A Humildade
Uma mimosa,
Numa alegria
Laranja-rosa
Fez-se harmoniosa,
Perfumou o dia
Por ser graciosa
Onde não havia
Nada, preciosa.
Por ser graciosa
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
A Humildade
Uma mimosa,
Numa alegria
Laranja-rosa
Fez-se harmoniosa,
Perfumou o dia
Por ser graciosa
Onde não havia
Nada, preciosa.
Por ser graciosa
Tempo Encoberto
Dia nublado
À janela,
Não explicado,
Mas dito ao lado
Que a tarde é bela.
Chuviscado;
Dia dobrado
Sem procela.
Diariamente
Parar e agradecer
O tempo do saber,
Que é todo dia. Uma linha
Que ensina a compreender,
Que nem suporia ler,
E onde tudo se alinha,
Até a barra a fazer,
Ou a canja de galinha.
Natural Desigual
Buscar uma canção
É vontade e razão
Da alma, sensação igual
De que a motivação
Desconhece a alusão
D'algo que não é verbal
Que se faz compleição
Porque alma é natural.
Campestre
Acordes soltos
Em bruma envoltos,
Que significam
Galopes soltos,
Campos em potros,
Imagens que ficam,
Manhãs de outros
Ventos que ficam.
Caminhos
Camaradagem
É a aprendizagem,
E Deus que a queira
Com boa mensagem
Nessa paisagem
Que é rotineira;
Essa é a bagagem
Alvissareira.
Relatividade
O tempo é um dado
Desconectado
E relativo,
Que é peneirado,
Justificado,
Convidativo
Por ser notado
Ao não objetivo.
Poema Disperso
Mecânico poetizar,
Sem sentir, orar, buscar
A palavra nesse verso
Que venha a ser , rebuscar
O não dito e harmonizar
O imperfeito do reverso
Da imagem a se espelhar.
E nada além do disperso.
Promoção Recolha seu Jeans / Minicrônica do Cotidiano
Estava por aí , vendo vitrines e fui a uma loja de roupas olhar a moda outono-inverno, quando ouvi pelos microfomes da loja:
"Obtenha desconto na hora da compra do seu nvo jeans. Ao trazer uma calça jeans velha você obtém desconto na compra da nova.Não há limite de peças. Quanto mais calças jeans velhas você trouxer, mais calças com desconto você pode comprar. O seu jeans usado será reciclado e voltará às prateleiras novo. Desta maneira você estará ajudando o meio ambiente e de roupagem nova."
Que esquisito será as moças entrarem na loja com calças velhas para obterem desconto.
Fiquei feliz em ser mais velha, mas saí logo da loja.
Desatualizada, não digo. Tenho internet.
Sou do tempo em que os jeans eram de estimação.
Preciso dizer que não informo o nome da loja, não critico e nem elogio, simplesmente não é do meu tempo.
Grata pela leitura.
Minutos Exatos
Medir o tempo
Por todo o dia
Nesse andamento
Com contratempo
Do que seria
Não fosse o tempo,
Movido lento
Porque chovia.
Fome de Saber
Essa quietude
A que se alude
É transformada;
Há quem estude
Sem juventude,
De alma enrugada
Numa inquietude
Despreocupada.
Recolhimento D'alma
Dar uma volte
Neste lugar,
E não ligar
Que a chuva volta
Sempre a molhar
Para aquietar
A gente envolta
A ensimesmar.
LINK
É sob a lua
O céu de inverno
Tem pouca chuva,
De guarda-chuva
É este caderno
Que sai à rua,
E esquece a lua;
Diz-se moderno.
Conversa de Previsões / Reflexão
A propósito ainda do eclipse, que os povos antigos diziam ser ruim para a humanidade, resolvi fazer considerações sobre aquelas previsões que se fazia antigamente sobre o futuro depois do ano 2.000, o que foi bastante temido por parte da humanidade.
Dizia-se que o mundo passaria por uma grande transformação neste século XXI, onde e quando o ser humano iria colonizar outros planetas, e a convivência com as populações desses outros planetas modificaria a visão teológica e filosófica que tínhamos até então.
Entretanto, era para desconfiar dessas previsões surrealistas que diziam que após a humanidade falhar na sua condição de qualidades e defeitos, iria buscar um lugar aonde a sua humanidade fosse possível, e ao encontrar qualquer lugar habitável, iria construir um mundo possível.
Erm tantas as hipóteses, que começava-se a discutir se o problema humano não vinha dos próprios humanos, e se não seria de cada um melhorar o seu meio ambiente.
Se escrevo sobre a humanidade, não discuto o planeta e seu meio ambiente natural.
Pretendo discutir os valores humanos, os quais são necessários para que se viva como humano. Todos os desenvolvimentos visam a melhoria da qualidade de vida, mas algo ocorre de estranho nessa humanidade pasteurizada e asséptica que almejamos.
O ser humano pretende sem razão que o outro ser humano seja a sua semelhança, que pensa igual, sente igual, e que a sua vontade e determinação está sujeita a essa igualdade.
A partir desse ilógico pensamento, as adaptações são desnecessárias, e adaptação é um valor humano, seja com relação às variações climáticas, ao desenvolvimento sustentável, e porque não, à moda de uma época..
O desenvolvimento necessita de questionamentos, e questionamentos não são úteis sem pensamentos convergentes a uma finalidade objetiva e útil.
Perguntas, respostas e estudos são um valor humano de desenvolvimento.
Dessa forma é que os valores humanos não considerados como tais levam a uma busca por um local que possa ser civilizado, um local onde os valores humanos possam existir.
