Um Brilho

Um Brilho

Falta o lazer,

Sobra a ideia fixa

E unhas em lixa,

Muito a fazer

Ao invés de ser

Menos prolixa

Nessa preguiça

Ao anoitecer,

E se escrever

À cola fixa

Com unha em lixa;

Resplandecer.

Conformada à Rotina

Conformada à Rotina

Conformada

O inverno se aproxima

E é sentido na geada

 Gelada e distanciada,

Movida à vitamina,

Um cuidado que anima

A cor alaranjada

E a noite aconselhada

Que se transforma em rima,

E a semana termina

E começa arrumada

Como determinada;

Recomeça a rotina. 

Bom Consigo Mesmo

Bom Consigo Mesmo

Não pise na grama

Nem ande na lama,

Espere o melhor

E seja o que for,

Durma em sua cama

Arrumada e plana;

Não pense no horror

Que é temer a dor,

Pense um monograma,

Renova a semana

Num aquecedor,

Faça a si um favor.

Tudo Diferente

Tudo Diferente

Tudo está diferente,

Tempo da introspecção

Atípica e silente

Numa desinfecção

Precisa e descontente

Porque é uma condição

Estar sobrevivente;

Necessária é a razão

Mesmo quando não mente

A afetiva em ação,

Efetiva semente

Do amanhã e da canção.

O Caminho é Por Aqui / Reflexão

O Caminho é por aqui / Reflexão 

     Observo as mudanças feitas na interface do Google blog, e já começo a sentir dificuldades, embora saiba que há um aprimoramento na página de postagem.

     Por enquanto vou postar pela interface antiga, pois já me habituei com o jeito, enquanto aprendo o novo jeito, ou seja, todas as frases com um traço no meio, algo de que não gostei e nem das linhas de caderno escolar. Estou aprendendo a mexer com esse novo jeito de escrever algo no blog.

     De repente me deu saudades de Nara, da revolta da Nara que eu não entendi.

     Nara sabia aos dezessete o que eu sei agora.

     Graças a Deus, eu sei aos quase sessenta o que Nara sabia aos dezessete.

     Era uma festa de aniversário, onde nos encontramos.

     Eu não a via há alguns anos. Era amiga de poucas palavras, mas amiga. 

     Nara levou um bolo de presente ao aniversariante.

     Nara chocou a todos. Em cima do bolo, um absorvente higiênico com xarope de groselha.

     Ela colocou o bolo em cima da mesa onde estavam os docinhos e os salgados feitos com capricho pela mãe do aniversariante.

     Eu era jovem e chamei a Nara para conversar:

     _Nara, o que é isso. Os garotos estão rindo e você está maluca! Nara, por favor, eu católica e você evangélica, boa aluna, séria, de poucas palavras e disciplinada. O que é isso?

     Nara respondeu:

     _Isso é o que me ensinam todos os dias. É sobre isso é o que as garotas e os garotos pensam o tempo todo! O mundo se resume a isso!

     Discutimos, me magoei com ela, e vim embora da festa.

     Não, Nara. Você não conheceu Mara, a outra moça evangélica com a qual estudava a Bíblia antes de entrar na sala de aula.

     A verdade não era a verdade de Nara, Deus existe.

     Por vezes, a tragédia humana é tanta, que eu lembro de Nara e o bolo da festa do menino.

     Nara tinha os motivos dela, mas não percebeu que ninguém a compreenderia.

     Eu também não a compreendi. Logicamente que fui aconselhada a não conversar mais com Nara e não conversei.

     Agora eu entendo a revolta de Nara e nem sei se Nara está por aí. 

     Sei que os fatos não mudaram, mas que eu mudei e por fim, aconselhada pelo meu avô, muito que indiretamente, mas muito.

     Mas, se escrevo é porque há algo que eu gostaria de dizer.

     Nara, acredita em Deus. Pelo menos não deixa ele morrer no seu pensamento.

     Acharam amargo? Vocês não viram o bolo. 

       

Máscara

Máscara

Quando não se sabe,

Resta acreditar,

Fazer como cabe,

Mas sem descansar;

É um tal de fecha e abre

E se respirar

E o medo que acabe

Ao se transpirar

Porque o ar é esse sabre

Invisível no ar,

E que não desabe

A máscara!Ufa, ar.

