Rio de Janeiro

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http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Hawai

Hawai


Ultrapassados os estigmas,
Restabelecem-se os enigmas
De tudo o que ainda não se sabe;
E não sei se o fato a nós cabe,

Porque incomodam paradigmas
De massas e matérias ígneas,
Onde o meio não mais se intervale
Das ideias e de si descabe,

Valendo-se de morta lígnea,
Esquecendo-se ainda da migma,
Que ainda se apresenta em vil xale 
Que o encobre sem que a terra o embale.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Temperança

Temperança


A decisão acertada
Traz essa gratitude
De ter sido espelhada
Por consciência e virtude,

Em tudo humanizada,
Numa nova quietude
Agora otimizada,
Sem mais vicissitude.

A paz bem temperada
Alcança a magnitude
Em nunca imaginada
De esperança e atitude.

terça-feira, 29 de maio de 2018

O Juscelino das Ferrovias / Previsão Plausível / Comentário


O Juscelino das Ferrovias / Previsão Plausível / Comentário

     Tenho a impressão de que, por enquanto, tudo se resolve.
     Pensando o futuro próximo, todavia, penso que o próximo presidente terá que ser o presidente das ferrovias.
     Por que? Porque o combustível fóssil para os automóveis tende a desaparecer. Por que? Bom, os automóveis elétricos já começam a ser fabricados, embora sejam de custo alto para o consumidor comum, mas existem planos da GM, para que em 2023, esses automóveis façam parte das linhas de produção e que possam ser adquiridos pelos consumidores sem grandes alterações de preços. Os postos de combustíveis já estão se adaptando, para o serviço de recarga de baterias de automóveis elétricos, ao menos nos Estados Unidos, onde a GM tem a matriz.
     Essa crise, sem julgamentos iniciais, antecipa o que precisa ser feito.
     Precisamos de trens. É óbvio que para a concessão de ferrovias para transporte de passageiros e cargas é necessário um estudo de insumos e consumo.
     Por outro lado, a outra solução seria quadruplicarmos as estradas rodoviárias, algo de custo imenso, pelo menos por enquanto, porque reforçaríamos a ideia de que temos petróleo como combustível por tempo indefinido. Asfalto é petróleo.
     Bom, e os empresários?
     Os empresários brasileiros bem podem participar dos consórcios para a construção desses meios de transporte e apontar as localidades mais lucrativas. A função do empresário é ter lucro com a livre iniciativa.
     Nós temos algumas linhas de trem e metrô para treinar os futuros empregados dessas companhias.
     A geração de emprego se tornaria lucrativa.
     A regulamentação desse período desenvolvimentista bem pode ser planejado desde já, com legislação própria.
     Os empresários podem enviar esse tipo de projeto em consonância com o governo.
     Estamos atrasados nesse setor. Caminhões dividirão de uma maneira ou outra o espaço com as ferrovias ou, por fim, pedirão novas estradas de rodagem, um caminho fácil e duvidoso.
     Há mais de dez anos que fiz essa sugestão através de jornal impresso. Faço-a novamente em outro espaço, o blog.
     Numa hora de dificuldades, como essa, onde o microondas salva a falta de gás de cozinha, não é hora para criticar, pelo menos a responsável pelo almoço, no caso, eu, não critico, tenho que me virar para fazer a comida.
     Não quero criticar ninguém, quero sim, que encontrem soluções para o problema.
     Há tempo que, sem crise nenhuma, venho dizendo que alguns jornais estavam mais para a fofoca do que para as notícias. O problema é que não se sugere nada, não se planeja nada e não se faz nada de bom enquanto se fala mal. A crise resolveu o problema.
     Desliguei a televisão, pois ao imaginar o sofrimento nos hospitais e sem poder fazer nada, fiquei angustiada.
     A angústia também não é amiga de ninguém. Vim para o blog com a minha autocrítica e vontade de desabafar.
     Cadê o empreendedor, aquele que convence da necessidade de se progredir, aquele que tem um projeto original e que traz soluções? Ele existe, mas está fora da mídia. É preciso trazer para a mídia gente com projeto e iniciativa, vontade de empregar e lucrar, treinar pessoal, construir.
     Disse e me acalmo, volto à minha música.
     Obrigada pela leitura!  
       