Muita gente se diverte com essa visão apocalíptica da humanidade, ou seja, fim do ser humano, mas pode acontecer, e tal pensamento é racional.
Desde aquela época, é que penso que a humanidade não pode pretender como saída para os seus problemas uma nave espacial que a leve para outro planeta habitável, afinal, pensem no congestionamento comum nos feriados e imaginem a quantidade de naves espaciais necessárias para relocar a humanidade restante num possível, mas ainda inexistente, outro planeta.
Em resumo, penso que são esses os valores que nos fazem humanos, e a capacidade de manter tais valores é que proporcionam a possibilidade de continuidade.
Diziam mais, e sobre Nostradamus, nem vou dizer, afinal o meu objetivo é preservar algumas condições humana , e não criar ideias sobre o que pode ser o futuro sem valores humanos.
Grata pela leitura.
Idílico
Entre criar e fazer parte,
Ao observador caber ser
O contato com tal arte
Numa interação à parte,
E nela permanecer,
Em si e como tal, descarte
D'uma emoção à la carte,
Sensação d'alma a mover.
Eclipse de um Filme
Aonde tem volta,
Tem o que move,
Abstrato exato
Que se promove,
Porque se move
No instante-fato
Quando comove
O sol sensato.
Mimo
A água e a sede
Numa rede
A ninar
Não se mede,
E se perde
A imaginar
Que não é sede,
Nem se mimar.
Atletismo
Saudades da torcida,
De acreditar por ver
A maratona lida,
Atenta a essa corrida
Não minha conhecida,
E assistir por lazer
A corrida vencida,
Atleta por torcer,
E estar nessa avenida,
Sorrir e não vencer,
Mas algo embevecida
Pela manhã a correr.
Mania
Aproveitar o tempo
E correr, divertimento
Só se for musicado,
Feito de esforço lento,
Detalhe do meu tempo,
Aos poucos convidado
E, às vezes, sonolento
E contado e arrumado.
Musa e Poetisa
O saber que o tempo precisa,
Precisa também de pesquisa,
Movimentando-se no tempo,
Sabe-o a experiência concisa,
Não se basta ao que se reprisa,
E se acrescenta ao entendimento;
A pesquisa é musa e poetisa,
De si o encanto e seu complemento.
Tudo Bem
Necessário é pausar,
Depois recomeçar
E montar a engrenagem,
E muito a caminhar
Porque esse acreditar
Do afazer faz a imagem
De si a se encorajar,
Mas também ver paisagem.
Espreguiçadeira
Calor e preguiça
De bicho-preguiça
Ficar devagar;
Parece que atiça
Tela em treliça,
Janela a ventar
Em volta à preguiça
A deixar-se no ar.
Exposição
Ponte do tempo,
Essa surpresa,
Cuja beleza
Foi pasatempo
De algum talento,
Mas com leveza
De natureza
Pelo momento
De foto e alento
E gentileza
Numa incerteza
Da canção ao vento.
Será tal Conselho Útil / Microcrônica do Cotidiano
A veterana aconselhava o jovem, e com tal entusiasmo, que ouvi, e não sei se é útil.
A crônica tem o intuito de fazer pensar sobre o conselho e a maneira como foi dito.
Vou reproduzir o conselho abaixo:
_Pensa comigo: você acabou de entrar num curso superior, e é natural que você se sinta burro. Na prova que logo vem, escreva muito, mesmo que seja besteira, mas dentro daquilo que você sabe, porque quanto mais você escrever, mais esforçado parecerá, e mesmo que não saiba nada, um ou dois pontos você consegue.
Será que tal conselho foi um trote da veterana, e estou me perguntando até agora.
O fato é que estou desatualizada no que tange aos jovens.
Grata pela leitura.
Momentos
Combina com o dia
A canção que se ouvia
Pelas ruas, frequente
Onde o sabiá se via
Em relva, cortesia
Comum de antigamente,
E que hoje é honraria
Relva afeita a semente.
"Teje Benzido"
Cnfortador
É o bom humor,
Compensação
De um sofredor
Em seu temor
A essa criação;
Fez-se em louvor
A bendição.
Crescimento
Este tempo
É outro tempo,
Estudado
A contento,
Mudou o tempo;
Transformado
O dia em tempo
Reiniciado.
Cidade Ímpar
Com esta chuva fina,
Curitiba menina
Festeja este seu dia;
Topete e brilhantina
Em tênue lamparina,
E ainda assim alegria
Em meio a esta alva neblina,
Hoje aniversaria.
Livre Arbítrio / Reflexaõ
O livre-arbítrio de hoje, deixo para a semana que vem.
Nesses momentos onde se tem que decidir, é preciso pensar muito antes.
Nessa fila de hoje, teve um argentino questionando a pulga dea desconfiança antes de mim.
Nessa fila teve alguém com elevada autoconfiança, que precisou ficar quieto para se acalmar.
Nessa fila um outro ficou nervoso e foi ao banheiro.
Ao receber os parabéns e ser convidada para uma palestra, não fui.
A esta altura a senhora que estava a meu lado perguntou o motivo.
Eu também tenho os meus motivos psicológicos, e disse a ela desses motivos.
Às vezes não se espera receber os parabéns por uma iniciativa, de bons resultados, diga=se.
De repente, começamos a discutir Deus.
Discutimos amigavelmente, mas foi como se Ele me dissesse:
_Continue a pesquisa agora. Está tudo bem, pode seguir com as suas iniciativas, e melhor será se você acertar dentre a esse livre-arbítrio que te dei.
