Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Quesito

Quesito

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Se ontem foi escrito,

Hoje foi dito

Contra a vontade,

 

Solta num grito,

Luz do esquisito,

Outra verdade,

 

Feito quesito

 

Da realidade.

domingo, 30 de agosto de 2015

Só Deus Sabe

Só Deus Sabe
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O título é uma expressão muito interessante, pois o Senhor não precisa de nós para ser Deus, mas nós, sem Ele, estamos expostos aos artifícios desse mundo.
Ele conhece os bons propósitos que habitam boa parte da humanidade e os concilia. Nós, não.
Ele é amor e quem tem o coração voltado ao próximo que o sabe sem o conhecer.
Ele é fiel, como nós, pessoas de bem, procuramos ser em todas as coisas. Fiel a todos nós, independentemente da nossa vontade e, aquele, que o sabe, sabe que Ele não distingue as pessoas. Tudo o que distingue e separa não vem dele, mas do mundo.
Ele é a verdade e se mostra de acordo com o tempo dele e a quem Ele quer mostrar. A verdade, quando dita por Ele, é completa, clara, esclarecedora e ininteligível ao escarnecedor ou a quem a busca com o intuito único de adquirir conhecimento.
Essa é a verdade primeira, assim não somos confundidos pelo inimigo quando a luz está presente.
E a verdade não se mostra em sua plenitude onde o amor não existe. E, quando a verdade aparece fora do tempo em que gostaríamos, brilha com a intensidade Dele e somente a Ele cabe saber os porquês do seu tempo.
Se Ele é fiel, devemos confiar Nele e na sua benignidade.
Enquanto humano, veio ao mundo para acabar com os sacrifícios e o fez realizando-se através da Palavra atemporal, palavra essa que precisa ser conhecida por mais gente e sem sacrifício algum além da lembrança do Seu Nome.
Não é fácil difundir sequer a palavra amor pelo mundo afora, pois há tanta gente que não consegue acreditar no amor e nas suas possibilidades. Somente Deus pode fazer com que o mundo creia no amor ao próximo. Interessante é observar como o mundo acredita em muitas tolices e não acredita na boa vontade dos homens.
Ao tentar mostrar que há o que acreditar, logo vem à resposta dizendo que o mal é certo e ocorre a cada uma das pessoas desse mundo.
Não é porque todos têm os seus dias de sofrimento que não se aconselha a acreditar no amor, enquanto graça divina. Porque toda forma de amor é uma graça divina e sem ele, restaria o conforto deste mundo e todo o conforto do mundo é pouco para quem é incapaz de acreditar no bem.
Tem muita gente sem acesso à informática, acesso ao mínimo conhecimento básico necessário para a sobrevivência. O amor em forma de respeito pode minorar o sofrimento dessa gente que tem fome de uma palavra e essa palavra é amor.
O respeito ao amor cria a dignidade da vida humana e a conscientização de que existe Alguém que trouxe alimento espiritual. Esse alguém é Deus.
Bom domingo!

sábado, 29 de agosto de 2015

Inexplicavelmente

Inexplicavelmente

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Poema, quando contente,

Soa como pensamento,

Tempo de acolhimento.

 

É, ao largo, pertinente,

É o acerto e o encantamento,

Fonte de entendimento.

 

É inexplicavelmente

 

A alma em alongamento.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Teoria Sobre Gigantes / Reflexão

Teoria Sobre Gigantes / Reflexão

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É sexta-feira e posso elaborar teorias próprias, nada úteis sobre a evolução do ser humano.

Sabemos sobre os mitológicos Titãs, as guerreiras Amazonas, o Abominável Homem das Neves, o Golias, as terras habitadas por gigantes que fizeram os homens de Moisés duvidar da possibilidade de conquistar essas terras para eles.

São indícios de que na antiguidade, de fato, existiram tribos de gigantes. Segundo essa minha teoria baseada em livros diversos, mitológicos, lendários e na Bíblia (velho Testamento), havia gigantes, mas esses gigantes eram inaptos para as lutas, pois desapareceram todos.

De onde vieram essas tribos de gigantes e o ser humano tal como conhecemos hoje?

O ser humano tal qual conhecemos hoje, tiveram a sua origem na Bíblia, mas os outros povos extintos conheceriam essa história?

Na verdade não se sabe a origem dos gigantes além da mitologia que existe em torno deles. São histórias fantásticas de tribos dominadoras e ferozes que perderam para o ser humano em sua própria humanidade.

Houve batalhas entre seres humanos tal como conhecemos hoje e os gigantes e, no uso de seu raciocínio e força, venceram os humanos de hoje.

Diante de tantas evidências, é difícil negar a existência física desses gigantes e deixá-los na mitologia quando a Bíblia, conta ao menos duas histórias onde os gigantes aparecem, as histórias do início do texto.