O Problema Dele é o Problema da Humanidade / Crônica de Supermercado

O Problema Dele é o Problema da Humanidade / Crônica de Supermercado

     Aquele menino de dezessete anos disse com sinceridade, humildade, e verdade o porblema que a todos incomoda.

     Ele dirigiu-se ao colega, e disse:

     _Não adianta, algo está errado. Eu me sinto empurrado para fazer as coisas e a semana está começando.

     O outro perguntou se ele estava se sentindo bem e foi por este motivo que fiquei atenta.

     _Estou bem, de saúde, comigo, está tudo bem.

     O outro menino perguntou se ele gostava de trabalhar no supermercado.

     _Eu gosto de trabalhar aqui. É bom mesmo, a gente aprende muito e pra toda a vida.

     O outro perguntou o que estava errado.

     _Hoje eu acordei e disse para a minha mãe que preferia ficar dormindo, mas era uma coisa que eu não sei dizer o que era. Eu sinto falta de jogar bola, de ficar conversando bobagem aos finais de semana.

     Bom, isso é normal, mas com o tempo você se acostuma.

     _Com o tempo eu me acostumo a não sair de casa com medo de voltar e deixar a minha mãe doente porque eu fui jogar bola? Eu gosto da minha mãe e gosto de comprar alguma coisa para a casa quando eu recebo. Gosto de comprar alguma coisa para mim também, mas eu não tenho o que comprar porque eu não saio, não compro lanche, nada. Esse mês passou e eu comprei coisas para a minha mãe fazer para mim. É ruim, sabe. Eu me sinto desanimado com isso, embora consciente de que é necessário.

     O outro, para animar o garoto, perguntou se ele não tinha planos para o futuro.

     _Saiba você, que do jeito que as coisas estão, eu me sinto um velho e quero arrumar um emprego para cada um dos meus colegas de futebol, mas em qualquer supermercado, não aqui. Eu quero que eles passem o dia melhor, porque nós passamos o final de semana nos queixando das dificuldades e isso me deixou cansado para hoje.

     O outro perguntou se os colegas de futebol estavam precisando de emprego.

     _Nem todos. Os mais novos não vão conseguir emprego porque não tem idade, mas passar o final olhando para uma bola parada é algo ruim. A gente fica mal.

     É verdade, a humanidade tem que se sentir com mais de sessenta anos na hora do lazer e isso é ruim.   

Pipas e Papagaios

Pipas e Papagaios

Agora, nesse entretanto,

Muito já se caminhou,

E viu-se tanto quebranto,

Que não há quem não se curvou

Ao perceber esse pranto

De um mundo que se acabou,

E que anda vivo de espanto

Para ver o que restou;

Esperança de um recanto

Onde um balanço ressoou

Sete léguas de um encanto

Porque a criança o balançou.

Alexia / Miniconto

Alexia / Miniconto

     Alexia é uma agente secreta dos filmes que ainda não foram feitos.

     Ela ainda não conseguiu o destaque do James Bond e nem do Maxuell Smart.

     Em busca do sucesso, decide descobrir a origem do coronavírus.

     Conhece Xing Ling, um homem que é bom vendedor, pois ela tem um defeito de estilo e gosta de quinquilharias baratas.

     Alexia vai à loja de produtos baratos e se encontra com Xing Ling.

     _Olá, senhor Xing Ling. Com essa máscara que usamos ambos, o senhor permite que eu lhe faça uma pergunta?

     _Freguês deve perguntar para não comprar e depois se arrepender.

     Alexia, perspicaz, pergunta:

     _O senhor me desculpe perguntar, mas o sr. acha que o coronavírus foi fabricado na China?

     _Ah, só se foi encomendado, senão, não.

     Alexia, se entusiasma e pergunta:

     _Encomendado? Por quem?

     _Por qualquer um que tenha dinheiro suficiente para encomendar um vírus, esse produto é muito caro, tem que ter muito dinheiro.

     Alexia se torna maliciosa:

     _Não seria algo feito por um governo, sr. Xing Ling?

     _Ou uma empresa holding, dona Alexia.

     Alexia acha que o sr. Xing Ling usou da mesma malícia que ela na resposta.

     _Por que uma empresa holding faria uma coisa dessas, sr. Xing Ling?

     _Porque a minha experiência diz que tudo se vende aqui na loja. O coronavírus vende ideias, vende produtos de limpeza, vende serviços de desinfecção, vende muita coisa. Eu não sei quem lucra, mas sem lucro não há negócio. Se alguém fabricou esse coronavírus, está mais rico do que antes.

