A Hora do Agora
Ensina a melhora
O aprendiz da hora,
E vai-se a estudar
Um pouco do agora
Na janela afora
Do seu contemplar;
Nem tudo tem hora
Nesse caminhar.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
A Hora do Agora
Ensina a melhora
O aprendiz da hora,
E vai-se a estudar
Um pouco do agora
Na janela afora
Do seu contemplar;
Nem tudo tem hora
Nesse caminhar.
Histórias do Agente Grilo
Até ali estava tudo certo. O agente Grilo conferiu, e sabia exatamente o que era, e era a simplicidade de viver com algum exagero, e ano após ano.
O espaço em branco é que era desconhecido do agente Grilo.
O agente Grilo, como era conhecido, era bom, e respeitava as individualidades, mas se não era bem vindo, aceitava, simplesmente aceitava e seguia em busca dos bosques perdidos.
Eis que passado muito tempo, o advogado do Diabo quis conversar com ele.
O agente Grilo disse o que se passou, e que sabia até onde tudo estava certo, mas do errado não sabia, porque havia esse tempo do antes e do depois.
_Depois é tarde!
_Também acho, mas o diabo insiste.
O agente Grilo perguntou por que é que o diabo insistia.
O advogado disse que tinha gente errada no inferno.
O agente grilo disse:
_O que é que eu tenho a ver com isso?
O advogado do diabo disse que estava montando o antes e o depois, ao que o agente Grilo disse que o depois era um enorme espaço de tempo em branco, e que não se preenche o espaço em branco com quem não estava lá.
O advogado do diabo disse que ele era advogado do diabo, e não de Deus, e que o agente Grilo que se fizesse o que pudesse, porque estava requisitado pelo diabo para ajudar a tirar quem ele não queria no inferno.
O agente Grilo disse que sabia até o momento antes do espaço em branco, e que o que ele sabia é que não havia condições suficientes para fazer um ligação entre o antes e o depois.
O agente Grilo contou do terremoto que separou as duas terras, e para saber o porquê, um sismologista haveria de ser consultado.
O advogado do diabo disse que o agente Grilo ficaria em contato até que o diabo se decidisse ao contrário.
_Sinceramente, se for para descobrir o que fez gente boa ir para o inferno, tudo bem, mas eu prefiro Deus, será que o senhor me entende?
O advogado disse que o entendia mais ou menos, porque ele morava no purgatório, e a sua função era ouvir Deus e o diabo.
O grilo pede licençã ao advogado do diabo, e sai aborrecido.
No caminho, depois de ser furtado: Estacionou aqui, perdeu:
_Eu cobro de você o que eu quiser!
Apareceu um mendigo que acabara de sair do hospital e pediu dinheiro para um medicamento.
O agente Grilo, que acabara de ser furtado, pegou o dinheiro para o medicamento e deu ao mendigo.
O mendigo, muito agradecido, contou que o que ele mostrava era a consequência, mas não a doença, e o abençoou.
O mendigo evitou a doença do agente Grilo, porque ele também deu uma passada no Pronto-Socorro, e precisava de outro remédio.
O agente Grilo agradeceu a Deus, mas também ao mendigo enviado pelo Todo-Poderoso.
Biorrtitmo
Descansar é a obrigação
Das horas, da condição
Humana, ser racional,
Mas pensar tal condição,
Leva a crer nesta noção,
Que, ao bicho, dormir é normal,
E, ao racional, reflexão
Subjetiva e natural.
A Decorar
Precisar de tempo
Sem se preocupar,
Algum passatempo
Dentro deste lar,
Folgar um momento,
Mas sonorizar
Uma canção ao tempo,
Para se soltar.
Achar este tempo
Sem se reprisar,
E rápido ou lento,
A recomeçar
Segue-se este vento
Sempre por tocar,
Sempre movimento,
Vindo a aperfeiçoar.
Pratos e Panelas
Fora da fôrma
E conformada,
Mas cheia de norma,
Porque ensinada.
Não desconforma
Forma quadrada,
Não de outra forma,
Convencionada;
A plataforma
Segue mudada,
Nem tudo é fôrma,
Ou torta assada.
Do Hoje se Diz
São objetivos diversos
Espelhados em versos
Constantes neste tempo;
Universos dispersos,
Pensamentos imersos
Pelo temperamento
Destes tempos inversos
Ao desenvolvimento.
Autenticidade
Vê, fala, sente,
Não quer saber
Constantemente,
Bom é ser gente,
Além de saber,
Saber que sente,
Saber-se este ente
Que se está a ver.
