Pode Ser Feliz Ano Novo!
Cozinhar
E comer,
Descansar,
Quer dizer
Festejar
Por chover,
Refrescar,
Deixar ser;
E voltar
A querer
Planejar;
Pode ser.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Pode Ser Feliz Ano Novo!
Cozinhar
E comer,
Descansar,
Quer dizer
Festejar
Por chover,
Refrescar,
Deixar ser;
E voltar
A querer
Planejar;
Pode ser.
Ano-Novo, o Vindouro
Espero o descomplicado
Para o Ano-Novo, o vindouro;
Que possa ser melhorado
Até Wall Street e seu touro,
Cujo destino é dourado.
Correu tanto que foi pouco
O ano que chega ao passado,
Pois diga-se, foi ano louco,
Ou mesmo precipitado,
Mas que venha ancoradouro
Da esperança e motivado
O Ano-Novo, e sem muxoxo.
Iluminador
Vou devagar
Ao ano que chega
Perseverar,
E me espelhar
Na luz da cena
A esperançar,
E acreditar
Que me aconchega.
Com Todo o Respeito
O que comprar:
Sapato é andar,
Vestido é sair,
Sem ter onde ir;
Aqui é ficar,
Até estudar,
E me retrair
E definir
O precisar.
Tocar, tocar
Música, e ouvir
A mim. Seguir.
Expectativa
Expectativa
É esse não saber,
Não se antever
O que mitiga,
Vacina amiga
Que pode ser
Dúvida ao ser,
Mas preventiva.
Ah. expectativa
De transcorrer
O tempo e ver
Viver, viver!
Sobre a Mesa
Deus se traduz em confiança,
E muito belo é este aspecto
De olhar um coração reto
Possível além da infância,
Num mundo que se balança,
E se acha bom circunspecto,
Quando se restringe ao quieto
O que chamaria a esperança
Da verdade em contradança,
Porque até o tempo é indireto,
Relativo em seu completo
Giro, questão de observância.
Oração de Criança
Amanhã é dia
De festejar
José e Maria:
Jesus, bom dia!
E a celebrar
Esse bom dia,
Pois Deus nascia,
Vamos orar.
Surfista
Quando arrumada
A mesa dada,
O bolo surge.
Comemorada
É essa empreitada,
Que o Natal urge
De boa chegada;
Cozinha e surfe.
Luzes
Tantas panelas,
Tantas tigelas;
Somos iguais
Nessas janelas,
Mulheres belas
De poucos sais;
São todas velas
Dos seus natais.
Pacata
Pacata e silenciosa
Busca do Salvador,
A busca generosa
Da humildade que é ciosa,
Essa busca indolor
De uma fé que é preciosa,
Da resposta atenciosa
De um Deus que é pensador.
Cenografia
Parte do rito,
Domínio próprio
Sem vinho tinto,
Taça que fito,
Festa de sóbrio
Com a água e o dito,
Mas participo
Em somatório.
Tentativa
O caminho do Natal
É uma possibilidade,
Onde ser melhor que igual
Significa essa vontade,
Melhor que a festa pontual
Nessa nossa realidade,
Porque o que vemos é parcial
Perante a grandiosidade
Significativa e atual
De ser relatividade
Biológica e natural,
Mas com sensibilidade.
Presente
Reflexão,
E surpresa
Sobre a mesa;
Livros são
Delicadeza
E certeza,
E afeição
E esperteza.
Nesse Período ? Crônica do Cotidiano
A humildade em muitas circunstâncias é exigida, como foi nesse caso.
Peguei um táxi, e a conversa foi coronavírus e vacina.
Taxista vive de passageiro e automóvel em boas condições.
Conversa vai, conversa vem, o homem conta a história dele:
_A senhora imagine a minha situação e o meu estresse, e disse tal frase deveras aborrecido.
_Covid? Perguntei.
Ele respondeu sincero, mas bastante ríspido:
_No dia da convocação para me vacinar, levantei cedo e fui para a fila muito feliz por me ver livre do vírus. Tomei a vacina. Três dias depois passei mal, e por pensar que fosse reação da vacina, fui ao médico. No consultório, descobri que tomei a vacina enquanto já havia sido infectado pelo vírus. Fiz o teste e deu positivo. Tomei a medicação prescrita e foram os piores quinze dias da minha vida. No entanto disse para a minha mulher para que ela somente me levasse ao hospital caso ficasse inconsciente, porque enquanto com raciocínio, ficaria na nossa cama de casal.
Assustada, perguntei, e ela, como ficou?
_Ela se mudou para a sala, passava comida pela porta e sumia.
Respirei aliviada.
_A senhora pensa que vida de casado é fácil? O meu sogro, ao saber que a filha estava dormindo na sala, entrou no meu quarto para conversar comigo sobre o casamento.
E o que foi que aconteceu, perguntei?
_E daí que o velho ficou doente e quase morreu. A minha mulher começou a chorar e a minha irmã foi nos visitar. Entrou no quarto e ficou doente também, com a diferença de que ela teve que ser internada e emagreceu muito.
Depois de ouvi-lo, perguntei se agora estava tudo bem, se todos haviam sobrevivido.
_Estamos todos vivos, e a minha mulher voltou para o nosso quarto após a minha recuperação. Eu, não aceito mesmo é suspeitar de ter pegado o vírus na fila.
Nesse caso eu não sabia o que dizer, mas contei que peguei fila de hora e meia para tomar a primeira dose.