     Alexia provoca o sr. Xing Ling:

     _De que adianta o lucro se não há vida?

     O sr. Xing Ling sorri.

     _Se alguém fabricou o vírus é porque sabe a cura, ou pensa que sabe, mas se o possível fabricante do vírus for virulento, ele não deixa a cura do vírus ser fácil, porque o fabricante também quer dinheiro, e a essa altura deve estar bem longe dos produtos mais vendidos para combater a pandemia, mas algum lucro ele conseguiu.

      _Sr. Xing Ling, o senhor pensa que o mundo gita em torno de dinheiro, mas e o sofrimento das pessoas com esse número altíssimo de mortes, como é que o senhor vê essa questão?

     O sr. Xing Ling fica sério:

     _Essa é uma questão ecológica. Não é para quem tem loja de produtos bons e baratos. Eu não me atrevo a dizer do que não sei. Eu cuido do meu lixo e colaboro com a cidade limpa.

     Alexia retorna a questão:

     _Sr. Xing Ling, um governo não lucraria com o vírus, acho que poderia pensar em dominar o mundo todo.

     O sr. Xing Ling meneou a cabeça negativamente:

     _ Dona Alexia, a senhora acha que governante não pensa em lucro, mas todo governante pensa que um dia pode não ser governante, e para isso quer dinheiro. Governo não financia a criação de um vírus a menos que tenha uma empresa holding patrocinando essa criação.

     Alexia ficou sem perguntas para fazer e desabafou:

     _Eu queria descobrir de onde veio o vírus, mas pelo visto não conseguirei.

     O sr. Xing Ling a confortou:

     _Eu sei que não posso descobrir. Eu sou lojista. Eu não sou da área das ciências. Como é que eu vou descobrir? Mas eu vendo máscara e garanto que é de boa qualidade, fabricada aqui mesmo e bem barata. A senhora continua usando máscara e eu também. Nós somos os chamados pequenos, e o vírus é coisa de grandes.

     Alexia, incapaz de ser cinematográfica, se despede do Sr. Xing Ling:

     _E os outros sr. Xing Ling? E os outros?

     _Os outros entram para as estatísticas infelizmente ou felizmente, dependendo do veículo com o qual saem dos hospitais.

     O sr. Xing Ling, ao ver a cliente estar se dirigindo para a porta cabisbaixa, a chama:

     _Eu não gosto de ver cliente saindo triste da minha loja. Pegue no pote uma gelatina embalada de fábrica e sem vírus, e volte sempre.

      _Voltarei sr. Xing Ling, eu gosto de vir aqui.

      _Pelo menos conversa eu tenho.

     Era verdade, o tempo havia passado e ela ainda tinha o que fazer, comprar desinfetantes.

     Assim acabou a apagada história da Alexia.

     

Objetivo Único

Objetivo Único

Acertado

É o cuidado

Reflexivo,

Com motivo

Destravado,

Estudado,

Compreensivo

E objetivo,

Compassado;

Passo dado,

Instrutivo,

Mas cativo.

.

Água Rasa

Água Rasa

Decorar essa casa,

Desgastando um tapete,

Rearranjar o topete,

Comer sardinha em lata,

Mas seguindo a fragata,

Respeitando a joanete

Que a calçada repete

Desinfetada e a abrasa,

Posto que a tudo atrasa

Quando se é marionete

Desse dia sem confete

Remando em água rasa. 

Lazer

Lazer

Não é passeio

Um receio,

Só por ter

E não ser

Um recreio,

Meneio

De um não ver;

Distorcer.

Um passeio

Sem receio,

Vem a ser

Um lazer. 

A Seca

A seca

Tentativa e erro

E desespero

Não podem ser,

 Mas nasce o esmero,

Brota o tempero;

Vai-se colher.

Sem exagero,

Há de chover.

Aprendizado

Aprendizado

Todo momento

É necessário

E esse momento

É corolário,

Veio com o vento

Um dromedário,

Algo ao destempo

De um calendário;

Desdobramento

Não literário

De um crescimento

Involuntário.

Janeleira

Janeleira

Meio eu, meio ela,

Amarela

De temor;

Meio rubéola

Cinderela

Por favor,

À janela,

Um louvor

Em Casa

Em Casa

Está frio,

Mas em casa,

É arredio

Mesmo o frio,

Tábua rasa

De fastio;

Morna brasa

Presencio.

