Rio de Janeiro

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http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

terça-feira, 31 de julho de 2018

O Presente

O presente
    
     A sugestão veio de uma possível máquina do tempo.
     _Coloque a vestimenta e entre na máquina do tempo. O preço é razoável.
     Quando todos disseram preferir o Presente, a moça foi tomar um café.
    _Ninguém quer testar a máquina? Nem ir ao futuro.
     Os jovens se divertiam e, os mais velhos não querem saber do futuro.
     Todos ficaram no ano de agora, 2018, com todas as suas imperfeições.
     _Mas, por que vocês não querem visitar outras épocas?
     Um disse porque tinha uma consciência nítida das coisas à sua volta.
     Outro disse que era porque teria que voltar ao presente.
     Ainda outro disse que era muito jovem para parar de se divertir e saber do futuro.
     Ainda houve quem dissesse que o presente era a continuação do passado sob nova ótica.
     Importa um esse dia de presente na lembrança de todos.  

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Desenvolvimento

Desenvolvimento


Quando Deus se resolve
A respeito de ti,
O momento te envolve
E parece gibi,

A verdade que se ouve,
Leia em tupi-guarani,
Conforme Dele aprouve
Ao querer para ti

O que te desenvolve.
É o saber bem-te-vi,
 Um saber que se louve
Que parece organdi.

domingo, 29 de julho de 2018

O Pescador

O Pescador


O pescador
Esquece a dor
E vai p'ro mar,
Vai-se a pescar.

É um sonhador
Com remador,
Sabe o luar
De se pescar.

Caminhador,
Acolhe a dor
Nesse remar;
Conhece o mar.

sábado, 28 de julho de 2018

Conselho Antigo

Conselho Antigo


Era o preciso
Digo não digo
Que era indeciso
Um desabrigo.

Terreno liso,
Sempre perigo
De desaviso;
Luz que desligo

Vindo o granizo.
Conselho antigo
Vem com sorriso,
E assim o sigo.




sexta-feira, 27 de julho de 2018

Fazer o Bem Sem Olhar a Quem


Fazer o Bem Sem Olhar a Quem


Se, atendi sem saber que o fazia;
Se, havia tanta tragédia num dia,
Não sabia, e porque o saber agora,
Se nenhum murmúrio se ouvia à hora.

Se, um livro trouxe a sabedoria,
Graças dou porque ninguém jazia,
E lhes digo porque é algo de fora,
Nada vi e nem ouvi, oh catapora.

Ingenuamente e feliz vivia,
Sem imaginar tal vilania,
No entanto era quase sem demora
Que ouvia essa boa ou má; essa sua história,

E chamava a mestra que era a guia.
Se agora assusta-me aquele dia,
É a inocência de quem não devora,
A bondade é mãe e não vai-se embora.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Era do Artificialismo / Crônica do Cotidiano

