Cirandar
Questão de não dizer
Porque há muito a ser
Num pouco de esperança,
Há tanto a se fazer
Neste ousar em se ver
Na ciranda que dança
Ao som deste escrever,
Que embala a semelhança.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Cirandar
Questão de não dizer
Porque há muito a ser
Num pouco de esperança,
Há tanto a se fazer
Neste ousar em se ver
Na ciranda que dança
Ao som deste escrever,
Que embala a semelhança.
Precioso Passo
Capricho sem cansaço,
Mas o sono é um pedaço
Necessário e essencial
Neste dia que é tribal
E de precioso passo,
Pois que virá cansaço
Novo e será plural,
Desconhecido e igual
A todos nesse traço,
Que assim desembaraço
O amanhã e o matinal
Bom dia novo e habitual.
Duplamente Gostoso / Crônica de Memórias
Era moça. Tinha dezoito anos e tocava violão.
Conversava horas com o homem de trinta e dois, o que deixava a mãe dela preocupada.
De certa forma, o comentário, dentro de casa e entre nós, era consoante.
Ela dizia que ele era um experiente cozinheiro e que aprenderia a boa culinária com ele.
Eu era criança, e ouvia atenta o violão. Gostava dela tocando e cantando Beatles.
Sei que as receitas lá de casa foram compartilhadas com a moça, totalmente devotada à culinária.
Hoje, culinarista com canal no Youtube, não imagina que reencontro algumas receitas de casa no canal dela.
Até conferi a receita antiga no caderno de receitas da época, meio carcomido pelo tempo, ela é fiel ao caderno de receitas, e nenhuma grama de farinha de trigo foi acrescentada ao que ali está escrito.
A esta altura do tempo, percebe-se que a intenção era real, verdadeira, e que ela se deu bem no campo da culinária, mas aos dezoito copiou dois cadernos inteiros de receitas vindas de pessoas com as quais encontrava no caminho, seguida atentamente pelos olhares da mãe e do pai.
Culinarista era uma vocação que ninguém acreditava, pois era normalista e tocava violão.
Não sou ou estou saudosista, fiz o bolinho para o lanche, e comi com alegria, só por saber que existem copistas fiéis, vocações verdadeiras, boas intenções de ensino, aprendizagem em qualquer lugar onde um esteja disposto a ensinar, e outro com a sincera intenção de aprender, e que algumas apreensões são desnecessárias, posto que o futuro pode ser melhor do que se imagina, muito embora toda preocupação seja válida quando oriunda de mãe e pai.
Duplamente saboroso, porque é receita de casa e, agora, da internet, e cheio de otimismo.
Como se existisse receita de otimismo, e no entanto é algo que pode se cultivar, assim espero.
Grata aos leitores pela leitura do texto.
Andar em Círculos
Aproximadamente
De um retorno inconstante,
Indubitavelmente
Que parece distante
O que se tinha em mente,
De novo, e a cada instante
Nada mais se pressente,
A não ser que se encante
O tempo preciosamente,
Todo dia é rio passante
Obrigatoriamente,
Mas o sol é seu brilhante.
Marca Conhecida / Crônica do Cotidiano
Lá fui eu atrás de um produto de marca conhecida. Produtos de marcas baratas e desconhecidos dos contatos podem resultar num resultado não satisfatório.
Encontrei algo de marca conhecida. Ganhei duas revistas com ensinamentos filosóficos, as quais foram colocadas na sacola com a minha permissão.
Eram revistas antigas, e sobre 2019 e 2020, e se tornam significativas por tudo o que aconteceu, nesse caso a pandemia.
Na revista está escrito para que se abandonem os hábitos de 2019 e que se adotem os novos hábitos, que surgiriam em 2020.
Naquele tempo, a pandemia não existia, o que havia era o surto de uma doença desconhecida no lado oriental, Coréia e Japão, mas a revista advertia que talvez o mal desconhecido se espalhasse pelo mundo.
