Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Amigas e suas tentações.

Amigas e suas tentações.

Jellyfish

Eu tive uma grande amiga chamada Dafne. Ela estava casada, mas em crise conjugal. Eu era a sua confidente e ela, a minha. Aconteceu que um amigo do marido dela se hospedou na casa deles durante três meses. O amigo era educado, generoso, trabalhador e enfim, lindo.

Eu conheci o homem numa daquelas tardes em que desabafávamos uma com a outra. Ela me disse que o amigo do marido era um homem e tanto. Perguntou se eu concordava com ela e eu disse que ele era um pedaço de mau caminho. Ela se sentia atraída pelo homem, mas não queria trair o marido. Eu também achava aquele homem algo educado o suficiente para pessoas como eu, que gosta de intelectuais.

À medida que nós conversávamos, o marido dela e a minha irmã desconfiavam do porquê de tantas conversas particulares e nós duas não percebemos a desconfiança.

Aquele homem nos perturbava emocionalmente e, se ela fosse solteira, teríamos uma rivalidade e algo pelo que competir. Ela era minha amiga, esposa fiel e, para não trair o marido, resolveu viajar naquele fim de semana no qual o marido iria ao jogo de futebol e os dois ficariam a sós na casa dela. Ela não havia contado que o “amigo” paquerava ela e a mim, quando eu estava lá. Ela implorou para que eu atendesse a saída do hóspede da casa dela no sábado. Ele iria até Paranaguá de trem e voltaria no domingo, depois que o casal chegasse de viagem. O marido não queria emprestar a chave da casa para ele e também me pediu o favor.

Chegou o sábado e eu fui até lá sob os protestos da minha irmã Isaura, que me chamou de irresponsável e inconsequente. Cheguei lá, o homem estava se arrumando para sair e me perguntou se eu queria que ele fechasse a casa para mim. Eu disse que sim. Eu era amiga, mas não entrava no quarto deles. Achava muito esquisito fechar a casa da Dafne. Ele fechou-a e pediu-me que verificasse se o alarme estava ligado. Eu sabia onde ficava o alarme e também que ao fechar a porta da rua ele ligaria automaticamente, mas eu disse que ela não havia me contado sobre o alarme. De repente, uma aranha apareceu na parede da sala. O amigo perguntou se eu queria que ele a matasse. Eu disse que sim. Ele correu no quarto, pegou as chinelas do marido e matou a aranha. Aquilo estava demorando, ele era um “homem especial” e eu estava sem namorado há mais de ano. Uma coisa não tem que interferir na outra, pensei.

Afirmo com a convicção de amiga fiel que resisti àquele olhar. Estava na casa dela com o amigo do marido dela. Pensei na minha irmã e abri a porta da casa e me posicionei do lado de fora. Aguardei que ele pegasse a mochila e saísse também. Ele saiu, continuou me paquerando e eu disse até mais com um beijo no rosto dele. Vim embora prometendo a mim mesma nunca mais entrar em uma situação dessas.

No que a Dafne chegou de viagem, me telefonou e agradeceu porque estava tudo em ordem conforme eu havia prometido que ficaria.

Era quase fim de ano. Festas, férias e família. Saí com a Isaura e nos divertimos bastante. Quando o ano começa, revejo a Dafne. Ela me abraça e chora. Ele, o amigo do marido, havia ido embora. Ela devia estar contente, mas chorava com a ausência dele.

_Por que você chora tanto Dafne? Perguntei eu.

_Ele veio aqui se despedir e o meu marido não estava em casa.

Nesse instante, o marido dela entra e vê a Dafne me abraçando e dizendo que sentiu saudades.

A nossa amizade acabou aí. O marido dela pensou que ela chorava por mim.

Hoje, quando nos encontramos, nos cumprimentamos e seguimos em frente sem muitas conversas. Nós duas sabemos o porquê e sabemos que fomos amigas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pedra de Sal, miniconto publicado.

Pedra de Sal

Para mostrar a força do mal, alguns bruxos de Ipioca, Maceió, resolveram transformar Janaina em uma pedra de sal. Para isso iriam testar os limites da moça. Se deixasse de ser capaz de amar, viraria sal.