Bloco de anotações nas mãos, penso em acertar, feliz e apavorada ao mesmo tempo. Buscar opiniões certamente farão parte dessas anotações aleatórios em blocos de compras a serem feitas no supermercado.
Deus respeita o livre-arbítrio, ponto no qual a decisão é pessoal, mas as consequências precisam da avaliação divina, pior que prova de recital.
Todos neste texto usaram do livre-arbítrio.
Bom feriado para os leitores.
Ps. Parabéns, como assim parabéns? Bem até aqui, certo.
Modismo
Criar "avatar",
Modernidade
De se brincar
Até cansar,
Ludicidade
A se gostar;
Mas se pensar,
Sou d'outra idade.
Treino
A paciência ,
Conveniência
De seguir
Com licença
Que pertença
Ao convir;
Excelência
Sem fingir.
Passos
Rua vazia,
Lua que esfria
À agenda cheia,
Que não sabia
Que uma alegria
Se despenteia
Em ventania
E se entremeia.
Ter que planejar o tempo,
Planejar a sobremesa
Adequada, à qual invento
Toda uma delicadeza,
Sobre a Mesa
Por vontade e passatempo,
Porque se faz gentileza.
Frutífero diz o tempo,
Se refeito ao que embeleza
Toda a mesa em pensamento
De vívida cor framboesa,
Sabor de contentamento
De indescritível leveza.
Possível
Melhor é esse possível,
Caminha a continuar
Perante o imprevisíve,
E há muito por pensar
Porque o incrível é crível
E basta o imaginar
Para criar outeo nível,
Gesso de acartonar
Parede, ser sensível
Ao recriar e espaçar
Num momento invisível,
E o possível traçar.
Imperdível / Microcrônica de Supermercado
Estava no supermercado, quando ouvi o rapaz dizer à moça:
_Você me trata assim porque não sabe que todo o mundo gosta de mim. Eu sou conhecido como "manero" (gíria que significa simpático e interessante). Eu sou uma boa pessoa. Agora você sabe quem sou.
A moça olhava para ele com certo desdém.
Estava apressada, mas é bom saber que existem boas pessoas por todo o mundo.
Planos moldáveis são frequente na culinária, mas dom culinário se nasce com ele, portanto adapta-se a culinária ao trivial.
Dança das Fitas
Laços e fitas
Doces, bonitas,
E a arrumação
Dessas fitas
Em cores ditas,
De coração,
Porque benditas
Alegres são.
Muita gente esperando esfriar para comprar chocolates, e assim que refrescar o que chamam de ano mais quente do planeta Terra, os supermercados ficarão lotados.
Caminhada
Nenhum vento,
Dia suarento,
Pé na estrada
Neste tempo
Pardacento,
De água, nada;
Sê contento
Na chegada.
Pintura em Tecido
Lugar ideal
É uma lmofada
Individual
E, ao dia que é usual,
Customizada
À mão, ancestral
E desigual,
Mas desenhada.
Acomodação
Exagero ausente ao mar,
Abafado sem ventar,
No entanto, vem sossegado
Sem sequer se disfarçar
De riacho, parque ou de luar,
Como se fosse feriado,
Como se fosse lugar
De poeta acomodado.
Louva-Deus
Tem que dizer,
Tem que dizer,
É obrigação
Desse afazer,
Deveria ser,
Não se diz não,
Quando por ser
É a louvação.
Entressafra
O calor e a água fria,
Combinação perfeita
Ao todo, quem diria
Em março ver tal dia
De sol , nem de suspeita
Vê-se o outono, que adia
A breve calmaria,
Folha seca e colheita.
Motivo
Atualidade,
Se é meu, vou ler,
Não por vaidade,
Mas a saber
Que foi verdade,
Para aprender.
Cronicidade
Por conhecer
A fatuidade
Ao perceber
A habilidade
Nesse escreve.r
Boa Lembrança / Crônica dos Tempos Idos
Sob forte influência dos livros de época passada, uma recoradação agradável me veio e vou escrever e compartilhar.
Todos da casa ocupados, e o avô disse que cuidaria da neta de cinco anos
Ele pegou uma caixa de remédios e tirou a bula.
Sente-se ao meul lado.
E começou a mostrar os desenhos da bula.
_Os desenhos são perfeitos, mas nem sempre são a melhor parte. Vamos aprender o que é um rwmédio.
A partir da tal bula de remédios, ele divagou sobre os conceitos dele, não somente sobre medicações, mas sobre características de personalidade.
Olhou para a porta e disse:
_Saíram? Pensam que não sei cuidar de crianças? Enganam-se. Tive farmácia.
O que ele contou de histórias foi fascinante.
Viajamos pelo país dos remédios e tratamentos, e todo um conceito foi dito quase que compulsivamente. Aproveitou para falar sobre doenças e pacientes, e exclamou:
_Minha neta, não sabe a minha alegria que é discursar livremente, sem as algemas que a casa me impõe.
Foi até a cozinha e trouxe água para ele e para a neta.
_Se você não está com sede, não beba. Quanto a mim, quero aproveitar para falar o que quiser e tenho sede.
Lembro que foi uma tarde inesquecível entre as moléculas de carbono desenhadas numa bula de remédios.
As pessoas voltaram para a casa.
Dali a pouco, apareceu o pai para me buscar.
Ele ficou preocupado, pois o pai dele andava adoentado.
_Ela se comportou bem?
O avô disse que sim e que se não fosse a neta, ele teria passado a tarde sozinho, o que seria uma pena.