Em conjunto estava outra revista, a que advertia especialmente as mulheres de que a zona de conforto não existiria mais, e que dali em diante as mulheres andariam sobres as pedras de um rio com cuidado e equilíbrio, mas que estivessem preparadas para isso.
Na foto, uma moça usa um tênis apropriado para não escorregar e está com os braços esticados como equilibrista, mas não vou fotografar e mostrar aos leitores porque precisaria de permissão da revista para postar as fotos.
A revista diz que os novos hábitos são definitivos, sem previsão de fim, ou das mulheres voltarem aos velhos hábitos, tais como o batom.
A revista foi publicada na última semana de 2019 e está ali para os fregueses como brinde ao dia de hoje.
A vendedora ainda desejou vida longa, e que eu voltasse a ir até aquela loja.
A loja eu não conhecia, mas haviam me indicado um endereço, e a loja do endereço está em reforma e sem produtos, mas o que eu precisava estava noutra loja, a qual entrei por curiosidade, apenas para perguntar se tinha o produto que eu queria, mas de marca conhecida.
Esta loja tinha o produto de marca conhecida, e comprei ali o tal do produto.
Histórias curiosas e com coincidências acontecem a todos.
Além de comprar o que precisava, voltei com a certeza de que ainda será preciso alguma paciência e prudência, porque não somente eu, mas todas as mulheres, têm que caminhar cautelosamente sobre as pedras de um rio.
A revista especificou as mulheres, é preciso dizer.
Gostei disso, porque também significa que se pode encontrar o que se precisa sem nenhuma ansiedade para fazer a compra.
Grata pela leitura.
Poema Irreverente
Tantas variáveis
Interferentes
E nomináveis,
Que irreverentes
Ficam estáveis,
Mas renitentes
Quando versáveis
Indiferentes.
Essas variáveis,
Hoje coerentes
E incomparáveis,
São de repente.
Pingente
Ao invés, e que me comporte,
Escreveria amor e sorte,
Porque existe a loteria
Da atitude a cada dia,
E a bússola aponta ao norte
Magnético, e este recorte
A neblina não vigia,
O que ao navegante é guia
De salvação, quando a sorte
É revés, sem que ao outro importe,
Pois não sabe aonde e se iria;
Mesmo com vale-transporte.
Inovação
Todo dia é um exercício,
Quando há motivação
Por ser um reinício
Necessário à canção,
Presente sub-reptício
Chamado inovação
Em forma de artifício
Que lembra a multidão
Em festa, o que é resquício
Do dia que diz que é não,
E não por desperdício;
Mas por obrigação.
A Cereja do Bolo
Derretida,
Mas surpresa
Descabida
É água acesa,
E acolhida,
"Live" e mesa
Revivida
Com cereja.
Decodificação Espiritual / Crônica
Ganhei um Devocional, mas de outra igreja, e de modo muito particular.
_Ganhei dois devocionais, mas disse que levaria apenas um, e te dou de presente, pois tenho certa convicção que você lê devocionais em voz alta, e eu tomarei conhecimento do contém o livro de qualquer modo. Mas fui educado e disse que faria uma leitura em grupo.
Fato, gosto de devocionais, principalmente desses com um devocional para cada dia do ano.
Gosto de folhear o devocional, é como um petisco leve durante o dia.
Bem, tal fato me fez muito bem.
Nesse folhear por folhear, fixei-me no texto que diz que cada um de nós nasce com um decodificação espiritual única, feita por Deus antes de nascermos.
Respeitar essa codificação é o primeiro passo.
São múltiplas as interferências pelas quais todas as pessoas são questionadas, e entre sim e não, devem ser respondidas.
Por que as respostas têm duas escolhas, porque Jesus disse: "Seja o seu sim, sim, e o seu não, não. Além disso pode-se fugir da resposta, com a permissão daquele que se refugiou muitas vezes nas montanhas, onde ficava para meditar, e onde mesmo foi tentado a pecar e se livrar da cruz.
