha veio e disse que não liga a mínima para o que eu faço, desde que ela esteja bem e eu também. Gosto de vocês também.

     Tem aqueles que odeiam o lado lúdico das coisas e só apreciam quando estou limpando a casa?! Eu os escuto igualmente desde que com respeito.

     Onde se viu a literatura perturbando o sossego dos moradores.

     Vamos ter reformas, mas só no ano que vem e, depois da pandemia.

     Uma vizinha, postou uma imagem do edifício no meio da literatura? Postou. Beijo para ela. A tarde foi repleta de atenções com os meus vizinhos e com outras pessoas do edifício.

     Estou exausta, mas por que?

     Qual é o problema de se gostar de literatura?

     A função da literatura não é a de dar sorte, a de enriquecer, a de trazer fama, ou qualquer outro fato similar.

     A função da literatura é trazer novas ideias à vida das pessoas, tirar a falta de conhecimento quando o assunto é a experiência vivida, pois os personagens têm vida própria e nos contam das suas experiências nas mais diversas áreas da existência.

     Querer que as pessoas sejam ausentes da leitura, é instrumento de dominação e manipulação praticada pelo ser humano desde que o ser humano existe.

     A literatura é uma atitude solitária, concordo, mas a arte, não.

     Independente da condição da estratificação social, acredito que todos têm acesso à cultura, seja através dos livros, dos filmes, das músicas, das pinturas artísticas permitidas nos muros da cidade.

     Negar o acesso a essa cultura, é negar o direito à alfabetização.

     Até aviso ouvi:

     "A senhora se cuide porque vão aprontar uma coisa feia."

     Agradeço os avisos, mas penso ser da mais absoluta estupidez tentar impedir que alguém leia José de Alencar, ou Eça de Queiróz.

     Parece que o único objetivo é para poder chamar o outro de analfabeto, quando o analfabeto é aquele que precisa muito de ajuda, pois não consegue ler a placa constante do ônibus que indica a rota que precisa para chegar em algum lugar.

     Quem nada sabe, não pode ajudar a essa pessoa que sente prazer em chamá-lo de analfabeto.

     Eu, no entanto, feliz de saber que um jovem escritor foi criado em meio aos evangélicos, porque os evangélicos precisam ler mais, conforme conversa tida na igreja.

     Depois, essas mesmas pessoas que sentem tal prazer abjeto se queixam das situações do cotidiano sem preceberem que elas são parte da causa da situação.

     O que se deseja é que todos tenham acesso à cultura sem se sentirem não merecedores desse acesso.

     Acreditem que existem pessoas que proibem a cultura. Não, não estou falando de governo nenhum. Nem daqui e nem de nenhum outro lugar do planeta. Estou constatando uma realidade, que é a de considerar a cultura algo somente para quem a possa ter, como se não fosse possível a qualquer pessoa que saiba ler e escrever, abrir um livro e saber o que está escrito dentro dele.

     Estamos em meio a uma pandemia, um caminho difícil para a humandade.

     Continuem a ler! continuem a ler! Sejam os leitores quem forem, pois a troca de ideias, de culturas e experiências é o que traz o desenvolvimento ao ser humano.

     Grata ao blog por desabafar.  

     

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Oração

Oração


Acontece

E se esquece,

Por que não?


Não se tece

Se anoitece

Sem razão,


Mas conhece


A oração. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Intuição

Intuição


Essa intuição

Me leva a crer,

Minha razão

Sem poder ver,


Que é vocação

Servir e ser

Toda a intenção

De se entreter


O coração,

Quando a querer

Faz da oração

O seu saber;


É uma doação

A se escrever

Numa canção,

E derreter. 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Placidez

Placidez


Pensei que a curiosidade

Tivesse se ido de vez

Junto com a mocidade,

Que hoje não é senão talvez,


Mas sinto a preciosidade

Que é, quando sorriu e se fez

Bela atemporalidade

De mim, querendo outra vez


Descobrir felicidade,

Porque vivi de um a dez

Mimos, nessa suavidade

Que veio e trouxe a placidez.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O Meu Segundo Livro / Reflexão

O Meu Segundo Livro / Reflexão 

     Depois de conseguir que a torta de carne caísse inteira dentro da pia da cozinha, e enquanto isso a panela de pressão extrapolar-se e sujar todo o fogão, mereço assuntos amenos.

     Pensei no segundo livro significativo: O Pequeno Príncipe, de Saint Exupery.

     O primeiro livro foi Reinações de Narizinho, porque eu queria ter um nariz arrebitado, embora me dissessem que não seria possível fazer a modificação porque ele era pequeno para modificações, e eu fui a Narizinho de nariz pequeno e não arrebitado, mas li o livro inteiro.

     Houve um festa lá em casa, e nem era o meu aniversário.

     Uma parente de minha mãe levou o livro de presente para mim. Professora de Educação Artística.

