Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

domingo, 30 de junho de 2019

Ornamentação da Alma

Ornamentação da Alma

Preguiça de escrever
Sobre essa sensação
De simplesmente ser,
Sentir aquietação,

Algo a não descrever.
É da alma a apreciação
Com seu tempo a mover
Qualquer perturbação.

Essa questão de acrescer
Numa ornamentação;
Descansar é aprender
Sem ter obrigação.





sábado, 29 de junho de 2019

Indagação

Indagação



Onde estará essa verdade,
Da inter textualidade
Entre ouvir e se expressar
Até a arte se interessar

Por quem não ansiava metade,
Mas feita por ansiedade.
Curiosa é a arte a caminhar,
A querer mais e buscar

E ensinar praticidade,
Com sua preciosidade,
Ensejando burilar
Todo o tempo a se anotar.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Tira-Gosto

Tira-Gosto


Questão de gosto,
A forma e a estética
Difere o oposto,
Mas nunca é cética

Dentro ao proposto,
Mesmo em fonética
Quanto ao composto,
Onde fica hermética

Ao pressuposto,
Sendo hipotética,
Um tira-gosto
Da época poética.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Sobre o Tempo / Reflexão

Sobre o Tempo / Reflexão


     O tempo é de Deus, frase conhecida de todos, e tem dias que parecem a própria comprovação e significado.
     Tem gente que vai dizer que foi a chuva. A chuva não tem culpa nenhuma.
     Tem gente que pensará aleatoriamente que foi falta de ânimo.
     Foi uma tentativa de otimização do dia, contando com a chuva e os pequenos atrasos próprios dos dias de chuva.
     Às vezes consegue-se esse travamento generalizado das atividades.
     Ao final do dia ainda consegui um congestionamento de quarenta minutos.
     Uma hora e meia pela manhã e três horas e meia à tarde.
     Fica tudo para amanhã e eu preciso de mais tempo, porque tenho que redistribuir todas as atividades, desde as começadas, as avistadas e as necessárias.
     Amanhã não será conforme o planejado hoje pela manhã.
     O que era para amanhã fica adiado sob o medo de deixar as tarefas que eram para hoje para a semana que vem.
     Pela manhã houveram ao menos dez pessoas que perderam a hora porque um estabelecimento estava com problemas técnicos e não pode atender ninguém.
     "_Voltem à tarde porque estamos enfrentando problemas técnicos".
     A tarde tem a certeza da oração pelos acidentados e ambulâncias no local. Outras ruas, com trânsito livre, me trariam em termos de tempo cronométrico, o mesmo resultado em termos de tempo.
     Interessante foi a observação feita logo cedo, a de uma partitura perdida.
     Poucos tiveram o privilégio de ouvi-la inteira, foi oque disse às seis da manhã porque queria otimizar o dia.
      "_Continue tocando. Não a perca"!
      Mas é o tempo que a perderá.
      O tempo é a arte que dele se compõe e desaparece para surgir noutro momento, ou talvez, nunca mais.
     A arte é uma caminhada através do tempo, e caminha-se em direção da busca dessa arte quando deixamos ao caminho algo reflexivo e necessário, apenas para quem a ouviu. Em termos matemáticos, a mesma quantidade de pessoas que perderam o seu tempo pela manhã no dia de hoje.
     Quero aprender mais sobre o tempo e a arte, não somente sobre a arte através do tempo.
     O que eu sei é que o tempo deu um jeito de organizar as mudanças.
     Volto ao início e a frase inicial que diz que o tempo é de Deus, porque estava cheia de atividades, que agora ficarão para os próximos dias, como se a partitura pudesse esperar em repouso algum tempo.
     Quem sabe o que tais coisas significam, pois pra mim foi apenas um dia a ser refeito, um recomeço ao pensamento.
     

terça-feira, 25 de junho de 2019

Pergunta Turística / Comentário

Pergunta Turística / Comentário

     Hoje fui desafiada com uma pergunta inusitada:
     _E você, o que gostaria de encontrar numa cidade turística?
     Essa pergunta foi desafiadora, porque eu não havia pensado nisso até esse momento. Pensei muito para, ao mesmo tempo ser sincera, realista e criativa.
     Observei os transeuntes e cheguei a algumas ideias:
     1-Parque para Cachorros: Quantos donos de animais de estimação querem fazer turismo, mas na prática, tem que deixar os seus bichinhos de estimação em hospedagens. Quantos viajam com a família e levam os seus "amigos cães" e passam as férias cuidando deles?
     Sinceramente, não gosto de animais de estimação, conforme disse diversas vezes, prefiro a conversa com as pessoas. No entanto, que eles saem até mesmo nos dias de geada com os seus cachorros para caminhar aqui e ali.
     Para isso são necessários hotéis que aceitem animais de estimação.
     Parques com infraestrutura para oferecer refeições, lanches e banheiros.