A possível extinção de uma parte da raça humana cria um elo perdido entre a antiguidade e o humano de hoje.

Esse elo perdido é mais significativo que as teorias da evolução propriamente dita.

As tragédias lendárias como a de Atlântida, que submergiu sob o oceano é menos importante que esse desequilíbrio ecológico da raça humana.

Um pedaço da história da humanidade se for possível provar a existência dos gigantes, está perdida para todo sempre.

A geografia do planeta Terra naquela época também influencia a questão, pois os Titãs eram nórdicos e as Amazonas, brasileiras enquanto que Golias viva pelo Oriente Médio.

Eu só bebo café e não estou brincando, é preciso analisar todas essas possibilidades antes de se buscar o elo perdido que nos dirá exatamente quando foi que o ser humano passou a existir de fato.

Se não gostarem da ideia, bem, eu li muito a semana inteira e deve ser efeito da leitura.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Musicalidade

Musicalidade

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Entre o conceito e a finalidade

E algum lirismo, toda canção,

Diz-se especial à preciosidade,

E é um torvelinho em evocação.

 

Chama as sinapses da tenra idade,

Toda uma lenda, recordação,

Que, sem o ar fresco da novidade,

Foge ao contexto e é diagramação.

 

É necessária essa liberdade

Única d’uma interpretação,

Recitativa à lira e em verdade

Entre o vocal e a sua emoção.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Retórica

Retórica

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Difícil é o pesquisar

O bem, o raro e o bonito,

Buscando o som inaudito,

 

Sabendo-se esse apreciar

Completo, sem ser fito,

Em sonho, modelo ou rito.

 

Retórico é esse encontrar

 

Perfeito ao fazê-lo dito.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Susto na Livraria / Reflexão

Susto na Livraria / Reflexão

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Com saudades dos garimpos daquelas prateleiras rotativas de livros de bolso, foi com tristeza que entrei numa livraria e observei que elas não mais existem. Encontrei uma estante num canto da livraria, cotando a ajuda dos atendentes que a indicaram.

A estante com as seguintes prateleiras: terror, ficção, policial, poesias, romances de autores clássicos.

Eu olhava os títulos enquanto dizia para a moça os que eu tinha lido.

Ela disse que eram os livros restantes que estavam ali. Parece que algumas editoras desistiram de publicar os autores clássicos.

Perguntei se, por acaso não haveria novas publicações e novas prateleiras nos próximos meses.

Ela respondeu que não, que o público não está consumindo autores clássicos e me perguntou se eu sentia a falta desses autores.

Eu sinto a falta desses autores e muito.

Parei de olhar aquela prateleira e perguntei por livros de contos.

A resposta veio de forma assustadora. Pasmem, havia três autores: terror, ficção e um livro de crônicas nacional que eu já li.

Pedi a ela “Best Sellers” e ela acompanhou-me até a estante de livros estrangeiros.

Havia uma boa quantidade de livros com pensamentos e, essas frases divertem e ajudam a pensar, mas o texto é fundamental.

A livraria estava com muitos produtos de informática e material escolar.

Eu estava chocada ao ver tal livraria naquele estado de necessidade, quando um senhor entrou e perguntou à moça sobre as editoras de Bíblia que ela disponibilizava para vender porque ele era exigente.

Na saída bisbilhotei a prateleira de livros religiosos, mas conheço as edições bíblicas e garanto que as que eu comprei são iguais as que se vendem na livraria.

Livros e mais livros com frases bonitas sobre o cristianismo e doutrinas diversas.

Comprei um Best Seller para não me esquecer de reclamar sobre o déficit da literatura clássica na livraria.

O futuro será do Kindle? Os autores clássicos da literatura ficarão esquecidos? São perguntas que faço no dia de hoje.

Por sorte, ainda tenho livros bons da literatura nacional e estrangeira clássica para ler antes de me mover para os Best Sellers.

Deixo uma opinião pessoal sobre a literatura clássica: ela acrescenta muita sabedoria de vida aos leitores, quem não a conhece não imagina o que está perdendo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dúvidas

Dúvidas

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Dúvidas são grudes;

É a mastigação

Dos chicletes rudes

Sem fermentação.

 

São solicitudes

D’uma negação

Vindas de inquietudes

Da má associação.

 

Falseamentos rudes

D’uma afirmação

Clara às plenitudes

Lidas são alçapão.

.

domingo, 23 de agosto de 2015

Fio da Meada

Fio da Meada

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Seguindo o fio da meada,

Encontra-se o novelo,

Ou a malha trabalhada

Com modo e muito zelo.

 

A linha vem desfiada,

Precisa de modelo

Ao ser, desenrolada,

Pois, todo nó é rebelo.