     Eu exultei: tenho o meu segundo livro!

     Exultei porque não queria mais ler nenhum outro livro tão complicado como Reinações de Narizinho, ele era muito complicado de ler aos oito anos.

     Esse foi o livro que também li inteiro, mas até hoje acho que não entendi, porque eu achava a professora de matemática muito mais iteligente do que aquele homem que vivia num planeta fazendo contas. Eu também achava o pequeno príncipe meio sem-noção, porque ele gostava de uma rosa numa redoma, e as rosas em redoma, que usualmente eu ganhava, ficavam em cima do balcão e nunca gostei delas mais do o tempo que elas duravam.

     Anos depois, fui ao cinema assistir o Pequeno Príncipe. Como as amigas achavam que provavelmente seria um filme para misses, eu tive que convencer.

      

domingo, 22 de novembro de 2020

Meio Tempo

Meio Tempo


Meditação

Sobre esse tempo

Que é a imprecisão,


É a introspecção

De algum meio tempo,

E a decisão


Por convicção,

Leva-se ao vento.


 

sábado, 21 de novembro de 2020

Online

Online



Não consigo acompanhar

Meus grupos de celular,

Mas gostaria de dizer

Que passo aqui e ali e por perto,


E me deixo a desejar

Em tela que é de envesgar

Aos óculos para ler

Outro tanto, e não saber 


Do muito que ficou no ar,

E que não posso embarcar

Porque esse desconhecer

É a busca a não se perder.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Uma Canção

Uma Canção


Frio aconchegante,

Leve, de outono,

Que vai, galante,

Longe do dono,


Um retirante

Que não tem sono

Porque é vacante,

Conhece o crono;


Esse migrante

Que vem autônomo,

Sério e constante

E deixa um tono.

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Maria Eustáquia / Miniconto

 

Maria Eustáquia / Miniconto


     Era amigas de colégio. Leilane foi passar as férias na casa de Maria Eustáquia.

     O pai de Maria Eustáquia convidou pessoalmente Leilane para passar as férias na sua mansão.

     Houve um consenso dos que souberam dessas férias: não deveriam ter sido do jeito que foram.

     Leilane era de uma inteligência ímpar, pois não era dela, tinha facilidades que até parecem mentira. Leilane tinha um telefone público ao lado dela na hora que quisesse, o que, considerando a infância, era um absurdo de se ver. Emprestava o telefone público que ficava dentro do quarto para quem quisesse ligar para outra pessoa, pois nenhum adulto ficaria sabendo.

     Maria Eustáquia não era tão esperta quanto Leilane, e possuía mais de dez telefones, mas todos constavam da lista telefônica como seus.

     Ninguém nunca perguntou dessas férias. Ninguém queria saber. Ambas tinham pai e mãe, e era da conta deles tanto o convite quanto a permissão.

     O que se sabe é que Leilane até hoje é atrevida, inteligente, quase feroz sem ser selvagem.

     O que se sabe é que Maria Eustáquia é introvertida, anda acompanhada de duas amigas quase sempre.

     Essa história acaba assim, mas se puder deixar um bom conselho para vocês é que fiquem sem querer saber dessa história, pois é um bom conselho.

     Esse é o tipo de história que não é para pessoas comuns, como e e você, leitor ou leitora.   

     

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Folhas de Outono

Folhas de Outono


Particularidades minhas

Que caminham meio que sozinhas,

Mas não mais desacompanhadas,

Porque permanecem estradas


 Por onde passam ribeirinhas

Aves recitando adivinhas

Das prosas já desconversadas,

Das singelas às engraçadas,


Mas que seguem as mesmas linhas,

Dias, meses, anos de folhinhas

Pardas, pelo outono secadas,

Que enfeitam o dia, pois são aladas.


 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Desgaste

Desgaste


Por certo é esse desgaste

Que envolve a humanidade,

Sem tempo que se gaste

Sem tensão, à boa vontade,


  Nem há tempo que baste,

E exigida é a humildade

Para que não se arraste

Ao sabor da vaidade,


Que parece um guindaste

Da autoestima em acuidade,

Mas que é apenas desbaste,

Com rotina e saudade.



segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Distanciamentos

Distanciamentos


Não peça pensamentos,

Encontre-os sem querer

 Nos quintais dos momentos

Que passam sem se ver;


Que já se foram, lentos,

Ou insistem por conter

A verdade dos ventos,

Leves a percorrer


Esses distanciamentos

Convenientes por ser

Desses temperamentos

Onde não há o que dizer.


domingo, 15 de novembro de 2020

Cartão-Postal

Cartão-Postal


Daqui a pouco, o quase normal

Mascarado, nesse resumo

Cansativo, cartão-postal


D'uma viagem que é ficcional,

Essa imagem, esse consumo

De visita ao alcance virtual


Que faz vista, mas que é especial,


Porque nela, há o tempo que arrumo.    

sábado, 14 de novembro de 2020

Mitológica

Mitológica


Volto à mitologia,

É minha companhia,

Mas não só minha, agora,



É boa amiga, diria,

Consciente todo dia,

E nunca se demora;



  É a grega koinonia


Céu brilhante lá fora.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Ser e Não Ser / Reflexão

Ser e Não Ser / Reflexão

     Ser e não ser ao mesmo tempo, questão relevante que a filosofia pode explicar.