Solução

Há de aparecer uma solução para esses tempos difíceis.

Em Tempos Caseiros, Algumas Reflexões Sobre Ensinamentos

Em Tempos Caseiros, Algumas Reflexões Sobre Ensinamentos

     Estamos num tempo bom para apreciarmos algumas atividades, tais como rever o guarda-roupa e verificar algumas roupas deixadas de lado pela necessidade de pequenos reparos e outras que podem ser valorizadas.

     Para quem tem algum dinheiro, comprar uma máquina de costura é uma ótima ideia. Para quem usa óculos, nem sempre.

     Esse é o tempo da gente se achar dentro de casa, os nossos interesses verdadeiros e aqueles que são uma necessidade.

     É tempo de pensar nos valores espirituais agregados à cultura individual.

     No meu caso específico, eu agreguei uma Bíblia inteira e mais alguns livros.

     Alguns filmes agregam valores também.

     Talvez seja uma utopia, mas alguns filmes fazem verdadeiras diferenças positivas na vida das pessoas.

     Infelizmente não guardei na memória todos os títulos de filmes que assisti, mas repito que filmes com bichos peçonhentos, eu me neguei a assistir. Filmes devem acrescentar algo a ser pensado, mesmo que sejam do gênero leve, pois, às vezes, com um enredo leve, podem dizer coisas boas. Não sou eu quem programa a sessão de cinema na televisão, e como não foram concorrentes a prêmios, dificilmente terei notícias deles para compartilhar.

     Sobre música, eu prefiro não dizer, porque a impressão que fica, é a de um musicista, que me perguntou se eu não sentia o instrumento musical como parte de mim mesma, mas disse que um dia seria assim. Com ele, era assim.

     Estamos em hora de reflexões, mas não refletir sobre o cotidiano, mas nos valores espirituais que vamos adquirindo ao longo da existência.

     O que mais se precisa nesse momento de pandemia é de um pensamento positivo, esperançoso, que possa ser agregado ao lado bom das pessoas, porque ficar em casa dia após dia não é uma tarefa fácil para um animal social e interativo chamado humano.

     Eu sinto falta dos cafezinhos e broinhas das panificadoras. Uma hora a normalidade volta,

     Precisamos de estímulos externos que nos deem bom ânimo. Filmes na televisão, livros e música são uma boa ideia.

     Precisamos manter a disposição física, e, sinto muito dizer, mas faxinar a casa, é melhor do que cansar e não descansar, ficar esperando uma notícia boa, onde se possa sair normalmente. Ocupar esse tempo de máscaras, dentro de casa e sem máscara, é melhor do que fazer exercícios ao ar livre com máscara, opinião minha.

     Bom fim de semana para todos!    

Por Misericórdia / Crônica do Cotidiano

Por Misericórdia / Crônica do Cotidiano

     Acompanho o noticiário diariamente. Causa coronavírus.

     Cabe contar da Bíblia: Jesus foi tentado para o pecado e respondeu: Não tentarás o Senhor teu Deus.

     Cada vez que coloco a máscara para ir ao supermercado, penso nisso. Em seguida, casa. A máscara não é algo a que estejamos acostumados, mas é necessária e ponto.

     Voltemos ao cotidiano.

     Quando eu me converti, ensinaram que o pensamento não peca, mas as palavras impetuosas devem ficar no pensamento e, ao serem proferidas, a seguinte palavra deverá ser proferida:

     _Misericórdia!

     Sinto que preciso contar desse ensinamento, porque rimos da tragédia.

     A repórter mostrava um roubo e, quando ela viu a agressão, ela disse no ar e para milhares de espectadores:

     _"Que p... covarde."

     Por misericórdia, deixe a linguagem coloquial para os bastidores.

     Aliás, o jornal que eu nem entendi muito bem, além de ver os tubarões em Angras dos Reis-RJ e as aves marinhas pescando, como entremeio das notícias, mas o canal de notícias é bom.

     Penso que me desconcentrei das notícias.

     Queria escrever sobre isso.

     Escrevi.

      

Pela Fé

Pela Fé

Há que seguir

A caminhada

E ter esse ir,

E porque vir

Como é aliviada

Ao prosseguir,

Porque insistir

É a crença dada.