Era do Artificialismo / Crônica do Cotidiano

     Penso que a melhor denominação para esse séc.XXI é Era do Artificialismo, é a inteligência artificial comandando as relações interpessoais.
     Essa inteligência é útil para nos localizar, facilitar idas e vindas de e para qualquer lugar e dizer a que estamos nessa fase de vida para conhecidos e desconhecidos que pesquisam as atividades na internet.
     O problema é que essa artificialização das relações humanas nos robotiza e cria problemas, os quais são dignos de serem considerados.
     As relações interpessoais são, ou melhor, eram feitas com base nos momentos intelectuais e/ou emocionais dos indivíduos.
     Essa tal certa idade madura é testemunha disso.
     Há alguns anos as escolhas eram entre o que interessava ou não interessava, ou mesmo levava em conta as emoções nessas escolhas, pois não assistíamos nenhuma obra cultural se a achássemos aborrecida.
     De fato, muitas vezes não conhecemos as pessoas com as quais interagimos, o Google plus que o diga. Ficamos conhecidos por textos que não dizem contextos e, quando publicamos contextos, sentimos a privacidade intoleravelmente invadida.
     Por outro lado, se nada dizemos a nosso respeito, somos desconhecidos, mas por quem? Por quem quer que interajamos pela internet, e contemos de nós.
     As sintonias mentais vão continuar acontecendo, queira ou não queira a inteligência artificial, que chega a tal ponto de considerar um absurdo as tais sintonias mentais.
     É preciso dizer que, mesmo que a inteligência artificial seja útil em campo como o da ciência, ela pode ser devastadora nos campos das relações interpessoais.
     A inteligência artificial pode simplesmente travar a inteligência pessoal pelo cansaço de, a cada postagem, travar uma batalha contra os piratas da rede.
     As interferências por aqui são muito maiores do que na vida real, onde quando surge o cansaço, liga-se alguma música ou lê-se um livro ou se vai ao cinema pela televisão.
     Na vida real, sim, as escolhas tinham menos interferências antes da inteligência artificial. Hoje, quando um se desconecta da rede, outros dois ao lado estão colados com ela, mas mesmo assim fica uma "pseudo-inteligência humana" a menos na rede.
     A cada postagem se fortalece essa inteligência, que, pensando bem, é burra.
     Essa inteligência não tem as nossas falhas, ela conta com o que positivamente funciona e prevê até mesmo os resultados de cada postagem na sequência das publicações.
     Prevê e erra porque pode ser que haja um imprevisto e a luz seja interrompida por alguns minutos na sua casa, você contata a companhia que fornece energia elétrica e a conversa sobre a falta de luz te impulsione para outro tipo de texto, o que é raro de acontecer, a inteligência artificial não erra.
     Sob o ponto de vista humano, a sintonia mental ocorre quando a situação é derivada de um ambiente virtual estressante e quando a vida real é feita pela inteligência artificial independente da vontade pessoal.
     Já a sintonia emocional ocorre quando meia dúzia de pessoas decide ao mesmo tempo usar de cortesia e gentileza para com os demais, de forma sincera.
     Sem ser pessimista, esse excesso de inteligência artificial com a qual o mundo se depara no dia a dia, pode ocasionar duas reações prováveis: a primeira consequência será a robotização do ser humano, que daqui a alguns anos será denominado pela ciência como: 'Homo sapiens robot" , e a segunda consequência será a descoberta interior desse ser humano que é humano, o que se revelará de forma espontânea em meio a qualquer circunstância, o que pode ser desastroso para o próprio ser humano.
     No momento, ninguém presta atenção a essa advertência, mas chegará o dia em que poderá haver um debate entre a inteligência artificial e a razão e a emoção, mas quem vence é a natureza.
     É a convivência real que proporciona esse tipo de texto, e isto é de suma importância.  
             

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Tempo Bom

Tempo Bom


O tempo exíguo
É tempo amigo,
Quando organiza
Sem deixar brisa

Num só contíguo.
Nenhum artigo
Que desavisa
Numa pesquisa,

Que seja ambíguo,
Ou desabrigo,
Se concretiza;
Confraterniza.



terça-feira, 24 de julho de 2018

Lida

Lida


Abençoada com canção,
Compreensão que é agradecida
Às pontes em construção,
Cultura p'ra toda vida.

Um dia é de samba-canção,
De filosofia querida
   Porque surge de afeição
Sem ser melhor pretendida;

Musicada por violão,
Encantada e surpreendida
Que se traduz em união
Pela partitura lida.