     Existe esse lugar onde não se é e não se foi, mas se faz como se fosse.

     Esse lugar é real, quem é irreal é quem é e não é ao mesmo tempo.

     Não é porque não tem o conhecimento necessário, mas faz porque ilumina o caminho dos demais em situações controversas ou difíceis.

     Esse é o limiar da filosofia quando trata do ser temporal e do ser espiritual.

     A questão é exata na vida de algumas pessoas:

     _Isso eu faço, mais não posso porque não consigo._

     O que não consigo pode ser que um dia, no futuro, consiga, mas e o futuro sabe disso?

     Pode haver situação em que seja necessário exatamente isso, que é ser e não ser ao mesmo tempo, mas no entanto se vive em função desse limite invisível como uma obrigação, parece que a humanidade aprecia esse estágio atemporal, parece que fornece a sensação de futuro, e o futuro depende do tempo, e o tempo desconhece o futuro.

     Foge à razão o compreender de toda a atividade compreendida nesse parâmetro, que é real e passível de causar sensações espirituais na existência dos demais.

     A existência física compreende muito além do se sabe, mas o fato é que as teorias não conseguem explicitar com exatidão do que se trata, e como elaborar uma definição sobre isso.

     Não é questão de teologia, porque é uma experiência física e sensitiva, sobre a qual não se tem domínio, não importando os conhecidos e vulgares amor e poder, que até lembra aquela canção pixada como "brega", que muita gente ouvia e gostava.

     Talvez esse limite exista para demonstrar a teoria ainda não definida com exatidão pelos matemáticos.

     Talvez essa exatidão esteja necessariamente na luz que não se conhece, mas que é necessária que venha a ser sentida, que esteja no universo das sensações humanas de forma racional.

     Grata pela leitura.

     

 

       


 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Troca de Conhecimento / Reflexão


Troca de Conhecimento


     A pandemia não deve impedir a troca de conhecimento, o que é diferente das diversas informações úteis que os meios de comunicação trazem à população.

     Conhecimentos de várias áreas foram observados, mas em resumo, posso compartilhar.

     Sobre comportamento, foi observado que não importam as palavras quando elas especificam um sofrimento de quem não se sente bem em dizer, pois as palavras críticas duras ditas por boca alheia contam melhor de uma dificuldade. Em resumo: deixe que a ofensa seja impessoal, porque é uma propaganda a favor de quem passa pelo problema, e expõe o problema publicamente com menor constrangimento. Pergunto: existe discriminação positiva?

     Outra constatação comportamental é a de que as outras pessoas esperam coerência umas das outras. É relativamente simples de ser coerente. É muito melhor lidar com quem é desse ou daquele jeito, com algumas variações para mais ou para menos, aceitáveis.

     Há questões que não são puramente comportamentais, mas espirituais, a missão espiritual deve ser continuada. Digo por mim, pois não sei que missão musical é essa descrita por muitos como a erudição dos pequenos ouvintes. Só se percebe que a interrupção de uma missão espiritual é inconveniente quando começam a surgir oe entraves, ou seja, surge a necessidade de que essa missão espiritual seja cumprida. Não existe a intervenção humana nesses entraves, mas existe uma necessidade de intervenção por parte de quem deve cumprir a missão, onde os valores espirituais devem ser mostrados.  É tão complicado explicar quanto o entendimento do que está de maneira conceitual ao ser.

     A troca de conhecimento racional e relativa ao meio ambiente, às vezes precisa de um momento para ser feita, mas necessária. São conhecimentos de tipo se é isto, foi aquilo; se há isso, é por este motivo; se pode ser relativizado, não se deve ser exato, e assim por diante.

     A pandemia não pode impedir a troca de conhecimentos, técnicos, científicos e tecnológicos. O conhecimento melhora a qualidade de vida.

     Havia uma teia de aranha sobre uma das portas aqui em casa. Não vi, mas avisada, retirei com o auxílio do aspirador de pó, e o pior é que cuidei tanto de outras higienizações, que me aborreci ao ver a teia de aranha, mas é problema do distanciamento social.

     Distanciamento social que traz pensamentos e muitas trocas de conhecimento.

     Espero que possam aproveitar estes pensamentos.   