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Categoria Sênior

Categoria Sênior


Se essas armações de metal
Só mostrassem fotos perfeitas,
Sem receitas e natural,
Bem dispostas, e também afeitas,

Numa cronologia normal,
Não seriam ao tempo sujeitas
Em traços de próprio degrau;
Seriam tênues e rarefeitas,

Desprovidas de modo usual.
Mais-que-perfeitas madeixas,
Vividas até a cor atual,
Talvez não fossem mais que queixas. 

domingo, 27 de maio de 2018

Someone Has to Tell Them - Alguém Tem que Dizer a Eles / Crônica de Supermercado


Someone Has to Tell Them - Alguém Tem que Dizer a Eles

Crônica de Supermercado

     Não fui ao Walmart, pelo menos nos últimos dias.
     Fui comprar pão e dar uma olhada nos produtos. Comprei o que havia e leite de outra marca, aliás vou experimentar, mas leite é leite e deve ser semelhante.
     Eu tenho facilidade com o inglês americano e, na fila do pão, eles me olharam e disseram:
     _Someone has to tell them: Don't do it. Alguém tem que dizer a eles: Não façam isso!
     Isso o quê? Vocês me perguntam.
     A prateleira de pães com vazados, as marcas de leite que não estão lá e as poucas que ainda restam nas prateleiras.
     Eu pensei comigo mesma que se dissesse isso, iriam me chamar de americanófila. Poderia pensar e daí, que pensem o que quiserem.
     Mas outro dia, e aqui mesmo no Google mais eu vi uma indireta aos brasileiros feita em língua russa. Em tempo de polêmica nos EUA sobre o relacionamento..., bom o Brasil primeiro.
     A indireta era que isso parecia uma atitude dos australianos na Holanda, traduzida pelo próprio Google, o tradutor.
     Parece sem pé nem cabeça, ou seja, nem mula sem cabeça, brasileiríssimo folclore é.
     O senhor disse mais alguma coisa:
     _It is a donkey thing. Isso é burrice.
     Também acho.
     O bairro inteiro ouviu hoje a tarde que a vontade deles - vocês sabem quem, todos vocês sabem quem - é que ninguém mais tenha carro.
     "Queremos vocês à pé."
      _Ô cara pálida, quem a pé?  O bairro resmungou, em tom audível.
     O interessante é que nós, aqui do bairro, pelo menos, não queremos eles a pé.
     Não se faz isso com os amigos.
     Abaixar o preço do pedágio não é responsabilidade nossa.
     Podemos até concordar com as reivindicações, mas não concordamos com o modo. Ninguém disse nada nos primeiros três dias. A festa era de três dias, não era?
     O pessoal também é solidário, acabaram de me avisar que, se eu dispuser de quatro horas, a fila existe.
     Em resumo:
     I've told them what you said to me. Eu disse a eles o que vocês me disseram.  

sábado, 26 de maio de 2018

Chapéu de Fita

 Chapéu de Fita


Chapéus de fita
Com ou sem cor,
Onde bem fica
Ao frio ou ao calor;

Cosmopolita
Traz bom humor,
Veste a favor
Moça bonita.

Quem acredita
É um beija-flor,
Ilustrador
Que o exemplifica.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Tagarela

Tagarela


Passarinho
Adivinho,
À janela


Sozinho,
É caminho
E arandela


Que sublinho

Tagarela.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Na Ponta do Lápis / Comentário