 

Tecida é revelada

Em cor, ou neutro gelo,

E, ao tato, delicada.

Depois, todo fio é apelo...

sábado, 22 de agosto de 2015

As Respostas / Reflexão

As Respostas / Reflexão

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Aconteceu de nos últimos meses ter que responder a questões respondidas na juventude e foi a melhor oportunidade que tive para refletir e não somente sobre mim mesma, mas sobre a maioria de nós, que não sofrem grandes transformações ao longo da existência.

As questões iguais levaram-me a raciocínios iguais e conclusões obtidas foram absolutamente coerentes com as anteriores, mas as respostas foram outras.

A mentalidade é a mesma, a resposta é de acordo com a experiência que acumulei até aqui.

Olheis as respostas anteriores e foram coerentes com a idade anterior.

Observei que a juventude é mais ousada nas suas arguições e a maturidade às vezes reflete antes de responder.

Outro dia, observei numa oração espontânea de outra pessoa a seguinte frase:

_Senhor, obrigado pelo que não sei.

A juventude tem conceitos, mas se expressa de maneira inexperiente. Por outro lado, quando é ciente, diz o que pensa e reclama sem o embasamento necessário para resolver questões. A juventude é indispensável para que as ideias apareçam ao mundo inteiro, porque a juventude pensa poder mudar o mundo e é a esperança que alguém faça alguma coisa.

A maturidade responde, até por desprendimento:

_É assim mesmo, eu já sabia.

A primeira resposta está respondida.

A segunda resposta é que me chama a atenção.

A pergunta obteve uma resposta quase mínima na juventude:

_Ah! Isso nem é problema.

Voltando agora à introdução do texto, que continua com as suas coerências: questões iguais, raciocínios iguais e conclusões iguais.

Continuo achando que isso não é problema, mas descobri que não é problema para mim. Para os outros é um problemão.

Quando cheguei a nenhuma resposta adequada porque desconhecia quase que completamente a situação e cheguei até aqui sem saber, pensei na oração do outro:

_Senhor, obrigado pelo que não sei. Obrigado por me mostrá-lo somente agora, depois de adulta.

Deus é o Senhor do tempo e mostra-nos as verdades conforme a vontade Dele.

Imagino que cada ser humano tenha os seus desconhecimentos e os seus esclarecimentos de acordo com a vontade Daquele que nos criou.

Esse é um por que maravilhoso, o porquê eu sei e por que eu não sei disso ou daquilo, quando eu sei que a juventude e a maturidade têm pensamentos iguais e respostas diferentes com propósitos individuais diversos e em acordo com a experiência de suas vidas.

Interessante é observar que daqui a algum tempo as respostas se modificarão novamente porque a experiência de vida não para e certamente acrescentará algum conhecimento e algo será absolutamente igual, o nosso jeito individual de vivenciar essas experiências.

Bom final de semana para todos!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Saudade

Saudade

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Os temas recorrentes

São feitos da saudade,

Belíssimos pingentes

De gotas de amizade,

 

Deixados nessas lentes.

Janela que se evade

Em rimas componentes

De um poema em liberdade.

 

São versos confidentes

Ao cimo, à idealidade,

Dos verbos obedientes

À mãe, ah! Essa infinidade!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Anotado / Crônica do Cotidiano

Anotado / Crônica do Cotidiano

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Algumas esquinas emocionam como essa que agora a pouco passei.

Um senhor de terno e gravata e cabelos grisalhos, quase brancos, expunha a sua opinião a um desconhecido, um vendedor.

Ele falava em tom firme, certo do que dizia, por certo dizendo ao vendedor para que os que estavam próximos escutassem.

Penso que o desabafo dele é válido e anotei o que consegui na memória. Sem papel e caneta é complicado guardar tamanha eloquência contagiante.

Peço ao leitor que compreenda que a fala não é minha e merece todo o crédito e respeito. A classe média muitas vezes não tem voz porque a circunstância da vivência de cada um não permite e, depende de quem a escute para ser transmitida ao público.

Vamos ao que me emocionou:

_O Brasil não vive nenhum problema ideológico, vive um problema de canalhismo generalizado. Não são os postos distribuídos entre a chamada direita e a chamada esquerda que resolverão o problema. Fizeram empréstimo nos bancos internacionais para financiamentos e disseram que a dívida criará um vínculo com as instituições financeiras dos países liberais e conservadores evitando a “esquerdização” do país. Desde quando um empréstimo evita algum acontecimento? Um empréstimo pode ser uma boa desculpa para evitar o desenvolvimento e o crescimento da classe média! As dívidas financiam a manutenção dos miseráveis e a necessidade do estado em minorar a desgraça dessa população. Vivemos sob um canalhismo irresponsável, que dispensa a soberania do país em troca de alianças tanto de esquerda quanto de direita inaceitáveis por quem tem um mínimo de bom senso! Por que é que o Brasil tem que se vincular a outras economias de forma irreversível? Por que é que o Brasil tem que seguir as doutrinas de outras economias, muitas vezes mais fracas e fracassadas que a do próprio país? O Brasil precisa revisitar os seus conceitos e lembrar o quanto lutou para manter a soberania do seu povo. A cordialidade é uma característica do nosso povo, a subserviência não! O país não precisa disso!