Essa crônica é especial para os idosos, pois é interessante que contem suas histórias, e da maneira como quiserem ou puderem.
Versículo Lido
Traça o objetivo
Por bom motivo,
Como convém
Ao interativo,
Mas criativo
Nesse porém
Que é evolutivo,
E nele te retém.
Estêncil
O mormaço
E o silêncio
São o regaço
Do dia escasso,
Ponte pênsil
Fixa em laço
Estêncil,
Letra e traço.
Deixe Estar
Tempo denso,
Chuva leve
Por extenso
Num dia intenso
De sono breve,
Não me penso,
E o bom senso
Que me enleve.
Dia da Mulher
Amulher é ágil,
E também frágil
E decidida,
Mas irritável
Quando indomável
E divertida,
Porque confiável,
É luz vivida.
Inspirado
De vez em quando,
O entendimento
Vem caminhando,
Vem se chegando
Ao pensamento
Como que estreando,
Novo céu voando
Em brisa adentro.
Acrílico
Passadiço
Que se traça
Não é bem isso,
Passa disso
Pela graça
Do maciço
Inteiriço
Chão da praça.
Asfalto e Rua Garoada
O vento sopra distante
Do outro lado da calçada,
E diz dessa boa constante,
Que é a boa vontade alcançada
Numa paz itinerante,
Que se estende acobertada
E que conforta um viajante.
Finda a rua começada
Desamarrado o barbante
E pisado na passada
Ao ver-se só nesse instante,
Cadarço não mais enfada.
Tal momento é uma constante
Na cidade agilizada.
Nem percebe o seu passante,
Asfalto e rua garoada.
Questão Cultural
Vontade de dizer
Sobre o não se escrever
E preservar a história
Contada ao não fazer
Nada sentada, e ver
O ouvinte da memória
Na conversa se ater
E saber da oratória.
Fim do Verão
Fim do verão,
Das noites quentes
Desta estação.
Saudade em vão,
Logo outras lentes
Nos sorrirão;
Muda a estação,
E assim, meias quentes.
Raridade
Fazer do dia
A inspiração
Que se queria,
Ser calmaria
E aquietação
Da correria,
Raro é esse dia
De alma e razão.
Óculos de Sol
Com legenda
Vai-se ao mar
Devagar,
E a merenda
Carregar,
É solar
Essa venda
Ao sombrear.
Costume
Este ensaio da palavra
Costume da cidade
Que pensa, mas não fala,
Habitual nesta praça
Onde é escassa até a frase
E que aos livros é traça,
Fazer do clima a graça,
Sua notoriedade.
Estátuas, Bustos e Representações Humanas / Pensamento
Estátuas são inanimadas, e vivem através das impressóes que nos causam.
Existem em praticamente todas as cidades e em ruas, parques e praças.
Duas visitas me são significativas, e algumas aulas-palestras também.
A primeira, a de uma mulher, sobre a qual foi dito que a disformidade da composição causava certa revolta.
Ouvi toda a explanação, e as ideias dela, da guia sobre a estátua ou as representações icônicas das estátuas em algumas cidades que ela considerava como aceitáveis.
A segunda foi um busto masculino no qual observei alguma semelhança com pessoa viva e conhecida.
Estava observando e comentando sobre isto, quando a curadora presente veio perguntar por que eu me detinha tanto tempo defronte àquele busto.
Parece conhecido, respondi.
Ao ouvir a resposta leiga sobre a obra de arte, ela deu uma aula sobre a circunstância, contando do significado artístico da estátua e que, provavelmente não seria o espelhamento emocional, portanto irracional, que dizia do motivo de tal espelhamento humano, mas alguma característica artística que levava a essa significação pessoal.
Normalmente a arte é admirável e educativa, mas da mesma maneira que ouvi os significados que algumas estátuas femininas causavam à guia do museu, o que me fez ver todos os detalhes contados das representações femininas, aprendi sobre o espelhamento humano quando reconheci na representação masculina um ser humano e o significado.
Diante disso, digo que uma boa ideia é anotar sobre qualquer representação humana existente em parques e praças que chama a atenção, para depois analisar o significado causado pela sensação da arte.
Em museus, as fotografias são restritas, portanto, quando permitido, lápis e papel em mãos.
A arte é uma experiência atemporal e a sua significação racional pode acontecer algum tempo após a apreciação da mesma. Guardar anotações, e tudo o que tiver originado uma sensação artística é necessário, e comprar um libreto ou folder de uma exposição pode ser útil em qualquer tempo futuro.
Hoje consegui tempo para pensar. Grata pela leitura.
Competitividade / Crônica do Cotidiano
O tempo que era pensamento saiu à frente e começou a me atarefar?!
Começava a pensar sobre o que é o sucesso, quando era hora de almoçar. Tempo de almoçar não condiz com o pensamento, mas de exercitar a culinária rápida.
Depos de ajeitada a louça, seria a boa hora, mas não, o tempo fazia exigências outras ao raciocínio.
Hora da lista de compras para o supermercado.
Depois de racionalizar na lista de compras úteis, o tempo exige tempo para tais tarefas.
Assim o tempo se fez ao dia, sem me deixar tempo.
Ao menos ouvi uma canção, mas quando pensei em escrever sobre ela, mais afazeres.
O tempo foi tão mais rápido que eu, que faço dele uma alegoria, posto que apareceram tarefas inesperadas, mas apropriadas para um dia competitivo.
Para um dia como o de hoje, as repetições são inviáveis, e as ideias são substituídas ao longo do tempo, embora permaneçam válidas, pois embora competitivo, não deixa de lado o que é bom, embora fique sem as meditações aprazíveis e necessárias, ou nem tão necessárias assim.