        

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Reverberação Sobre um Trecho de Texto de Clarice

 Reverberação Sobre um Trecho de Texto de Clarice

     

Não se desfaça,

Apenas faça,

E se aprimore,

Orações? Ore


Pelo que passa,

Tanta desgraça,

Mas colabore.

Se quiser chore


Quando em desgraça,

E coma a traça

Que descolore

A cor, decore.






terça-feira, 10 de novembro de 2020

Tantas Questões / Crônica de Supermercado

 Tantas Questões / Crônica de Supermercado


     Foi o que contaram. Um homem perdeu o emprego no ano passado, e foi convidado a trabalhar noutro estado, longe do Paraná.

     Saiu daqui entusiasmado, iria começar de novo, tinha promessa de emprego feita por gente séria.

     Chegou no outro estado e era tudo verdade. O emprego estava garantido, o fim de ano foi repleto de culturas e pratos típicos. Era feliz.

     Veio a pandemia. Em abril deste ano perdeu o emprego porque a empresa faliu.

     Viu-se obrigado a viver de trabalhos rápidos. Ele iria comprar uma casa, mas é obrigado a morar nos arredores e comer o que consegue.

     Pede aos conhecidos daqui da cidade que arranjem um emprego para ele, mas que consigam a passagem de volta à Curitiba.

     Uma vida destruída, em termos, porque os amigos estão providenciando a passagem de volta.

     O que esse amigo do homem que está fora, ponderou, é que as pessoas devem procurar melhorias, mas com cuidado.

     O supermercado colocou na entrada uma árvore de Natal grande, mas os personagens de Papai e Mamãe Noel em miniaturas, e Jesus na árvore, no berço encaixado e preso sobre os galhos, numa cena tocante, mas que espelha a visão de 2021 sob o ponto de vista de quem percebe a realidade com a rudeza do que pode vir a ser 2021.

     Ir ao supermercado faz parte da minha realidade, e de tomar conhecimento da realidade das pessoas.

     Este texto não comento, espero que cada leitor que o leia, possa reflitir sobre a realidade de hoje. 

          

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Crônica de Lixo Reciclável

Crônica de Lixo Reciclável


     Ele foi pegar a lista dos colegas para o jantar anual de fim de ano.

     Chegou em casa pouco depois com a lista.

     No verso da lista tinha um poema.

     _Que poema é esse? Perguntei.

     _Que poema? Aonde é que você está vendo um poema?

     Respondi que ele lia o verso da folha, que aliás estava pela metade, e eu lia o poema do inverso  daquela folha.

     _Hum?

    _É verdade! Que poema é esse? Você ganhou um poema?

     Ele virou a página ao contrário e viu que havia um poema nela.

     _Ah, eu pedi um pedaço de papel para anotar quem estaria na reunião e ela me deu este pedaço de folha, dizendo que era lixo. Até sorriu um sorriso esquisito, como se estivesse se livrando de alguma coisa.

     Perguntado sobre quem era a moça que havia dado o papel, ele disse que era uma funcionária nova, que não a conhecia, pois havia alguns anos que não se dirigia àquele lugar.

     _Você fica com a lista, e eu fico com o poema, que tal?

     Olhou e disse:

     _Isto é lixo, não tem valor cultural, tanto que foi me dado como rascunho.

     A lista do jantar vai para o lixo, mas o poema fica. 

     Digitalizo o poema que deveria estar no lixo, que não sei quem escreveu, e nem porque alguém ficou com tanta raiva do poema.

     Se alguém souber da autoria, passa aqui no blog, que eu dou os parabéns e até retiro o poema do blog, se for o caso.

     


     Toda reciclagem é necessária, e a espiritual também. O poema tem mais de trinta anos e estava guardado comigo. Liberto o poema, que não é meu, nem seu, e nem sei de quem, como parte de um momento especial, por aqui, para mim, e agora para vocês.  

domingo, 8 de novembro de 2020

Indefinição

Indefinição 


Essa indefinição

De futuro o dia inteiro,

 Obriga o dia à razão,

Mas certo e alvissareiro.


Em todo o casarão,

Que é duvidoso e inteiro

Ao futuro e à ideação

Com nanquim e tinteiro,


Mas com mata-borrão,

Vem o medo ligeiro

Que tende a interação

Nesse amanhã parceiro.

sábado, 7 de novembro de 2020

Irrestrito

Irrestrito


Meus livros e minhas criações,

Amigos de tantas razões.

Porque leio, vejo um infinito,

 Amostra de vida, e medito


Ao tipo, ao sabor das canções

Sopradas nessas sensações

Escritas com motivo estrito,

Fixadas no plano erudito;


Histórias e composições,

Que juntas, são as ambientações

Propícias de um lugar bonito

Por onde passeio, algo irrestrito. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Rabiscado

Rabiscado


 Fazer o melhor possível,

Quando tudo é imprevisível;

Não se vai, nem fica, e é ao lado

Este ano destrambelhado,


Onde o futuro é invisível,

E o dia a dia é que faz o incrível,

Mas não chove, ressecado;

Pingo d'água controlado.