sábado, 21 de julho de 2018

Fila-Painel-TV / Crônica do Cotidiano

Fila-Painel-TV / Crônica do Cotidiano

     Existem filas com painéis de televisão com mensagens da empresa e, algumas com algum canal de televisão aberto.
     Por qualquer acaso, estava em uma fila com mensagens da empresa onde se viam os serviços oferecidos pela empresa e meios de facilitar o dia a dia, mais algumas curiosidades do mundo em que vivemos.
     Dali a pouco uma rápida propaganda de um aplicativo me chamou a atenção, não pelo texto ou pelo aplicativo em si, mas porque depois de baixar o aplicativo, o personagem guarda um violino na caixa própria para violinos, fecha as venezianas, coloca os óculos, pega o celular e fica olhando o aplicativo indefinidamente.
     A mensagem final dizia que o aplicativo facilitaria a vida do usuário porque ele tinha o controle do aplicativo e o abriria na hora em que quisesse.
     Aquela propaganda me incomodou, porque é uma realidade terrível ser escravo de um aplicativo. Desliga-se a televisão, o rádio, não se executa nenhuma música, fecham-se as janelas para o cotidiano, as pessoas, a natureza, as dificuldades e a pessoa se fixa num aplicativo sem que ninguém mande; um interesse casual se transforma numa escravidão para que se saiba a última novidade de uma empresa porque dela depende ou dependerá a sua vida.
     Cheguei em casa e fui logo ao teclado, que anda de folga por estes dias. Verifiquei os fones de ouvido e, sinceramente, me senti motivada a tocar música.
     Gravador, cronômetro, metrônomo, análise comparativa, exercício de leitura, análise de público, uma atualização generalizada da situação.
     Mais de uma pessoa pergunta o que faço e eu digo que não adianta explicar, e não adianta mesmo, essa é a constatação.
     São poucas as pessoas que podem entender, mas existem, e isso é importante, porque eu também as posso compreender.
     Um dado interessante nessa história é que o aplicativo está em alta e todos os que baixam o aplicativo aguardam a todo momento uma nova linha escrita no mesmo.
     Outro dado interessante é que é aplicativo de empresa, não é uma rede social onde todos participam.
     Achei a chamada sensacional, porque alerta contra o aplicativo. Alerta para a escravidão que se pode obter por meio do aplicativo ou por meio de comentários outros sobre ele.
     Se eu não estivesse na fila, sentada, parada, aguardando a minha vez, eu não teria visto a chamada, que é um alerta.
     Eu não sei que consequências um aplicativo desses pode trazer ou impactar a vida de uma pessoa. Sei que no aplicativo não há discordância e, isso é acertado porque ninguém pode discutir uma empresa pelo aplicativo.
     Imagine acordar todos os dias e abrir um aplicativo com a mesma frase, e é a mesma frase porque se trata de empresa, e isso meses a fio.
     No entanto achei uma atitude corajosa colocar aquelas imagens e uni-las ao aplicativo, porque é uma propaganda inversa, que motiva a qualquer um fazer mais daquilo que gosta, sem precisar de lugar especial ou de gastos vultuosos para conseguir se expressar perante o mundo, basta fazer mais o que gosta.
     Mas depende de cada pessoa essa escolha, e por isso escrevi esse texto, para compartilhar a ideia. 
      
        
     

sexta-feira, 20 de julho de 2018

São Horas

São Horas


Quando se vê,
Já são nove horas,
E a noite lê
E soma as horas,

Dorme ao clichê
Dessas auroras
E se prevê
Que às sete são horas;

Sem mais porquê
E nem demoras,
Fica à mercê
Desses agoras.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Aroma de Alfazema

Aroma de Alfazema


Serão poemas
Os dilemas
Que dispensam,
Mas repensam

Os teoremas?
Alfazemas
Recompensam
O ar que pensam.



quarta-feira, 18 de julho de 2018

Bem Comportados

Bem Comportados


Poucos entendem,
E pouco importa;
Importa a quem
Tem a boa borda,

Gente de bem
Que à um copo dobra,
Como convém;
Café com torta

Divide quem
Não se incomoda
Em ser alguém
Que se comporta.


terça-feira, 17 de julho de 2018

Alma Musical

Alma Musical


Nada significativa
Se não for educativa,
Combinada e natural
Com a vida espiritual,

É a consciência cognitiva,
Digna de toda assertiva,
Quando ignora um berimbau
Sabendo-o algo musical

É a percepção a afirmativa,
Junto à alma que é subjetiva,
Sensação que é literal;
 Sente-se a alma musical.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Prata da Casa

Prata da Casa


Embaixo da casa
Tem um lençol d'água,
Desde sempre e vasa.
Põe pedra corta-água

E terra que embasa,
Que seja firme e árdua,
Porque água não vasa;
E esse chão tem mágoa.