Na Ponta do Lápis / Comentário

     Hoje, especialmente com um comentário, porque fui ao supermercado e sei das dificuldades encontradas pelos comerciantes e consumidores.
     Na entrada do supermercado, o garagista diz:
     _Boas compras e por favor, muita paciência.
     O assunto é a greve dos caminhoneiros, as reivindicações e, de esquina em esquina, as filas nos postos de combustíveis.
     Fui à pesquisa de internauta: os caminhões mais baratos à venda no país custam em torno de R$170.000,00 - cento e setenta mil reais - os novos.
     Um caminhão custa o preço de um apartamento padrão, dependendo da localização do mesmo.
     Alguns caminhoneiros são os donos dos caminhões, mas a grande maioria dos caminhoneiros são motoristas contratados, com prazo para entregar os produtos e uma série de exigências de trânsito a cumprir.
     Em geral, os caminhoneiros são solidários com os automóveis. Ainda no mês passado, num congestionamento, um caminhoneiro desceu do caminhão para apoiar um motorista responsável e cansado que viu com desgosto um acidente numa rodovia. Essa história fica para outro dia.
     O problema está com as transportadoras que possuem vários caminhões e estão com dificuldades para manter os negócios.
     Tenho muitos conhecidos a essa altura da idade e sei que são pessoas valorosas. Tive a oportunidade de ler um desabafo de um desses conhecidos através do LINKED IN. Li e entendi as reclamações e as esperanças de que os negócios poderiam melhorar através de algumas medidas estruturais específicas. Não copiei o artigo, o que é uma pena, pois tudo estaria mais fácil agora, nessa hora em que quero comentar a situação cotidiana.
     Aliás, é queixa minha que não se tenha acesso a esses sites mais, não sei o motivo, mas o acesso agora é somente entre os participantes. Chamo a isso de diálogos cerceados em nome de um moderador de redes sociais.
     Nesse ponto, deve-se um elogio ao Google, porque sou lida por quem queira, permitindo que desconhecidos tenham acesso ao que escrevo.
     Por que motivo, no entanto, há mais ou menos dois anos atrás, não foi elaborado um projeto de lei que atendesse a categoria?
     Qual é a vantagem de, num ano eleitoral, fazer o país regredir?Sim, regredir. Porque desde o tempo do governo do presidente Sarney não se ouvia falar em desabastecimento, e desde os anos 80 que os aumentos do preço dos combustíveis não provocavam filas nos postos de combustíveis.
     O protesto merece ser considerado, mas não agora, e sim desde o tempo em que se procurava solucionar o problema, ou seja, dois anos atrás.
     A famosa "pergunta que não quer calar" é "a quem esse tipo de acontecimento pode interessar"?
     Temos superados crises, algumas nos últimos anos.
     Por favor, é hora dos senhores congressistas verificarem as dificuldades dessa categoria e apresentarem um projeto de lei ao Congresso Nacional, afinal essa é a função deles.
     Talvez a solução seja plausível, porque nem sempre o que se busca se apresenta como solução de um problema e é preciso auxílio de quem realmente possa fazer alguma coisa.
     O importante é negociar, é permitir o diálogo.
     Esse modismo de que tudo se resolve com protesto é só modismo.
     O que resolve um problema é um lápis e na ponta do lápis pode se chegar a um consenso.

     Obs. se eu tivesse copiado e colado o texto responsável e culto há dois anos atrás, esse texto seria diferente. Os sites específicos devem manter uma revista de acesso ao público, senão, para que internet? A privacidade deve ser respeitada, mas os textos pessoais e públicos bem podem ficar ao alcance dos leitores. O nome disso é auto-sabotagem, porque a situação descrita poderia ser prevista e ajustada sem a necessidade de se fechar estradas por todo país.
     
      

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Distanciação

Distanciação


Espaço resolvido,
Quando se faz de abrigo,
Traz uma aquietação
De conforto; oração

De um silêncio que é amigo,
Resolvido e entendido
Numa distanciação
D'uma preocupação.

Para tudo há um sentido
E o tempo é o grão de trigo
Universal ao pão,
Saboreado mão a mão.

terça-feira, 22 de maio de 2018

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Complicada


Complicada


Não sei se começo a canção,
Pois em tudo existe razão
E, a emoção, insiste e quer dizer
Que é importante só,a se rever,

Mas quando está em contradição,
A métrica guia em direção
Da harmonia e se deixa absorver
Para que possa se prever

A um sentido exato, a afeição
Pela qual é composição
Feita e refeita a se tecer;
Palavra que soa sem sofrer. 

domingo, 20 de maio de 2018

Devir

Devir


Se não vejo,
Eu planejo;
Pode ser

O que almejo,
Benfazejo
Conceber

De realejo:

Dever ser.




sábado, 19 de maio de 2018

Primeira Esfriada

Primeira esfriada


Logo vem geada,
Vem necessária,
Congelada área
De grama arada

Mal lagarteada,
Mas visionária
De um sol; contrária,
Se encasacada.