Ao menos, ao ser sensível,

A alma contínua e factível,

Elabora um rabiscado,

Suscetível ao traçado. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

No Zoológico/ Miniconto

 No Zoológico/ Miniconto


    Crianças, adultos e idosos estavam no zoológico.

     Todos distraídos, quando houve-se um barulho, um impacto forte e até parece que a terra tremeu naquele momento.

     Aparecem os guardas e avisam que daquele ponto ninguém passa. Era para seguirem sem se aproximarem daquele lugar.

     Manuela, curiosa, deu uma espiadinha antes de seguir.

     O rinoceronte se jogou no chão, como se fosse um cachorro que se esbalda na terra para fazer folia.

     _O que é isso?

     Crianças gostam de atenção, e a paciente guarda do zoológico respondeu que o rinoceronte é um brincalhão, mas quando ele está em festa até mesmo os veterinários tomam cuidado.

     Havia chegado um outro rinoceronte para o lugar e eles estavam se conhecendo.

     Não se pode chegar perto de um rinoceronte quando há um momento especial para ele.

     Manuela perguntou de poderia tirar um foto dele se espojando no chão feito cachorro.

     _Não pode. É muito perigoso, porque ele se joga para brincar e pode machucar alguém.

     Não pode, não pode.

     No entanto, ninguém poderá apagar a foto que não foi tirada da sua imaginação, nem aquele barulhão e o susto que fez todos pararem a se perguntar do que se tratava.

     Assim, Manuela tem consigo um rinoceronte sem foto, que tanto brinca, mas que é mesmo um rinoceronte.

     Um rinoceronte amável, mas um rinoceronte.   

     

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Trovador

Trovador


São duas principais

E outras três vicinais,

São as ruas do interior,

Sem escolha e sem dor.


São paisagens iguais,

Distantes, desiguais,

Que seguem aonde for

Um chão de unguento à dor.


Na estrada, os milharais;

Bem longe, alguns varais;

 Mas vê o céu um trovador

Que espanta o dissabor.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Buscando Livros

Buscando Livros


Ler e escapar

D'uma rotina,

E se contar

Quando termina


 Esse folhear,

Que determina

Outro buscar,

Distrái e ensina


A caminhar;

Mesma rotina

Noutro pensar

Não contamina.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

À Benedita


À Benedita


Quem acredita,

Segue o caminho,

Ora sozinho,

Também medita;


Palavra escrita

Sobre o escaninho,

É pergaminho

De Deus, bendita.


Livro é visita

De torvelinho,

Um desalinho

À Benedita.

domingo, 1 de novembro de 2020

Vaga-lume

Vaga-lume


Se me estranho

São os costumes

Desse antanho,


Sou rebanho

Sem queixumes

Nesse banho,


E me apanho


Vaga-lume.


 

sábado, 31 de outubro de 2020

Repetidamente

Repetidamente


Se repetida,

É refletida

Neste momento

De pouco tempo


Porque é contida

A essência obtida

De um passatempo

De igual invento;


 Nessa corrida

Assim concisa,

Sou meu momento:

Contentamento.


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Nostalgia

Nostalgia


Termina o dia,

Mas diferente,

Com nostalgia

Da brisa ausente,


Que contagia

O sol dormente

 Nesse bom dia

Ainda presente,


Que se confia

Ao onipotente

Essa alegria;

Conceitualmente.


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Estética, Um Tema Delicado

 Estética, Um Tema Delicado


     Um dos temas difíceis para se conversar é a estética, mesmo para leigos com opinião diversa dos filósofos.

     Mesmo nessa abordagem distópica, ou seja, olhando o meu próprio umbigo, e não os umbigos dos outros, a estética é assunto controverso.

     Um dos tópicos sobre os quais não ouço conversarem é que a estética muda através do tempo e individualmente e sem pressão do mundo exterior.

     A estética individual muda de dentro para fora e de fora para dentro simultaneamente.

     A estética muda com um pensamento, uma mudança de estilo de vida, e com isso não quero dizer de tudo o que é saudável ou recomendado. Basta um pensamento para expor uma opinião, ou vontade de fazer algo, e basta esse pensamento para, a partir dessa vontade, a estética individual se modifique, não interessando se, para melhor ou para pior. Outro fator modificador da estética é a necessidade de se fazer algo por motivo não originário do pensamento enquanto ideação, mas a necessidade obriga, como todas as coisas que estamos fazendo em consequência da pandemia, tais como cozinhar.

     Sob esse ponto de vista, a estética adquirível, não é levada em consideração.