Ali não se envasa,
Também não deságua,
E, ao leigo, extravasa;
 É a prata da casa.

domingo, 15 de julho de 2018

Nova Composição

Nova Composição


     Agora, sim. Com tempo,
                                                A diferenciação
É algum consentimento
Em não ser só razão,

Mas com esse argumento,
Personificação
De muito contratempo
Num rondó em variação.

Com o seu entendimento,
Permitida é a canção;
Novo é o encaminhamento
Nova é a composição.

sábado, 14 de julho de 2018

O Desequilíbrio da Natureza


O Desequilíbrio da Natureza

     A noite quis ser dia e começaram a acontecer coisas estranhas, tais como tirar dos rótulos dos cigarros os teores de alcatrão e nicotina.
     A reclamação é geral porque fere o direito do consumidor, embora todas a sadvertências anti-tabagismo sejam válidas.
     A noite está precisando de ajuda. Os cristãos são bons nessas ajudas, pois até mesmo a "ceia", que é chamada de comunhão pelos católicos, é feita com suco de uva e pão, e enquanto símbolo, pode ser feita por qualquer cristão quando partilha a palavra de Cristo, em lugar outro que não a igreja.
     Há necessidade de se diferenciar a noite do dia, o dia é para o sol o que a noite é para a lua.
     A noite pensa que pode ser dia, mas o sol cristão também pode ingressar na noite, se bem que até às dez horas da noite, porque o dia gosta de ser dia.
     Aliás, a crise de identidade é da noite, mas é preciso mostrar a ela que ela é noite e não dia.
     Ninguém que é do dia é contra a noite, desde que seja "de noite".
     Procuramos horários compatíveis e vamos mostrar para a noite porque é que ela é noite e tem que acontecer de noite.
     O dia e a noite têm funções próprias e diferenciadas e, mesmo na natureza, quando a noite invade o dia, é fenômeno próprio chamado eclipse.
     Para essa função cristã, os maiores de quarenta anos são bem vindos.
     Porque, de novo usando a natureza como exemplo, um eclipse solar acaba com o dia, mas um eclipse lunar não acaba com a noite.
     Nesse projeto pretende-se lidar com a noite "de noite" e mostrar a ela as funções fundamentais que exerce ao dia, como permitir o seu descanso para o dia seguinte.
     Por outro ponto de vista, se a noite existir para o dia como se fosse rival e não alternativo, ela irá se confundir com o dia e a noite será feita de trevas.
     Esse tanto faz que seja dia ou noite é o começo de um caos que o dia não quer.
     O que é que pode ser isso de dizer que suco de uva, vinho e cachaça são a mesma coisa?
     Essa é a bagunça que a noite pode trazer para o dia.
     A resposta é não, mas será feito de acordo com cronograma a ser estabelecido pelos estudiosos.
     O dia não é infantil e a noite não é "velhaca" em princípio, mas se participar do dia, o conceito muda.
     Estamos conversados, querido blog.
     
     
     

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Amizade

Amizade


É de outra natureza
Perceber-se humana,
Ou humano, sutileza
Tão moderna que irmana,

Extraindo uma agudeza
Além da lenda urbana,
Quando se diz rudeza,
    Se é feita à porcelana;

Numa delicadeza
De um dia e toda a semana.
A ausência da vileza
Alegra a alma e não engana.