Possível

Possível

Possível

É o crível

Ao ser

Sensível,

Falível,

Sem ver

O incrível

Fazer.

Pela Esperança

Pela Esperança

À imagem e semelhança

Somente por esperança,

E o ser humano foi feito

Nessa igualdade, perfeito

Nessa melhor temperança

De alma, porque tem confiança

Que um dia existirá o dia feito,

E é impossível o defeito

Do desalento que cansa

Ao tempo, quando não amansa

O vento e o vê insatisfeito,

E respira o ar rarefeito. 

Idealização

Idealização

Hoje como naquele tempo,

O silêncio é ensurdecedor,

E sem pressa, caminha lento

Ao pensar num dia prosador

Por supor possível ao tempo,

Mas o tempo conhecedor

De um quinhão desse pensamento,

Não deixa pensar, lavrador

Próximo ao desconhecimento

Que o futuro é idealizador,

E pensa de si o arejamento,

Varanda morna em seu frescor.   

Deus e Ciência / Comentário

Deus e Ciência / Comentário

     Não existe contrassenso entre Deus e ciência porque a partir do momento em que Deus criou todas as coisas, ele criou a ciência.

     Penso, entretanto, que há dissenso de conhecimento, pois os cientistas conhecem tanto de teologia quanto os teólogos de ciência, ou seja, muito pouco.

     O assunto desse ano é o coronavírus, nem adianta tentar mudar, embora as atividades obrigatórias sejam outras, com cuidados e autodisciplina.

     Li hoje que o físico Stephen Hawing pediu desculpas por antever a possibilidade de um vírus de tal porte nos livros que escreveu.

     Stephen é físico e precisou que a humanidade contasse com essa possibilidade, mas a humanidade não contou com essa possibilidade.

     Orwell previu o controle da informática sobre a humanidade e o desenvolvimento tecnológico conseguiu entender o pensamento dele, e pretende continuamente proteger o cidadão de tal controle.

     Acredito que o físico tenha percebido o ambiente para tal manifestação viral melhor do que Hitchcock com os pássaros.

     O que se observa nos últimos anos é uma guerra surdo-muda entre as evoluções científicas e aqueles que condenam o aquecimento global e as suas consequências danosas ao meio ambiente.

     Algumas vezes, eu disse que era a favor do desenvolvimento sustentável, mas talvez não soubesse expressar esse ponto de vista que significava mais do que a reciclagem de maneira geral, mas pouco disse porque esse assunto é intoxicante na sua forma industrial e ambiental, além do que houve excesso de guerra e ninguém procurou um mínimo ponto de vista comum.

     Onde é que Deus entra nisso? Ele deu livre arbítrio para se pensar e fazer tudo aquilo que não é condenável segundo o que está escrito.

     Pelo que está escrito, não se pode dizer que os doentes são os responsáveis por ficarem doentes. As pessoas usam máscaras, cuidam para não conversar e mantém uma distância mínima umas das outras.

     Por outro lado, a medicina é relativa, e idosos que levam a vida em extremo sedentarismo, sem motivo de saúde que as obrigue a isso, estão correndo outros riscos de saúde, e não as culpem, porque doenças acontecem pela própria natureza do ser humano, falível e mortal. Um pouco de naturalismo é necessário ao texto.

     Sob esse ponto de vista, houveram os meios necessários para que esse coronavírus existisse e se manifestasse como doença ao ser humano, seja de forma natural ou de forma modificada geneticamente. Hawking percebeu isso, mas percebeu porque tinha conhecimentos sobre a física e do meio- modus vivendi- da geração dele.

     Deus pede que as pessoas se amem. 

     Agora sim, o assunto é Deus, pois conforme disse o apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4, 8.

     

      

     

      

Tempo Doido

Tempo Doido

Tempo certo,

Tempo errado,

Fique esperto,

Mas ao lado,

Pois o certo

É contado.

Desacerto

É que é errado,

Mas desperto,

Acordado

Pelo incerto;

Revirado.

Ano Inteiro

Ano Inteiro

Mesmo sem plano,

Esse roteiro

É para o dia inteiro,

Se não me engano

Não há mal nem dano

Em ser mateiro

E não matreiro,

Mas cartesiano;

Vórtice de ano,

Passa ligeiro

O dia a dia inteiro

E vê-se um ano. 

Enquanto Amendoins Torrados / Crônica do Cotidiano

Enquanto Amendoins Torrados / Crônica do Cotidiano

     Enquanto como amendoins torrados, vou pensando no tempo.