Sossegue o leitor, que eu tomei a segunda dose, mas num dia acima de zero grau centígrado e sem maiores complicações. Zero? Naquele dia fez menos de um grau centígrado
E assim passou-se o ano.
Propósito
O Natal e o receio
Que está a se demorar,
Nem parece recreio
Ter medo até de orar.
Há muita gente em meio
A sensatez soprar
E dizer a si "eu creio",
Mas sem se acreditar;
Porque houve o ano que veio,
E adiante é o continuar
De propósito e inteiro
Seguindo o verbo amar.
Colaboração
Sem enfeite?
Que se ajeite,
Ora, bolas;
Que se aceite
Todo o enfeite,
Que são horas;
Deus é aceite,
Colaboras.
Deus Musical
Procurar o Natal
Que esteja nessa gente,
Porque dentro da gente
Há esse Deus especial,
Diferente do igual
E igual a tanta gente;
Humano é esse presente
Do ser espiritual,
Que pensa, e não é casual,
Sensível ser que sente
A presença silente
Desse Deus musical.
Lembrete
Essa gratidão permanente
É a sinceridade do Cristo
Vivo, posto que é pertinente
Lembrar que vivo é para sempre,
E que a salvação a alma consente
Mesmo em provação, pois é o alívio
Do necessitado, presente
Dessa humanidade em seu crivo
De alma endurecida, que sente
Sem que esteja ausente o seu siso,
Mas que contraria o que é latente,
Embora haja o espírito vivo.
Fundamentação
Procurar a questão,
A que é fundamental
Em sua enunciação,
O que faz da oração
Predicado e Natal
Senão a fé do cristão,
Aniversário são
E salvo e sem igual.
Meus Livros
Eu e os meus livros,
Decorados
E descritos,
Rimas, ditos,
Que guardados,
Ficam fixos,
E relidos,
Arejados.
Poema Chiclete
Agora não,
Palavra muda.
Inspiração
Volte, vai não,
Vê se ajuda,
Vem sem noção,
Em profusão,
Cola que gruda.
Para o Ano Novo / Crônica do Cotidiano
Para o Ano Novo, organizar-se será a palavra-chave.
Fui ao centro, e o que vi foram dezenas de lojas fechadas.
_Que triste, exclamei, até mesmo algumas farmácias fecharam.
Ouvi como resposta:
_Triste para todo o mundo, o rico faliu e o pobre ficou desempregado.
Estou me organizando na cozinha, muitos restaurantes por quilo fecharam, os preços das refeições tiveram seus preços atualizados, e o que era não existe mais.
_Volta, daqui a uns seis anos pode ser que todos os estabelecimentos que fecharam estejam reabertos, vamos ter esperança!
Esperança se mantém, mas enquanto isso, vou me organizar na cozinha.
Pelo menos o Shopping tem uma fila de virar a esquina para entrar, mas o medo ainda passeia por aí.
Surge a pressa para que 2021 acabe logo, mas permanecerá na memória como trágico.
O comedimento nas festas será necessário, mas todos podem manter a fé e melhorar o jantar, mas dizer tal frase parece um excesso, pois foi um ano difícil, não por ficar em casa, e sim pelas tantas ausências que aconteceram.
Ainda se discutem as festas, que tolice! Não adianta ter pressa e nem fingir alegria, mas organizar a cozinha e os pensamentos ajuda a alimentar a fé.
O fato é que o futuro dependerá do modo como se lida consigo mesmo e com o ambiente a redor.
Perdemos alguns vizinhos, estamos conhecendo alguns novos vizinhos, mas em geral, ninguém sabe ao certo como proceder.
Alguns poucos começam a sorrir, e que Deus os abençoe!
As pessoas sorriem por um dia bonito, ou pela compra de sabonetes dessa ou daquela marca, mas não muito caros; pouca gente sorri, ao contrário, o jeito taciturno que conta a realidade é o preponderante.
A catástrofe chamada pandemia está ainda presente.
Por outro lado é bom observar que as flores ainda exalam perfumes, e cuidar com os mosquitos nada engraçados.
Conheci um mosquito de forma inusitada, ele simplesmente se chocou com os meus óculos e consegui vê-lo de forma anatômica, e tal fato não tem a menor graça a não ser para mostrar que os óculos possuem utilidades desconhecidas como preservar dos mosquitos.
Quando a novidade é um mosquito, percebe-se que é melhor encontrar com uma ou duas pessoas realmente contentes por um dia bonito, e compartilhar a história pessoal com o mosquito.
Nessa época, gosto especialmente de dizer que a festa não é minha, sua, mas do aniversariante Jesus.
O Natal é uma questão de fé, mas o Ano Novo dependerá da organização de cada pessoa para que possa ser razoável.
Que texto pastel, mas é o que consegui para hoje.
Esse Caminhar
Primeiro passo
É o começar,
A caminhar
Até ao cansaço,
Que devagat
Vai se chegar;
Deixa seu traço
A se contar.
À Rebeldia
A avô proibia
O samba, tia,
Mamãe e papai,
E por aí vai,
E à rebeldia
Na rádio ouvia,
E não mais sai,
E o samba cai;
Dança a alegria
E a criança via
E de si sai
Que se distrai.
Lavoisier
Subproduto de consumo,
Que antes chamava-se insumo,
E que agora é descartável
E destina-se a outro rumo,
E fica fora do muro,
Porque se tornou impensável;
Mas ainda pertence ao mundo
Que se pensa utilizável.
