Propósitos
Analisar as canções,
E refazer orações,
Dia de ser e extravasar
Com cuidado as emoções,
As letras, contradições
Do tempo e seu palavrear
Oriundo das gerações,
De gostar ou desgostar.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Propósitos
Analisar as canções,
E refazer orações,
Dia de ser e extravasar
Com cuidado as emoções,
As letras, contradições
Do tempo e seu palavrear
Oriundo das gerações,
De gostar ou desgostar.
Invernal
Dança no tempo
O pensamento,
Como a saudar,
Mas ainda é lento,
Tudo a seu tempo,
E a se pensar,
Azul nevoento,
Sol por brilhar.
Demais
Retrospectiva,
Se não me engano,
Ao próximo ano,
E a perspectiva
É que ainda há pano
E pouco plano;
Há a expectativa
De um quotidiano.
Climática
Estranho tempo,
Mas diz que esfria,
E penso vento,
Não tanto vento,
Porque chovia
Há pouco tempo;
Rápido é o tempo,
Ano, mês, dia.
Talento de Supermercado / Crônica de Supermercado
Ontem fui ao supercado. Com a lista de compras em mãos, verifiquei que algumas luvas para lavar louças estavam sem preços, e muitos produtos não estavam nas prateleiras, praticamente vazias.
Na saída reclamei no balcão de atendimento ao consumidor.
_Quanto ao preço, vou comunicar ao setor responsável pela colocação dos preços nas prateleiras.
Agradeci e ouvi um garoto dizer que os clientes de ontem não imaginariam a semana passada.
_Levaram tudo¹ Estamos sem verduras e frutas, as prateleiras de panetones estão vazias, e além de recompor as prateleiras, vamos reorganizar a seção de aves, que entraram em promoção. Até amanhã é para estar pronto e arrumado, mas somente depois do almoço, quando os caminhões do hortifrutigranjeiro tiverem passado por aqui.
Voltei hoje à tarde. Nem todos os produtos estavam no lugar, e o que tinha já tinha acabado.
Parece que a humanidade que mora na cidade está consumindo mais alimentos frescos do que de costume. Eu também.
Fui noutro supermercado e voltei de mãos vazias.
Fui num terceiro supermercado.
_Onde estão os congelados, perguntei.
Ela me olhou e disse que o que eu queria ou estava naquela fila ou necessitaria esperar pela reposição de alimentos.
Passava eu pela geladeira dos congelados, quando uma jovem reclamou da falta de preço no congelado que ela gostaria de comprar.
Começamos a conversar e contei sobre a reclamação que fiz noutro supermercado.
Ela começou a recitar os que estavam precificados.
Quando ela disse o preço do congelado que eu queria, eu a interrompi:
_Onde está, onde está?
Contei que não havia encontrado em nenhum outro supermercado, porque o estoque estava zerado.
Ela achou o congelado, em final de estoque sob outros congelado, e me entregou o congelados.
Procuramos juntas o preço do congelado que ela queria, Não havia nenhuma etiqueta indicativa de preço indicando o produto.
Não me contive:
_Moça, a sua reclamação da forma como o fez, muito me ajudou a encontrar o congelado.É uma questão de talento saber reclamar de forma a beneficiar outros consumidores que estão no mesmo momento fazendo compras.
Recitar em voz alta os produtos e os respectivos preços de uma prateleira foi uma questão de criatividade.
Agradeci sinceramente, mas ela voltaria às compras somente após o congelado que ela vai comprar tiver o preço fixado na estante dos congelados.
Lápis e Borracha
A cidade esvazia,
E o som é recatado,
Ouvindo a sinfonia,
Sensível nesse dia
De ouvido compartilhado
E atento. Notaria
Quem ouve a melodia,
O lápis e o anotado?
Amor Maior
Não se amarga
A tristeza,
Porque parca
É tal barca
À grandeza
De um rio. Abarca
Um deus-arca
E o põe à mesa.
Consciência da Luz
A paciência
De seguir
É a consaciência
Divertir
Pela ausência
De convir
À cadência
Ao surgir
A existência,
Vem luzir
A experiência
Do devir.
Divinal
Filosofia oriental
Veio bem neste Natal,
Sem querer perfeição
Na razão bem e mal
De história desigual,
A comemoração
Se faz espiritual,
Sensível percepção.
Congestionamento Feliz
Pressa para o Natal,
Quanta gente e alegria
Nesse tempo imparcial,
Mas o diferencial
É uma esperança, é o dia,
Refrescante e frutal
Comemorado igual,
Tão pleno, que sorria.
Iluminação
Traços de vento
Ficam visíveis
Soltos no tempo
Seco e poeirento
De umbrais incríveis
D'um céu sedento;
O alumbramento
Dos mais sensíveis.
Outro Tempo
Racionalização
Da alma? Perda de tempo,
E ainda bem, a razão
Não entende o contratempo
Sem metrificação.
Som desse entendimento
Barroco, de emoção
Divina, é a compreensão
Da sinfonia ou invenção
De voz e de andamento,
E a diferenciação
Da alma é ser o seu tempo.
Parece Fake, Ah / Crônica do Cotidiano
O fato é que acabo de voltar do centro da cidade, onde fui avisada de que recolherão os enfeites de Natal, ainda à venda, no final de semana.