quinta-feira, 12 de julho de 2018

O Problema das Meias / Crônica do Cotidiano


O Problema das Meias / Crônica do Cotidiano

     Começarei pela parte que me cabe, antes de raciocinar sobre a desclassificação na Copoa do Mundo, que, para espanto meu, o povo continua assistindo e torcendo.
     Certa vez fui a uma palestra literária com meias 3/4 de nylon novas para acompanhar os sapatos que queria usar. As meias curtas, sob a vestimenta clássica de calças e blusa não mostrariam as meias.
     As meias, ao serem compradas eram de um nylon macio, embora bem tenha observado que estavam sendo vendidas em dúzia. O preço era irrisório e eu comprei .
     Começa a palestra e eu estava na fila do gargarejo, ou seja, a primeira fila.
     Entrevistador e entrevistado começam a palestra e, dez minutos depois do começo, o elástico frouxo das meias estavam sobre o peito dos pés e aparecendo o acabamento, algo realmente ridículo para uma fila de gargarejo.
     Com jeito, ergui as meias para as "batatas das pernas" sem me constranger.
     Passados mais dez minutos e, as meias vieram abaixo novamente. Ergui novamente e, digo que por hora e meia, fiquei deveras constrangida. Não prestei atenção à palestra e não consegui deixar as meias nos lugares corretos, ou seja, as batatas das pernas.
     Hoje, comentando sobre futebol com uma senhora cujo marido ficou muito nervoso com a partida de futebol, eu disse que esperava o resultado perdido.
     _Como é que a senhora espera a derrota enquanto todo mundo torcia, indagava contrariada.
     A resposta foi certeira. Perguntei a ela se ela observou o jogador sair de campo para arrumar as meias e ela disse que sim e que nem parecia o mesmo jogador de futebol para o qual toda a família era admiradora.
     Contei a minha história com as meias e, que percebia agora que o melhor mesmo era ter saído da palestra e ter vindo embora, com gerúndio ou sem gerúndio.
     Até que a expressão dela nessa hora foi engraçada.
     Disse que o jogador deveria ser retirado de campo por dez minutos para se ajeitar com as meias ou trocá-las, se fosse o caso. Perdeu toda a concentração em consequência das meias naquela saída para fora de campo e que sentiu um provável desconforto pela arrumação rápida, que ninguém sabe até agora se ficou boa.
     Parece tolice, mas tira o foco da atenção.
     Agora, essa de descobrir que o povo está ptonto para assistir o jogo Croácia X França é que surpreende porque mostra que o espírito esportivo está em boa forma.
     O espírito esportivo é uma boa notícia, depois daquelas meias.
         

quarta-feira, 11 de julho de 2018

A Repercussão


A Repercussão

     É gratificante ter um texto lido e comentado pessoalmente, assim como é gratificante contar o que nos motiva àquele texto.
     A parte do texto de ontem que refere-se ao lado da alma, completamente realizado em boas ações e pensamentos compartilhados com quem interessava compartilhar.
     A parte do texto que referia-se às perguntas e perguntadores obtiveram respostas inusitadas, diferentes do que se poderia prever.
     Observem este raciocínio:
     "É uma mentira que se pretende comprovar. Sabemos que é mentira por mtivos óbvios, estávamos lá. O problema é que esta mentira, se acreditada pressupõe risco. Como é que esta mentira pode vir a ser acreditada é que interessa. É, portanto, o cuidado em que uma mentira não venha a ser tida como verdade, o melhor cuidado que se pode ter."
     Um raciocínio interessantíssimo porque se referia a uma outra pergunta, que não o motivo do texto.
     Observem este outro raciocínio:
     "A resposta correta é que quando você recebe um presente de pessoa estimada e, por motivo alheio à sua vontade, você despreza este presente tão bem vindo e tão bem quisto, você passa a sentir um conflito ou uma culpa que não é sua. Em sendo assim, você começa a se sabotar. Essa auto-sabotagem faz com que você crie para si o ambiente da pessoa estimada que te deu o presente."
     Um terceiro raciocínio, vindo de um diálogo sutil, é também interessante, veio de um café:
     "Estamos ao vosso lado e não somos maus. Por que nos temeria se não somos maus, não há motivos para esta aflição. Havia terminado o meu café e perguntei à moça se levava a xícara até o balcão ou, se ela retiraria a xícara após a minha saída e ela, gentilmente, disse que retiraria a xícara. Dirigi-me ao caixa para pagar o café e, os dois homens estrangeiros sentaram-śe ao lado da minha xícara de café vazia e olharam para ver qual seria a minha reação. Fui à mesa e retirei a minha xícara e a deixei com a moça do balcão. Eles se entreolharam como se dissessem_ Não, ela não nos odeia. Eu gostaria muitíssimo de dizer o meu refrão preferido "não é isso", mas fiquei séria, paguei o café e saí."
     Quanto a esse diálogo sutil e formal, posso acrescentar que a parte espiritual do que tange à alma está resolvido da melhor maneira possível, conforme foi escrito ontem e não deixa dúvida ou espaço para novos questionamentos.
     De qualquer maneira, sinto-me realizada com os meus leitores.
     À todos vocês que interferiram no dia de hoje com respostas e, até mesmo, querendo compor novas questões, eu só posso dizer: VALEU!  