Desprendimento
Otimizado,
Valerá o tempo
Aproveitado
Ao movimento
Estilizado,
Porque é o momento
Inobservado
De envaidecimento
Ao envidraçado,
Desprendimento
D'alma ao buscado
Espaço-tempo.
Complexidade do Existir
Individualidades
Podem se refletir;
Somos infinidades
De Deus a nos seguir,
Luz das afinidades
Que brilham ao surgir
Das multiplicidades
Do ser, por onde vir
Tais possibilidades
De encontro, e sugerir
Tantas civilidades,
E continuar a agir.
Misturado
A mudança cultural
Espontânea é essa mistura
Necessária e desigual,
Natural desenvoltura
Compreensiva, mas tribal
Numa completa soltura
Da diferença postal,
Mostrada nessa postura
Padece porque é informal,,
Descombinada de jura,
Sem velho ou novo normal,
E curso de rio e água pura.
Bom e Bendito
Consegui uma varanda
Nessa distante andança,
Com chuva, com mosquito;
Repelente bendito.
Consegui essa esperança
De orar a quem alcança
Com o olhar expedito
E protege até o mosquito,
Por ser a temperança
Do agir e ser mudança,
Pois conhece e é infinito
O Espírito bendito.
Despertador
Todo o sentido:
Pão amanhecido
E a oração certa.
Deus acolhido
Lido e relido.
Palavra aberta
A todo ouvido,
Que assim desperta.
Meu feijão
Meu feijão,
Tantos são
Um bom prato,
Refeição
De impressão
Correlato;
É o feijão
Bom de fato.
Imaginação / Crônica do Cotidiano
Imagino tão bonito, que depois não é só meu, seja o que for.
Assim foi hoje. Um espaço a se criar., falta um canto com café, refrescos, e salgados e doces, poucos para começar.
E a imaginação não tardou a se fazer, do piso ao teto.
Começaria por buscar de onde vem o cheiro de mofo, faria cálculos e conversaria com arquitetos sobre as possíveis restaurações e mudanças.
Reparei nos quadros sem iluminação adequada, e talvez necessitando restauração, mas do que não sei, não digo.
Espaços que precisam ser valorizados, como uma descoberta de beleza, mas também de utilidade.
No entanto, me percebi num lugar onde a vitrine são os outros, os passantes, que nos observam como personagens da imaginação de quem está do lado de fora, um espaço tridimensional, se é que esta palavra convenha.
O carro dos sonhos passou vendendo sonhos, mas que não venda este.
Lá dentro, ouvi os meus passos, numa sensação de privacidade única.
Ainda pensei em ópera, pois o ambiente é perfeito para uma refilmagem da ópera O Fantasma da Ópera,, especialmente ao ranger da escada sob o salto dos sapatos, gostei muito.
É difícil explicar a sensação de se estar num ambiente exclusivo com um público imenso em torno de si, de fato um lugar para poucos acostumados com os passantes, não mais.
Estive num lugar de antigamente, mas de um antigamente que eu não conheci, mas que agora é um mundo de possibilidades.
Como é bom que a possibilidade de descoberta ainda seja possível, porque as pessoas fazem os ambientes melhores.
Com certeza daqui a alguns anos tudo estará diferente, como para quem não saiba, o Paço da Liberdade na Praça Generoso Marques, já foi a Prefeitura Municipal de Curitiba, o Museu Paranaense, e hoje conta com diversas atividades culturais e de interesse permanente, com uma cafeteria que abre todos os dias, embora seja ligeiramente gourmet.
Por que me lembro disso agora?
Para que o público que nos observa saiba que existe espaço semelhante na cidade, cuja cafeteria vale a pena visitar.
Enquanto isso, vou imaginando espaços a construir.
Grata pela leitura.
Folhas ao Vento
As folhas murmuram o vento que sopra,
Dizendo do encanto e da fragilidade
Que delas compõem, e nelas se coloca
O canto baixinho da preciosidade
De imensa beleza. A dança cantarola
Em meio a esse ruído vago da cidade
Distante, do dia que termina e se cola
Depois, como feito numa realidade
Passada, mas que ainda é desacostumado
Ao belo, às essas folhas que vislumbram o vento
Amigo, que às vezes as levam ao lado,
Soprando com elas ao fertilizado,
Construindo o futuro, juntos a seu tempo;
O etéreo, o que fica ao tempo quando soltado.
Correria
O sol e a tarde,
Nesse alarde
Passa o dia,
E o sol não arde
E não é alarme,
Pois chovia,
E com charme
Se movia.
Permissão
Musculação,
É a esta saudade
Que o hoje diz não,
Tempo e cidade
E obrigação.
Fica a saudade
Da esteira. O chão
É outro, e a vontade
Cede à razão
Com boa vontade,
E a permissão
Basta à saudade..
Algo Leve
Invisível,
Mas sensível,
É o que escreve
O indizível,
Sendo crível,
Talvez breve
Ao possível
De algo leve.
Destino de Almerinda/Miniconto
Não era hora ou lugar. Almerinda tinha perdido um familiar por Covid-19.
Disse para a moça:
_Logo chega a minha vez de morar num flat.
Repetiu, mas de maneira diversa para a tia da moça:
_Você acha que o seu destino é ser bruxa? Você, tanto quanto eu é a sétima filha.
A tia da moça, muito elegante respondeu que de maneira alguma se sentiria bem se considerando uma bruxa e ainda comentou que era um comentário estranho, seria pela diferença entre a marca e o caimento da roupa, e indagou à sobrinha se Almerinda tinha algum problema com a roupa que vestia.
_Não que eu saiba. Ambas vestiam roupas feitas por costureiras, diferentes costureiras.