Algumas lojas já retiraram das vistas do consumidor os enfeites de Natal.
Pode-se comprar online, para quem não teve tempo de comprar um enfeite.
Como bem disse, Paulo na carta à Timóteo:
2 Timóteo 4, versículo 2 - "Que pregueis a palavra antes, a tempo e fora do tempo."
Aprender a ser feliz é uma arte, e até o dia 6 de janeiro é possível montar um enfeite de Natal na sua casa, e até mesmo no dia 6 de janeiro, pode-se montar e desmontar o enfeite, se for válido para lhe trazer alguma alegria de viver.
Parece fake ou exagero, mas ouvir que enfeite de Natal é para as lojas centrais e populares porque os enfeites não tem nada a ver, é difícil.
E vou montar quando quiser, ou puder.
Mas vende, disse o vendedor de outra loja, e vão perder de ganhar algum bônus, e eu também, ficou sério.
Escrever desestressa, e permite um certo alívio.
Grata pela leitura.
Irreverente
Diferente,
Mas igual,
Se o normal
Fosse quente,
Não casual
Num jornal
Que é pra gente
Cultural.
Temática Alma
E eu aqui lendo poema
Para me surpreender
Com a estante de ser
Sem ter ido ao cinema,
Mas para deixar ver
O que a alma quer preencher,
E fazer novo o tema,
Sem porquês pra entender.
Interagir
Todo dia é diferente,
Se está frio ou se está quente,
Questão da percepção
Que refere ao somente,
Cada instante da gente
Merece esta atenção,
Porque é ele referente
À palavra em doação.
Iluminações
Iluminar
E decorar
Até esse tempo
Onde buscar
O bem estar
É passatempo
De se gostar
De um pensamento.
Gostei da Imaginação / Crônica do Cotidiano
Gostei daquele casal, da sinceridade deles.
Somos educados, e ao abrir a porta do elevador, em geral oferecemos para os demais que estão aguardando o elevador, para aproveitarem e subirem ou descerem, quando o mesmo chega e abre a porta automática.
A moça, muito simpática e sincera:
_A senhora nos desculpe, mas vamos começar a discutir e costumamos discutir nos corredores, porque o lar é feito para que se tenha paz.
O marido olhou para mim e corroborou:
_Sim, nós precisamos discutir.
Eu disse a eles para que ficassem à vontade, muito embora a travessura fosse para todos.
Todos em meio àquelas invenções tão artísticas como se estivéssemos dentro de uma obra de arte.
Cada um no seu quadrado. Em cada quadrado uma dificuldade.
Não contarei as minhas, mas na hora, ninguém se conteve e todos disseram das suas.
No meu quadrado vinte e cinco graus centígrados no ambiente com direito a aquecedor.
No quadrado vizinho, dezessete graus centígrados de temperatura ambiente, sem aquecedor, mas com ventiladores extras.
A cada pessoa, dificuldades diferentes.
Penso que há formas de interação entre as pessoas de formas exóticas, pois todos conversávamos sobre dificuldades diferentes.
Havia um espaço de interação social, mas achei melhor voltar ao meu quadrado quando começou a discussão sobre a audiência da rádio gospel, em meio as dificuldades deles, no quadrado deles.
Pensei que a conversa não deveria se dar de maneira alguma.
No entanto, a melhor parte do local eram as interações sociais, os salgados e os artigos do supermercado, e as dificuldades.
Na saída do lugar, que parecia uma realidade virtual, perguntavam sobre as dificuldades, e se divertiam com as respostas.
Desestressada, gostando que a rotina esteja a meu lado na semana.
Boa semana para todos.
Conversa
Pergunta histórica é fato
Onde não se paga o pato
Pelo que não aconteceu,
Onde a conversa é aparato
Da palavra, elo imediato,
E que ainda não se esqueceu
Do que era real e sensato,
E era noite ou anoiteceu.
Necessário
Leva tempo
O espelhado
Nesse vento
Onde o acento
Pesquisado
Em dia lento,
Volta ao tempo
Bem calçado.
A Importância do Outro / Crônica do Cotidiano
Comprei pela internet. Não serviu. Fui trocar.
Fazia tempo que não me divertia assim, com sabor de diversão.
Ao chegar próxima da loja, umas dez moças, juntas, com roupas diferentes, arrumadas, mas todas as roupas em tons de verde. Na loja mais tons de verde em jovens e senhoras.
À tarde comentei que o filme hoje foi: Cinquenta tons de verde, de abacate, periquito, folha, grama, e até musgo. Era muito verde, mas que lembrou-me Casimiro de Abreu, pois havia algo romântico naquele festival de elegantes roupas verdes, e nada daquela odisseia cinzenta, que nem assisti.
O parágrafo acima é verdadeiro, porque as pessoas estavam delicadas e verdadeiras hoje.
_As filas estão começando. Se a senhora puder evitar as compras próximas das datas das festas, melhor para a senhora e melhor para nós.
Conte um pouco mais, pedi.
_São mães e filhos, maridos e namorados, noras e genros, amigos secretos, lembranças para os conhecidos, e as lojas lotam. Fez bem em comprar antes, porque a sua troca está sossegada. Com a loja cheia de gente, é impossível dar atenção à todos.
As vendedoras se importam em bem atender aos clientes, pelo menos nessa loja.