Não , não era o tempo de refletir, e quem dirá que pode ser melhor assim, tem outra filosofia, mas pode ter acertado numa não reflexão, meditação ou pensamento.
Tudo bem, afinal não acredito em planos que não possam ser modificados, porque tal certeza não existe.
E se está tudo bem, o tempo estava certo.
Grata pela leitura.
Indriso sobre um Dado Filosófico
Entre uma obrogação
E uma outra obrigação,
Existe uma vontade.
Subjetiva é a noção
Do "Eu", a conscientização
Da voluntariedade
Nessa suposição
Anterior a vontade.
Outro Tempo
Musculação
E alongamento,
Divertimento
De boa audição,
Canção e momento
Com outro tempo
Solto e emoção
Sem pensamento.
Algo a Ler
Nada de nada
E adormecer
Bem, obrigada.
Tarefa dada,
Feita ou a fazer,
Conscientizada,
Depois, cansada,
Um livro a ler.
Arte Moldável
Este dia maleável,
Totalmente moldável
E artístico, nos faz
Apreciar o provável,
Respeitar o incansável
Pelo bem que nos traz.
Cria na arte praticável
O constante e o fugaz.
Rapidez
Clima da gente
Com malha quente
Atarefada
E impertinente,
Meio aqui e meio ausente,
Que ensolarada
Meio de repente,
Viu chuva alada.
A Chave do Tamanho
A chave do tamanho
È a percepção do engano
Porque parece igual
O credível e o insano,
Retórica ao tacanho
Que é estranha ao desigual,
Pois fende o calcanho
E o afasta e é natural.
Lapso
A palavra esquecida
Continua a existir
Mesmo não proferida,
Numa ânima perdida,
Quando depois de lida
Convém se resumir
Para que seja ouvida,
E se possa sentir
Numa canção batida,
E via a presumir
Que nela está escondida
A luz por ressurgir.
Um Pastel
Um pastel p'ra variar,
De vento e pensamento,
Só por sair ou mudar,
E criar contentamento
Num sabor de gostar
Desse entretenimento
Raro, mas caminhar
Pela rua do tempo,
E sem se preocupar
Com sol ou chuva ,e o assento
Há que onde se encontrar,
Se há pastel no lugar.
Realidade Criativa
Guardados os parafusos,
E agora é plastificar
Para que não mais confusos
Os encaixes a colar
Precisem de parafusos,
Algo a se experimentar
É deixar os parafusos
De lado, mas sem confiar
Nesses produtos obtusos,
Mas para se motivar
Com novos, também profusos
Produtos a se provar.
Oh, Inocente / Reflexão
Eles não sabem.
Jesus estava consciente quando dizia que muitos não sabem quando fazem o que fazem.
Eles não sabem que para ser músico de igreja a concorrência é imensa, tanto quanto para fazer sucesso na carreira musical.
Música é um mundo separado do mundo que se conhece como normal.
Um professor, certa vez disse que a maioria das pessoas que gosta de música, é por gosto, porque não há retorno para a maioria das pessoas que estuda música.
Difícil explicar o que acontece por dentro, na alma. É fato. Nenhuma circunstância leva alguém a ficar horas em cima de um instrumento musical.
Tenho um carinho imenso por artistas, tanto na igreja, quanto fora dela.
Prefiro deixar os músicos da igreja de fora da reflexão, pois a missão deles é diferente, mas já fui a um show Gospel e gostei muito dos grupos musicais adoradores de uma igreja evangélica.
Os músicos adoradores de outras igrejas também são especiais, e certa vez fiquei com os ouvidos colados no show de religioso de outra denominação católica.
Das artistas, presenciei uma a qual estava com dores na coluna após o show.
Uma outra, num shoppimg, ao telefone, preocupada com a papinha das filhas, pedindo ao marido para dar a papinha colher por colher, devagar após esquentar em banho-maria. Ela tinha show, e se escondia dos fãs enquanto verificava a roupa para o show, mas a papinha das filhas estava como ponto fundamental do sucesso de logo mais à noite.
O cantor para um show e liga para a esposa porque as saudades o impedirão de cantar.
Para concluir, penso que as apresentações devem continuar, tanto as cacras ou adoradoras, e posso dizer do maravilhoso grupo Arautos do Rei, o qual tive a bênção de assistir.
Há espaço para a cultura e para as manifestações culturais da fé.
As pessoas dependem dos artistas, adoradores ou não, para se conhecerem, criarem amizades, entenderem os semelhantes.
A arte, assim como a política, espelha o mundo em que vivemos, como é o comportamento dos costumes diante da realidade vivenciada, mas de forma lúdica, necessária a todos.
Grata a quem ler.
Partitura ao Lado
Repetição
De pausa e espaço,
Foto-canção
E calorão
De passo escasso.
Escrito à mão
A anotação
De nota e abraço.
Vir a Ser
Admirar
Não é fazer,
Transpirar
Por querer
Caminhar
Sem saber
Se mediar,
E o que é o ser
A se anotar,
Se não o ser
Que a vagar
Vem a ser.
Algumas / Minicrônica
Algumas. Entre elas, eu, todas sessentonas, mas à vontade.
Duas amigas, e entre elas perguntavam se me conheciam de algum lugar.
Passei por elas e disse bom dia.
Disseram bom dia, mas ficaram intrigadas.
Penso que ela desejavam encontrar alguma conhecida, nada além disso.