Passados alguns dias, Almerinda ligou querendo conversar com a moça, mas a diarista logo disse que a moça, que estava no banho, não queria atender o telefone. A moça escutou, depois ligou para Almerinda e disse que se encontrariam na igreja.
De fato, elas se encontraram na igreja, e Almerinda disse à moça:
_Não há a menor condição de conversarmos. devo ir para a casa imediatamente, senão a situação pode ficar muito desagradável.
Foram feitas várias tentativas de conversação entre a moça e Almerinda, mas nenhuma delas surgiu efeito, pois o mordomo atendia e dizia que Almerinda cuidava de outros assuntos.
A moça certo dia saiu e viu Almerinda de carro. Buzinou, acenou, mas Almerinda, que dirigia em direção à casa dela, olhou para a frente, empinou o nariz e não olhou em sua direção, mesmo dando a certeza de que tinha visto e ouvido a moça.
Mais um telefonema e Almerinda disse que não tinha condições de conversar naquele momento.
Depois, outro parente da moça foi até a lotérica para pagar uma conta, como era seu costume.
Voltou estupefato:
_Você acredita que a Almerinda ficou meia hora a meu lado na fila e empinou o nariz e não olhou para mim?
A moça disse que Almerinda achava que tinha por destino ser bruxa.
Ou tinha que ser a bruxa.
Para terminar a história, Almerinda conseguiu o flat que sonhava, e teve a vida que ela, enquanto bruxa, tinha que ter.
No entanto, são muitas as vezes em que mandou dizer:
_No dia em que eu morrer, mando avisar.
O garoto de recados achava a coisa mais louca de se mandar por delivery como recado, mas em época de pandemia, tudo é normal.
Pelo menos essa história parece aliviar o sofrimento de muita gente sofrida, tanta gente.
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Marola
Nova é a configuração
Do tempo, e o habitual espaço
Necessário à motivação,
Que ondula em meio ao passo a passo;
Marola na mansidão,
E isso faz o seu terraço
De descansar a visão
Que desembaça o embaraço
De existir sobre a noção
Da infinitude e o seu escasso,
Pois não há pensamento vão
Se pensado traço a traço.
Despenteado
Espelhamento,
Penteado é tempo
Desapressado
E passatempo
Para outro tempo,
Harmonizado;
Penteia esse vento,
Que o tempo é dado.
Convite à Meditação
Tom da espiritualidade
É essa sensibilidade,
Convite à meditação.
Deus sobre essa humanidade,
Função de toda amizade
É essa fraterna ideação
Divina da realidade
Do ser em transformação.
Pizza
A tarefa
E esse tempo
De conserva,
Que sem pressa
Faz o tempo
E preserva
A sardela:
Aliche, bela!
Friozinho
Chá de hortelã,
Arte artesã,
E espairecer;
Manta de lã,
Lua pagã
De adormecer.
Logo é o amanhã
A se fazer.
Carro de Aluguel / Comentário
Carro de aluguel, sob o meu ponto de vista é táxi, carro com motorista de aplicativo, ou aqueles automóveis do "Rent a Car".
Carro por assinatura, penso que é um desperdício, mas já explico o motivo:
No tempo do combustível barato, a moça que embelezava as mãos, leia-se manicure, pedia um motorista de aplicativo para ir para a casa dela, e até mesmo a diarista pegava um "Uber" para ir para a casa dela. Era barato.
Nesse tempo, as pessoas não usavam os aplicativos, e preferiam um táxi tradicional.
Coube a essas moças a propaganda do motorista por aplicativo, mas o fato é que alguns motoristas de táxi ainda fazem uma corrida "Uber" quando ficam de folga muito tempo, como foi o caso da pandemia, e em acordo com os proprietários dos táxis.
Carro por assinatura, por enquanto é um artigo de luxo, e agora chegou a vez dos assinantes de carros fazerem a propaganda. Penso que esses devem ser abastados, pois existem outros meios de locomoção mais baratos e sem ter que pagar estacionamento.
O futuro vem chegando, e com essa onda de mudança climática, acho que querem mesmo é que todos tenham bicicletas ou motocicletas, e não concordo.
Eu penso que há algo de errado com o veículo por assinatura tanto quanto com as bicicletas.
Eu ainda prefiro acreditar nos automóveis elétricos para as famílias saírem aos domingos.
Os automóveis elétricos ainda são inviáveis economicamente, até mesmo pela energia elétrica a ser consumida por toda uma população de motoristas, e o preço não convence a classe média.
Percebo também o perigo de monopólio das locadoras de carros por assinaturas, e na falta de veículos disponíveis. Penso em carro por assinatura como em jornais impressos que deixaram de circular, só que no caso dos veículos, fica-se a pé, pois não existem automóveis virtuais, ou locadoras que suportem umas trinta mil locações por dia numa mesma cidade.
Essa necessidade de pensar no futuro é de todos, mas eu li noutro dia, de que o excesso de informações trazidas pela internet bloqueia a capacidade de raciocinar por conta e risco e os jovens estão sob a influência da internet o dia inteiro.
Quem pensa o futuro baseado no excesso de folders do futuro, não pensa o futuro, simplesmente acata o futuro com uma visão fatalista, no qual o futuro tem que ser conforme a propaganda, porque se for ao contrário, será errado.
Não é errado pensar. Urge que se diga isso. Não é errado observar a evolução tecnológica e a discutir, sem grande conhecimento de causa.