Bem tricotada
Aquece a diária
Indumentária
Desconjuntada.


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Reverberação


Reverberação


De também,
Nada quero.
Considero
Isso, um bem.

Mas também,
Prepondero
Ser sincero
Nesse aquém

A outro alguém;
Reverbero
E libero
E soa bem.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Para a Vida Inteira

Para a Vida Inteira


Preencha os espaços vazios,
Com palavras temperadas
Em pontuados desafios
Necessários às jornadas;

São elas plenas de atavios,
Significados de toadas,
Vocabulários macios
Que te contarão nas geadas

Dos seus muitos rodopios
Até serem encontradas
Distantes dos fugidios
Tempos das  arquibancadas.



quarta-feira, 16 de maio de 2018

Um Livro de Chopin


Um Livro de Chopin

     Folheio o livro com as páginas amareladas, de capa dura, na cor verde. As fotocópias precisam de retoques antes de serem impressas. Escolho o noturno.
     Não sei quanto tempo demorará para que fique "ao ponto".
     A editora é de boa qualidade.
     Na capa, o meu nome, pintado à mão com letras douradas.
     Não importa o tempo, importa o estudo.
     Significa muito porque alguém mais me compreendeu.
     "Não somos rótulos, somos pessoas".
     Desabafou como se estivesse conversando com uma amiga.
     Como amiga a ouvi.
     Todas as suas palavras eram verdadeiras, ditas com a expressão da alma.
     Éramos diferentes de gênio e postura, mas nos entendíamos bem.
     O meu elemento é água, o da mãe, era fogo, e o dela, como explicar o dela?
     Mas foi tão sincera, mesmo quando rude, mesmo quando as palavras magoavam, porque dizia o que precisava ser dito, porque muitas vezes era desacreditada naquela sinceridade.
     "Faça melhor que eu."
     Às vezes me pergunto se posso? Porque me abria os olhos para tanta hipocrisia, tanta inverdade, muita manipulação.
     A gente envelhece e o que nos é dito, fica, ajuda em todos os momentos, principalmente quando há algum tipo de amor. E havia.
     Uma vez eu a convidei para almoçar e fiz pimentão recheado, sobremesa e cafezinho para a digestão.
     Na sala, enquanto eu arrumava a mesa, ouvia as mais polidas conversas; o pai, a mãe e ela procurando serem gentis com a cozinheira e a cozinheira era eu.
     Ouvia os cochichos e ria sozinha junto às panelas:
     _Você sabe porque ela está fazendo isso?
     _Não sei, vamos esperar se há alguma novidade.
     Almoçamos. Todos muito sociais e gentis, nem parecia que era algo informal e familiar.
     Eles me olhavam com ar patético, muito mais Beethoven do que Chopin.
     Através do livro de Chopin soube que tínhamos muito a conversar.
     "Isso não pode". "Ah, se eu soubesse antes o que sei agora." E o que eu sei agora é isso, isso e mais aquilo."
     Às vezes, conversávamos tanto por telefone, que a mãe dizia que ela ligava para conversar comigo e, de fato, logo que eu passava o telefone para ela, ela desligava.
     Mas acontece o seguinte...a mãe resmungava.
     O livro de Chopin
     Há um fato nisso tudo que quero observar: quase ninguém quer conhecer ninguém de verdade, com alguma profundidade na alma.
     Ela dizia verdade inconvenientes, tipo: o mundo trata melhor quem faz escova nos cabelos.
     Certa vez, ela doente, eu e o meu irmão fomos visitá-la.
     _É uma grande senhora, disse o meu irmão. Disse tudo que eu precisava ouvir.
     Acho que foi a única vez que ela se mostrou para alguém mais.
     Mas também acho que perguntar isso ou aquilo não é conhecer o outro. Responder isso ou aquilo não faz ninguém ser melhor compreendido.
     É assim que a vida funciona, a aceitação da outra pessoa com qualidades e defeitos é o começo de uma boa conversa.
     As afinidades servem para relacionamentos com objetivos comuns, mas a convivência inclui certa complexidade de sentimentos quando esses relacionamentos são verdadeiros.
     Chopin tem essa qualidade, a de deixar fluir o que está dentro da gente.
     Voltemos às músicas. 
      

sábado, 12 de maio de 2018

Torta de Ricota com Doce de Leite

Torta de Ricota com Doce de Leite


Saudade musicada
Não dói, espelha enfeitada
De canto a uma lembrança,
Mingau é doce de criança,

Feliz é a fase e nada
Melhor, se reiterada
Por quem segue essa dança
Conforme pode e alcança,

Porque assim compassada,
Aceita-se a levada,
O passo dado é a andança,
 Amor que jamais cansa.