     2- Quiosques acústicos com música durante o dia inteiro. Em alguns locais do Brasil se observam restaurantes cobertos com tendas imensas, onde o turista fica ao abrigo da chuva e ao ar livre ao mesmo tempo durante o tempo que desejar. A comida é ao gosto do freguês e a descontração é a tônica do ambiente. Desconheço tais lugares no sul do Brasil.
     Para isso é preciso de acústica equalizada.
     Um pouco de descontração por parte dos donos dos locais também, essa simpatia até faz com que se gaste um pouco mais sem nenhuma exigência de taxa de consumação.
     

     3- Pequenos parques com atrações específicas, como por exemplo, um Mini-Golfe, um Boliche, algo assim.
     Para isso é necessário arcar com os custos da baixa temporada para atrair pessoas para a região.

    Outro dia, numa dessas propagandas do Youtube, eu ouvi uma frase que me fez pensar, e embora eu não lembre o autor, vale a pena repetir, mesmo que, se houver reclamação, eu a retire imediatamente do blog, porque não é minha intenção ofender ninguém:
     "Mar eu já conheço, quero ter o que fazer."

     As festas juninas mostradas ontem na televisão demonstram que o nordeste brasileiro sabe o que a frase significa.
     O Festival de Blues de Antonina, no Paraná, sul do país é outro exemplo, diga-se encantador do que um turista pode esperar de um passeio.

     É óbvio que os skates e as bicicletas podem continuar a ter espaço próprio, assim como espaços para a turma que faz caminhada ao ar livre. Seria bom ter academias de musculação em Shopping, como já percebemos em Curitiba, e é uma boa forma de interação com a cidade.

     Para quem prefere o sossego não faltam, pelo menos por aqui, no estado do Paraná as Estâncias Hidrominerais e os Hotéis Fazenda.

     São atividades para todos os gostos e em ambientes diversos.

     Pergunta respondida, ufa. 

      

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Caboclinha Faceira

Caboclinha Faceira


Esta nossa cultura,
De gente humilde e pura,
Dourada à brasileira,
Faz essa nação inteira,

Onde brinca a rua,
E pipoca a doçura,
A festa com fogueira
À sombra da palmeira.

Um folclore que sua
De plena boa ventura
Numa festa ligeira;
Caboclinha faceira.


domingo, 23 de junho de 2019

Rabisco

Rabisco


O passo
Começa,
Sem pressa,
Contado,

Pedaço
De peça.
E meça
Riscado,

Almaço
Que acessa,
Professa
O orado.

sábado, 22 de junho de 2019

De Vez em Quando

De Vez em Quando


Ficar em casa
E dar asa
Ao necessário,
A esse cenário

Que não se atrasa,
Onde se embasa
O involuntário
De todo armário,

Descansa a casa,
Paz que extravasa
Num comentário
Ao afazer diário.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Poema Culinário

Poema Culinário


Um livro de receitas
Adaptadas, são ao dia,
Alegrias satisfeitas;
Humilde apologia

Às gulas insuspeitas,
Mas com a simetria
Ao gosto das colheitas
Que esse tempo angaria,

Quando ainda são perfeitas
Para o frio com simpatia.
Em sabor são refeitas
Para dizer bom dia.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Fome de Saber

Fome de Saber


A fome de saber,
Depois de alimentada,
Dista a se conhecer
Sem exigir mais nada.

Evoluir é se ater
Em ser descomplicada
A fórmula de a ver
Como necessitada

Anteriormente ao ser.
A paciência é louvada,
Mas não se faz de abster,
E sim saber saciada.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

O Tempo e a Utopia do Ser

O tempo e a Utopia do Ser

Conjunto das ideias,
Utópica ideação
Das douradas bateias,
Quando já o são extinção.