Certamente que um atendimento seco pode ser infrutífero, comentei.
_ Não é exatamente dessa maneira. O cliente faz o nome da loja, indica a loja com valor qualitativo, produtos bons, duradouros, com preço razoável. Em resumo, o cliente bem atendido significa lucro, ou seja prosperidade para o comerciante e boas comissões para nós, vendedoras.
Acho que entendi, sorri.
_Se a senhora puder comentar sobre as vantagens, para os consumidores, de virem às compras com tempo, isso será bom.
No meio da conversa passa um casal com uma criança, e conversa de criança, além de enternecer, diverte.
_Eu soube na escola que os preços dos brinquedos são mais baratos naquela loja "x" de departamentos. Eu gostaria que vocês fossem comigo lá para verificarmos juntos os preços, assim talvez seja possível dar uma boneca de presente de Natal para a maninha.
Os pais olharam para o menino e responderam que certamente a irmãzinha do menino ganharia um presente e que eles trariam a menina para as compras também.
:O menino não continuou o assunto e apontou para a loja.
_Vamos entrar ali e ver as ofertas.
Lá foram os três para a loja, os três de mãos dadas, pai, mãe e filho. A senhora disse que era melhor comprar o brinquedo de cada um deles separadamente, pois aumentava a privacidade da família.
Ela estava certa. A vendedora também estava certa.
O pensamento do outro foi valorizado, eis a importância do outro, pensei.
Tem momentos leves e lúdicos que precisam ser valorizados, e o dia fica leve para todos.
Proeza
Quando entender não é ouvir,
Nem dizer, a estranheza
É a palavra dormir,
Normal na natureza,
Dia e noite e seu devir
Feito em sons, gentileza
Da expressão do sentir
Sem dizer ou sorrir.
Humana é o verbo arguir,
Mesmo a escrita a reveza
Com a intenção de influir,
Onde enender é a proeza.
E a Gente Corre da Chuva
A nuvem era escura,
Mas vento não havia,
Nem seca, nem frescura
Era um céu sem ranhura,
Sem noite e sem o dia
Que já fora à candura
De dormir, sem quentura,
Pôr-do-sol não se via
Era céu de aventura,
Que abafava a verdura
E de si se escondia
De uma lua meia-cura,
Um céu de cobertura,
Que o povo via e corria
Ao ônibus com leitura,
Letreiro de fissura
Acesa e luzidia,
Realidade mais pura,
E a noite vem e sua,
Sem lua ou ventania,
De pensamento nua,
Que essa gente segura,
Porque amanhã é outro dia,
Que se faz e se apura.
Mentalização
Teclas puladas,
Por que teimar?
Ir devagar,
Mas bem pensadas.
Lidas, aladas,
Recomeçar
Esse teclar,
Meio desligadas,
Mas continuadas
Mesmo a suar
Sentir o soar,
Mentalizadas.
Bucólico Lugar
O que interessa
Na arte sem pressa
É emocionar
E imaginar.
Em toda peça,
O que se apreça
Sem se pensar
É o divagar
Numa travessa,
Remessa
De ser e estar
C'oa alma a pairar.
Brandura
O que é preciso
É o caminhar
Sem ser conciso,
Ver um sorriso
Por despertar,
Ainda impreciso,
Num improviso,
A alma abrandar.
Desconcentrada
Desconcentrada,
Tempo a menor
Mesmo à prior;
Ensolarada
Seja onde for.
Mas por favor,
Muito obrigada
Com bom humor.
Enfeites Lúdicos
Brisa leve
Nestes passos
Se agradece,
Sol da neve
Dos espaços
Que se tece,
E se escreve
Num abraço.
Foi o Morango do Bolo / Reflexão
Foi o morango do bolo, e o tempo chuvoso, e a paciência no limite.
Comecei a lembrar da letra que dizia que se a Anália não quisesse ir, ele iria sozinho, ou de qualquer modo.
São os excessos de entraves que levam a tal condição, as muitas tarefas, e os desconhecidos desafios a serem enfrentados. Os desafios conhecidos, por vezes, são até bem vindos, porque a gente sabe antes que não vai conseguir nem a metade do que pretendia daquele dia.
O aprimoramento cibernético, para mim, é algo que exige paciência, porque há muito que se saber sobre a inteligência artificial, a mesma inteligência que para os jovens é um aprazível desenvolvimento, para os mais velhos é uma irritante ferramenta com inúmeras teclas, mas também já desconheço as teclas do teclado cheias de efes e números.
O morango do bolo cabe a mim, quando perco ou deixo o tempo passar lendo, e o tempo é um só, ou seja uma questão de prioridade.
Passa-se o tempo e o enfeitei com histórias. As pesquisas são obrigatórias, esse é o tempo da gente, meu e da maioria das pessoas, porque a evolução tecnológica é muito rápida, e com ela mudam-se os hábitos e os costumes.
Para não perder o ritmo da evolução é preciso acompanhar, porque é bom e traz qualidade de vida. Esta frase merece um ponto.
Por outro lado, manter o conhecimento adquirido é essencial, porque existem os meios antigos de solução de problemas que ainda funcionam, como o telefone fixo com a internet pifada, absolutamente necessário.
Em cada escolha ou decisão, existe um porquê, e depende da pesquisa o porquê.