E eu que estava ali para comprar balinhas de hortelã sem açúcar para não prejudicar os meus dentes, saí emocionada. Ele não fez o que chamam de patriotada, ele falou com o fôlego de quem sabe a tristeza que é ver e não ter a quem dizer.

O que eu posso fazer por este cidadão está feito.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Jantar de Quotização / Crônica de Supermercado

Jantar de Quotização / Crônica de Supermercado

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Hoje foi um daqueles dias em que pego os pães no supermercado mais próximo, hoje com fila demorada.

Na fila estavam três garotas e um jovem e todos combinavam a comemoração do recebimento do dinheiro do estágio.

As moças combinavam o prato do jantar: macarrão com iogurte.

Uma comprou o macarrão e a outra comprou o iogurte, os condimentos e o sal para temperar o molho.

A terceira comprou uma lata de leite condensado e baunilha para fazer a sobremesa.

O rapaz queria comprar alguma bebida, mas as garotas não permitiram e disseram que era para comer e não para beber.

O rapaz disse que ficaria contente se essa frase fosse uma ironia passageira.

As moças ficaram sérias e deixaram o moço sem jeito.

Ele, disse que além da sobremesa, elas ganhariam frutas para a sobremesa e esta seria a contribuição dele para o jantar. Saiu, pegou algumas maçãs e voltou à fila.

Uma delas contou que deu aulas de História Antiga e, as outras moças, se apavoraram porque não tinham conhecimento suficiente para lecionar.

A outra deu aulas de ciências para as crianças e estava encantada com o interesse delas.

A outra deu aulas de português e perguntou se a escolha das matérias era de livre escolha.

O moço disse que não. Ele era o encarregado de aplicar os testes para as crianças sobre as aulas ministradas naquele período. Ele começaria a lecionar a partir de agora, no mês de agosto.

Ele estava mais preocupado em saber onde ele poderia gastar o que sobrou.

Uma falou em bombons, a outra em batom e, a terceira estava indecisa e, a que estava indecisa disse a ele para guardar para quando achasse onde gastar.

Ele virou-se para ela e perguntou:

_Onde eu posso gastar os meus vinte reais?

A indecisa não sabia, mas as outras moças sugeriram milhares de sugestões de bombons e cremes de barbear.

Ele achou um caixa vazio e foram todos para o outro caixa.

Logo chegou a minha vez de ir ao caixa.

Quando saí, eles repartiam as contas, como quem se despede da juventude.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Boa Fé

Boa Fé

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Generosa é a esperança

Quando chega e te alcança

De boa fé e boa vontade.

 

Porque o bem não se cansa

De ser bom sem bonança,

De trazer a bondade.

 

É bem vinda e se lança

 

Sem limite ou anuidade.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ufanismo

Ufanismo

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A palavra que some

No momento em que exclama,

Dicionário me foge

Nessa busca ao que chama.

 

Em sinônimo ocorre,

Mas não diz onde engana.

Semelhante que acolhe,

Mas traduz, não proclama.

 

Nessas letras se move,

E, o alfabeto se irmana;

Mas, se ao livro, socorre,

Por que não acho o que ufana?

domingo, 16 de agosto de 2015

Poema Pontilhado

Poema Pontilhado

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Renova-me crer,

Conforto ao cansaço

Dos olhos ao ler,

E, assim, me refaço,

 

Com lentes de ser

Humana ao compasso

Do tempo. O antever

É o bem que entrelaço

 

Num livro a escrever

Em linha que traço.

Pontilho ao preencher,

E sei por que o faço.

sábado, 15 de agosto de 2015

Sonho Ausente

Sonho Ausente

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Onde mora o sonhar

D’uma rua de asfalto

Com calçada a arrumar,

 

Resistindo ao pisar

Continuado, num salto,

Feito gato a rosnar?

 

Procurado ao passar,

 

Caminhado, mas falto.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Modelo

Modelo

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Guarde segredo do medo,

Tédio e todo desamor,

Mágoa e sentimento feio;

Nada ajuda, e, cria o rancor.

 

Siga o caminho do zelo,

Queira a doutrina do amor,

Pensa que a vida é um apelo;

Tempo grato e abonador.