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Uma História Fantástica


Uma História Fantástica

     Era uma vez um avião para duzentos passageiros, mas apenas com metade das passagens vendidas.
     Antes do embarque os passageiros foram avisados que as poltronas foram modificadas em suas colocações para que a segurança do voo fosse garantida.
     Ao entrarem no avião os passageiros perceberam que as poltronas do meio do avião foram retiradas.
     O avião finalmente decola.
     Passados alguns minutos, o piloto fala aos passageiros:
     "Eu tenho uma novidade para vocês: este avião é de uma fabricação excelente e, além de passageiros, possui um bagageiro para uma quantidade de bagagem considerável. São muitas as qualidades deste avião. Quero parabenizá-los por estarem numa aeronave de tal qualidade."
     Nunca nenhum piloto havia dito algo assim.
     Hora do lanche e a maioria dos noventa e pouco passageiros tomou um copo de água.
     Recolheram os copos de água em seguida.
     No que terminaram de recolher os copos com água, o piloto, novamente se dirige aos passageiros.
     "Mantenham os cintos de segurança fechados. Vamos aterrissar. Para surpresa minha, estamos quinze minutos adiantados e conseguimos pista para aterrissar. Hum, hum, lá vou eu."
     Disse isso com certa confiança de espírito.
     Ao terminar a aterrissagem e dirigir o avião para a descida dos passageiros, entre nove e quinze homens da companhia aérea, estavam a postos para aguardar a descida dos passageiros.
     Melhor que propaganda de automóvel, bagageiro grande, aceleração em poucos segundos e, piloto interativo.
     Às vezes é melhor não obedecer ao regulamento sobre o peso da bagagem.
     Ele não saiu da cabine para cumprimentar os passageiros. 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Dividindo a Canção

Dividindo a Canção

Indo e vindo,
Refletindo,
Sem senão

Um bem-vindo,
Tamarindo
De afeição

Dividindo

A canção.

.




terça-feira, 8 de maio de 2018

Burburinhos

Burburinhos

As variáveis
São caminhos,
Passarinhos
Tangenciáveis,


Decifráveis
Em seus ninhos,
Desalinhos
De asas ágeis


E impalpáveis;
Burburinhos
Bem mansinhos
Avistáveis.


segunda-feira, 7 de maio de 2018

Falta de Tempo

Falta de Tempo


Como é que vão,
Que horas são agora,
Que multidão
Minha senhora;

Não digo não,
Chove lá fora,
Nessa canção
Roseira afora.

O tempo é pão,
Geleia de amora,
Xícara à mão;
Não de demora.





sábado, 5 de maio de 2018

Inundação

Inundação


Era gelo,
Derretido,
Sem sentido,
Um modelo

De flagelo
Abrangido,
Conferido
Ao degelo

Nesse zelo
Transferido
E assistido,
Mas singelo.


