Existe um gênio na porta do armário.
Surgiu do nada, jamais o vi tão perto.
Falavam dele, o raro relicário
Colado, obreiro das artes, o desperto
Dos traços leves dos nós. Um corolário
Sagaz na busca pensada ao emissário
Das almas vãs, manda a arte ao desacerto,
Às novas cartas. Amor, dom honorário.
Existe um gênio na porta do armário.
Fugaz, de sóbrio talento, muito esperto,
Suave e sério. Mister e signatário
De obra-mestra de esboço encoberto,
Aberta ao léu no enorme imaginário
De céu dourado, ensejado e elucidário
Da hábil graça rogada. Do experto
Espera ávido um ósculo diário.
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