terça-feira, 10 de julho de 2018

A Pergunta

A Pergunta

     Uma pergunta com resposta possível diversa e em várias nuances suscita a curiosidade dos demais.
     O que se pergunta é sobre quem pergunta, por que pergunta e, mais se sabe a resposta ou não sabe a resposta.
     Porque saber uma resposta possível e diversa em várias nuances implica em ser partícipe da fotografia ou estar presente no momento da fotografia.
     No entanto, não saber uma resposta é jogar com alguma verdade. Alcançar algum objetivo sem saber a resposta indica um outro objetivo, tirar o foco da atividade atual do fotografado.
     Mesmo sem se saber quem pergunta ou questiona, relaciona-se uma pergunta com um espaço de tempo próprio, porque outras perguntas atuais chegam comumente ao cotidiano de cada pessoa.
     Chega-se à conclusão de que mais ou menos, o perguntador (a) está inserido num contexto de um número "x" de pessoas.
     Dentre esse número "x" de pessoas, o melhor é não se apontar ninguém, espere outra pergunta e mais outra, até que se torne visível aos olhos de mais de uma pessoa.
     Toda resposta é luz, mas a pergunta conta do perguntador.
     Para se fazer uma pergunta é preciso que se necessite de uma resposta, e essa necessidade de buscar uma resposta vem de que época além da perguntada, sim porque o perguntador pode ter se frustrado em alguma vontade antes de perguntar e não exatamente naquilo a que se refere uma pergunta.
     De qualquer maneira uma pergunta feita por meio de eco sonoro, não ecológico, é feita por alguém que escolhe a sombra da luz para ser sonoro, tendo em vista que o som pode ser afinado ou desafinado, bom ou mal. 
     Porque a luz se conhece através das conversas profícuas e a música através da afinação adequada.
     Pode-se exemplificar uma conversa profícua? Sim.
     Era uma vez um homem que, através de um tema televisivo, fez um sermão a respeito do tema olhando para o outro homem.
     Passados vinte anos, quando o homem que fez o sermão, visualizou a possibilidade de que aquela oratória sincera e cheia de espiritualidade, resultasse em resultado diverso do pretendido, posicionou-se a fim de que, se os conselhos proferidos naquele tempo, não tivessem surgido o efeito naquela alma, o bem seria mantido pela espiritualidade dele, harmonizante pela luz que vislumbrara há vinte anos passados.
     Como esse diálogo pertence a outra corrente de pensamento que não a cristã, me abstenho de detalhar. Entretanto, percebi a luz daquela época se refletir no século XXI, e posso dizer que aquele homem com qualidades e defeitos, viveu sob a luz da sua espiritualidade e não admitiu a sombra, mesmo consciente das imperfeições inerentes ao ser humano. Dizia que ninguém era perfeito e que ele também não era, mas que buscava viver sob a luz.
     Sob esse ponto de vista, nós, cristãos, somos iguais quando buscamos a luz e procuramos manter a luz em nossa volta.
     Para terminar, que sejamos candieiros.  
      

segunda-feira, 9 de julho de 2018

O Inexprimível

O Inexprimível


Não precisava estar,
Bastava descansar,
Mas buscava o invisível
E ignorou o previsível,

Quis comprar o luar
Querendo a si ignorar,
Numa razão impossível;
Só se compra o terrível.

