Bruma
Ouvir
Ideias,
Florir
Ao vir,
De aldeias
Sentir
Fulgir
Areias.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Prioridade
Prioridade:
Deus, canção
Da bondade
À cidade,
Ilusão,
Realidade,
Raridade,
E entoação.
E Coisa e Tal
Depois do Carnaval,
O ingresso na Geral
Não seria à lua cheia
Fantasia colossal,
E impossível igual.
Cada dia e uma candeia,
Luz motivacional,
Versar, e coisa e tal.
Típico
No mundo inteiro,
Seria mentira.
Rio de Janeiro,
Jeito brejeiro
De praia canção,
Longe e faceiro,
É seresteiro,
Minas no pão.
A Reprise
Repetiição
P'ra melhorar
Toda a intenção;
Se não, é senão,
É se deixar
A vocação
Noutra ocasião,
Não mais idear.
Cesta de Pães
Se a louça
É pouca,
O prato
De sopa
É à solta,
Grão grato,
E a roupa,
Pão farto.
Tempo Caprichoso
Vale o frio
Quando chega,
Nesse rio
Fugidio,
Se aconchega
Outro Rio
Não sombrio,
Não vazio.
Cinema
Com pipoca pré-paga,
Cadeira inexistente,
E sessão começada,
A memória não apaga
A refilmagem quenta
Da pipoca embalada;
Atualizada a paga,
O cinema é presente.
Otimização
O que se quer
Não é o que se quer,
É o precisado
Determinado
Por não escolher,
Ou se esconder
De um Deus ao lado
Otimizado;
Não ver pra crer,
Mas crer, saber
Da alma o almejado
Fortificado.
Fantasia
Cidade vazia,
Samba montado,
E chega o dia.
A correria
Fica de lado
Como queria,
E a fantasia,
Seu iluminado.
Relíquias
Concordante e congruenta,
Diz que há todo um caminho
Distante e inteligente
Escrito em pergaminho
De um mofo muito atraente,
Porque tecido em linho,
Mas de uso permanente
Sob a luz desse alinho
Da página contente
Em conveniente ninho
De letras docemente
Tingidas ao raminho,
De feitio conveniente
Sem que haja desalinho,
E que é continuamente
Revoada, passarinho.
Cinematografia
Desta vez,
Sossegada
Num talvez.
Sensatez
Refilmada,
Nitidez
Da escassez,
Mas buscada.
Outro Ponto de Vista sobre um Tema Anterior / Reflexão
Volto ao tema privacidade.
Privacidade é almoçar sardinhas sem ter que contar a ninguém.
Esconder que almoçou sardinhas é algo que não se deve fazer.
A compreensão de um e a compreensão de outro tem lá a sua arqueologia, sejam sardinhas ou ovas de estrujão com trufas italianas.
Da mesma maneira que um elimina a carne vermelha do seu prato, outra pessoa começa a comer pescados algumas vezes por semana.
Temos um senso comum imperceptível: é impossível se esconder da chuva quando esta é a de verão.
A privacidade enquanto esconderijo soa mal.
Soa mal e repica como sinos vida afora.
O tempo, enquanto arqueólogo dos ventos, faz soar os mesmos sinos por quantas vezes quer e consegue.
No entanto, ele sopra dizendo da privacidade e do esconderijo.
A privacidade é uma obrigação de hoje em dia, e leio o quanto a decoração pode ajudar nesse requisito e aprecio, até porque sou musicalmente barulhenta.
Esconderijo é algo como fechar as cortinas para que ninguém ouça a música tocada ou ouvida. Ao invés de ouvir os pássaros que do lado de fora fazem algazarra com as canções, observaria-se se existem ouvidos atrás das cortinas.
As interrogações que ficam no ar seriam sobre os possíveis motivos de se ter um esconderijo ao invés de privacidade, pois a privacidade não impede que outros observem a que modos são servidas as sardinhas ou ovas de estrujão, mas o esconderijo indica que as latas de sardinha não foram jogadas no lixo.
Existem ideias excelentes na internet de como se adquirir privacidade.
Antes de se fazer algo em favor da privacidade, é necessário se certificar de que não se trata de esconderijo.
Texto mais do que necessário, prezados leitores.
Grata pela leitura.
Filmes e Feriado
Compatível
Com cansaço
É este atraso
Distinguível
A este nível
Pré-feriado
Instalado
E legível
Ao possível
Canal dado
Mastigado,
Digestível.
Desestressar
O caminhado
Forma a experiência,
O aprendizado,
Que continuado
Faz a congruência,
Mas descansado
Do assoberbado
Da inteligência.
Contatos Imediatos e Musicais
O entendimento
Espiritual
É como um luau,
Junta-se ao tempo
Do ser tribal,
Diferencial
Que é pertinente
E musical.
Essencial
Se o segredo não existe,
Toda a privacidade
É certa quando insiste,
Porque não quer ser triste
Quanto a essa liberdade;
Mais pensa que persiste
Na alma que jamais disse
Da simplicidade.
Miragem
Era esse um personagem
De um livro que findou.
Noutro livro, há roupagem
De outra a moda, mudou.
Um livro, uma engrenagem,
Autor do que se criou.
Outra história com imagem,
Quando se imaginou
Algo em sua paisagem
E alguém que a presenciou,
Que espelha por miragem,
Porque nem se pensou.
Intensidade
A chuva densa
Refresca o andar
E o chão, intensa.
A rua é extensa,
E se abrigar
É uma ideia. Pensa
Que estudo é crença
A acrescentar.
Ser e Fazer
Fazer o dia valer,
Todo dia é um escolher
Em contínua bondade
A não se arrepender.
É bom se pretender
Com generosidade,
E a todo afazer ser
Contemporaneidade.
Velha Questão de Física
Interferência,
Rádio com chiado
Não ultrapassado
Por preferência,
Cantiga e ciência,
E renovado.
Vitrola ao lado,
Mas com paciência;
Não é a obsolescência,
É a estação ao lado,
Que vem de lado
Com mais potência.
Candeia
Maré que ondeia
Em lua cheia,
Noite de mar
Que despenteia
Toda sereia
Sem naufragar,
Lua candeia
De navegar.
Trem na Estação
Descomplicar
É a obrigação
De um bem estar,
Poder restar
Numa estação
De trem, se não
Resta ficar
Com boa intenção.
Chuva de Verão
Gostar da natureza
Quando vista à janela,
Que parece mais bela
Ao sol da singeleza,
Com a nuvem que preza
À verde relva e sela
O tom que habita nela
Fixado a ligeireza
Da chuva que cai ilesa
Ao veraneio, e cai bela,
Porque é tela e aquarela.
Em quadro e sutileza.
De Vez em Quando
Delicadeza,
De vez em quando,
Da alma é a leveza.
Vem levitando
E arruma a mesa;
Vai e volta voando
Nessa certeza
De hora almoçando
Que se embeleza
Alvoroçando
A fome acesa
Se perfumando.