Agora, pensamento meu:
"A abobrinha é minha e eu a posso cozer e colocar molho, eu a posso rechear com carne moída, eu posso colocar a abobrinha como enfeite de outro prato ou complemento em outro cozido. A abobrinha é versátil, mas a verde sobe a pressão. Ah, não sabiam?"
Esquecendo-me dos carros, digo para que se cuide do excesso de informação, aquele que nos traz preguiça de pensar.
Grata pela leitura!
Possibilidade
Vontade e tempo,
Um contrassenso
Independente
Desse momento,
Mas sem dissenso
Interveniente;
Segue-se ao vento
Quando contente.
Entretenimento
Recarregar
O celular,
Mas não dizer
Que é a entreter;
A musica,
E revelar
Ao que fazer,
E se entreter
E desligar
Do dia; rotear
A rede e ter
Muito a aprender.
Louvação
À noite, uma oração
De paz a cada dia
Feito com louvação
Ao passo da atenção,
Ao livro e à livraria,
Essa renovação
Do espírito em doação,
Compasso desse dia.
O Quilo
Segue mais leve
Quem faz o quilo,
Porque se é breve,
É bom cochilo.
Voo de ultraleve
É poesia em livro,
E não se atreve
Por ser tranquilo
A esfriar a neve
Ou mesmo o brilho;
A manhã segue,
E se segue ao livro.
Bem Feitinho
Como dizia Agostinho,
Sábado bem feitinho
Faz tudo diferente,
Passa o dia mais contente.
Lá fora um passarinho
Cantava o pio baixinho,
Feliz, ameno e quente,
Ou era eu que era obediente,
E vi o dia amarelinho
Voando num torvelinho
Numa leitura rente
Ao dia, bem normalmente.
Espaçamento
Desconsertado
Tempo levado,
Sol, chuva e vento;
Um grilo ao lado
Envidraçado
Num pensamento
Que é breve e avoado
Ao espaçamento.
Estrofe
Cavalo no trote,
Com porte e com mote
De graciosidade.
Escovada estrofe,
Mas que não se mofe
Em chuva, ou vontade.
Casaco e capote
De frio, sem vaidade.
Aletria
Ao dia a dia
Com vontade,
Que metade
Foi-se ao dia,
Ao meio-dia
A cidade
Para a tarde,
Senão esfria
Todo o dia
Sem alarde;
Fatuidade
De aletria.
Sobre Livro de Autoajuda / Reflexão
Aproveitei o dia de hoje, diga-se triste pelo número de famílias que perderam os seus entes queridos, para ler um livro de autoajuda.
Sinceramente, depois de ler o livro inteiro, não sei se seria capaz de recomendar um livro de autoajuda para alguém.
Penso que não concordei com a condução do livro, e nem vou dizer nome e autor, para que os curiosos corram para comprar o livro e polemizar.
Acredito que a autoajuda é procurar uma atividade-meio de se ajudar, seja ela qual for, pois isso pode ser um recomeço a partir da situação emocional em que a pessoa se encontra.
O livro indica caminhos além da leitura dele mesmo, e os caminhos são a igreja, o consultório psicológico, e a exacerbação dos sentimentos para que alguém ao lado da pessoa procure ajuda para essa pessoa. Na minha opinião, quem lê um livro de autoajuda quer se ajudar, não pedir apoio por pensar não precisar de apoio.
Pensei nas milhares de famílias enlutadas no dia de hoje, e na inviabilidade de obterem alguma autoajuda através do livro de autoajuda que eu li.
Útil, será que amanhã, ou num momento de folga, observem as barras de roupas a serem feitas, e a façam com carinho, conforme devem ser feitas as barras, sempre com uma linha colocada na agulha, nunca em cima de sofás e camas, com pontos leves que pouco marquem o tecido, mas se for tecido jeans, no estilo "deixa comigo".
Qualquer atividade que se faça com o intuito de recomeçar a alma é válido.
Não é possível que se mande a algum lugar para praticar a autoajuda, e os influenciadores deveriam ter medidas nos textos, às vezes agressivos com o objetivo de procurar uma reação, reação essa que pode prejudicar imensamente e por muito tempo quem busca autoajuda.
Qualquer passo positivo em busca de superação é um passo adiante, e é o que interessa para quem busca se ajudar.
A busca por métodos exteriores de autoajuda, como nos livros de autoajuda, em estado de luto e isolamento social, pode ser bastante perigoso à saúde, ainda mais quando esse convencimento vem através dos textos pseudoculturais, algo que se pode comparar a uma cultura virtual, ou que pareça real, mas é ilusório.
Um grupo de leitura de livro é mais saudável do que uma leitura avulsa de autoajuda e não discutível.
Quanto a indicação de uma igreja, o tema é muito complexo, pois mesmo entre as igrejas batistas, onde cada qual tem a sua liderança e estilo, temos as igrejas batistas tradicionalistas e as moderadas, e é muito difícil dizer qual é a melhor para uma pessoa que busca ajuda.
A exacerbação dos sentimentos perturba a todos em volta, e alguém vai mandar a sua busca de autoajuda para qualquer lugar onde não incomode ninguém.
Livros podem ser de autoajuda quando levam a uma realidade distante daquela pela qual passa quem busca autoajuda, pois ajudam a continuar a buscar uma realidade menos fática e cria pensamentos positivos a respeito de si mesmo à medida em que a situação "do" ou "da" personagem é muito diferente de quem busca a autoajuda, ou seja, outras ilações e observações surgem espontaneamente através da leitura de livros comuns.