Pode-se, sim, fugir-se de uma resposta, mas não se deve fugir da decodificação espiritual, ou seja o que se é e o que Deus é para você.
Também, tem-se em conta que tentar tomar a melhor atitude é uma obrigação para com a decodificação espiritual recebida antes de nascer, com moderação e temperança.
Às vezes se pergunta se alguém pediu para diminuir o sal da comida, e em todo caso, é melhor seguir sem ficar olhando para trás, quando para trás se deixa uma terra destruída pela vontade de Deus, ou seja ninguém faz excursão, em sã consciência para ver as lavas de um vulcão em erupção, ou os tsunamis subsequentes.
Entenda-se que se não for por missão, ninguém deve ir ao encontro das lavas de um vulcão em erupção.
Entretanto, se a codificação espiritual, fez de alguém, um salva-vidas de acidentes naturais, estando a pessoa apta para a missão, é uma obrigação, e esta pessoa vai porque sabe lidar com situações do tipo.
O texto também diz sobre a percepção de um problema que é só de uma pessoa, e neste caso, segundo o texto, o melhor é aceitar esse problema sem se esquivar, porque as bênção que virão após o desafio, serão igualmente única e exclusivamente dessa pessoa, Deus te abençoa em particular.
Os problemas e as dificuldades podem ser parecidos, mas a cada pessoa caberá solucionar de forma individual o seu problema, mesmo quando compartilhado com outras pessoas, hoje em dia, ninguém está sozinho, e até quando sozinho, há que imaginar um momento melhor, ou tão bom quanto este, depende do momento atravessado a todo o tempo da existência.
O fato é que o texto leva a várias ilações, e diferenciações particulares nos indivíduos, mas pede que cada qual seja generoso consigo mesmo, e que disso não tenha orgulho, para que a generosidade para consigo mesmo possa se transformar em bênçãos para os outros.
Este texto veio de um folhear do Devocional.
Gostei! Grata a quem der uma lida!
Tribos
Ponto e cochilo
Na oca da tribo,
Depois paçoca
Depois do livro
Do dia tranquilo
Que se desdobra;
Questão de estilo,
De tribo e de oca.
Eu tive que buscar um conceito para o mecanicismo e suas diversas áreas conceituais:
Filosofia: Doutrina filosófica que entende a natureza a partir de sua submissão aos processos mecânicos; corrente ideológica que analisa a natureza como uma máquina; maquinismo.
Biologia: Doutrina segundo a qual os seres vivos são analisados ou entendidos a partir de uma sucessão de causas e/ou consequências de proveniência físico-química.
Imagino como será a civilização com tais conceitos enquanto pensamento dominante, embora com conceitos mais modernos que já tenham alterado tal visão, que não é simplista, como a teoria quântica na física, que transformou o mecanicismo em algo ultrapassado cientificamente.
Na biologia, se opõe ao vitalismo, que é doutrina formulada por cientistas europeus, especialmente entre meados do século XVIII e meados do século XIX, que defendia a ideia de que os fenômenos relativos aos seres vivos (evolução, reprodução e desenvolvimento) seriam controlados por um impulso vital de natureza imaterial, diferente das forças físicas ou interações fisioquímicas conhecidas.
Por extensão, o vitalismo abrange outras áreas do conhecimento, como a psicologia, para a qual o mecanicismo pode explicar realidades sobre o ser humano, mas que o vitalismo, o torna mutável ao longo da existência.
O mecanicismo, por enquanto, é válido para a natureza, a qual funciona de modo próprio, e uma vez compreendido o seu mecanismo de funcionamento, pode ser preservada, e modificada, se convier, com espécies e plantas mudando para climas parecidos, com algum sucesso e sem prejudicar o habitat natural de uma região, como café e cacau, exemjplos humildes.