A experiência também ensina, e até faz descobertas interessantes. Gostaria de compartilhar uma descoberta. Existe um mosquito bem pequeno, ao qual chamamos de mosquito pólvora, que pode ser uma mosquinha minúscula.
Comi uma fatia de pizza e deixei a outra coberta com papel manteiga. O que foi que o mosquito fez? O mosquito pouso no papel manteiga até ele encostar na pizza morna, a qual deixou o papel com mancha de gordura. Ele literalmente sugou a gordura da mancha.
O mosquito pólvora é inteligente, pensei, e a força que fez para encostar o papel manteiga no pedaço de pizza foi imenso para o tamanho dele. A isso chamo de experiência.
A pesquisa seria sobre o jeito de evitar mosquito sobre o papel manteiga.
Desafiador é manter contato com outras pessoas enquanto se tem que lidar com todas essas coisas, e deixar o tempo num livro,
Não vale perder a paciência consigo mesmo, e permitir-se ler, de vez em quando é relaxante, inimaginavelmente bom.
Todo o texto faz toda a diferença no cotidiano.
Grata pela leitura.
Ser Interativo
Gerações diferentes
São as ideias concernentes
Que criam todo um futuro
Sem saber desse augúrio
Previsto, que ainda ausentes,
Se fazem componentes
Desse mesmo futuro
Idealizado e puro,
Mas que ideais são frequentes
Nas gerações presentes,
Qualquer que seja o muro
Onde as ideias são rumo.
Filme Bom
A forma da ilusão,
Chocolate e verão,
Recreio de se brincar
Molde, moda a rechear.
Gosto é decoração,
Princípio e diversão
Com tempo a se gastar,
E depois degustar,
Pois tempo é devoção,
Sua utilização
Pode ser por gostar
De se criar, e versar.
Lição de Supermercado
Não se muda de intenção
Por quimera de razão,
Frase de supermercado
Na qual cabe o bem pensado,
Quando vende a solução,
É do cliente essa intenção,
Ou logado, ou dialogado,
Nesse algo diferenciado,
Numa modificação
De produto e de intenção
Que, ao ser, é modificado
Num preço codificado.
Fila
Volta feita,
Fila indiana
Satisfeita
Desta feita,
Que me irmana,
Que se enfeita,
Fila eleita
Da semana.
Coisas de Amanhã
É natural,
Nada mais.
Tanto faz
Se o normal
É demais;,
Pertinaz,
Mas igual;
Um cartaz.
Online
Do que eu sei,
Não me falta,
Sei o que sei.
Pesquisei
Esta pauta,
Anotei,
E gravei,
Internauta.
Aventura
A essa altura,
Que expressão
De aventura,
A loucura
De um senão
Esconjura
Porventura
A intuição.
Dias de Bege Brilhante
Meu pastel
Ambulante,
Um pitéu.
Vazio céu,
Mas crocante,
Frito e fiel,
Seu papel
Foi brilhante.
Palavra de Dicionário
Impactante
É essa estante
Quilométrica,
Pelo instante
Da constante
Da fonética
Desgastante,
Pela estética.
Fora de Hora
Exatidão,
Não sei, sei não.
Dia atarefado
E organizado
Neste verão
Na oscilação
Antecipado,
Não acostumado
Da multidão
Na agitação
Longe ao mercado
Refrigerado.
De Vaz em Quando
Melhor vontade
Se conhecer
Do não saber,
A qualidade
Da humanidade
É surpreender
A se entreter,
Ser de verdade,
Ser a cidade
A se querer,
Pelo lazer,
Ser sua idade.
Pensamento Guiado
Pensar o dia,
E se saber
Nesse fazer
Durante o dia,
Que é outro este dia
A convencer,
E a se quere
Ter um bom dia.
E ter o guia
De você, ser
De perceber
Em você o dia.
Dias Icônicos / Crônica
Como bem dizia uma certa tia, pode dizer a verdade porque ninguém acredita.
Tal frase não esquecerei.
Por ser de outro modo de ser, o que é natural e saudável, conto esta história.
Era um desses dias de feriado, exatamente como hoje.
A mãe gostava de filmes, ele gostava de rádio, desestressando a semana com o futebol.
Naquele dia, não.
Perguntou à esposa em tom sério e um pouco austero.
_Você continua gostando dos enlatados? Seja sincera, que eu preciso te dizer algo.
A mulher, respondeu que continuava gostando dos enlatados tanto quanto ele gostava dos jogos de futebol.
Ele pediu que ela o aguardasse um pouco, pois iria ao banheiro antes de terminar a conversa. Pediu para que as crianças o aguardassem junto à mãe.
Enquanto ele foi ao banheiro, ela murmurou:
_Será que ele enlouqueceu?!
Postou ao lado dos filhos e disse que gostava dos enlatados e continuaria gostando dos enlatados, o que era o apelido dos filmes americanos da época.
Ouviu-se abrir a porta do banheiro e todos olhavam com expectativa, para ver o que ele faria ou diria.
Lá apareceu ele com os cabelos molhados, puxados para frente, meio que esticados com um pente, e disse.
_Se você gosta de enatados, cá está o seu marido, um parente do Jerry Lewis, que ele insistia em soletrar como se fosse o w um v.