     Os pensamentos que podem mudar a estética individual são oriundos de filosofia de vida, do modo de observar a própria dificuldade, quando possível, porque algumas vezes essa dificuldade não consegue ser observada, mas o que pode ser observado pelo indivíduo, pode ser modificado, e certamente, muda a estética pessoal.

     A estética depende do pensamento e da necessidade do ser.

     Por outro lado, a estética pode se modificar de acordo com uma mudança vida de fora, através dos conceitos entronizados dos costumes, e até é relativamente fácil observar que o padrão de beleza feminina, variável conforme a região em que se habita, abre a visão para outros padrões estéticos valorizados e aceitos como bons.

     Importa dizer que a estética individual não é fixa ou permanente, e sequer adquirível, embora se possa pensar de maneira diversa.

     Essa estética vinda do pensamento não distingue gênero ou faixa etária, é algo admirável.

     Sob esse ponto de vista, um fator a ser considerado, é estar em desacordo com a própria estética, quando a estética pode ser consequência de um pensamento a ser pensado.

     Em resumo, tanto quanto a alma não nasce pronta e imutável, a estética pode ser considerada da mesma maneira, algo que pode mudar involuntariamente e de acordo com um pensamento, um único pensamento, e que ela não é tão importante a ponto de impedir a busca do bem estar físico, mental e emocional.   

     

     

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mais Não

Mais Não


Preciso dos pés no chão,

Dessas minhas incertezas

Conformadas em padrão,

Formando delicadezas


Que desconhecidas são,

Mas serão luzes acesas

Ao que hoje é superstição.

Simplicidades, rudezas


De calos sem a expressão

Das mais necessárias friezas

Depois de um mero pisão

Involuntário; mais não. 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Rede - Palavra Múltipla

Rede - Palavra Múltipla


Não adianta imaginar,

O lazer é na rede,

Nessa rede de idear,

Água que engole a sede;


Caminhar, caminhar

Ao tijolo e à parede

Seca, mas se voltar

Ao possível, impede


O tempo de ficar

 Parado ao porte-rede

Até se espreguiçar

E dormir numa rede.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Bom e Igual

Bom e Igual


Pouco sal,

Nenhum mal;

 Bom descanso,


Bem normal

Ao dia igual,

Dsse avanço


Musical,


Não me canso.


domingo, 25 de outubro de 2020

Paz e Bonança

Paz e Bonança



Que seja diferente,

E seja de esperança

O ser que se pressente.

Juntas paz e bonança


Venham para o presente,

Que a bondade se alcança

Ao ser e estar contente,

E assim o céu descansa.


O tempo não se sente

Porque a vontade é criança,

Que vem curiosamente

Surpreender com confiança.


 

sábado, 24 de outubro de 2020

Naturalidade

Naturalidade



Essa naturalidade,

E alguma paz me atravessa,

Penso Deus com humildade 

Que, na alma, versa e conversa,


E me diz  continuidade,

Calma, que uma hora cessa

Essa nossa vã ansiedade,

Porque o que nos interessa,


É a consciente divindade

Acompanhando a caleça

De cada um, da sociedade,

E não existe nela a pressa. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Busca

                                                                Busca


Ah! Esse tempo que passou

E onde levou esse horizonte,

Quando essa alma é foi e ainda sou

Como sou, e o que se desconte


Entre o feito e o que ficou

P'ra depois, mas sem afronte,

Porque tanto se buscou

Fazer e que assim encontre


O amanhã que já voltou,

E veio em forma d'uma ponte,

  Não somente o que sobrou

D'uma lenda que se conte. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Constância

Constância


Além do futuro,

Do espírito puro,

Há o que se acrescer,

Há o que se escrever,


Pensar nesse muro,

À paisagem, duro,

Grafismo a se obter,

E deixar sem ter


O cimo do muro,

Com vaso de arcturo,

Estrela a se ver,

Constância do ser.


 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Pluralidade

Pluralidade


Tantos inventos,

Todos atentos,

É novidade


Aos sentimentos,

 Experimentos

Dessa vontade


De movimentos;


Pluralidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Feijão

 Feijão


Esses meus parafusos,

Panela de pressão,

Meio soltos, meio reclusos,

Exigem aptidão,


Parafusos multiusos,

Chave de fenda à mão,

Com meus manuais confusos,

Numa manutenção


De proibidos intrusos,

 Pois preparo o feijão

Com temperos, desusos

De agradável alusão.



segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Versos Inversos

Versos Inversos


Não são demais

Esses tais versos,

Nem nunca mais

Serão dispersos,


Mas essenciais

Quando diversos

Dos comerciais

Vírus aspersos,


Tristes jornais

Dos dias adversos,

Não mais iguais;

Versos inversos.