As pessoas buscam livros de autoajuda por terem a consciência de que todas as pessoas têm os seus problemas, mas livros de crônicas, contos e romances são melhores do que ser forçado a buscar ajuda externa por alguém cheio de problemas e que pode não querer os seus compartilhados, até mesmo o autor do livro.
Enfim, se eu aqui nesse texto dissesse o nome do livro e do autor, poderia magoar e muito num dia como o de hoje, difícil para muita gente.
Isso não significa não procurar ajuda externa, caso alguém pense ser necessário, significa buscar se ajudar, mas com afeto por si mesmo.
Aprender a tricotar é terapia de autoajuda, porque busca a convivência com outras pessoas até então desconhecidas, assim como bordar ou pintar panos de prato, pois existem diversas formas para as mulheres se ajudarem, mas aos homens existem programas de esporte, comentários jornalísticos e revistas de automóveis, enfim há o que buscar.
As pessoas não precisam se machucar mais através da leitura de livros de autoajuda, e na provável impossibilidade de seguir muitos dos conselhos ali escritos.
Até mesmo uma leitura crítica de um livro de autoajuda pode ajudar a passar um dia difícil como o de hoje, mas para depois elaborar uma crítica, o que eu chamaria de crítica-terapia.
Bom recomeço de semana para todos. Grata pela leitura!
Dia de Finados
Somente uma oração
E a fé no Salvador
Confortam este andor
De dor e coração
Sofridos. A adoração
Na oração ao Redentor,
Será a um tempo o louvor
Da fé e a revelação
De Jesus, salvação
Dos seres em clamor,
Comunhão com Seu amor
Divino e redenção.
Equilíbrio
Equilibrar,
Saber dosar
O movimento
Chuvoso e lento,
E harmonizar
Nesse espelhar
O contratempo,
A chuva e o vento
Parado no ar
Da água a brilhar
No asfaltamento,
Luz e alimento.
À Lápis
Básica e organizada,
Visto e revisto o dia,
Nele a pauta traçada,
Linha tênue e vazia;
Lápiseira e geada
Onde a tinta insistia
Ser tanto quanto nada
Lida e redesenhada,
Calma a ficar alinhada
Quando nem mais se via
Cor, era pontilhada.
Ponto que se seguia.
Um intervalo entre um livro e outro faz com que os textos reverberem e produzam pensamentos próprios.
Raridade
O que não vem ao caso
É a palavra que cola
Como enfeite de vaso,
Pois todo o verso é raro,
Palavra que descola
Do texto e anda de carro,
Táxi, ou a pé por reparo,
E não para; consola.
Pipoca na Mão
Cansaço é exaustão,
Jamais solidão.
"E La Nave Va",
Boa colher de chá
Ao pensamento vão,
Pipoca na mão,
E longe está o lá,
Diapasão-sofá
E televisão,
Chega de tensão,
Que cante o sabiá
Amanhã, e até o lá.
Diferente
Diferente
É esse tudo
No presente
Tão consciente,
Mas não mudo,
Quando sente
O Onisciente
Mudar tudo.
Aqui
Esse novo lugar
É aqui por não existir
Além do imaginar,
Fazer, não devanear
Sobre o que esse devir
Pode ser, e escrever
Sobre o hoje e conservar
Ao futuro o construir.
Pessoa
Um descanso em Pessoa,
Conforme diz e soa
Na alma todo o indizível
Tido como invisível,
E reverbera e ecoa
Sob o nome onde voa,
A sós por ser sensível
Essa alma descritível.
Conserva
Descombinada
E oxigenada,
É a obrigação,
Que disfarçada,
Desobrigada,
Chama a atenção.
Vaidade, nada;
Conservação.
Brevidade
Parar, pensar
No que tem nexo,
Mas sem excesso,
E condensar
Por meditar,
Breve recesso
Do ser conexo,
Depois orar
E continuar
Como reflexo
Da luz, do expresso
A decifrar.
Cartão-Postal
Racional,
Mas normal,
Adequado
E não igual
Coisa e tal,
Bem pensado
É um postal
Atrasado.
Analogia
Que o tempo não volta
E o mundo dá voltas
Numa imagem solta
Que gira em si e volta,
Em vias que são envoltas
Num giro que volta,
A palavra é pouca,
Mínima: vozes roucas.
Aclimatação
Quem é o dono do tempo
De uma imaginação,
Senão de um pensamento
Sem relógio, ou canção
Que permeie o passatempo,
Consenso e elevação
Da alma ao gosto do tempo
Contado e com razão.
Passa o temperamento
Do dia na aquietação
Em raro aquiescimento
Nessa aclimatação.
Realidades Convergentes / Reflexão
As realidades individuais cruzam umas com as outras todo o tempo, seja quando é hora de separar o lixo, seja no campo conceitual do que é conveniente para cada pessoa.
A partir dessa constatação, pode-se dizer que os conceitos individuais de bom e ruim e de certo e errado estão nas ruas.
As escolhas desses entrecruzamentos nem sempre são possíveis, mas se deve procurar obter um resultado positivo, e procurar a melhor escolha.
Daquilo que se tem pouco conhecimento, ou seja a área desconhecida do cotidiano, podemos e devemos deixar para quem entende, o que é uma escolha difícil, e o erro é uma escolha, mesmo ecológica.
Não é proibido errar por vontade, mas se pode prever que o inseto que não se elimina vai reaparecer, mas muitas vezes tem-se horário a cumprir e se deixa para depois, o que é um grande perigo para a saúde.
