Distante é o tempo
Entre o fazer
E algum lazer,
Se o pensamento
É sem querer
Ou por lazer,
E a canção é o tempo
Nesse mover.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Distante é o tempo
Entre o fazer
E algum lazer,
Se o pensamento
É sem querer
Ou por lazer,
E a canção é o tempo
Nesse mover.
Jornal
Li uma mesma matéria no jornal três vezes.
Não consegue o jornal explicar Deus, menos mal.
Eles ainda mantém a coluna do leitor, ou a participação dos leitores.
É assim que funciona segundo a teologia da igreja:
Você faz a oração espontânea e em silêncio, Deus ouve e age. Em seguida Ele te convida para uma missão sem explicar o motivo. Se tiver fé, você aceita com toda a confiança Nele.
Deus apenas garante ficar com você, mais nada.
Continuo assinando jornais, mesmo que o formato digital me obrigue a buscar o que penso que possa ser interessante e perca matérias interessantes que poderiam acrescentar ao cotidiano.
Essa maneira de ser é completamente diferente daquele tempo em que gostava de comentar as matérias conforme eram apresentadas nas folhas impressas, pois sou eu quem busca as matérias, e a maneira de orar/rezar/meditar é outra.
No entanto, a fé em si, é na mesma intensidade do tempo antigo. Costumo dizer que não nasci para o período Barroco, mas que quando converso com Deus, Ele escuta.
Deus escuta a todo aquele que resolve acreditar com sinceridade de propósitos independentemente da igreja, mas embora que a igreja é um edifício, gosto muito dessa descomplicada teologia Batista, ao menos para mim.
Jornal, revista, livro, filme, praia, piscina, permitido. Pecado é outro departamento e não a humana cultura.
Grata pela leitura.
Nexo
Ouvir a palestra,
Ouvir a seresta,
Depois, ler um texto;
Janela, que aberta
É uma descoberta,
Com muito contexto,
E a noite é desperta
E busca o tal nexo.
A Fazer
Para aprender,
Busque cultura,
É um afazer;
Ouvir, dizer,
Livro e leitura
Música é ser,
Sentir, viver,
Também postura.
Viaje por Conta/Crônica
Os algoritmos do Youtube vieram com um shortmovie mostrando uma escadaria imensa e os turistas desistindo de escalar apenas por olhar o número de degraus.
Com o slogan "Viaje por Conta", eles foram cômicos.
Ter companhia em viagem é bom, e alguns passeios precisam de guias turísticos, muito útil para quando se desconhece por completo o idioma.
No entanto, se for dentro do país, ou algum país onde se possa entender um pouco do idioma, viajar por conta e risco é bastante interessante pela liberdade que oferece ao turista. E mesmo que se viaje com parente ou amigos, pode acontecer que um se demore no museu e outro fique no hotel, em tese sem preocupação.
Houve ocasião em que na ida a um restaurante típico houvesse um aconselhamento prévio do motorista de táxi: _ Embora seja turístico o restaurante defronte à igreja, o ambiente nem sempre é tranquilo. Aconselho a entrarem no restaurante, almoçarem sossegadamente e serem ágeis na saída. O ponto de táxi fica na quadra acima.
Não estamos na sexta-feira ainda, mas a internet me fez rir.
Certa vez, na Via Dutra, e de ônibus de linha interior-capital, me recordo de um casal, que ao perceber que a velocidade chegava a 200Km/hora, quando os passageiros começaram a orar, e a esposa perguntou ao marido se o motorista estava maluco e ele respondeu que o motorista deveria estar atrasado para algum compromisso urgente, e igualmente apavorados aguardavam a chegada do ônibus na cidade de São Paulo.
Mudando de ponto de vista, com guia turístico se vê mais atrações, e por conta e risco se vê uma ou duas atrações,
Quanto a isso, posso contar dessa diferença numa viagem ao Rio de Janeiro, com guia turístico para um único dia e outro dia livre. No dia passado com o guia turístico houve um resumo da cidade com o bondinho do Pão-de-Açúcar, a subida ao Cristo Redentor, com elevador, o Sambódromo, o Maracanã, e o almoço num restaurante para turistas (com preço barato) em Copacabana e a visita a uma loja de lembrancinhas. No dia livre, ou seja, no dia seguinte passou-se numa visita ao centro histórico com um lanche no Bar do Amarelinho.
Não tenho a menor ideia como é que os guias turísticos conseguem mostrar tantos lugares em pouco tempo.
Os dias livres são bons para passeios específicos.
Em passeio turístico, caso hajam escadarias ou torres com degrau, o turista deve se negar e aguardar que os demais turistas voltem do passeio. Numa dessas negativas foi que comi uma broa de milho saborosíssima numa padaria com café e leite, e não senti o tempo passar.