 

domingo, 18 de outubro de 2020

Ânimo

Ânimo


Toda semana é começo

De consideração e apreço

Ao exercício da alma, certa

De que tudo se conserta


Quando há ânimo que é confesso

De vontade, e sem excesso

A ser o que em si desperta

A boa vontade encoberta


Por obstáculos, seu avesso

Que é o receio desse travesso

Destino; uma descoberta

A cada dia que se oferta. 

 


   

sábado, 17 de outubro de 2020

Em Casa

Em casa


Abençoado é o lazer

Depois desse dia inteiro,

Quando está a anoitecer,

E a noite é um passageiro


De um nada a se prever,

Pois amanhã é o ligeiro

  Dia bom de bendizer

E repeti-lo inteiro


À semana a fazer,

E ser dela parceiro

Dia a dia, por se querer,

Sentir-se  verdadeiro.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Desenho

Desenho


Esse lugar,

Deixar-se estar

Ao mormaço,


Refrescar,

Desenhar

Todo abraço


De esperar;


Sem cansaço.


 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Razão de Mim

Razão de Mim



Sei de mim,

Que sei assim,

Compreensão


Do que é afim,

Porque e enfim,

E a razão


Num jardim,


De oração. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Máscara e Bijuteria

Máscara e Bijuteria



Descubro a bijuteria,

As roupas enferrujadas,

De como eu seria, ou estaria,

Não fossem as coordenadas


Impostas à pandemia,

Repetidas mãos seladas

Seguidas com galhardia;

Sem enfeites, mascaradas.


Moda que não seguiria,

A que somos convidadas

Sem escolha, quem diria,

Nessas cores enfeitadas.

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Edson Prado em O Sumiço do Comediante

Edson Prado em O Sumiço do Comediante

     Edson Prado, o repórter free-lancer do blog, está aqui e eu, por questão de solidariedade, passo a palavra a ele. Ele parece aflito, do contrário, eu deixaria pra lá.

     _O comediante sumiu, o sítio de humor desapareceu. Não, não desapareceu, colocaram alguém infeliz naquele lugar. Ele não leva o menor jeito para o humor.

     Sim, e agora, pergunto eu?

     _E agora teremos que esperar por filmes de pastelão norte americanos, a senhora sabe se tem hífen, eu estou desatualizado da novíssima ortografia dos hífens.

     Não me pergunte. Eu tenho que pesquisar.

      _Cabe ao jornalista, a história, os fatos, mas ao comediante vale o ridículo, o sem sentido, a peculiaridade cômica, e do jeito que está sendo escrito, ninguém chega para olhar, quando aquilo já foi muito engraçado.

     Você acha que a comédia perdeu o ponto do riso?

     _A menos que ele tenha pegado o coronavírus e tenha colocado um pseudônimo vivo em seu lugar, se é que me entende.

     Façamos fisionomia de paisagem.

     _Sim, fisionomia de paisagem, mas o fato é que está errado. Tem muita gente procurando ficar bem consigo mesma e até mesmo rir em meio a tudo o que se passa nesse ano.

     Eu mesma fui capaz de ficar feliz ao saber de uma conhecida que voltou para casa recuperada do vírus, aliás, por aqui, já são quatro pessoas três mulheres e um homem, que estão bem, embora saídos do hospital. Que alegria ver essas pessoas bem.

     _É o que eu quero dizer. Este é um ano sofrido, por mais que se tape o sol com a peneira, como se costuma dizer. O humor tem que compreender que é necessário, que ajuda a transmitir otimismo e força de vontade.

     Concordo.

     _Não se pode pressionar a população com assuntos sérios.

     Convencer algumas pessoas de que o ano está difícil para todos é que é difícil.

     _E qualquer assunto é motivo, a senhora ouça que eu saí com o automóvel, com máscara, álcool gel, e consciente, quando ouvi que não sofro, que tenho conforto. Isto é falta de sensibilidade de perceber que, enquanto repórter, eu me expus e muito durante o ano.

     De fato, das quatro pessoas contaminadas e hospitalizadas, três têm automóveis.       As quarentenas mais pesadas foram difíceis. Agora, parece que as coisas estão um pouco melhores, temos que aguardar para ver se o perigo de contaminação diminui um pouco mais.

     _Sem humoristas, e com os olhos voltados para si mesmos, as pessoas podem pensar erradamente, que o outro está em condição melhor.

     Tem gente que quer ser aborrecida para aborrecer os outros.

     _Interessa é que o humor está diminuto, e que isto é um mal que contamina.

     Pergunto a que serve esta falta de humor.

     _Serve pra nada. Digo que é algo desinteressante.

     Vou de música. Vou de livro. Melhor assim.

     Ora, não é que o Edson Prado saiu e disse que irá procurar o bom humor por aí.

     É uma ideia.        