Ela, começando a rir disse que pensava que ele tivesse enlouquecido, mas agora o vendo vestido e imitanto o ator Jerry Lewis, tinha certeza.
Ò que é isso? Por favor, pense nas crianças, exclamou.
Ele respondeu que era pelas crianças que fazia o que fazia, pois lhe havia sido feito um pedido especial, e o pedido era que conversasse com as crianças sobre Richard Nixon, o problema americano.
Estupefata, pediu a ele que continuasse.
_ Nixon tende a ser mais imortal que o Elvys Presley, porque continuarão as suas ideias.
A esposa pediu a ele que não se metesse em aventuras.
Ele deu uma gargalhada gostosa.
_Pode deixar, mas disseram que disso depende o futuro.
As imitações do Jerry continuaram até que as crianças gravassem na memória essa ideia.
Por diversas vezes ele pediu as crianças que contassem a ele o que ele tinha dito.
Foram tantas as respostas certas, que num dado momento, uma das crianças perguntou se ele poderia voltar a ser o pai normal de todo dia.
Ele, feliz, disse que ele esbravejava durante as partidas e que isso era feio.
_Mãe, não tem jeito, hoje o pai quer bajulação.
A mãe sorriu, pediu para que elese comportasse normalmente, mas perguntou o motivo daquilo.
_Se este conhecimento puder ajudar a eles, me basta.
Depois, um lanche para todos.
Feriados são icônicos, nunca iguais, mas de bom proveito.
Grata pela leitura.
Média
Conectados,
Desligados,
Correria,
Que antenados,
Surdos lados
Todo o dia,
E calados
Vão-se ao dia.
Pensamento Cultural
Interação até cansar,
Independe da pessoa,
Mas da cultura a se dar.
Espontâneo é o se trocar
Cultura, por ser a boa
Maneira de assimilar,
Ou ensinar a caminhar
E ser, enquanto pessoa.
Ajeitado
Da minha parte,
Domingo feito
Com alguma arte
Semana à parte,
tempo refeito,
Feito à la carte,
Travessa d'arte
De ser conceito.
Estante
Um pensamento
Redecorado
Faz o momento
E muda o tempo
Do aprendizado
Noutro momento,
Um novo assento
Que é bem lembrado.
Devaneio
Um carretel,
Linha e corcel
Do que quiser.
Um carrossel,
Ponto de céu
Do entardecer
Nesse tropel
De enternecer.
Nada Disso
Nada disso
Porque não é isso,,
Resolvido
Este enguiço
É postiço,
Não proibido.
Insubmisso,
Permitido,
Sorte e Rumo
Um vento forte
Mudou esse rumo
De medo a sorte,
De seco sumo.
Vento de morte,
De vida insumo;
Da flecha, o corte
Que segue o rumo.
Bússola ao norte,
E ao novo prumo
Desse recorte,
De subconsumo
Faz-se o transporte
Que vai ao resumo,
Sem que se importe
O desaprumo
Do contraforte
Da seta a aplumo,
Contando à sorte,
Tábua de dumo,
Que se conforte,
Nem tudo é numo
Que se reporte,
Mas sorte e rumo.
Segundo a Segundo
Tempo contado,
Tempo mudado,
Transformação
De um tempo dado
É o que voa alado
Pela ideação,
E realizado
Fica a emoção.
Vontades
Individualidade,
Particularidade
Tão só, e tão que se diz
Compreensível deidade
Sua e minha, verdade
Que difere, motriz
Do ser, do dia, e a vontade
De se fazer feliz.
Casaco Solto
Concentração fugidia
Diante da luz desse dia
Depois de um tempo ruidoso
De relâmpagos, chovia.
Mudada a fisionomia,
Admirado e caloroso
E era o casaco, e sentia,
E se sentia vagaroso.
Libertação
Acreditar
E abençoar
Todo esse tempo,
E se calar
Ao ouvir cantar
É um livramento,
Mas o ressoar
É libertar.
Sol, Chuva, Céu
Cores no céu,
Que da janela
O cinza véu
Se entristeceu,
Cor amarela
Apareceu
Numa aquarela;
Sil, chuva, céu.
Depois é Amanhã
Fica de joelhos e ora,
O dia inteiro, e já agora
É desautorizado
Pelo diabo. Coitado?
Mais alguém também ora,
O dia inteiro, e já agora
Foi desautorizado,
Humilde, não adiantado.
Todo mundo agora ora,
E amanhã não é esse agora
De um céu desinventado,
Que o sol venha acordado.
Cada Uma
Um recheio,
Um enleio,
Uma volta.
Vê-se o meio
E um rio cheio.
A onça solta
Não é recreio,
É meio louca.
Esse Tempo de Domingo
Apreciar,
Se não sei
Fazer do ar
Esse aguar,
Mas pensei
Só pensar
E observar;
Me animei.
A Chuva
A chuva muda
O rumo do dia,
Antes miúda,
Já não se muda,
Veio neste dia,
Veio cabeluda
E topetuda,
Mudou o meu dia.
Carte Literária - Meu Prezado Confessor
Curitiba, 26 de outubro de 2023
Meu Prezado Confessor,
Recebi a mensagem procurando pela indicação de um caminho coerente, não aquelas oriundas das paixões, e resolvi lhe escrever, pois perguntas ocorrem diuturnamente, e não me abstenho de responder desde que possa corresponder com algo verdadeiramente existido.