Um vampiro a espreitar
Veio ali para a encontrar
E ela o achou seduzível
E ele a achou deduzível,

E se pode contar
Sem um clichê vulgar,
É que o ser desprezível
Transformou-a em dor visível.

Observando o magoar,
Alguns foram avisar,
Mas parecia inaudível
À essa reflexão crível.

Coincidência do azar,
Ela dizia a zombar.
O que era inconcebível
 Era a dor extinguível

Que parecia aceitar
A se sacrificar
Sem motivo plausível;
Algo do inexprimível.



domingo, 8 de julho de 2018

Ramo de Alecrim

Ramo de Alecrim


Um ramo de alecrim
Estava sobre o prato
Dizendo que era assim:
Enfeite e sabor gaiato

Que criava um folhetim;
Esse tema inexato
De conversa em jardim
Onde se é caricato,

Onde anão é querubim
De gesso, comportado,
De sorriso mirim,
Num pensamento abstrato.



sábado, 7 de julho de 2018

Remedo

Remedo


A noite,
Se há medo,
É açoite
De gelo,

Pernoite
Em credo;
Meia é a noite
Do enredo

Que foi-se
Com medo
Da foice;
Remedo.


sexta-feira, 6 de julho de 2018

Atavios

Atavios


Os desafios
São as dissonâncias,
As inconstâncias;
Sons de desvios

Aos luzidios
Tons das constâncias
Das consonâncias
Em seus feitios.

Sem extravios
Ou exuberâncias,
São extravagâncias
Dos atavios.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

terça-feira, 3 de julho de 2018

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Bom Momento

Bom Momento


Se a pessoa tem escolha,
Que ela possa ser boa;
Rápido é o tempo e passa
E pode ser com graça.

É essa dourada folha
Que cai sobre a lagoa
Ornamento de praça
E enfeite da vidraça

Pela qual sobrevoa,
Sem que alguma se encolha
À beleza que enlaça
Esse tempo de graça.

domingo, 1 de julho de 2018

Barba Ruiva de Supermercado / Crônica de Supermercado

Barba Ruiva de Supermercado / Crônica de Supermercado

     Fazia algum tempo que nada de pitoresco acontecia dentro ao supermercado.
     Adiantei as compras para assistir televisão amanhã.
     Os pães fazem parte da lista de compras.
     Próximo à fila do pão havia um homem, que pela aparência, parecia ter uns quarenta anos de idade. Não era alto e tinha cabelos não muito curtos, imaginem aquele cabelo que precisa de um jeito, mais ou menos assim e usava barba média, era loiro, mas um loiro forte, quase ruivo.
     Ele conversava com um conhecido e ouvi algo, enquanto me dirigia à fila do pão, sobre que entre ficar rico e levar uma vida sossegada, ele preferia levar uma vida sossegada.
     No entanto quando eu passei perto deles, ele disse bruscamente:
     _Eu quero comprar uma vaca. A chácara eu penso depois.
     Passei e fui à fila do pão.
     Ir ao supermercado num domingo como esse é um tanto diferente, pois havia fila e clientes e resolvi seguir a lista de compras e ir ao caixa, que tinha uma fila de dez pessoas, mas a fila andava rapidamente.
     Coloquei as compras sobre a esteira do caixa e esperava o troco, quando vi o Barba Ruiva em frente aos caixas olhando as minhas compras.
     Eu olhei para ele séria e ele me olhou sério.
     Que bom que o caixa precisava fazer uma pergunta sobre o regulamento do supermercado e como é que ele faria para tomar água e comer alguma coisa.
     O Barba ruiva foi embora junto com o conhecido dele.
     Logo em seguida eu vim embora, mas com tantas perguntas e indagações à respeito daquele sujeito, que resolvi ler e me distrair.
     No entanto, ainda me pergunto como é que se diz uma coisa dessas a uma senhora. E depois confirma que não era coincidência?!
     Ninguém espera esses acontecimentos.