Para fazer um passeio desses é preciso se programar, e levar em consideração o básico na mochila, mas com a certeza de ter o básico na mochila.
Resta agradecer ao Youtube pela inspiração.
Grata pela leitura.
Ensaios
Uma revista
Do ano passado
Está aqui ao lado.
Que o tempo insista,
E espreguiçado,
Leia atualizado
Pois não se dista
Do tempo ensaiado.
Condição Musical Entrópica / Reflexão
Seja gosto ou mania, é música.
A condição de gostar de uma partitura como quem gosta de montar um quebra-cabeça, sem a menor preocupação se é ao teclado ou piano, o que, às vezes, me faz perceber certa condição entrópica, ou uma certa decadência empírica.
Outro dia me descobri ao meio dia, após quatro horas relendo a partitura e corrigindo acordes, fraseados, cores musicais, terminações de sentido, e aproveitando todos os detalhes.
O problema é que não tive tempo de preparar o almoço e aqueci um congelado.
Depois quando essa concentração some, conto com o piloto automático, que é o metrônomo, para apressar a música.
Certa vez, um conhecido disse que era uma espécie de auto sugestão ou escapismo, mas não consigo sentir dessa maneira, porque é uma busca de sentido musical.
O problema é que não faz sentido na prática. Enquanto outras pessoas fazem diversas atividades, eu prefiro exatamente esta. Estudar, ou pesquisar, ou ouvir música.
Com alguma autocensura me proibi de estudar algumas horas, e o que descubro é que começo a ouvir tudo a minha volta: o barulho da construção próxima da residência, mas também outros diversos sons como o da geladeira, e saio, caminho, e aquela sensação de saudade da música me apressa, a menos que seja para parar e tomar um cafezinho.
Que passeio fantástico, é o que posso dizer dessa experiência, das oito ao meio dia numa mesma música.
Contar dessa experiência é uma espécie de autorregulação, é dessa maneira que se reorganiza o tempo, e as atividades corriqueiras, necessárias para o bem estar.
Estado de alma descrito. E para mim.
Grata aos leitores.
Aconchego
Um café quente
E este pão quente,
Meio aconchegante
Neste dia quente
E convenuente
E interessante,
Posto presente,
Se faz gigante.
Congestionamento
Impossível é o tempo,
Que vive a decidir,
E que faz de um momento
O seu a apressar sem fluir,
Um congestionamento
De ideias, que a decidir
Parado é um adiamento
Do minuto a influir
No dia de temperamento
Calado a refletir
A esse novo argumento,
Que é a fila por seguir.
Sorte
Discernimento
Não é por vontade,
É sorte e tempo,
Não é pensamento,
Ou o que se sabe,
Mas complemento;
Um suplemento
Feito a verdade.
Parque
Parque é a magia
E a diversão
Necessidade
Que vem do dia
Que se queria,
Mas com saudade;
E o tempo ria
Muito à vontade.
Momento Raro
De vez em quando
Todo lugar
Se faz espanto,
Terra de encanto,
Céu de adorar
Em seu acalanto,
Que adora o canto
Do dia sem cansar.
Humano Jeito
Praticidade,
Saber-se feito
O agora e a idade,
Que toda a idade
Tem o seu jeito
Tempo e a vaidade
De ter bondade
E ser refeito.
Que o Sono Vem
Escrever e dormir,
E depois acordar
Porque a noite é jejuar
Das palavras a vir,
A fim de balancear
A rotina e ir e vir
E às vezes se deixar
Ao que quis o devir.
Tempo de Sol
De ponta a ponta
Lira esquecida,
Lapiseira tonta,
Que tanto apronta
Na página ida,
Quando me conta
Que ao sol se aponta,
Feliz da vida.
Devaneio
Tivesse tempo
Voava no vento
Bem devagar
Por passatempo
E acolhimento
Do devanear;
Utópico tempo
A sussurrar.
Rua Interditada
Se corre o dia,
Ronca o motor;
Quanta euforia,
Criança e alegria
Com monitor.
Fiz outro o dia
Com energia,
Compensador.
Horas a Fio
São meus tempos
Meus agoras
E momentos
Não dos tempos,
Mas das horas
Quando lentos
Firmamentos
De demoras.
Concordância / Reflexão
Por pensar em igreja e pastor, lembrei do jargão de um pastor, a que tantas cultos assisti:
"Deus é Tremendo"
Diante de Deus, a gente treme.
De fato, era uma expressão diferente do DeusMmaravilhoso, do Deus Redentor, do Deus Todo-Poderoso, mas que faz sentido quando os rumos da vida da gente sofrem transformações.