Olhei na vitrine um vestido bonito, florido, e embora de cores fortes, chamava a atenção pela graça e leveza.
A meu lado uma senhora disse ao filho, que o vestido era bonito, mas deveria ser caro, pela marca e qualidade da confecção emprestadas ao amarelo e branco.
Ao ouvir a frase, entrei na loja e procureia etiqueta do vestido.
Imediatamente, ela e o filho entraram na loja, e de fato, era um vestido de algodão que custava mil reais.
A senhora começou a conversar comigo, contando que o filho queria dar um vestido a ela, mas aos sessenta anos tal vestido não fazia o menor sentido.
Apareceu a vendedora e nos chamou para ver as promoções.
Olhei e não me interessei por nada.
A senhora olhou e procurou algo da promoção, contando a história dela:
_Lá em casa quem entende de moda é ele. Ele é estilista e está se saindo muito bem. Quer me agradecer pela educação comprando um vestido de marca, mas eu não quero que ele gaste muito comigo.
Hora de sair da loja, desejei boas compras a mãe e filho e fui ver vitrines.
Pensei em ir até a livraria, mas quando passei em frente à livraria, estava uma senhora, e ela me olhou e olhou para a frente dos pensamentos dela. Deixou claro que os seus cabelos brancos estavam em outro lugar e com outros pensamentos. Estava tá entretida consigo mesmo e tâo à vontade naquele banco de madeira do shopping, que me afastei e deixei-a a refletir. Se tirasse uma fotografia, poderia se dizer que era a da pensadora.
Não quis café, quis refrigerante.
Tomei-o gelado.
Era o meu momento de pensar que foi bom estar com elas, cada uma dentro da sua realidade, mas todas usufruindo um bom momento de liberdade, dizendo ao mundo que têm sessenta e que querem curtir, seja um refri, uma rusga amorosa com o filho, um pensamento solto sem querer dar satisfação a ninguém, ou procurando conhecidos ou trocar ideias avulsas.
Deixar a rotina por alguns minutos, não mais, mas em busca de bons momentos.
Bom feriado aos leitores.
Entendimento de Arte
Toda a arte
Se mostra,
Se gosta
Em parte,
É a amostra
Que prova
A alma, a arte
Não é ostra.
Costumes
Neste sofá dourado,
Flme,e pipoca ao lado,
Parar por intenção
De fazer bom feriado
Num copo d'água suado
E frio, conservação
Do muito bem bolado
Feriado por convenção.
Essas Teorias / Reflexão
As pessoas elaboram teorias, e ouví-las faz com que possamos agradecer com o passar do tempo.
A questão é não ouvir, não ter paciência para ouvir.
Quem gosta de contar histórias, gosta de ouvir histórias.
Pela primeira vez fui enquadrada na categoria sênior, e não sei se a idade é a melhor, ou se é a terceira, mas a terceira me faz lembrar o filme Contatos Imediatos e um E.T. educado e as crianças voando de bicicleta.
Mas antes, muito tempo antes, eu ouvi contar que não se sente a idade, mas a maturidade da experiência.
As ponderações, em sua maioria, são da atenção prestada ao longo do tempo.
Os desafios são contínuos, e vão além dos clichês de uma cadeira e uma televisão.
Pela primeira vez uso repelente de insetos no dia a dia, e estou aprovando.
Não tínhamos desses mosquitos antigamente. Eram pernilongos, moriçocas, e afins, que causavam uma coceira intensa, mas bastava um creme sobre a picada, e pronto. Hoje não, hoje temos doenças não imaginadas.
O repelente é uma questão para agradecer. Num passeio a uma cidade cujo índice de mosquitos transmissores de doença, perguntaram se eu tinha um repelente. no começo ri, mas depois acabei parando na farmácia para comprar e usar.
_A senhora não sabe o mal-estar que se sente quando se pega a doença.
Diga-se que o que está acima escrito se trata de outro conselho, o de que deve-se procurar envelhecer com saúde, sem muitos sacrifícios, mas consumir carne branca e suflês de legumes, e que nos lembre a "Xuxa", mas ela é algo exagerada nessa questão alimentar, e de certa forma valeu o conselho saudável.
Outro conselho, o de que os exercícios físicos devem ser agradáveis e não exaustivos, porque a exaustão leva a desistência de sua prática. Duas quadras a pé por dia é melhor do que oito quilômetros na esteira em um único dia e horário. Dois quilômetros era a minha meta em meia hora.
Este é o assunto adequado para a idade, mas não é só este assunto, o da saúde.
Não precisar de mimos, poder cozinhar, ou não cozinhar, ter escolhas a fazer, e poder sentir estar de bem consigo nessas escolhas.
É uma nova fase, nem só isso ou só aquilo, porque gente não fica pronta, e há mais a aprender e vivenciar.
Sênior, esta palavra me pegou de surpresa, mas estou racionalizando em cima dela.
Grata pela leitura.
Nas Montanhas
A variável
Invariável
E abafada,
Vento afável
E amigável
Quase nada.
Vem louvável,
Obrigada.
Pausa
Dia, que intenso
Por extenso
Pede pausa,
Pois propenso
A ser tenso,
Neutra pausa
Não dispenso,
Penso pausa.
O Bem da Palavra
Quando a palavra é dita,
Pode bendizer o ser,
Antes que seja escrita,
Pois a fala é bendita,
Criada ao bem fazer
A quem nela acredita
Porque nela crepita
A única luz que há, o ser..
Vaidade
Credulidade
Cria o inexistente,
E o diferente,
Não cria deidade,
Segue coerente,
É resistente
A tal vaidade,
Esrá presente.