A sua indagação merece que seja exatamente respondida.
Sou de um tempo onde as crianças eram obedientes e eram educadas a saber que o pai deveria ser respeitado em suas proibições.
As crianças recebiam proibições, ainda mais dentro de um contexto socioambiental complicado.
Comigo aconteceu também, mas não é o caso da sua pergunta, pois a sua pergunta é específica.
Não sei se deveria confessar algo que, de fato não foi comigo, mas a curiosidade é ampla, não somente sua.
Penso que seja uma questão de personalidade individual, assim como algumas crianças obedeciam com humildade uma restrição, muito embora conhecendo as qualidades possíveis de certa amizade. Sim, naquele tempo as amizades mereciam a permissão dos pais.
No entanto, ouras crianças, acreditavam que uma proibição desse tamanho, proibir uma amizade, significava que a outra criança era de um mau ambiente e passavam a hostilizar francamente e com sinceridade a outra criança, aquela da amizade proibida.
Aconteceu que estávamos em grupo, pias e mães e crianças. Convidei a menina para brincar na minha casa e ela disse que perguntaria ao pai. Algo absolutamente normal naquela época.
Os casais se afastaram um pouco, um casal foi comprar sorvete e o outro caminhava em conversa amena.
Ouvi a reposta, pois estávamos já brincando, e querendo nos divertir mais.
_Ela não é amizade para você. Nós nos tratamos com cerimônia para não sermos hostis.
Ela, também criança, me disse:
_Acho que proibiram a nossa amizade.
Eu fiquei triste, mas ela tinha que obedecer aos pais dela.
Cada criança tem um tipo de relacionamento com os pais, de qualquer modo estava proibida a amizade.
As ironias se seguiram, até mesmo pela minha humildade em não criticar os pais dela, o que era normal no seu ambiente.
A partir daí, prezado confessor, a amizade não mais existiu.
Também digo que com outras pessoas, a amizade persistiu, e com a maturidade veio a completa compreensão sobre o que os pais pensavam. Nesses casos houve a compreensão e o perdão daqueles comportamentos paternos.
No caso, prezado confessor, em que insiste em perguntar, não. As ironias começaram e não tiveram fim.
Espero sinceramente ter respondido à sua questão. Acaba-se o folclore por aqui, o que é bom para todos nós.
Agradeço, porque é questão de agradecer, e com sinceridade, tal pergunta.
Ainda acredito que as crianças precisam obedecer os pais, mais pelas amizades conservadas do que pelas rebeldias imaturas, posto que a obediência é conforto e auxílio em qualquer idade.
Cordialmente,
Yayá.
Promoção
Com boa arte
E uma volta,
Voa solta
A ave em Marte,
Meio que envolta,
Ainda solta
Nesse encarte
Que vai e volta.
Calçadas
Vontade de ficar,
Distrair, e conversar
Nada. A conversa é fiada,
Por um momento estar
Sem muito pra pensar,
Pois toda rua é estrada
Que se encolhe ao passar
O passo, caminhada.
Gourmet
Equilibrado,
Mas diferente,
Reorganizado,
Repaginado
E referente
Ao decorado,
Café espumado
Com leite quente.
Bonsai
Hidratação,
Água que cai
Bebe a ilusão
Da reflexão.
Fica e não sai
Por extensão,
Suposição,
Belo é o bonsai
Domingueira
Algo feito,
Arrumado
De algum jeito,
Mas sem jeito,
O despenteado
À gosto ajeito;
Descanso aceito,
Cedo me deito.
Esse Tempo
Caminhar
Pensamento
Com tempo,
E parar,
Cansar,
Ser friorentor;
Por pensar,
Muda o tempo.
Desestressando no Supermercado / Crônica de Supermercado
Vamos comprar pães. Fomos.
Aquela fisionomia de chuva, de esperar o tempo seco para outras atividades, está bem.
Até comprar os pães, tudo bem.
Lembrei do óleo. Fui para o corredor correspondente.
Mulheres e mais mulheres no supermercado, umas poucas, em grupo, criticando a uma delas. Não prestei atenção.
Enquanto a mãe cuidava do bebê, a mocinha zapeando no celular.
Até que escuto uma leitora:
_Se me der cinco centavos, eu aceito. Dinheiro é dinheiro.
Alguém ainda me lê! Fico feliz. Diga o que disser. A vontade de escrever não é para provar matematicamente nada. É para entreter alguém que esteja tão entendiado que um tema possa levá-la a questionar, no caso uma leitora.
Uma outra senhora passa no corredor, penso que estressada. Agora já era difícil controlar o riso:
_Có, có, corococó, e imitava uma galinha ciscando com o pescoço. Pensaram no torcicolo que ela deve estar sentindo agora?
Cacarejava, fazia gestos de galinha ciscando e dizia em voz alta:
_Isso me faz tão bem. Estou me sentindo criança, e uma criança feliz que pode cacarejar em qualquer lugar, inclusive no supermercado.
O respeito é necessário, e a alegria dela contagiava. Saí depressa do corredor e fui ao caixa do supermercado.
Cheguei sorrindo ali. A moça me achou de bom humor e foi muito simpática.
Voltei em meio ao aguaceiro, mas sem fisionomia de chuva.