Imagine-se o seu caminho modificado por alterações do trânsito, o que te obriga a ter novas experiências, seja no trânsito como nas compras, nos horários dos compromissos pela obviedade de adiantar ou atrasar o trajeto, seja nas resoluções cotidianas que exigem planejamento de tráfego e algum congestionamento nos horários de pico.
A partir dessa singularidade, as pessoas reagem, e nesse caso específico, são solidárias, e assim como poderia ser irritante pode ser a grande oportunidade de dizer para o outro sair do estacionamento, para se mudar de faixa, e até para comentários ignóbeis, mas compreensíveis.
A ignóbil, nesse caso, sou eu, não o outro. Todos parados olhando para um automóvel azul, admirados.
Resolvi comentar:
_Fico feliz que proprietários de carros antigos, que eram chamados antigamente de "banheira" ou "sapão", cuidem dos automóveis e ainda saiam dirigindo esses modelos antigos.
O moço retrucou na hora, e com certa superioridade:
_Senhora, este é um BMW zero km.
Sinceramente, foi o único BMW que já vi, respondi sem embaraço.
Basta uma pequena alteração de trânsito para que a percepção das coisas sejam outras, para que o almoço seja outro, para que as necessidades sejam outras.
Os conselhos são outros e as determinações são outras.
Em meio a tantas modificações, eu me pergunto, porque durmo enquanto faço orações, questiono o novo site de músicas populares, e tudo isso enquanto estamos maravilhados com os caminhos novos ao qual fomos obrigados a seguir em outras circunstâncias.
Enquanto impactados positivamente por tais caminhos, pensamos em Deus Tremendo, que faz maravilhas, e que basta crer que é possível, que a bênção acontece.
Querem estudar cientificamente essa maravilha que nasceu de um telefonema e da simpatia da moça do outro lado da linha.
Mais nada tenho a dizer, porque sou a favor da ciência, e concordo que deva ser estudada tal acontecimento para o bem estar da humanidade.
Por outro lado penso num telefonema e agradeço a Deus, e não somente eu, e ao invés de tremer diate de Deus, oro e adormeço involuntariamente.
É difícil e complicado explicar os acontecimentos na alma da gente.
Se não me faço entender, paciência.
Grata pela leitura.
Tem Jeito
Gotas d'água,
Mas sem mágoa,
E molhados
Banco e táboa
Deixam à árdua
Resultados;
Sobre a anágua
São bordados.
A Lâmpada
Seguir a inspiração
Quando se torna ideal,
Faz-se motivação
Mesmo sendo surreal,
Muda o rumo e é noção
Do ser atemporal,
Suada em sua razão
Calculada ao virtual,
E portanto extensão
Desse dia racional
Feito a transformação
De um antes não verbal.
Extrapolação
Mimados versos
Dos meus reversos
E naturais,
Nos sons submersos
Em vagas dispersos,
Mas racionais,
São tão diversos,
São meus rituais.
Básica
Depois da festa,
Organizar
Uma seresta,
Ouvir à fresta
E ao dia, apreciar
E esperar sexta,
Que feliz resta
Até chegar.
Sincronia
São muitas ideias,
Inteiras, cortadas;
Não somos aldeias,
Novidades meias,
Que sugestionadas,
Pensam centopeias
Descalças, sem meias,
E sincronizadas.
Coisa de Mulher
Chegando o dia,
Mulher, que dia
P'ra ser normal,
Nossa mania
Fazer o dia
Muito especial,
E nesse dia
Ser desigual.
Considerações
Nesse vai não vou
É que mora o eu sou
A se decidir,
Musicada a soul,
Ou ouvir rock'n roll,
Forma de seguir,
Com medo de voo
Nesse igual fingir.
A Cultura Enquanto Conquista
Adqurir filosofia
Pelo tempo e todo o dia,
Objetivada conquista
De bem estar, quem diria
Que a esperança salvaria
E que faz ponto de vista
Feliz; Jorge Amado lia,
E a cultura era benquista.
Brisa Suave
É a suavidade
Dessa brisa buscada
Motivo de saudade,
Quando da brevidade
Dos sequilhos, fornada
Servida de amizade
Num pôr do sol, deidade
De um tempo de chapéu e aba.
Tempo de Tudo
Tempo de sair,
Ou de ficar,
De não dormir,
E conversar.
Calor por vir
A imaginar
Que a água há de vir
Antes de esfriar;
Ao ler e ouvir
Ou caminhar,
Vem refletir
E aproveitar.
Medo de Chuva
A calmaria
Com calma ria
Da maré mansa,
Perigo havia
Na calmaria
De onda em mudança,
Pois choveria,
Dança que dança.