sexta-feira, 4 de maio de 2018

Outra Visão Religiosa

Outra Visão Religiosa

     Eu gosto dessas experiências que acontecem sem que se espere.
     Em resumo, comprei uns ingressos e, a companhia convidada, achou que seria uma distração enfadonha.
     Fizemos outro roteiro, com ingressos a serem comprados igualmente.
     Na hora da fila para a compra de ingressos, um guia filipino, disse que ele tinha dois ingressos sobrando, porque dois dos excursionistas decidiram deixar o roteiro da excursão e disseram a ele que desse os ingressos para as primeiras pessoas que encontrasse.
     Enfim, seguimos o guia turístico e aprendemos muito sobre a diferença entre filipinos, malaios e chineses.
     Uma moça da Coreia do Sul pediu que tirássemos foto dela. Ofendeu-se quando perguntada sobre de qual Coreia ela era originária.
     O caso é que veio à tona a teoria de Karma e Darma, acho que é assim que se escreve, ou mesmo a teoria do retorno que diz que o que se faz retorna para si, seja a atitude que for.
     Apreciamos essa cultura sem entender muito bem o significado da religiosidade deles.
     Ele acreditou que estávamos ali para sermos seus convidados e disse que o bife da churrascaria brasileira era excelente e o tempero da carne também.
     Conversamos sobre os símbolos e as diferenças entre os símbolos da cultura filipina e da chinesa.
     A moça da Coreia do Sul estava sozinha e também nos desejou tudo de bom.
     Foi uma confraternização cheia de respeito e espiritualidade, com algumas brincadeiras em filipino, mas gestuais, de maneira que todos se divertiram.
     Na volta para casa, conversamos sobre a espiritualidade e sobre esse aprendizado devido ao roteiro modificado porque um de nós não queria aquele entretenimento.
     O guia esperava que o grupo se reunisse a cada parada e esperava por nós gentilmente.
     O que é que é isso?
     Para nós uma experiência para não esquecer.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Blog e Outros Assuntos


Blog e Outros Assuntos 

     Peço desculpas aos leitores pelo jeito que este blog anda. Somente este blog caminha e os outros ficam em compasso de espera para quando puder.
     Comigo está tudo bem, inclusive a minha pesquisa sociológica sobre comportamentos.
     Os outros assuntos referem-se ao comportamento das pessoas em geral em relação aos seus líderes.
     Constato que, a liderança a ser seguida nada tem a ver com o líder em seu dia a dia.
     As pessoas seguem líderes que pretensamente sejam espertos, com aparência de vida bem sucedida em vários campos de atuação ou relacionados à minorias específicas.
     Não é o sucesso financeiro que torna ALGUMA PESSOA EM LÍDER. O líder mostra a capacidade de se relacionar com o seu público, o segmento social que lhe dá votos, enfim, capacidade de se resolver e resolver o problema de muitos.
     "Nada a ver", essa é a resposta que se ouve quando se conversa com as pessoas que se encontram nos supermercados, quando a liderança é colocada em questão.
     Nada a ver com quem é melhor sucedido e tem alguma influência na sociedade.
     A influência do líder está no poder de influenciar a opinião pública sobre um determinado tema.
     Os meios de comunicação estão envolvidos nesse processo de formar a opinião do público, sem que possa negar uma corrente ideológica preferida.
     Nos países chamados democráticos é assim e, no Brasil, não poderia deixar de ser dessa maneira.
     De qualquer maneira, acredita-se que as eleições possam resolver os problemas, não do país, mas do povo, que é o país.
     Para influenciar o eleitor todas as formas de manipulação de opinião pública são usadas, o que é normal.
     O eleitor é que precisa discernir e, de acordo com o seu pensamento votar.
     Temos que considerar que brasileiro é brasileiro e supermercado é supermercado.
     Há pouco estava conversando sobre shampoo e condicionador   e, na saída um senhor levou uma camiseta pelo fato de que estava com desconto.
     É o nosso jeito de ser.
     Pelo supermercado que fui hoje, sociologicamente digo que ninguém se preocupe, porque até o final do ano tudo se resolve, e com eleições, com quem sabe lidar com a opinião pública, com quem as pessoas acham que poderá vir a ser um bom líder.
     No que tange ao blog, no entanto, as falhas técnicas deverão ser resolvidas na semana que vem.
     Boa leitura a todos. 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Impactante

Impactante


Se algum coração
Perdeu seu instinto,
Foi algum requeijão,


N'alguma intenção
Torta num recinto
Onde essa questão,


DJ e promoção;

,
Em local distinto...



terça-feira, 1 de maio de 2018

Despreocupadamente

Despreocupadamente


A inspiração 
É árvore à frente
Meio indiferente,
À percepção,

Numa menção
Ao que é da gente,
Que era contente,
E hoje é intenção;

Mudou a flexão
Verbal presente
E veio ao que é ausente,
N'outra  dicção.