Semana que vem diminue a chuva, vamos aguardar desestressadamente.
Grata pela leitura!
Osmoses e Simbioses / Reflexão
Existe esse mundo além da imaginação.
Acontecem que os pensamentos ficam nesse mundo invisível, e os ideais se realizam a qualquer tempo, não necessariamente conforme o racionalizado.
Lembro que até fui ríspida ao dizer exatamente o que eu queria, era uma necessidade da alma.
ignorado o pensamento, persuasivamente conversado, o que era necessidade da alma e em conformidade com Deus, não aconteceu.
Nesse mundo invisível, as coisas se passam de outra maneira.
No entanto as necessidades da alma se mostram de modo diferente, e neste ano corrente obtive a tal necessidade da alma, e isso me fez um bem tremendo, conforme dizem lá na igreja - "Deus é Tremendo".
Importa que aquela ideia e afirmação nada mais era do que errada colocada em tempo e espaço de minha vontade.
São acontecimentos na alma, e sem localização e data específicas.
A perfeição está em saber que jamais a alma estaria satisfeita fosse dentro do tempo e espaço especificados pela vontade humana.
Estou escrevendo porque li no jornal "Estadão", como é conhecdo por aqui, a respeito da descoberta feita pela física, do diabo de Pines, uma barreira de energia totalmente invisível, que impede alguns elementos quânticos de ultrapassar ou mesmo transpor essa barreira, como uma parede invisível.
Penso que, ao inverso, as energias boas, invisibilizam as paredes e proporcionam a osmose e a simbiose entre pessoas, proporcionado diálogos profícuos, que nem mesmo as barreiras fícas e materiais formam algum obstáculo para que isso ocorra.
Inúmeras considerações positivas ficam nos ouvidos da gente por tempo indefinido. Os ensinamentos aprendidos são um exemplo, pois quem decora a tabuada, sabe a tabuada.
O ser humano é feito de pensamentos, e em qualquer condição, ele é feito de pensamentos.
Quando se coloca um fator humano , o que é normal, pois somos guiados por locais e relógios para que se façam as atividades, não se deixa espaço para que as coisas se passem dentro da alma.
Existem pessoas que são apegadas as coisas, outras, nem tanto.
Acredito que o diabo de Pines exista.
Porém, no caso do diabo, eu não faço a menor ideia de como as coisas acontecem do lado dele.
A sensação de livramento espiritual, no entanto, basta.
E muito embora não acredite em muita coisa, acredito no diabo. E no livramento.
Acreditem-me por vite centavos os diabo destrói a alma de qualquer pessoa.
Não interessa a história, muito particular, mas ontem, quando a conta da feira deu trinta e cinco reais e vinte centavos, e a moça pediu os vinte centavos, pensei comigo que a minha alma foi liberta por Deus, pois os vinte centavos do demônio tinham ido para a reciclagem.
O diabo de Pines está na energia de um metal. Quem quiser, pode acessar o conteúdo do Estadão, com especificações técnicas e teóricas da coisa.
Tem gente que não gosta nem de ouvir falar na Bíblia, mas aquele que recebeu um único talento e o guardou consigo foi castigado por Deus. Qualquer investimento, aos olhos de Deus, seja enquanto energia invisível, é válido, e a reciclagem, mesmo que tenha ido para uso pessoal de algum indigente, é válido.
Paro por aqui, senão serão páginas e mais páginas baseadas nesse artigo lido.
Grata pela leitura..
Lúdico
Ir à feira,
Conversar
Besteira.
Se tem feira,
Vai comprar,
Tem quem queira
Essa fieira,
Vem passear.
Previsão do Tempo
Temperatura ambiente,
Desigual, diferente,
Janela de se espiar,
Porque o tempo é incoerente,
Quando perto da gente
Sempre nele a pensar,
Porque está brevemente
Numerando a mudar.
Garagem com Tomadas
A geração
Evolutiva,
Tecnologia
Da ligação
Automotiva,
Tomada e cia
De automação,
Faz nova a via.
Saber o que se quer,
Quem o pode saber,
Se nem a água dissolve,
Quando a chuva resolve
Atípico
Vir, e cai sem querer,
E o sol a aparecer,
Fulge e foge e nem ouve
A quem o sentiu e aprouve
Admirá-lo a dizer
Que seria um bem querer,
Instante que sim, houve
Neste dia que se envolve.
Tons
Pensamentos,
Os momentos
Que se escreve
São alimentos,
Polimentos
Da noção
Com pigmentos
Da emoção.
Multiversadas / Crônica de Supermercado
Pego a fila.
Tem peixe, pergunto.
A senhora à frente da senhora que comprava linguiças disse que viu o peixe e que estava na fila .
Eu quero almoçar peixe, ela disse, mas disse com tanta suavidade que começamos a conversar sobre as variedades de peixes à venda no supermercado.
Mostramos a prateleira de peixes para que ela pudesse escolher outros além daqueles.
Chegou a vez dela.
Entra no meio de nós uma senhora, dizendo que também levaria peixe.
Éramos todas de faixa etária semelhante e a ordenação da nossa fila era feita pelas frases que se sucediam.
Vim a pé, o meu cabelo está molhado, e até comprei uma sombrinha para voltar para casa, mas levo o meu peixe.
Eu deixo algum peixe à venda para a senhora, disse eu.