     O futuro, por enquanto é virtual, e com o frio que chega os amendoins são boas companhias.

     Hoje não sabemos exatamente a que época de desenvolvimento nos encontraremos quando a crise coronavírus passar.

     Assisto um pouco de televisão todos os dias, mas algumas entrevistas são interessantes. Alguns empresários, na CNN Internacional, dizem que o mês de fevereiro de 2020 não passará de um passado distante, porque o nível de desenvolvimento em que o mundo estava naquele mês demorará alguns anos para ser realidade novamente.

     Aos jovens, que desconhecem as realidades do passado, reciclo os melhores momentos.

     Um dos melhores momentos do domingo do passado era o frango assado recheado com farofa de miúdos de frango vendido na panificadora em dois turnos, e havia o frango recheado com farofa das dez da manhã e o do meio-dia. Quem perdia o frango das dez horas da manhã, ficava na fila conversando até a próxima fornada. Em casa os acompanhamentos eram arroz e maionese, o que tornava um domingo brasileiro, ou uma bela macarronada ao sugo que tornava o domingo com um sabor italiano.

     Por falar em macarrão, um dos melhores momentos de macarronada que já vivi, foi uma macarronada com mini-ostras. Aconteceu num jantar onde, por curiosidade pedi um macarrão com as ostrinhas. Vieram mais de cinquenta conchinhas miúdas ao macarrão com alho é óleo. O jantar demorou uma hora e meia, porque tive que abrir conchinha a conchinha. Que macarrão dietético! Quando se termina de abrir as conchinhas, o exercício está feito e a fome menor, mas é bom para se apreciar o movimento do local. Alho e óleo, sal e limão, com um pouco de paciência, come-se e diverte-se ao não deixar as ostrinhas pularem prato afora.

     Ao tempo das ṕanelas já voltamos, mas em compensação no passado, quando não tinha onde ir, não tinha, mas não tinha computador também, e agora tem, o que é uma compensação excelente para os dias de hoje.

     Mas, por que essas comparações? Porque antigamente havia uma lista chamada de obituário do dia em plena Rua XV de Novembro, e os adultos davam uma olhada ali para não deixarem de mandar um telegrama caso houvesse algum conhecido naquela lista. Hoje ligamos a televisão para ver o tamanho dessa lista e saber da tragédia humana, mas a função é a mesma, é uma espécie de morbidez social a qual somos obrigados a conviver.

     Ainda bem que os supermercados parecem escapar da crise, eles são o retrado do desenvolvimento de uma geração. O supermercado é uma esperança para as próximas gerações, que terão acesso às compras de maneira fácil e prática, com álcool gel, máscara e tudo o mais de higiene que possa ser exigido.

     Outro fato interessante a ser observado é contornar as dificuldades do dia a dia. Vamos planejando até dois meses, em média.

     Obviamente que queremos o comércio aberto, mas também queremos os comerciantes vivos e bem de saúde. Um amendoim aqui e outro ali e se consegue contornar o problema das compras.

     As datas comemorativas são igualmente contornáveis. Se a data da Páscoa conseguiu ser comemorada, será igualmente possível comemorar outras datas. Mal comparando as datas, se os ovos de chocolate foram comprados sob a supervisão virtual dos interessados, o dia da mães pode ser comemorado através de uma compra virtual numa loja onde a mãe saiba exatamente o que quer e que lhe caia bem.

     Em postagens anteriores, contei como comprar calçados e roupas pela internet. Verifica-se a marca do calçado cuja forma é agradável aos pés e o manequim da marca da loja de roupas que certamente seja compatível, e vale a compra. Compras para possíveis trocas são as piores ideias nessa época. Se quiser ir à uma loja física, coloquem máscaras e levem as presenteadas, mas é melhor caprichar no almoço do que arriscar a saúde e isso é algo que é bom lembrar.

     Aliás, comprei uma peça de roupa numa loja virtual nessa época de pandemia. A loja enviou uma etiqueta dizendo que aquela peça de roupa não havia sido manuseada por ninguém e para o consumidor jogar o plástico que embalava a peça de roupa fora, sem levar o plástico para dentro do armário de roupas, pois assim não precisaria ser lavado antes de vestir pela primeira vez.

     Assim termino essa crônica, com o dia de hoje e sob uma pandemia.      