Visão Pessoal sobre a Chegada de D. João VI ao Brasil
O possível motivo para a saída de D. João VI de Portugal foi não ter que enfrentar Napoleão, mas o melhor motivo foi o de que se Napoleão invadisse Portugal, ele não conquistaria aquele país porque o detentor da Coroa portuguesa não estava lá, mas noutras terras possuídas.
D. João VI saiu de um enguiço através de um porto emergencial construído em Ericeira, porto que foi desconstruído para não deixar a estratégia defensiva do rei à mostra.
Os historiadores dizem que tempestades em alto mar mudaram a rota do rei que era para o Rio de Janeiro, para a Bahia. Apesar de tantos motivos, consigo encontrar a lógica: o rei saiu de um ponto mais próximo das costas brasileiras - Ouriceira, e desembarcou no ponto mais próximo possível do seu destino, A península de Salvador na Bahia.
Quando chegou a Salvador houve uma festa que durou vários dias, e alguns motivos podem se adequar a essa festa, tais como, proteger o rei de uma possível nau francesa que viesse ao encalço, a esperança do governador de que o rei mudasse de opinião quanto a localização da corte no Brasil, uma cortina de fumaça para que a população não compreendesse muito bem a gravidade da situação, mas também algum descanso da longa viagem, e a preparação adequada da residência no Rio de Janeiro, porque há que se imaginar uma viagem de coches e caleças de Salvador ao Rio de Janeiro com o governante principal do país à bordo.
O clima do Rio de Janeiro comparado ao de Salvador pode ter sido o motivo da decisão do rei, posto que a região serrana tem tempo ameno na maior parte do ano, o que não acontece na Bahia.
Pela instalação da corte no país, percebe-se que a intenção de ficar no Brasil era permanente, e o rei construiu com certa rapidez o que precisava para reinar a partir do Brasil.
Declarou a guerra à França de Napoleão depois de ter convidado as nações amigas a comercializarem com o país.
A impressão que fica é a de que ele conquistou o país com a diplomacia, e com festas fartas para a população que aqui estava.
Conclui-se o tema dizendo que entre guerras, ouriços e carnavais, existe a alegria ingênua de um povo que gosta de comer bem, dançar, se divertir, mas que acredita num mundo sem violência, que precisa se redescobrir e levar na pândega o que pode ser levado com leveza de espírito.
Grata pela leitura.
Calçadas
Sentir o chão,
Comer o pão,
E devagar,
Com proteção,
Um por que não
A se pensar;
Aquietação
A se buscar.
Livramento
Não basta o livramento,
É preciso expressar
Dentro a'alma e ao pensamento,
E a si interiorizar
Que não tem sofrimento,
Apesar do pesar,
O que foi de um momento
Libertado, e a ressoar
Nos ouvidos o alento
Do Espírito a sanar
E proteger o tempo,
Com outro, o de estudar.
Que Deus Explique o Que Não Entendo
Cotidiano variável
É algo que Deus explica,
Num tempo imemorável
Que a tudo descomplica.
Tudo é inacreditável
Nesse ir e vir que fica
Além do palatável;
Deus manda sem dar dica.
Ser é que é irremediável,
É essa condição física
Espiritualizável
Que se refaz, e é inegável.
Longe do Silêncio
Rádio de pilha
Numa tomada,
É à, bateria,
Mas te sorria
De madrugada;
Distante ilha
Onde se via
Maravilhada.
Café com Gente
Máscara ausente,
Reaprendizagem
Nova e frequente
Nessa roupagem
Constantemente,
Numa paisagem
Com foco e lente
Nesta mensagem
Irreverente,
Com chuva e friagem,
E blusa quente;
Café com gente.
Sei que era fácil de aprender e difícil de fazer, porque eram poucas palavras essenciais e frases curtas, mas explicativas.
Eram frases agridoces como: Maria faz, mas Helen manda.
Tanto aprendizado guardado nessas frases e nas observações a respeito das frases.
_ A coruja acha os seus filhos bonitos, pois a ela se parecem, Que importa a beleza ou feiura dos filhos das corujas, quando o que perturba é a inteligência, a qual não se deve espiar para não ouví-la piar. Aí é que está.
Outra frase memorável:
_Deve se respeitar o sentimento de uma criança, afinal criança também sente.
_Criança que muito estuda quer observar o adulto ao lado dela.
_Isso é isso e aquilo é aquilo, de onde se conclui a necessidade de se dizer adeus, estamos conversadas.
Histórias de velhice, quem se importará com elas, mas deveriam.
Boa semana aos leitores!
Cruz de Prata
A cruz de prata
Está guardada,
Alho em mão fraca,
Mas respirada
Caminha à praça,
Livre e abençoada
Com alma em graça,
Pois é palhaça
De livro e traça.