 

Nada se prende ao degelo,

Quando a geleira é calor,

Quando se tem um modelo,

Quando Deus faz-se em tutor.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Mídia de Supermercado / Crônica de Supermercado

Mídia de Supermercado / Crônica de Supermercado

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O jornal na televisão do mostruário do supermercado acabou e começaram os comentários.

Um garoto olha para o outro:

_A mídia sempre quer alguma coisa, influenciar alguma tendência, mas eu tenho sorte porque ando tão ocupado aqui dentro que mal tenho tempo para saber do jornal. Agora, também olha o trabalho que é assistir o jornal para depois ficar analisando o que foi que eles quiseram dizer com isso ou com aquilo. Trabalhar aqui dentro é muito melhor do que analisar essa tal de mídia.

Quando ele disse a opinião dele, eu me senti dentro do supermercado, a feliz cronista do supermercado.

Andei mais um pouco, comprei mais um pouco e, quando apareceu a chance perguntei qual era a notícia do jornal, pois fazendo compras eu não pude ver o jornal também.

A resposta veio direta, adoravelmente direta.

_Pois então a senhora não sabe do jogo entre o Atlético e o time do Santos no domingo?

Eu não sabia do jogo.

_Nós queremos ficar na torcida, mas ainda não escolhemos por quem torcer. Talvez o que tiver a torcida mais barulhenta, com apitos e tudo mais. Afinal, quem não pode jogar e nem ir ao estádio, pode torcer com a vantagem de ficar livre do comentarista dizendo quem é o melhor. A gente quer escolher por quem torcer.

Eu, rindo, perguntei se eles tinham time preferido.

_Torcer por um time, a gente torce, mas e quando o jogo é outro? A gente fica de fora porque o time da gente não joga?

Particularmente eu não assisto futebol a menos que seja para fazer companhia para a família.

_A gente assiste aos jogos para ter assunto no dia seguinte.

É uma boa ideia, mas, e a mídia, a mais mal falada do dia.

_Boa parte dos clientes fala mal da mídia, chamando-a de tendenciosa e dizendo que nós somos bobos o suficiente para fazer o que ela manda. Nós não somos bobos. A gente não fica atrás, a gente fala também. Dizem que a gente é sem cultura, o que é isso? A gente estuda!

O supermercado é um lugar adorável, vocês não acham?

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Luz do Tempo

Luz do Tempo
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Desvia o apequenamento
Do riso em desalinho
Tal fosse pergaminho
Vincado à chuva e vento,

E muda o pensamento,
Descansada ao caminho
De um livro tão sozinho
Que leva ao encantamento,

Ao criar na luz do tempo
A parte no cadinho
Que é sua, o seu café-ninho;
O seu bom passatempo.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Atenções

Atenções

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Os sabores diversos

São as flavorizações,

Corantes desses versos.

 

Tira-gostos dispersos

Em bandeja e porções

Partidas em corretos

 

Lugares que, de incertos,

 

Nada têm; atenções.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Política de Supermercado / Crônica de Supermercado

Política de Supermercado / Crônica de Supermercado

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Situação complicada, pelo menos na opinião desse povo que, como eu, frequenta o supermercado.

Numa pesquisa de opinião muito particular e sem valor de confiabilidade, prossigo a crônica com alguns pontos em comum dos frequentadores de supermercados.

As pessoas querem a situação pacificada.

A popularidade da presidente Dilma é baixa e os índices de rejeição são consideráveis.

A população do supermercado acredita em saída democrática para a crise, um arranjo parecido com a saída do ex-presidente Collor.

Muita gente acha que a saída para a crise de se proporem novas eleições, se confirmadas levam o país à bancarrota e terão um custo social e econômico elevadíssimo para a população.

Quanto ao candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, Aécio Neves, a sugestão é que se candidate novamente nas próximas eleições e, que ganhe o pleito, se for o caso, em situação normalizada e sem crise política.

Boa parte da população toma cuidados com os oportunistas que costumam aparecer nas horas de crise. A expressão “se cuide” está sendo mais usada que a expressão “Fica com Deus”.

O assunto do momento é a crise política e todos aguardam domingo para saber qual a solução que será encontrada.

Não existe pesquisa confiável para saber com antecedência o número dos participantes nos protestos do dia dezesseis de agosto, tem aqueles que dizem que vão e os que assistirão pelos meios de comunicação.

Hoje é segunda-feira, dia dez de agosto de dois mil e quinze. O país funciona normalmente e, com um mínimo de boa vontade, pode ser feito um planejamento para as hipóteses possíveis.

Irresponsabilidade seria não estudar as hipóteses do que pode vir a ser e as suas possíveis soluções.

Até o dia dezesseis de agosto, todos podem pensar nas soluções possíveis.

Lembremos que as pessoas têm famílias e, quando protestam é porque as suas vidas começam a sofrer interferência da crise política direta ou indiretamente.