O ser humano vive em meio à natureza, e até se pode dizer que funciona mecanicamente, mesmo sob o ponto de vista da psicologia orgânica, e da biologia.
O problema é que não se pode pensar o ser humano única e exclusivamente, como um ser de perguntas e respostas prontas, até porque biologicamente ele é construído de milhões de partículas ínfimas em constante movimento, ou seja, o ser humano é o "caos" biológico, e ainda por cima pensa, e o seu pensamento nem sempre é condicionado ao seu mecanismo biológico.
Atualmente, os filósofos estudantes eternos das aparência sensíveis por amor à sabedoria, alertam sobre o perigo de se seguir essa onda mecanicista, em que todas as relações se dão a partir dos movimentos conhecidos da natureza em relação ao seu meio ambiente.
É certo que ao conhecer o funcionamento das coisas, muito se pode prever, mas tal pensamento poderia e pode levar a exclusão de outras correntes de pensamentos, que continuarão a existir, independentemente da corrente filosófica cultural de uma época.
O que se pede, é o mínimo razoável ao ser humano, que acredite que possa pensar, mesmo sem dizer, fato que acontece deveras ao redor do globo.
Não existe exatidão para dizer como é que a vida funciona para se chegar a um objetivo, o que é uma realidade, pois quantos objetivos estão pausados neste tempo de pandemia, e as consequências físico-químicas da pandemia não podem ser negadas.
Por exemplo, as aulas são ainda online ou híbridas, não conversamos pessoalmente com muitas pessoas, vamos estranhar a convivência e os diálogos. Biologicamente estamos mudados porque o tempo passou, e lá se foram dois anos de existência com múltiplas experiências caseiras, sendo que não dependeu somente do esforço de cada umo resultado daquilo que se é hoje.
Confesso, que fui cortar o cabelo fora de casa apenas duas vezes nestes dois anos, e que tesourei em casa e prendi com elástico, algo que é absurdo, mas que valeu para tentar evitar o vírus.
Se fosse mecanicista, e simplista, diria que o vírus funciona de um jeito e eu de outro jeito, mas a vida não é só isso, pois em casa houve uma modificação cultural, uma convivência entre livros e "lives", discussões temáticas, e a esta altura, o pensamento se modificou em parte.
Perceba-se que não discuto Deus e religião neste texto. Não é o caso.
Discuto o pensamento mecanicista como ideologia filosófica crescente, mesmo já tendo sido superado em diversas áreas da ciência.
Em resumo, o pensamento mais interessante que li nesses últimos dias, é para que ninguém se obrigue a seguir uma filosofia, especificamente, a mecanicista, porque é moda e todo mundo segue.
Afinal, quantas vezes, especialmente as mulheres, vestem uma roupa da moda e se sentem esquisitas, como se fossem outra pessoa.
As revistas de moda aconselham a que se use a moda em acordo com o seu estilo pessoal, porque a moda existe para a mulher e o homem sentirem-se bem apresentáveis, e quando não cumpre tal função se torna desnecessária.
Enfim, diversos conceitos filosóficos fazem parte do dia a dia das pessoas, e a relatividade de Einstein ainda é válida.
Grata pela leitura.
Fone de Ouvido
Fone de ouvido
Inseparável,
Está comigo
Aonde vou, ouvido
Multiplicável,
Moderno e antigo,
Não repartido,
Mas ajustável.
Raio de Pulo Leve
Respeito é sobretudo
E cachecol , se deve
A todos, e não mudo,
Mas dito como escudo,
Contra o qual não se atreve
Passar do conteúdo
Neste tempo bicudo
De raio e de pulo leve.
Feito em Casa
Bom dia automatizado,
Desfaça essa tensão
Em máscara colado,
Mas há certa razão,
Porque o que é liberado
Leva a máscara à mão,
Ao bolso, ao álcool guardado,
Entrave e amarração.