Notícias Sobre o Coronavírua / Comentário

Notícias Sobre o Coronavírua / Comentário

     As notícias foram se relacionando entre si.

     A primeira: A CNN Internacional, que além de tudo, porque mantém a capacidade de compreensão do inglês, mostrando que a inteligência americana pensa ser essencial descobrir a origem do vírus.

     Depois na Rede Bandeirantes de Televisão: nacional e estadual. A rede nacional conta que somos de uma geração que vive uma guerra mundial e que essa guerra chama-se coronavírus.

     Esperem a curiosidade antes de mudar de blog.

     Na rede estadual, uma universidade está fazendo uniformes de proteção com o tecido-não-tecido para as equipes de policiais e bombeiros, mostrou o bom resultado que se pode obter com uma descontaminação das roupas com ozônio, o que pode significar uma proteção ao pessoal que trabalha nos hospitais e corre risco de contaminação. pelo coronavírus.

     Eu gosto de novidades em matéria de roupas, modas, e gostei das ideias, quando por fim, numa entrevista, um policial respondendo a uma pergunta, esclareceu algo que eu nem imaginava ser possível:

     _Essa roupa pode significar proteção porque o coronavírus não é vivo, conforme o que se sabe de vida; o coronavírus é uma estrutura de RNA ácido ribonucleico que se espalha pelo ar.

     Pelo que entendi, mas não posso afirmar, o coronavírus é uma estrtura oca, não tem recheio ou tem recheio invisível.

     Agora, sim, todo o cuidado é pouco.

     Enquanto eu assistia a CNN, eu pensava na cura, num antibiótico possível, mas eu não tinha a menor ideia de que o coronavírus era uma estrutura molecular que pode matar, algo muito estranho para os padrões que tenho, onde as bactérias são vivas e, ao microscópio eram passíveis de visualização desde o tempo em que eu era criança.

     Urge descobrir a origem disso. Agora entendo o contexto além da linguagem estrangeira moderna.

     Quando o médico disse que enfrentar o coronavírus é o mesmo que ir à guerra e com todos os riscos de uma guerra.

     Obviamente pensei nas estruturas de proteção aos profissionais de saúde e que algo precisaria ser melhorado para que eles não adoecessem e morressem em meio aos pacientes.

     Uma notícia ligou a notícia da roupa e da bolha de tecido-não-tecido para a desinfecção da roupa dos profissionais de saúde, de modo que eles pudessem ir para as suas casas sem risco de se contaminarem, o que é uma condição ideal aos pacientes.

     Quando o policial esclareceu o que é o coronavírus, é que fiquei estarrecida com essa "coisa".

     Nesse comentário faltam as fontes, ou seja, o nome das pessoas, mas eu estava assistindo para ver a resenha do dia sobre o coronavírus, algo que entrou para a rotina, e usualmente desligo a televisão em seguida.

     Hoje deixei a televisão ligada, foram mais de seiscentas mortes de ontem para hoje, e é melhor tomar cuidado com a doença.

     Compartilho as notícias interligadas pelo raciocínio assustado.

     Grata pela leitura!    

       

Luz

Luz

Faltou luz:

Meio-dia e meia

Faltou luz.

Faltou luz

Na lancheira,

Faltou luz.

Faltou luz?

Brincadeira!

Tempo é Nada

Tempo é Nada

Tempo é esse nada

 Que ao plano pensa

Arredondada

À maré extensa,

Quando acossada

Com nuvem densa

Sem ver remada;

Que a sorte a vença

E a chuvarada,

Leve, pois tensa

É ser guardada,

Pensada intensa.

Bairro a Bairro

Bairro a Bairro

São essas ideias diferentes,

Muitas e desencontradas,

Em cada bairro vertentes,

E também multiplicadas,

Que fazem todos coerentes

Com ideias idiotizadas

 Como se fossem prementes,

 Que, ouvidas, e enfim caladas,

Que aos grupos são condizentes,

Mas também modificadas,

Que se parecem com dentes

Com gengivas inflamadas.

Pensar Duas Vezes

Pensar Duas Vezes


Não quero esse tema,

 Mas olha o problema    

 De erro na postagem,
Assim é a bagagem


E o telefonema,
Não criando dilema
 Numa só paisagem,
Em casa e à mensagem,


Pensando cinema,

Mas lendo um teorema,
E tudo é bobagem,
Sair é esse problema!