O tempo e essas meneias
Brindam à exatidão,
E são tantas areias
Colorindo a razão,

Que nem mesmo as candeias
Arriscam-se ao condão,
Ou contá-las às meias,
Metade da ilusão.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Alma Nítida

Alma Nítida


A alma com a nitidez
Alivia o sofrimento
Com simples sensatez
Ao fortalecimento,

Contrafeita a clichês,
 Que é o condicionamento
Sem os muitos porquês
De um posicionamento

Presente num talvez
Que é raro nesse tempo,
Dito com escassez
Mesmo a este pensamento.



segunda-feira, 17 de junho de 2019

Afazer

Afazer


Hora de plantar,
Não espere colher,
E sim laborar,
Fazer por fazer.

A paz é um semear
Constante a se ater
Sem se perturbar,
Pregar por querer.

Porque acreditar
É esperar e ser
Sem jamais brincar,
Com o que há a fazer.

domingo, 16 de junho de 2019

Sensatez / Crônica de Supermercado

Sensatez / Crônica de Supermercado

     Acordei e, logo ao café da manhã percebi que teria meio pão para o lanche. Supermercado ao domingo? Sim, supermercado ao domingo.
     Comprei os pães e fui ao caixa.
     Para às nove e trinta e cinco da manhã, a sensatez do garoto foi imensa nos seus comentários.
     Perguntado por um colega o que ele achava da função, o garoto, aparentando uns dezoito anos, respondeu:
     _O trabalho é bom, o ambiente é bom, mas a sensação é a de que trabalho dez horas por dia.
     _Então não é bom, está difícil trabalhar aqui, disse o colega.
     _O trabalho é bom, mas hoje, por exemplo, eu tive que levanrar às seis da manhão para chegar no ponto de ônibus às sete da manhã. Se eu perdesse esse ônibus das sete da manhã, eu não conseguiria bater o ponto às nove da manhã. São seis horas de jornada. Saio às dezessete horas. Chegarei em casa às dezenove horas, com sorte. Se eu perder o ônibus das dezessete e dez da tarde, eu chegarei em casa às vinte horas. Isso me traz a angústia permanente de perder o horário de entrar no serviço.
      O colega, pensou, pensou, e perguntou a ele porque não pegava a jornada de oito horas. Disse ao colega que ele era responsável e que poderia até ganhar um pouco mais.
      _Se eu pego a jornada de oito horas, eu perco o emprego, porque não consigo fazer mais do que eu faço, e eu ainda quero estudar. Não, prefiro ganhar menos e estudar um pouco mais.
      Quanta sensatez nesse comentário!
      Nesse comentário, sem querer, discute-se o problema da cidade grande com as cidades vizinhas, onde pessoas com menor renda conseguem se estabelecer.
      Nessas cidades menores as oportunidades de emprego são poucas, e muito embora recebam vale-transporte e outros benefícios, eles têm uma preocupação constante com o horário, algo muito interessante para ser discutido entre empregadores e empregados.
      Essa é uma questão importante para aqueles que não possuem seus próprios automóveis, o transporte, porque há uma diferença entre aquele que pega o ônibus para ir ao cinema, por exemplo e aquele que pega ônibus para ir ao trabalho.
      O que eu não sabia era o nível de angústia causada pela espera do ônibus, muito menos sobre o cansaço físico e emocional de quem quer alcançar um patamar melhor no futuro.
     Por fim, antes de sair, ouvi a conclusão do jovem:
     _Estou no meu limite, não me arrisco a nenhuma outra atividade.
     Gostei de ouvir, gostei da sensatez do comentário, e acho que é algo para ser discutido.  

sábado, 15 de junho de 2019

Continua, Que Eu Apoio

Continua, Que Eu Apoio

]
Se depender de exercício,
Cansados e disponíveis,
Em busca do benefício
Físico e dos comestíveis

Saudáveis, não é sacrifício,
Também não o é para os incríveis,
Pois logo vem o solstício
Com esfriadas concebíveis,

Cujo aquecimento é ofício
Mecânico dos fusíveis,
Pensamentos sub-reptícios;
De preguiças corrigíveis.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Improviso


Improviso

Deixar a brisa
Enternecer
Toda pesquisa
E convencer

Sempre concisa,
Mas a entreter,
Sendo precisa
Ao não saber;

O que humaniza
O que há de ser,
Não se improvisa
Só por querer.