Porta fechada
A essa desgraça.
Bem arrumada.
Loja de Discos de Vinil
Se caminhar
Em rua antiga
Não faz cansar,
Este observar
Vem e convida
A ouvir, parar,
Talvez pensar
Numa cantiga.
Amar a Deus
Diz a canção
De um outro dia,
Combinação
Do que seria
A devoção
Que contaria
De uma intenção
E da ousadia
De não ser não
Mais chuva fria,
Mas dia canção;
Jesus vivia.
Reflexo
Deixa brilhar
O luar, luz
Quase estelar,
P'ra aconchegar,
Mas se traduz
Ao navegar,
Que é a luz solar
A se enxergar.
Ontem à Noite
Eram portas e janelas
Causas do sono atrasado,
Picotado pelas selas
De um forte e desarrazoado
Vento, que em sacudidelas,
Assustava figurado
Em sombras suas mazelas,
E um medo descomportado
Sem ver o tempo em procelas,
Ouvia atento o inesperado
Tilintar sem ser nas telas,
Mas foi susto e está aquietado.
Liberalidade d"Alma
Todo dia em formação,
Café com leite e pão,
E ritmo de vontade,
Convicção e agilidade,
Mas feito de atenção,
Pois sutil é a noção
Do que seja a verdade
Que impulsiona a deidade,
E desta situação
Do ser em devoção,
Com liberalidade
N'alma, e cordialidade.
Pensamentos e Cochilos
Quiseram voltar no tempo, e voltaram.
Numa velocidade absurda, a máquina do tempo os levou ao passado.
Os inventores da máquina usaram a mesma máquina do tempo para vir ao futuro, na mesma velocidade absurda, que eu nem posso especificar.
O ser humano não foi feito para tais experimentos.
O que é humano não deixa de ser humano em nenhuma circunstância, tanto que para as melhores máquinas existentes, fabricam-se dispositivos de segurança, porque o ser humano é humano.
Pergunta-se os motivos pelos quais quiseram criar um ser humano que viaja pelo tempo e cria uma máquina de viagem ao tempo, quando já se possuem os fusos horários necessários para adaptações diversas?
É difícil para todos os humanos, e de qualquer época ou civilização, lidar com o desconhecimento.
Pesquiso na internet sobre o que não sei incessantemente, o que causa desgaste, pois o tempo que era gasto em leituras, diminuiu para dar vez e lugar a essas pesquisas sobre o que não sei e nem deveria saber, tendo em vista que há uma exigência da vida moderna de pesquisa contínua, tais como o celular 5 G, mas do Metaverso tecnológico eu nada sei. Sei do poema metafísico, e de alguns autores, mais nada.
Ainda consigo aprender, e isto é positivo.
Ainda tenho curiosidade para aprender, o que também é positivo.
No entanto, as muitas tecnologias que surgem, são um exagero, porque a música me chama o tempo todo para ouvir, ou experimentar.
Os insensatos que viagem pelo tempo, eu ainda prefiro o tempo da canção, e dentro das minhas possibilidades.
Eu tenho receio pelas pessoas que viajaram no tempo, e para essas pessoas resta orar.
Pior é saber que tem quem acredite que seja possível viajar no tempo, mas domingo é domingo e não tem jeito.
Bom domingo!
Humildade
Perder-se e se encontrar,
E se identificar
Com o desconhecido,
Humilde é o caminhar,
Gentil neste acenar
Ao nada, destemido,
Mas há um Deus a observar
A prece ao sol vivido.
Ensinamentos
Os pensamentos
São dos caminhos
Dos não sozinhos,
Os ensinamentos
Dos mestres, ninhos
De passarinhos,
Que voam sem ventos,
Ou burburinhos.
Conceitos
As possibilidades
E as generalidades,
São caminhos distintos;
As peculiaridades
São parte das deidades,
E não apenas instintos
De irracionalidades,
Imensos labirintos.
Som
Não poderia,
Seja o que for,
Não fosse o amor
Que o suporia,
Consumidor
Do bem, ator
D'uma energia,
Inspiradot.
Questão de Conteúdo
Personagens verdadeiros
De pensamentos inteiros
Interessam a plateia;
São os televisivos meios,
Embora com seus permeios,
Conhecimento da ideia.
Televisor sem recheios
Faz farofa de geleia.
Trim
Recompensada
É a hora certa
Quando acordada,
Bem musicada
Quando desperta,
Se dorme ao nada.
Segue encantada
Enquanto alerta.
Causalidade
A experiência
E a consciência
De sentido,
Faz da ciência
A sapiência,
O contido
Na excelência
De um tempo ido.