Proseado
Pensamento,
Que é contado,
É momento,
Sentimento
Desdobrado
Com o vento,
Livramento
Historiado.
Plim
As pedrinhas de gelo
Na janela do zelo,
Em leve movimento
De delicado apelo
Sonoro num degelo,
Trazem distanciamento,
E à janela modelo
A vontade e o andamento.
Ensolarado
Agradecer,
Obedecer
E ponderar
O que fazer,
Devaneio a ser
Pestanejar,
Muito a fazer,
Muito a pensar.
Exercício
Ainda canção,
Ainda lição
A se estudar,
Animação
De coleção
A se escutar,
Para a audição
Exercitar.
Poema Psicológico
Nem tropical
Nem matagal,
Urbanamente
Em susto igual
Ao raio fractal,
Exatamente
Do natural
Ao ansiosamente.
Outra Versão
Após o telefonema, pegou o trem de Santos para São Paulo.
Naquele trem havia uma mulher ao lado dele, e a mulher tanto incomodou, que ele acabou com o filho dela no colo.
Chegou a São Paulo com o bebê da mulher no colo.
A esposa havia ido esperar por ele na estação, pois naquele bar de Santos ele havia dado dois telefonemas, um para a polícia do delegado Barros, e outro para a casa do cunhado, avisando que estava voltando para São Paulo.
O problema não demorou, e a esposa se sentiu desreipeitada por ele.
_Como desrespeitada? Estou agindo como membro da Assembleia de Deus, e quer saber de mais, você não imagina o quanto eu te respeito!
Naquele fim de tarde a discussão continuou, e no dia seguinte foi pior.
A discussão foi tão intensa dentro do automóvel, que ela saiu do automóvel e disse para ele ir para casa quando estivesse se sentindo melhor, porque ele estava louco.
Ele voltou para casa após anoitecer.
_Onde você esteve? Que loucura foi aquela dentro do automóvel?
Ele disse que tinha ficado à esmo, perdido em seus pensamentos e a loucura que eles causavam.
Nenhum dos dois pediu desculpas pelo acontecido dentro do automóvel.
_O que foi que aconteceu? Você estava transtornado, perguntou ela.
_Fui traído. Não era para chamar a polícia em caso de agressão. Era para avisar a polícia sobre a situação de Santos. Perdi a confiança neles. (Acabou, quebrou o cristal)*. Eles me usaram. Não sou da polícia, ou dos adeptos do delegado Barros.
Respirou fundo, olhou nos olhos dela, e a percebendo assustada e amorosa, sentou-se em frente a ela.
_ Santos estava no inferno. Quando me pediram para telefonar sem que houvesse acontecido nada além do inferno daquela situação, eu disse que me sentia dispensado de estar com eles. Perguntei como chegar até a estação de trem. Comprei o bilhete e embarquei. Aquela mulher realmente era ordinária, pensei em você e peguei a criança no colo para impedir qualquer atitude sexual da parte dela. Quando ela se fez dengosa eu disse que era do filho dela que ela gostava.
A esposa perguntou como ele se sentia naquele momento.
_Perdi meus amigos de infância. Estou sentindo luto.
A esposa ponderou se ele sairia com eles novamente, pois eles voltariam de Santos e, certamente o iriam procurar.
_Eu não saio mais com eles. Acabou.
Ele olhou para ela e disse que durante o tempo em que vagou de automóvel pela cidade, pensou nela, e que ela tinha toda a razão de estar zangada, e que ele não se sentiu bem ao lado daquela mulher, e havia sido fiela a ela. Sentia ódio de si mesmo por ter confiado nos amigos, e que não teve como evitar de dar o telefonema para voltar a São Paulo.
Ela perguntou se os amigos haviam ficado em Santos.
_São lambe-botas. Ficaram. De hoje em diante f***
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Este trecho não faz parte do livro do pastor da igreja, mas se você tem um livro, leia. O fiel não perecerá.
Acabo de modificar o capítulo de um livro de Jorge. Livro de época, similaridades, contextos e criatais trincados.
*Edite editou: "Não quebrou cristal nenhum, pois o cristal era ela, não os amigos."
Tempo de Prosa
Outro tempo
É o da prosa;
Céu cinzento
Azul, rosa,
Ou nevoento,
Que na prosa
É o fomento
Da mimosa
Quanto ao vento,
E preciosa
Ao argumento,
Glamurosa.
Conexão
A luz é a conexão
Que pode transformar,
É uma libertação
Que se pode alcançar
Pela alegria de um pão,
Ceia de um só caminhar,
Que ao verbo doa a oração
Mui humilde a concordar,
Recitando à razão
Que deve continuar
Na palavra canção,
Pois Deus sabe cantar.
Convicção
Todo dia diferente,
Deste modo presente
No ser, composição
Da criação, referente
E nova e segue em frente
Da escolha à situação,
Que depende da gente
Aonde está a convicção.
Sistematização Musical
Automática decoração,
Emoções que são analisadas
Uma a uma na interpretação,
Mesmo quando são repensadas
Numa sistematização
Nas leituras sincronizadas
De difícil exposição,
Onde são de novo arranjadas,
Dinamizadas na canção,
Plena de frases ajustadas,
Transformada a interpretação;
Emoções desarrazoadas.
Cola Fugaz
Vem da oração
A redenção,
Que é sentir paz,
Libertação
E comunhão
Porque é capaz
A luz de ação,
Cola fugaz.