quinta-feira, 13 de junho de 2019

É Melhor Ter Pressa / Minicrônica de Supermercado

É Melhor Ter Pressa / Minicrônica de Supermercado

     Na fila, na hora de pagar a conta, um casal atrás. O marido perguntata em voz alta à caixa do supermercado:
     _Quantas maçãs estão no pacote?
     A moça responde o peso da embalagem.
     Ele comenta:
     _É muito!
     Eu olhei para ele com ar de quem questiona.
     _É muito minha senhora. Compre à medida em que come.
     Nesse ínterim, a esposa dele olha para mim e concorda que são muitas maças. Ainda replica:
     _É muito mesmo. Ninguém tem necessidade de comprar um pacote de maçãs.
     Recebi o troco. Agradeci o comentário e : rápido de volta para casa.
     Sou eu quem fará a torta de maçãs, mas não aumentei a conversa.
     Amem-se a si mesmos, por favor. Um comentário desses pode ser mal interpretado, e a resposta poderia ter sido outra.
     Meus queridos leitores, os tempos estão difíceis, tomem cuidado.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Livro e Música

Livro e Música


O livro espelha,
Música integra.
Livro é centelha,
Música é regra.

A luz e a grelha,
A alma congrega,
Escolhe a telha,
Mas é uma entrega.

Desaconselha,
Não desintegra;
Mas se assemelha
Ao que congrega.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Dias de Pipoca

Dias de Pipoca


Porque há dias de pipoca,
Parecida à tapioca,
Onde a panela é quente,
Nessa voz estridente

De índio saindo d'uma oca
Em busca da mandioca,
De milho e a água fervente,
Bem esforçadamente.

Ainda tem a paçoca,
O amendoim, pilão e a toca;
Gostar de tanta gente
E ver a água nascente.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Palestras e Fotocópias / Reflexão

Palestras e Fotocópias / Reflexão

     Hoje, eu quero discutir a importância de que se assistam palestras.
     As palestras literárias tiveram e fizeram algo fundamental para a maturidade, que são essas lembranças, em termos modernos, sinapses - termo bastante utilizado em música, para relacionar os conhecimentos diversos aos exercícios diversos praticados anteriormente.
     Palestras literárias são válidas mesmo quando o tema a ser discutido não é do nosso gosto pessoal.
     Lembrei claramente a pergunta do jornalista ao autor do livro e sobre o livro, quando o autor respondeu com clareza como é que ele tinha esquematizado o livro.
     Não gostei da palestra e não comprei o livro. O jornalista me advertiu que os livros perturbadores são os que se sobressaem, dizendo que o comum pertence a todos, mas o que surpreende, é para poucos.
     Essa palestra faz muito tempo, mais de dez anos atrás, mas hoje, me surpreendi com a sinapse daquela palestra. Ah, era isso que ele, o autor do livro, queria dizer.
     De fato, ainda hoje não sinto vontade de ler o livro do autor, o qual omito, para não criar suscetibilidades.
     Lembrei do jornalista, o qual merece todo o respeito, e dava aulas literárias: José Castello. Até hoje me sinto honrada por ter assistido as suas aulas, que eram palestras feitas com muita, mas muita boa vontade para com os seus discípulos.
     Bastou essa palestra para aliviar um pensamento. Conheço o autor do livro, embora, com alguma timidez, deva confessar que saí de fininho, porque o tema era pesado para quem gosta das coisas simples.
     Passados mais de dez anos de ter ido à palestra, entendo o que o autor do livro quis dizer.
Sinto-me contente por ter ido àquela palestra.
     Outro acontecimento foi a necessidade de encontrar arquivos-cópias, no caso específico músicas, as quais eu lembrava de ter baixado os arquivos sem que tivesse a oportunidade de experimentá-las.
     Pesquisando nos "downloads", para o meu futuro desassossego e alegria, estavam arquivadas em downloads.
     O download é uma ferramenta excelente para quem não tem tempo, arquiva e deixa para depois. Se um dia precisar, talvez nunca, mas talvez algum dia, eles estarão com você.
     É um exemplo cotidiano, mas, preciso dizer ao leitor, que se gostar de algum artigo, copie e salve consigo, principalmente se forem artigos técnicos que venham interessar no futuro.
     Com essa cópia impressa fiz o meu dia.
     Com a palestra, raciocinei de maneira diversa da de costume.
     Tudo isso levou-me a um consenso particular, a de que o cuidado que devemos ter com a cultura não é em vão.
     Através da cultura, mesmo a literária, podemos refletir melhor sobre as circunstâncias que estão à nossa volta.
     A cultura é uma busca pessoal, um lazer, um conhecimento daquilo que não pensávamos precisar.
     Não importa a maneira como o leitor pensa a cultura, interessa é que se obtenha cultura por qualquer modo disponível, mas pela palestra  dos autores de livros, ficou um carinho.
     Espero que os leitores possam, algum dia, sentir esse bem estar, que eu sinto hoje, apenas por ter assistido uma palestra de um autor de livros. 
       