Época Dimensionada
Sabe-se dessa tensão
Da alagada previsão,
Mas a dimensão do tempo
É que pega o pensamento,
Mesmo com o calorão,
Verão que veio sem noção,
Por querer um passatempo
Numa época em que o momento
Humano não tem vazão,
Restrito a sua obrigação
De manter-se sem seu tempo,
E faz tempo, a olhar o vento.
Desculpe, Engano / Crônica do Cotidiano
Aqui não tem ninguém com esse nome, respondi, não tem mesmo. Vim passar café,e me distrair.
Lembrei de Valentina, na sua inacreditável solidão. Solidão de geladeira, quantas vezes contada e explicitada, cheia de responsabilidades, mas em meio ao conforto, o que fazia com que a queixa caísse no vazio.
Guardo um presente que ela me deu, uma toalha de mesa, ela foi significativa.
Lembrar de Valentina é lembrar de uma amiga que não cheguei a ter, mas com muitos pontos em comum, tais como a educação, os valores espirituais, mas quase não conversamos, éramos extremamente sociais, o que não impede de haver respeito.
Toda vez que ela inventava uma brincadeira, e ela gostava de inventar sortes com santos, a proibiam dizendo que era algo muito perigoso porque poderia atrair coisas ruins.
Eu ria dessas proibições, e dizia que era crendice, e ela concordava, mas isso não bastava e a proibição era certeira., pois nos intimidava de fato o medo de que algo ruim pudesse acontecer.
Houve um dia em que ela resolveu brincar, não com santos, mas outra brincadeira, a de dizer que se mandava.
Quando eu ouvi, pensei que não sabia se ela deveria dizer que se mandava, quando não podia fazer brincadeiras inocentes.
Moça sem vício algum, extremamente cuidadosa com os afazeres, responsável, muito embora eu prefira a minha despensa de café do que a geladeira em que ela vivia. Trocávamos receitas e nos divertíamos trocando receitas de tortas. Ela me ensinou a não talhar o doce que eu volta e meia talhava e que bastava colocar uma colher de sopa de amido.
Não quero sentir saudade, ela não precisa dessa saudade, ela está com Deus.
A solidão dela era sistêmica e inacreditável, o sofrimento dela era físico e invisível, e as brincadeiras lhes eram proibidas.
Observando os outros é que a gente se corrige sendo diferente.
Aqui não tem ninguém com esse nome. \aprendi a ser diferente, mas foi Valentina quem me ensinou.
De volta para a rotina já!
Grata aos leitores.
Pescador
Pescador só quer pescar,
Vive ele para o seu mar,
Mariscos, peixes, camarão,
E essa ideia de contramão,
Colesterol nem pensar.
Água fresca e bom sombrear
Ao ouvir o mar em canção
Distante, por precaução.
Pescador atento ao mar
Bem sabe desse enredar;
Lazer de alimentação
Atento a rebentação.
Visualização
Conceito humano,
Ser moderado,
Mas sem engano;
Fazer este ano
Aculturado
Com cotidiano
Seria algo insano
Acrescentado.
Frescura
Quatro gripados,
Quanta loucura!
Todos na rua
Despreocupados,
Máscara nua,
Lenço que sua
Em tantos lados,
E eu de frescura.
Lamparina
Tempo encoberto,
Luz, livro e acerto
Esta cortina
Que mostra o incerto
De óculos perto;
Leitura é sina
De desconcerto,
E lamparina.
Traços Sutis
Se faltou espaço,
Há a reflexão,
Genuflexão
Do dia em cansaço;
Mas o compasso
D'alma é a razão
Com a emoção
Em fino traço,
Sensato passo
D'uma reunião,
Liberação
De alma e de abraço.