Esse é um esboço bastante simplório da situação, mas é melhor que nada. O caos não me interessa e nem às famílias que vão ao supermercado.

Hoje o blog fica por aqui, porque o assunto é sério e está em debate em todas as praças da cidade.

domingo, 9 de agosto de 2015

Distraidamente

Distraidamente

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Caminhar à poesia

Ao amanhecer do dia;

Bonita é a caminhada

Descobrindo-se ao nada,

 

Despertada à alegria

Que, passo a passo avia,

Meio despropositada

À calçada empoeirada.

 

Absorta e distraída,

Sem pressa ou correria,

Escuta-se a passada,

Sente-se a alma amornada.

sábado, 8 de agosto de 2015

Coisa de Bruxa

Coisa de Bruxa

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Era uma vez uma bruxa que resolveu emprestar a vassoura e o chapéu mágico para qualquer moça da cidade que se dispusesse a usá-los por dez dias. O motivo não o disse a ninguém.

Somente uma jovem da cidade achou-se suficientemente astuta para o feito, chamava-se Vânia.

As jovens do lugar disseram a ela que o feito poderia ser perigoso e até mesmo ir até a casa da bruxa, por si só, um fato temerário. Além do mais, ela não havia utilizado antes o chapéu e a vassoura e poderia se arrepender.

Vânia não tinha medo. Foi até o castelo onde a bruxa morava e perguntou o que precisaria fazer para pegar emprestadas essas utilidades de bruxa.

A bruxa sorriu e disse que ela emprestaria os objetos à moça que estivesse disposta a se caracterizar de bruxa por alguns dias, algo difícil de achar.

Vânia disse que estava disposta a ser bruxa, mas precisava saber se havia algum risco dela se enfeitiçar nesse período.

A bruxa disse que não:

_Não faço bruxarias em empréstimos e também não enfeitiço que pega emprestado os meus pertences nessas ocasiões. Ao contrário, concedo, por mera liberalidade, às jovens corajosas para andar de vassoura pela cidade, o poder de fazer feitiços durante esse tempo e não cobro nada por isso, deixando as bruxarias e feitiço sob os critérios de quem usa os meus chapéu e vassoura mágicos.

Vânia pensou que poderia lidar com a situação e que não faria grandes feitiços durante esse tempo.

Terminada a conversa com o empréstimo feito, Vânia voltou à cidade para rever as suas conhecidas com os aparatos de feiticeira.

Ana passeava com o cachorro e, quando a viu, disse que ela não estava com boa aparência com aqueles acessórios foras de moda.

Vânia transformou o cachorro da Ana em passarinho.

Voou mais um pouco e encontrou-se com Amália, uma jovem vaidosa que gostava de estar elegante em todos os momentos do seu dia. Ela disse à Vânia que não entendia o gosto de andar com uma vassoura velha e um chapéu desbeiçado sem necessidade que os tornassem necessários.

Vânia jogou um feitiço e Amália sentiu uma vontade irresistível de ajudar a sua mãe a arrumar a casa e ela nem tinha necessidade, pois a mãe tinha uma auxiliar para ajudá-la.

Dali a pouco se encontrou com a Emília, a jovem que gostava de ler. Atenta, disse à Vânia que fadas eram boas e bruxas eram más e que ela não gostava de gente ruim, pedindo à conhecida que se desfizesse da vassoura e do chapéu o quanto antes.

Vânia achou que a Emília andava lendo demais e pensando bobagem. Enfeitiçou os livros de tal modo que o tempo de leitura aumentasse tanto que, se a Emília lesse, não teria tempo para mais nada.

Com as bruxarias feitas não demorou muito para que Débora, conhecida de todas as outras a procurasse para dizer a ela que não fizesse mais feitiços.

_Paro com os feitiços quando devolver a vassoura e o chapéu para a bruxa. Por enquanto sou eu quem decide se faço e a quem faço o mal.

Vânia terminou a frase e fez com que Débora somente conseguisse dizer elogios sobre tudo e todos.

Ela divertia-se tanto e eram tantos os atingidos pelos feitiços, que houve quem fosse até o castelo da bruxa para reclamar da situação; aquele empréstimo estava causando muitos danos na cidade.

A bruxa disse que nada poderia fazer, afinal, ela mesma tinha emprestado a vassoura e o chapéu encantado.

Passados os dez dias, chegou o dia da devolução dos apetrechos.

A bruxa riu muito, verificou que a vassoura e o chapéu estavam conforme foram entregues e aceitou-os de volta sem delongas.

Despediram-se as duas satisfeitas, Vânia e a bruxa.

A moça foi para a cidade rever as suas conhecidas.

Ana espalhava alpiste no quintal para ter certeza que o passarinho, que outrora era o seu cachorro, viesse até ali.