Ela respondeu que se tivesse chegado depois, talvez eu tivesse comprado todo o peixe.
Nenhuma de nós, em momento algum sorriu.
Todas gentis em busca de peixe.
Bom domingo. Bom peixe.
Não nos vimos mais, cada uma com a sua porção de peixe.
Sérias, suaves, gentis.
Desacostumada
Pisava macio
No imenso vazio,
E se surprendia
Neste dia tardio
Do inexato ardil
Que se remetia
À dor que fugiu
Sem dizer que iria.
Poema Trivial
Filosofia não é insensatez,
Mitologia não é estupidez,
Conhecimento é algo concreto
Que traz ao ser a polidez
Para lidar com a acidez
Da chuva do ser em secreto,
Desconsiderando a aridez,
A seca do ser, na alma, inquieto.
Transformação
Suave é a caminhada
Que muda a perspectiva
Depois de já traçada,
E antes de estar moldada
Pensada positiva,
E a cada passo, viva,
Que segue transformada,
Mais que convidativa.
Interações
Combinar
Essas cores
Sem mais dores,
E treinar.
Confortar
Os temores
Contedores,
Continuar.
Sem parar
Águas, flores,
Corredores
A versar.
Longe do Tempo
Mente arejada
Dorme levada
Por pensamento
Leve, por nada
Desocupada,
Longe do tempo,
Se meio cansada,
Cochila ao vento.
Prioridade
Todo e qualquer lugar
Reserva o seu afazer,
Precisa priorizar
O essencial a se dar,
E acreditar e ser
Aquele que a suar
Procura o bem estar
Antes de adormecer.
Detalhamentos
A palavra escolhida,
Condizente ao saber,
É arte bem sucedida
Ao se ouvir ou dizer,
Mostra-se definida,
E delicada ao ser
A que soa bem ouvida,
E convida a escrever
Para que seja lida,
Aprendida a se ter,
Decorar, e sentida,
Querida por querer.
As Pessoas são Melhores do que se Imagina / Crônica do Cotidiano
Conversando sobre um nwgócio possível.
A moça pediu o telefone emprestado para mostrar seu ódio.
Tudo bem, depois o negociante retornou para dizer que não teve como evitar a situação.
Pessoa de bom caráter, disse que foi.
Cabe uma pergunta, se caleu se expor desta maneira ao telefone, mostrar os contatos, dizer que é influenciadora de negócios.
Provavelmente é uma pessoa complicada, e o negociante não quis ser parceiro de uma coisa dessas por osmose, ou seja, ele foi obrigado a emprestar o telefone.
_Ela teve primazia sobre o telefone. Senhora, este é o meu ramo de atividades, e não me prejudicarei por uma tolice. Ora, ela que use o telefone dela.
De boa vontade, existem atividades melhores do que emprestar um telefone para demonstrar a alma carente de Deus.
_Se cuida, senhora, se cuida.
As pessoas são melhores, bem melhores.
Grata pela leitura.
Ser Cultural
Conviver
É o essencial,
Conhecer
E aprender,
Ser casual
E entender
Sem querer,
Cultural.
De Vez em Quando / Reflexão
De vez em quando aparece gente dizendo o que se gostaria de ouvir.
Não é todo dia, nem mesmo uma vez por semana, afinal, as pessoas são diferentes.
Disse até mesmo algo que eu já havia equivocadamente escrito, porque não se escreve essas coisas.
Ela se corrigiu na mesma hora, pois também não se diz uma coisa dessas numa panificadora.
Não se escreve e nem se diz, mas é fato, acontece.
Em termos mais sociáveis, deve se dizer que muita gente quer ignorar que tem alma. Soa bem mais educado do que do jeito que escrevi e do jeito que ela disse.
A alma é parte da condição existencial.
A realidade que se presencia é a mesma onde se mudam as circunstâncias, mas as conclusões conceituais são as mesmas.
A diminuição da aceitação da alma tem como apoio, a premissa de que o ser humano pensa porque é inteligente, inteligência que é finita, o que gera certo imediatismo nos objetivos.
O problema não é exatamente o grupo que assim raciocina. O problema é querer se convencer da racionalidade provando ao outro de que esta é a única realidade possível.
Nem todas as pessoas inteligentes desacreditam da alma.
Interessa é que alguém viveu o que foi escrito de ouvir contar.
E a palestra foi tão interessante a todos os ouvintes, que o copo d'água foi um brinde.
Recreio
Sei do tempo
Onde invento
Meu buscar,
Mas concentro
Esse tempo;
Planejar
Um momento
É recriar.
Questão Musical
Outro igual
Desigual,
Um costume
Da geral
Impessoal
De queixume,
Banda e tal,
Ah, isso é lume.
A Saber
Tempo e espaço
Passo a passo
De um saber;
Teoria é traço,
Molde e laço,
Por vender
O afazer
Sem terraço.
Lugar e Momento
Domingo e tempo
De meditar,
Calor, sol, vento,
E o pensamento
Veio p'ra auxiliar
O passatempo
Feito um momento
A descansar.
Moldagem
Acreditar
É diferente,
É mais que orar,
É referente
Ao continuar
Um dia frio ou quente,
E até gostar
De um leite quente,
Mas esperar
Todo dia em mente,
E se adaptar
Ao tempo, crente.