domingo, 9 de junho de 2019

Amadurecimento

Amadurecimento


O limite da hora,
Que é do tempo, a senhora,
Não passa de um momento,
Não exige contratempo,

Muda todo esse agora
Sem pedir a penhora
De um só conhecimento,
É em si o acontecimento.

Porém, definidora
Do que é e sem juro ou mora,
Exige o crescimento:
Amadurecimento.



sábado, 8 de junho de 2019

Consulta-se um Sociólogo / Discussão

Consulta-se um Sociólogo

         A sociologia estuda os fenômenos sociais, não somente os políticos ou econômicos, mas os especìficos também, como por exemplo, a sociologia do direito.
          Fenômenos culturais espontâneos precisam de sociólogos. Afinal, como bem dizia minha mãe, a festa tem hora e lugar, senão é bagunça e não festa.
          A sociologia estuda as expectativas que temos dos outros e a sua correspondência na expectativa que os outros têm a nosso respeito.
          Vamos supor que se espere de determinada pessoa em um determinado grupo social uma cultura própria e específica, vinda de um conhecimento geopolítico de uma determinada circunstância, por teoria.
          Pela prática, no entanto, essa cultura, não é fato que se comprove, e sim uma expectativa frustrada do grupo social.
          Pela estilo de vida prático, no entanto, outro grupo espera dessa mesma pessoa, uma multicultura, se é que essa expressão possa se adequar.
          Uma pessoa em seu conceito único, não é a expectativa de um grupo, ela é um sistema de si mesma.
          Um sistema adequando-se continuamente às expectativas suas e dos grupos que estão à sua volta.
           Dos grupos que estão ao entorno de um sistema, existe o grupo anti-cultura, que também precisa ser levado em consideração.
          Os diversos grupos sociais interagem entre si continuamente e com a pessoa, ou pessoas em sua unicidade.
          Estimar não somente a população contida nesses grupos, mas também as minorias anticulturais, é estudo de sociologia.
          A contracultura é inserida naturalmente, justamente pela oposição a uma determinada cultura, a anticultura, não.
          A adequação do ser a esse sistema o faz parte integrante do sistema social.
          Temos que discutir a cultura, não somos subprodutos culturais, mas isso tem que ser organizado.
          As interações culturais precisam de sistema próprio, de forma a abranger as outras culturas. 
          Penso que cabe aos sociólogos pensar um caminhp para lidar com os grupos anticulturais, que existem e reprimem toda forma de cultura.
          A cultura e a contracultura se ajustam às expectativas, assim como as culturas necessárias às identificações populacionais e suas danças e folclores.
          Ler jornal pela manhã é ótimo.
          Consulta-se um Sociólogo! 

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Brilhos

Brilhos


De parte a parte
Forma-se essa arte,
Um céu estelar
Brilha a pulsar

E se reparte
Vênus e Marte,
Distantes, no ar,
Por sobre o mar.

Brilhos à parte,
O sol reparte
Mesmo ao invernar;
Um só brilhar.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Conversar

Conversar


    Conversar é dividir
Opiniões, multiplicar
O preciso e prescindir
O supérfluo a degastar,

Pretende-se coincidir
Algo a fazer, realizar
Dentre ao possível devir,
Permitir-se questionar,

Mas jamais deixar de ouvir
O outro, o que está a apresentar
Uma ideia que está a surgir,
Se, ela está a pacificar.