Amália limpava a casa para a mãe.

Emília, que antes ficava à sombra do pomar para ler, agora colhia as frutas com o livro largado no chão.

Débora se transformou numa carismática benfeitora da cidade.

Nada estava como antes. Todas as conhecidas de Vânia estavam mudadas.

Vânia esperou algum tempo para verificar se os feitiços perderiam o efeito espontaneamente. Passaram-se dois meses e tudo continuou na mesma situação.

Decidiu-se ir até o castelo da bruxa para saber quando é que o efeito dos feitiços passaria e as suas conhecidas voltariam a ser como eram antes.

A bruxa a atendeu espantada com a questão:

_Eu disse para você que eu emprestaria os meus apetrechos e que os poderes mágicos deles seriam seus e eu não posso desfazer feitiço algum que você tenha feito. Agora você terá que se acostumar com aquilo que você modificou.

Vânia perguntou à bruxa por que é que ela tinha emprestado os poderes dos feitiços para ela. Ela mesma, a bruxa, ficara sem os seus poderes durante o empréstimo e poderia ser alvo dos feitiços dela.

_Engano seu, Vânia. A minha vassoura e o meu chapéu não se voltam contra mim, pois, se assim for, eles não serão mais encantados.

Meio sem jeito, Vânia perguntou se aquele empréstimo seria algum tipo de ensinamento e a bruxa disse que não, o empréstimo fora por e para a diversão de ambas.

Vânia ainda quis saber se ela se transformaria numa bruxa dali em diante e a bruxa disse que sabia do futuro da Vânia, ela também se divertira com as situações e disse que estava na hora de ir embora.

Vânia achou que a bruxa havia mandado embora e já estava saindo quando o castelo desapareceu e a bruxa pegou a vassoura e o chapéu e partiu.

O passatempo de Vânia, agora, é tentar desmanchar os feitiços.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Quindim

Quindim

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Do que eu não sei,

Melhor assim,

Pois não sonhei.

 

Eu saberei

Desse quindim

Sabor de rei,

 

E o comerei

 

Num botequim.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Estranheza dos Sons

Estranheza dos Sons

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Quatro pianos e nenhuma certeza;

Distinção da percussão, meio difusa,

Grave diante da mediana leveza.

 

A espontânea dissonância em presteza

Alternada por cantiga e fusa

Expressada com perfeita justeza,

 

Explicitam a incomum estranheza

 

Dos sons díspares que soam à graúda.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sorte na Fila / Crônica do Cotidiano

Sorte na Fila/ Crônica do Cotidiano

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Que fila de papo bom. Estávamos em quatro ou cinco pessoas. A demora começou e o bate papo também.

Lembrei-me de um lugar, a senhora que estava atrás de mim, acompanhada da mãe dela, uma senhora bastante simpática e disposta para os setenta e tantos anos que ela orgulhosamente contava, se lembrou de um evento.

Eu estava lá, há mais de vinte anos, era uma festa da cidade.

O senhor que estava atrás dela, também de cabelos grisalhos repetiu a frase:

_Eu também estava lá.

À frente, um jovem que prestava atenção na conversa.

De repente, a fila não era mais fila, era uma roda de mais ou menos seis pessoas numa conversa animada.

Lembramos-nos da festa, dos detalhes, dos enfeites e do quanto foi bom estarmos lá naquele dia.

Nenhuns de nós conheciam um ao outro e cada um disse da sua visão, obviamente idealizada, da festa. Passaram-se vinte anos desde então e a oportunidade é rara de se haver outra conversa dessas numa fila.

A senhora que estava com a mãe, que estava feliz com a coincidência e com a conversa, disse da possibilidade de nos reencontrarmos daqui a vinte anos.

_Se estivermos bem conforme, Graças a Deus, a sua mãe está, quem sabe?

O garoto participava da roda, mas aguardou o momento de falar. Os momentos de pausa são os ideais para se iniciar um tema.

_Eu não sabia o que dar de presente para o meu pai nos Dias dos Pais, mas agora eu sei que tenho que dar um presente para que ele se lembre da lembrança daqui a muitos anos.

O garoto de mais ou menos vinte anos contou da história da família dele e nós desejamos felicidades para ele e o seu pai.

Chegou à vez do garoto e depois a minha e depois assim por diante.

A fila daquele momento prazeroso se desfez. Passei numa banca de revistas e comprei um daqueles docinhos e vim caminhando devagar, lembrando-me da festa, do bolo e das velas, da iluminação.