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Reciclagem

Reciclagem 


Aquela nota martelada,

Sincera, mas tambén gritada,

Repete a nítida tensão

E estraga toda uma canção,


Precisa e digitalizada,

Tonal de tom equivocada,

Sonora além da notação,

Absurda, chega ao coração


E diz-se fora, mas não adiada,

Que adianta sem ser adiantada,

Precisa de consertação;

Recicla-me também, canção.    

domingo, 11 de outubro de 2020

Reinvenção

Reinvenção

 

Esperar

Todo um tempo

A ficar,


Concordar

Que me invento

Devagar


A pensar


Noutro tempo.

sábado, 10 de outubro de 2020

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Duplo Sentido

Duplo Sentido


É outro o mundo,

Seu Raimundo,

Malicioso,


Nauseabundo

E infecundo

Ao que é cioso


Ao segundo


E ao ditoso.





 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Poesia de Deus

Poesia de Deus


A peneira do tempo,

Grão de areia que vai ao vento,

E para no lugar

Onde andou até parar,


Para ser aviamento

Que costura esse tempo,

Reflexo do pensar,

Vidrilho de enfeitar


Todo e qualquer momento,

Leve foi ao firmamento,

Nele está a se mostrar

Em verbo, é o verbo amar.

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Esteira de Musculação

Esteira de Musculação


Horário contado,

Capricho dobrado

Na apresentação,

Movida emoção


Imperfeita ao lado,

Redonda ao quadrado

Pela integração

Dessa percepção;


Caminho traçado,

Que à vista, é parado,

Parece ideação,

Mas não convicção.


 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Estudo

Estudo


Esse cansaço

De não saber

Fez-se embaraço,


Estudo é um laço,

Certo aprender

A não ser lasso,


Que vive ao passo,


Por se querer. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O Dilema das Redes / Comentário

O Dilema das Redes / Comentário


     Assisti hoje o documentário O Dilema das Redes. O documentário tem duração de mais de hora e meia e com muitas afirmações.

     Recebi a indicação por meio da rede do whats, e reservei um tempo para assistir e refletir antes de ler as críticas especializadas e os temas propostos para debates sobre a possibilidade de melhorar as redes sociais.

     Considerar a internet como utópica e distópica foi algo que me chamou a atenção pelo simples fato de que nos útimos vinte anos não observei nenhuma utopia na internet, não encontrei nada perfeito, ou mundo ideal dentro da rede. Quanto à distopia, ou seja, quanto a ter o âmago individual como centro do universo, depende da escolha individual, ou seja, evitar os agrupamentos de grupos de imposição cultural depende da vontade, por mais que esses próprios grupos digam pertencer a uma cultura ideal, unindo a distopia do grupo como uma utopia universal. Deletar e desligar é uma atitude válida que não fará falta ao indivíduo, que se aborrece toda vez que lê a postagem do grupo. 

     Quanto às notícias, os donos da internet podem facilitar a vida do internauta identificando a origem da notícia, a data, e, principalmente, se é matéria paga, conforme os jornais costumam fazer. Para quem não sabe, jornais e revistas publicam matérias pagas pelas empresas com a informação escrita de que se trata de matéria publicitária.

     Quanto à despersonalizar, ou mudar o comportamento, acredito que seja possível, como é possível pelas emissoras de rádio e televisão, com o intuito de formar opiniões, sem permitir que as pessoas tenham suas próprias opiniões, o que acontece através da pressão da massa de telespectadores, da qual não é possível discordar, cuja programação é patrocinada por grupos de interesses econômicos, o que é menos possível, atualmente, pela existência da tv a cabo.

     Quanto à teoria da conspiração, há quem patrocine, e o objetivo é causar prejuízo a qualquer pessoa que possa acreditar em tolices, nos casos mencionados no documentário estão exemplos como a possível mentira de que o homem foi à lua e de que a terra é plana. Se me for permitido uma conspiração: na hora em que a Terra parar de girar, ela fica chata.

     Algo que me interessou foi o excesso de publicidade e de informações não relevantes. Esse excesso de informações intoxica a internet, pois é irritante ficar fechando publicidade antes de ler isso ou aquilo. No entanto, a publicidade e a variedade de oportunidades para boas compras auxiliam o consumidor, desde que se esteja procurando um determinado produto.

     Pessoalmente, penso que a internet democratizou o acesso à cultura, mas é preciso que se busque a cultura, e com tempo certo, porque os "algoritimos" buscam consumidores de internet que fiquem logados o dia inteiro, e isso emburrece a qualquer pessoa, transformando o ser humano num robot. Seres humanos robots vão procurar grupos e esses grupos podem não ser o que eles desejavam, mas fazem isso para livrarem-se desse lado robot, que não faz parte de realmente ser humano. As pessoas com más intenções criam grupos para atrair quem não sabe o que procura.

     A internet é válida à medida em que saiba o que se quer buscar, e através dela, encontrar pessoas e sites confiáveis, afinal, recebi essa sugestão através de um grupo da internet, o da igreja, e me trouxe este olhar crítico.