Mania de Escrever
Lugar de escrever
E deixar passar
O tempo, e antever
Um verso a se doar
Sem querer, por ter
Mania de pensar
E ter que dizer,
Ler e extravasar
A não mais saber
Da ideia a cintilar,
Primeira a nascer
Na mente, e inspirar.
Quadrado, Quadrado
Dia quadrado
E esforçado
Não se cansa,
Se pensado,
Combinado
Que se alcança
Almejado,
Com confiança.
Cultura Inútil / Reflexão
A cultura inútil não é inútil, quando relacionada com o saber cultural.
Pela segunda vez ouço a recomendação para não ir a um determinado lugar.
O primeiro lugar é uma lagoa, com histórias e mais histórias contando ser um lugar negativo.
Hoje foi a respeito de um museu pitoresco de outra cidade, e tenho que dizer que tanto a lagoa quanto o museu ficam noutra cidade antes que criem folclores na minha cidade.
Hoje até achei exagerado o conselho, mas ouvi:
_Não vá. É um lugar complicado com uma história complicada.
Os dois conselhos se referem a cidades diferentes.
A lagoa realmente tem história de arrepiar em termos de paranormalidade.
Sobre o museu dizem que se entra lá sozinho e se sai acompanhado por espíritos, e que depois além das orações, será preciso a sorte de que o espírito queira desacompanhar o visitante do museu.
_Nunca! Nem por curiosidade, nem por não ter medo de espíritos. Eu também sou evangélico e não acredito nessas coisas, mas não entro lá, porque não sou eu quem vai provar que as histórias são criadas pela imaginação popular.
Isso é cultura popular, uma história que se comprova na imaginação coletiva das pessoas, e até por uma questão de autossugestão, pode ser que coisas estranhas aconteçam.
A lagoa é povoada de bruxos e monstros.
O museu é povoados pelos espíritos que vivem nos quadros.
Os fenômenos culturais devem ser respeitados e até digo que gostaria que essas pessoas escrevessem as hostórias, porque tais histórias fantásticas são muito bem contadas.
Não sei contar, porque não guardei os detalhes que as fazem emocionantes.
Dessa vez nem vou tentar, mas quanto à lagoa, eu pedi para ir almoçar na lagoa ao motorista de táxi.
_O quê? A senhora não sabe o que está pedindo, e eu preservo os meus fregueses de maus presságios. Posso indicar vários outros lugares para a senhora passear.
Respeitar a cultura de uma localidade ajuda a entender a cultura que a permeia.
Não, não existe cultura inútil.
Melódica
Entendo a melodia,
Muda a filosofia
Ao tempo desse autor ,
É outra a simbologia
De quando ele escrevia,
Seu público, seu andor
Secular de magia,
Séquito do seu amor.
Tapete do Mar
Tapete do Mar
Aré o vento se faz quente
Quando o calor se reflete
Na areia, que teimosamente
Tem a pegada d'água entre
A água e a areia, a qual se reveste
De borracha, displicente,
Sandálias que de repente
São a vontade d'um tapete.
Salina
Necessário é esse tempo
Que não se acha ou se arruma,
Desfeito pelo vento,
Pelo temperamento
Do mar, que inquieto espuma
As ondas, sal rebento
A se mostrar momento,
Nessa ilusão de bruma.
Batco à Remo
Rumo de um sol que assombra
O prumo, a vela, a sombra,
A conversa ruidosa
Sobre o tempo que zomba
De todos, que embroma
A brisa preguiçosa,
Sem pensar na maromba
Que e remar, vagarosa.
Espaço de Verso
Espaço armazenado
De verso decorado
Em busca de lazer,
Ou de um bife dourado
Com farinha empanado
A quem sabe fazer,
Porque o talento é um dado,
E não há nada a aprender.
Parada Obrigatória / Crônica de Supermercado
Parada obrigatória, entro num supermercado para comprar pães.
Ao entrar avisto um senhor emocionado, enxugando as lágrimas que lhe caiam na face envelhecida e de cabelos brancos.
Alguma coisa há, pensei e fui até a padaria pegar pães.
o supermercado silencioso, e o único som que se ouvua era o da emissora de rádio curitibana.
Pareciam estátuas vivas, o açougueiro e o cliente olhavam um para o outro com expectativa.
A moça dos pães me atendeu, e me dirigindo para a saída, perguntei se havia algum tipo de frutas para o senhor que arrumava o corredor das verduras.
Ele não respondeu, mas pediu com um gesto de mãos que eu aguardasse.
Parei, era uma questão de ducação, ou talvez de saber o que estava acontecendo.
Esperei uns dois minutos, quando o homem parou de pedir silêncio e se dirigiu a mim perguntando o que eu desejava comprar.
Uma ou outra fruta, respondi, dizendo que não encontrei o preço.
Ele sorrindo, e me vendo em atitude de surpresa, contou a situação:
_Minha senhora, acabamos de ouvir pela rádio a mais bela mensagem sobre o amor , e sobre o relacionamento homem-mulher. A senhora entrou no mercado quase no final da mensagem, e por tal motivo não estava parada para ouvir. Procure o podcast da emissora e ouça, foi a mais emocionante e sensível mensagem que já ouvi.
Parabéns para a emissora de rádio que conseguiu parar o supermercado inteiro, e deve ter sido algo muito especial.
A fim de não dizer mais nada para não fazer propaganda, digo que agradeci, fui ao caixa e trouxe os pães comigo.
Conceito Bonito
Conceito bonito
Pode ser mantido,
E não ser um dito,
No qual, se acredito,
Dito e transmitido,
Faz-se ainda bonito
Porque não é restrito,
Sem ser alarido.