Saímos sem saber quem somos, mas acrescidos de sonhos para o futuro.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Filho Metafísico

Filho Metafísico

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A metafísica, eterna e breve;

Maravilhosa em todo escarcéu,

Dimensionando o tempo em que crede

Na realidade oculta do céu,

 

Que abençoou um anjo e cuidou da verve,

E fez bonito esse arranha-céu

Aos quais alguns chamam Darma leme,

Que é a realidade na qual se creu,

 

E, onde o sofrer por certo se absteve,

D’um seu devir, ou, então, se escondeu,

Vivificando o ser ainda imberbe,

Fez Jesus Cristo. Oh Pai! Filho Seu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A Busca

A Busca

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Essa interrogação

Que surge a questionar

Sem xis e nem questão

E nem se cogitar

 

Onde mora a razão

Nesse vão perguntar.

Inventa uma canção

Que segue a caminhar,

 

Todo dia é apreciação,

Sem parar, ao cantar,

Com toda devoção.

Agosto a se buscar.

domingo, 2 de agosto de 2015

Pontes / Comentário

Pontes / Comentário

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Existem pontes de todos os tamanhos e funções e todas são necessárias. Até as pontes em praças e jardins cumprem o papel de ligar o que estava desligado pela impossibilidade física, são decorativas e alegram o passeio dos transeuntes.

As pontes, todas elas, podem, por alguma causalidade, cair ou serem interditadas por rachaduras. As pontes reconstruídas dificilmente serão exatamente iguais às originais. São necessárias desde o primeiro projeto.

Excetuando algumas pontes europeias, cujos engenheiros são considerados os arquitetos estéticos dos séculos passados e recebem manutenção constante, temos pontes que servem exclusivamente para facilitação de acesso entre duas localidades separadas por questões topográficas de determinada região.

Aqui no Brasil temos pontes admiráveis como a que liga a cidade do Rio de Janeiro até Niterói e a ponte JK, em Brasília. Na maioria das localidades uma ponte encurta o trajeto cotidiano dos moradores do local. Essas pontes exigem o mínimo indispensável para que exista o trânsito possibilitado entre dois pontos distintos.

Toda ponte carrega consigo uma história: a história da sua idealização, ou seja, os motivos que criaram a necessidade da sua existência. São diversos os motivos que levam a essas necessidades. Para a maioria dos moradores de um local a história de uma ponte comum não necessita mais do que o nome do seu idealizador numa placa fixada ao corrimão. Lendas e fatos pitorescos são inventados em todos os lugares onde existem pontes e a origem de toda ponte conta com a história e a lenda criada em torno dela.

As pontes são tão importantes para a humanidade que ao final do filme A Ponte Sobre o Rio Kuwait, é difícil não se emocionar quando explodem a ponte que não passava de um artifício de guerra.

No dia a dia, no entanto, toda ponte que cai, causa um transtorno imenso para aqueles que habitualmente transitam por ela. Ninguém pode esquecer que quando uma ponte cai, sobram os muros que foram a sua sustentação. A ponte imaginária construída sobre a ponte que caiu é muito mais terrível do que a construção de nova ponte sobre os muros existentes.

As pontes são diferentes entre si, a reconstrução de nova ponte, exige uma reinauguração e a adição da placa com o nome do novo responsável por sua construção ao lado do idealizador original da mesma. Supondo que a diferença entre a primeira ponte e a segunda exista somente uma placa indicativa a mais, a ponte é outra.

As necessidades dos moradores de um local se modificam com o passar do tempo e pontes se transformam em viadutos ou pontes de dois a três andares, conforme verificamos nos Estados Unidos da América, mas continuam cumprindo a função de ponte.

Se alguém conhecer um lugar onde uma ponte se tornou desnecessária, que conte, porque eu desconheço.

Eu gosto de observar pontes e não é de hoje, quando criança eu pedia para passear sobre pontes, o que causava certos cuidados por parte dos meus pais.

Estão construindo um aparador ao lado de uma ponte de madeira rústica perto de onde moro. Ontem perguntei ao trabalhador se o aparador estará ao lado da ponte e ele disse que sim. Disse a ele que estavam de parabéns porque o lugar estava ficando bonito e seguro.

Que o domingo possa ser feito de pontes, a que vocês idealizarem, por que a idealização de uma ponte pode ser o começo de muitos projetos bons.

sábado, 1 de agosto de 2015

Alazão Fugaz

Alazão Fugaz

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A página rabiscada ao caderno

É um lápis de palavreado indeciso

Que, em dúvida, ao dicionário moderno,

Prolixo, se justifica conciso.

 

Sonetos desalinhados são o eterno,

Um clássico dirigido ao impreciso

Olhar do leitor, o seu ego fraterno,

Que rima à vista imperfeita e a seu viso.

 

Porque toda a explicação é fugidia

E interna, de metafórica ação;

Ao leigo, uma teimosia a cobardia,

 

Imposta pelo meio culto à vadia

Vontade do poeta-autor do alazão

Fugaz que é a imaginação do seu dia.