Agora parece que fica mais fácil compreender a realidade do outro interferindo com a dos demais, muito embora não se tenha alarmes de dengue por aqui.
Não se pode interferir muito mais além do jardim, mas há quem cuide, e se não cuidar, prejudica a todos os demais, eis o raciocínio desta reflexão.
Quando tal raciocínio chega a ser conceitual, é que a habilidade de tentar encontrar ao menos um único ponto comum nos raciocínios é fundamental, mas há que se aceitar pensamentos diferentes em sua concepção.
Somos todos humanos, mas há diferentes conceitos de humanidade, e caminhos distintos a serem seguidos dentro a tais conceitos, mas que devem ser procurados de forma individual e coletiva, a fim de que haja uma boa convivência nos diversos ambientes com os quais nos deparamos no dia a dia.
Para tanto, se faz necessária a interação social, seja aonde for, da igreja ao shopping, pois sem ter contato com a realidade do outro de maneira real, e apenas virtual, não percebemos as doenças sociais, os cansaços, os excessos, e os animais de estimação, o que não é o meu caso, pois gosto de gente e um bate-papo informal, em que tenha um contato com o que é real na vida das pessoas, ajuda a me perceber enquanto humana, com os meus erros e acertos, escolhas, pensamentos criativos, manias e decisões.
Hoje vi a humanidade nos outros, e a minha também.
Grata pela leitura.
Garrafas ao Mar
Se o mar devolve,
Quando resolve,
O tempo sabe
Se é ou se dissolve
Tudo o que volve
Antes que acabe,
Se é que foi ou se houve,
Garrafa que abre.
Cadeira
Penso lugar
E uma cadeira
Toda faceira
A espreguiçar,
E devagar
Vê-se a madeira
A descansar
Os braços do ar;
Bela a dourar
A seresteira
Tarde a passar,
É cirandeira.
Bolha de Sabão
Bolha de sabão,
Admiração
Desse seu nada,
Sobe balão
Sopra um senão,
Não, não é nada,
É diversão
Quando apagada
Bolinha de Papel
O tempo escasso
Desembaraço,
Deixo chover,
Mas neste espaço,
Qualquer espaço,
Vou me escrever;
Papel que amasso
Sem me dizer.
Distensão
Reflexão,
Distensão
De um momento,
Não inação;
Ilação
Diante ao tempo,
Ideação
Junto ao vento.
Traço
Pensamento resolvido,
Somente após se pensar
Como traço definido,
Repetindo sem voltar.
Rabiscado o seu sentido,
Ele segue a imaginar
E se torna o seu zumbido,
Definindo o seu traçar.
Segue-o bem nesse vivido,
Fortalece-o a se almejar,
E permite esse sentido
De ser um traço a esperar.
Humildade
Resta a humildade,
Ao se aceitar
Toda a vontade
A destinar
O que nos cabe
Enquanto a orar,
Pois não se sabe
Do caminhar.
Parcerias
Domínio próprio
E me repreendo,
E censuro o óbvio
Porque compreendo
Que segue o impróprio
Todo ao momento,
Da chuva sócio
Como fomento
De desvio, do ócio
Que vai retendo,
E é obrigatório
Ficar; vou lendo.
Desvio
O frio,
A sopa,
A roupa
Sutil,
Vazio
De touca,
É pouca
Ao frio.
Feitio
De lousa
Que pousa,
Desvio.
Percepção
Entre a acidez e a simpatia,
Existe em chão de cortesia,
Nível sentido e caminhado,
Não exatamente em correria,
Mas perceptível todo o dia
De boa vontade energizado;
A percepção é afeita à energia
Deste não visto descontado.
Crédito
Propósito, missão,
Depois de conversar
Com Deus, é aceitação.
Com Ele caminhar,
Mas com seu coração,
Sua alma e o seu pensar,
Pois com dedicação
Ele irá acompanhar
A sua provação;
Basta se acreditar
Na comunicação,
Que é possível orar.
Aguaceiro
A chuva me acorda
Como quem recorda
Da seca vivida,
Que até a água concorda
Que a terra não engorda,
Quando ressequida,
E transforma em horda
A busca da vida.
Inteligência de Supermercado / Crônica de Supermercado
Inteligência de um supermercado é o marketing.
Um ano inteiro mudando de marca pela falta e substituição de um determinado produto, parece que resolvi a charada.
É o marketing em campo, fazendo pesquisa com o consumidor.
Onde estou errada, já sei, mas parecia um problema que não era um problema de estoque ou compras. Era pesquisa.
Pergunto sobre o produto e sou convidada a ir até a vendedora, que fica no seu posto de perguntas e vendas.
_Prefere isto ou aquilo, na ausência do produto de consumo normal.
Interessante observar que foi a primeira vez que fui nesse supermercado.
Eu tinha algumas perguntas e respostas.
_Estamos em período de desconforto. Precisamos saber como as pessoas se adaptam nessas circunstâncias, até porque aumentamos as vendas e, estamos nos esforçando para a eficiente distribuição dos produtos. Como observamos esse comportamento social, típico de uma zona de desconforto, e nesse caso, causado por uma pandemia, estamos aproveitando para conhecer melhor os nosso público.
Interessante é observar que me pareceu aquele jogo das três bolinhas sob um chapéu, onde o dono das bolinhas pede para que se adivinhe onde fica a bolinha debaixo do chapéu, mas sem fins lucrarivos, mas apenas de pesquisa.