quarta-feira, 5 de junho de 2019

Levar à Sério / Comentário

Levar à Sério / Comentário

     Levar á sério o que acontece é essencial para uma caminhada, mesmo que seja uma caminhada de crescimento pessoal.
     Acontece que chegamos em situações em que pensamos nos acomodar em termos de conhecimento, mas a vida exige crescimento.
     Há algum tempo, eu disse que havia um talento a ser desenvolvido. Parece brincadeira, mas é um talento a ser desenvolvido ainda mais.
     A gradação, no entanto, é necessária. Alguns parâmetros precisam ser modificados, mas com calma.
     Seja lá como for, os acontecimentos me fizeram pensar em algo mais do que a proximidade da velhice.
     Velhice não é parâmetro para pensar em parar de crescer, para pensar em calçados confortáveis e deixar o tempo parar.
     Reconhecer que houve uma mudança significativa através de uma ideia nova, é uma surpresa. O bom é que o fato pode acontecer a qualquer pessoa, ou seja, ter uma ideia nova que pode dar certo.
     Parâmetro é a maneira com a qual se continua a evolução necessária e não pretendida a té a pouco tempo.
     Questionamentos interiores são positivos, enquanto que algumas das novas atividades são a meu critério de escolha.
     Pensar em si mesma em quanto possibilidade evolutiva é que são elas, porque questionam o tempo e os seus requisitos.
     Aos poucos, a ideia torna-se objetiva e concilia o que parecia contraditório, e por difícil que seja tomar uma posição, é necessário ter uma proposição aceitável.
     Em sendo assim, afasta-se o distante, procura-se um meio termo razoável e conciliatório.
     Distante é o objetivo que não pode durar além de alguns dias, e razoável é o que pode ser feito em meio às necessidades físicas e espirituais.
     A alma deve sentir-se confortável, quando a decisão tem que partir dela mesma.
     Se, a ordem dos fatores não altera o produto, é porque é possível multiplicar e também dividir por um único mínimo fator comum.
     A ginástica não é escolha, é obrigação.
     Estava errada tentando somar, quando a conta é de multiplicar.
     Não é para que me entendam, que escrevo o que escrevo, é para que pensem nos seus desafios, mas que pensem neles como operações matemáticas e, acertem nas expressões.
     É para levar à sério o que se pensa e faz.   

terça-feira, 4 de junho de 2019

Questionamento

Questionamento


A filosofia
É uma obrigação,
Quando a vocação
Não é escolha e anuncia

Que ela principia
Antes da atenção,
Que é a grande questão
Que ao destino alia,

E que a vida é guia
Sem perturbação.
É a constatação
Nesse meu dia a dia.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Respeito `a Kharina / Microconto

Respeito à Kharina / Microconto

     _Adélia, o que houve com Kharina? Ela era uma menina alegre, extrovertida, de bom astral. Você sabe como é que ela ficou debochada, assim de repente? Ela era sua amiga, não era?
     _Eu não sei , eu saí antes da festa, lembra? Pedi para você me levar para casa.
     A mãe disse que se lembrava.
     _Aconteceu alguma coisa que eu não saiba?
     _Eu não sei. Essa história ficou entre elas.
     A mãe olhou com seriedade.
     _Que história, minha filha?
     _Uma delas disse que havia um homem na festa e que era para que tirassem a roupa para provar que não havia um homem ali. Além de não tirar a roupa, eu te chamei.
     A mãe ficou horrorizada.
     _E o que você acha que aconteceu com a Kharina?
     _Kharina ficou na festa que era somente para as meninas.
     Adélia não sabia o que pode ter acontecido à Kharina.
     _Depois da festa, a Kharina mudou?
     _Mudou, mas enquanto era minha amiga, não era debochada.
     Mãe e filha se olharam, e nunca mais tocaram no assunto.
     Kharina seja respeitada.

domingo, 2 de junho de 2019

Descolada

Descolada

Quando não é uma oitava,
Um verso é bem vindo,
Nesse estudo infindo
Com gosto de goiaba,

Canção descolada
 Vai e vem, prosseguindo,
Vem se sobressaindo
E um riso destrava

Dizendo que é nada,
Mas contínua e fluindo
Ao que se vai ouvindo
Ouve-se a sua asa.



sábado, 1 de junho de 2019

Acima da Chuva

Acima da Chuva


Com cabelos molhados
E com clima agradável,
Os dias são confortados,
E a chuva é palatável

Sem tempos apressados.
Boa é essa conversa afável,
Mesmo em chuva, isolados
Nessa incomensurável

Luz de Deus, enevoados
Apenas pelo instável
Clima e os desamparados,
O que é sugestionável.