Bitola
Enquanto o planeta gira
Feito bola, o vírus rola,
E ao nariz, constipa e gripa,
Como se fosse marola,
E nos constrange e bitola
Ao desuso, à rototipa,
Enfim ,tipografia e viola,
Com café e paraguaia chipa,
E nisso mais que se enrola;
Modo próprio, e o tempo apita,
E ao futuro a mesma bola
Parece, mas é onda e crispa.
observar tulipa
Caminho dos Reis Magos
Dia de Reis,
Foram três
Abençoar
Dessa vez,
Outros seis
Nesse andar,
E tereis
O voltar.
Tem Algo Errado / Crônica do Cotidiano
Consequência da Pandemia.
Recebo um email.
Liguei para o serviço de atendimento ao consumidor a fim de me situar sobre a situação.
Divirtam:se, leitores:
Primeiro com o atendimento automático:
_Diga o que deseja, e eu encaminho a solução, resposta da voz feminina de inteligência artificial.
Informações.
Ela, a voz, respondeu:
_Não entendi, nós temos opções para segunda via de boleto bancário. Por favor, diga o que deseja>
Eu respondi:
_Outros assuntos.
Ela, a voz, respondeu:
_Não entendi. Nós temos algumas opções. Quer mudar o dia da fatura? Pelo WhatsApp é mais rápido, não quer enviar uma mensagem para nós? Por favor, diga o que deseja.
Eu respondi:
_Conversa.
Ela, a voz, respondeu:
_Não entendi. Como não entendi, vou transferir a ligação para um de nossos atendentes.
Louvado seja Deus, porque havia uma atendente em pessoa para atender a ligação.
Em questão de segundos, o problema foi resolvido:
A moça de carne e osso do outro lado da linha, respondeu com clareza:
_Eu não sei se foi enviado algum email para a senhora. É melhor desconsiderar esse email. Em caso de dúvida, por favor, ligue novamente.
Eu reclamei do atendimento ao consumidor.
Os melhores sistemas não substituem uma conversa rápida e eficiente.
Cuidado, leitores, com emails aparentemente sérios, mas que geram dúvidas ao consumidor.
Quanto às empresas que possuem serviços de atendimento ao consumidor, que não pensem que é econômico, ou inteligente um sistema que fala, o sistema com opções diversas incluindo falar com um atendente, ainda facilita a vida do consumidor.
A pandemia trouxe algumas situações que agregaram um certo desleixo para com o consumidor, e com a vida voltando ao quase normal, somente nesta semana, foram três destas situações.
A outra situação foi inesperada:
A recepcionista de um banco me disse que não correntista não poderia pegar a fila do caixa para pagar o boleto onde estava escrito o nome do banco que o geriu.
Provavelmente, são situações que se repetirão, até que haja uma normalização, algo compreensível, mas que coloquem pessoas para conversar com os seus clientes, o ser humano é essencial nessas horas.
Quanto ao email, de novo, não foi somente a minha paciência, foi a da moça também:
_A senhora desconsidere o email pela falta do email no sistema de envio, o que não pode acontecer.
Começo o ano com crônica, nem eu adivinharia isto.
_
Impactação
Senti o clima,
O que anima
A correr
Dessa rima,
Desanima
Por não ser,
E termina
Sem dizer.
Possibilidades
Descombinar,
E colorir,
Não combinar,
E nos vestir
Para passear,
Lugar por vir
Sem veranear,
Mas divertir
Para aliviar
E descontrair,
Visualizar
Outro existir.
Bonito de se Ver
Moderação,
Ressaca boa,
Risada à toa
Sem reflexão;
Soubessem a união
Chuva e garoa,
Sabiá que voa
De coração
Em coração,
Pessoa a pessoa,
Nos abençoa
Nessa criação.
Bahia/Axé
Bahia abençoada,
Da boa comida,
Da fé encantada,
Rede e dormida
Da graça dada,
Da boa acolhida
E boa pousada,
Teu nome é vida,
Paz recostada,
Axé à sortida
De onda rendada,
Agradecida.