Vamos às minhas opções:
Produto 1: Um similar sem estoque, ou seja, poderia ser comprado apenas uma unidade do produto, e sem prazo de reposição, o que até me foi esclarecido:
_Não somos nós as responsáveis pelas compras do departamento, muito menos somos responsáveis pela distribuição do produto.
Produto 2: Um produto mais barato, com estoque, mas completamente desconhecido do meu paladar.
_Bom, disse-me a moça: Se a senhora gosta de experiências com produtos desconhecido, o qual caso não goste, implicará em prejuízo certo, é uma opção. Mas caso a senhora seja daquelas que compra um produto para experimentar, e caso não goste, consuma até acabar para evitar o prejuízo, pode comprar, mas aviso que não há troca, pois a venda é absolutamente honesta.
Produto 3: Um produto ligeiramente mais caro do que o preço habitual, nada que um bilhete de ônibus municipal não possa comprar, o qual tinha em estoque, e era uma opção descartadfa anteriormente pelo preço.
_Pelo seu jeito, a senhora já consumiu este produto, mas está renitente porque ele custa uma passagem de ônibus municipal a mais do que o preço habitual. Este produto tem a vantagem de que a senhora não terá um prejuízo no sabor, embora pague um pouco a mais, o que será compensado pelo estoque e pela espera da reposição do estoque, é um conforto num período de desconforto.
Depois disse que eu poderia ir ao local de compra de costume e perguntar pelo produto habitual, mesmo sendo dia de domingo.
_Domingo é dia que se tem tempo, ou não se tem tempo, depende da possibilidade de cada pessoa.
Pedi um motivo para todas essa pesquisa.
_Adaptação, necessitamos de adaptações das mais diversas, e queremos saber das pessoas, para planejarmos os empreendimentos.
Acreditem, depois de toda essa conversa, voltei ao caixa para pagar os pães, cuja moça esperava pacientemente pelo pagamento, enquanto houve o diálogo com a vendedora especialista.
_Moça, grata pela paciência de me esperar!
A moça disse que era a sua obrigação usar de cortesia para com osclientes, e que também já estava fechando o caixa.
Grata pelo aprendizado, pelo atendimento, e pela generosidade da empresa com os consumidores dos seus produtos.
Mercadeiro
Um dia inteiro
Diferente
Do primeiro,
Passageiro
Que se assente
Ao terceiro,
Mercadeiro,
Reluzente.
Sem sentido
Este novo sentido
Foi significativo,
De uma rua vazia
E de gente arredia
Com medo e com motivo,
Esse desconhecido
Chamado pandemia,
Antes alegoria
Descrita pelo antigo
Testemunho vivido,
Não assustava. O que havia
E o que houve diferia,
Mas se fez dolorido,
História sem sentido,
E transformou em vazia
A rua que não se via.
Desenredo
A noite é o medo
D'algum perigo
Que faz segredo,
Esse degredo
De desabrigo,
Também folguedo
De um desenredo;
Um poema ambíguo.
Folhas Coladas
Foi-se o tempo
Com o vento,
Musicado
Pensamento,
Meio poeirento
E mofado,
Pardacento
E folheado.
Essencial
Essencial
É ser gente
E ir em frente,
Mas pontual,
Gente sente
E pressente;
É normal
E meio igual.
Aperfeiçoamento
Chopin, meu desperdício
Incansável ao tempo,
Uma mania sem vício,
Tristeza sem lamento
Da qual restou um resquício,
Suave passatempo
Que é ouvir em benefício
Próprio, belo lenimento
Das páginas em cício
Murmurando o andamento
Em floreio no início,
Por aperfeiçoamento.
Expectativa
Sair de novo,
E passear
Por passear,
Ver o rosto
A pensar,
Respeitar
Esse foco
De puro ar.
Graças a Deus / Crônica de Supermercado
Eu a vi no supermercado, na prateleira dos cafés, e senti um mal estar, pois não achei prudente conversar, e assim procedi.
Eu mesma me critiquei, estava claro que ela queria conversar, mas senti um forte confrendimento no peito, pois tudo que eu pudesse pensar poderia ser negativo, e me abstive do encontro.
Apesar de estar aborrecida, cheguei em casa e passeio um dos cafés mais amargos que já tomei, mas tomei e com amargor disse a mim mesma que era o melhor a fazer.
Depois, fui ter com ela uma conversa.
Com que surpresa, eu ouvi a sua deliberação:
_Eu quero que você saiba que provavelmente eu vou morar com a minha neta. Faremos companhia uma à outra.
Decisões tão particulares precisam do auxílio divino.
Graças a Deus não conversei, não soube da questão antes dela se decidir.
_Mas se não gostar, volto, concluiu.
Lá se foi ela toda contente viver uma nova experiência de vida.
São essas questões as que emocionam.
Deus abençoe vocês, leitores, nas questões invisíveis, pois elas existem, e precisamos todos de inspirações do divino Espírito para que sejam solucionadas pelo incansável amor divino.
Temporalidade
Um não arriscar
Sob a humildade
Contínuo no ar;
Eu também sou ar
Nessa vaidade
A cooperar,
A respeitar
Toda a verdade.
Menta
Ao pensar, logo senta,
Mas ao agir, não lamenta
Ser do jeito que é, e vai
Ao amanhã e se reinventa
Na humanidade atenta,
Que é, e assim vos provai
Com novo "drops" de menta
Em lata. Aceitai.
Trilha
Nada com nada
É a embaralhada
Do dia a correr
Sem se saber
Da caminhada,
Palavra dada
Ao se mover,
E se prouver
Recomeçada,
De tão fechada
Trilha a se ver
Por se fazer.