Januário questiona os seus colegas:

_Se nunca transformamos chumbo em ouro, como transformaremos a jangadeira em sal, se a moça conhece o mar e as salinas do nordeste?

Os auto-intitulados “Quatro Cavaleiros do Jegue Poderoso”, sorriram com superioridade.

_Riam por enquanto, que eu nunca vi gente se transformar em nada. Não gosto disso.

Os quatro afirmaram que não usariam de violência. Se eles conseguissem transformar a moça em sal, eles ficariam ricos. As panelas de barro se transformariam em ouro no mesmo instante.

Januário não queria dinheiro desse jeito. O homem vivia do dinheiro das três peixarias na cidade de Ipioca. Ele vendia os peixes em panelas de barro. O segredo do seu peixe eram as panelas, as embalagens e os temperos que davam o sabor ideal. Não quis participar do negócio, mas prometeu segredo.

Dos quatro inimigos, uma era mulher. Seu nome era Sandra. Ela procurou a irmã de Janaína, Petúnia e assim lhe falou:

_Tenho tanto dó de Janaína, sempre no mar, sem cultura. Você não quer ajudar a sua irmã? Ela é tão simples. Desculpe-me por te dizer essas coisas, mas você é professora. Ela poderia ser bióloga. Ah, se ela largasse a jangada por uns anos, ela viveria bem melhor.

Petúnia sentiu uma espécie de remorso. Ela, logo ela, que fazia os testes para o mestrado em matemática; não pensou em ajudar a irmã a seguir uma carreira profissional. Deixou a irmã trabalhar com jangada.

O segundo dos quatro era Piancó. Ele se dirigiu ao pai da Janaína.

_Que bela jangadeira o senhor tem em casa. Que moça bonita. Eu tenho uma preocupação com ela. Se o senhor me der licença, eu falo.

_Pois não, homem. Eu entendo a palavra dos homens de estudo. Pode dizer.

_Eu sei que a sua filha trabalha com jangada e a própria profissão exige bermudas e camisas soltas. Na barbearia andam falando da beleza da sua filha. Será que é muito pedir que esconda um pouco as belas maneiras da moça? Até o padre anda reparando nos comentários. Logo, logo, o padre vai falar com ela. É melhor evitar esse constrangimento. O senhor é pai e não merece esse sofrimento. Por favor, me perdoe essa liberdade de dizer essas coisas.

_Não peça desculpas homem. Um pai avisado é um pai salvo. Eu sou pescador e eu que mandei ela se vestir assim. É bom para a pesca. Vou dizer para que ela não vá à cidade sem se arrumar.

O terceiro homem, Arlindo, era o dono do melhor salão de beleza da cidade. Ele arrendava o ponto para cabeleireiras. Uma das locatárias do salão sugeriu à mãe de Janaína que a moça usasse um novo penteado.

_Janaína anda mostrando o estrago do sal do mar nos seus cabelos. Assim a coitada fica deslocada no meio das moças da terra. Todas arrumadas. Não é questão de dinheiro, não. É questão de se arrumar como moça. A senhora, que é mãe dela, dona Teresa, precisa dar uns conselhos para que ela se arrume, se enfeite. Como diziam os antigos, quem não se enfeita por si se enjeita.

O quarto homem era o dono da padaria. Janaína comprava os pães para a família. Ele, quando via Janaína no seu estabelecimento, oferecia todos os doces para provar. Janaína aceitava apenas um, fora ensinada a não abusar da cortesia das pessoas. Seu Olegário se zangava. Por ele, ela comeria quilos e mais quilos de guloseimas para engordar. As jangadeiras normalmente não são gordas porque o exercício com a navegação não as deixa engordar. No entanto, elas também não são muito magras; elas precisam de força para trabalhar.

Janaína voltou do mar e não reconhecia mais a sua família. Eles davam muitos palpites. Estava difícil a convivência. Ela estava contrariada e de rosto enfezado. Não eram os palpites, era a desconsideração com o seu jeito de ser que a feria.

Januário observava o novo jeito de Janaína. Gritava o nome dela na beira da praia.

_Janaína faça negócio comigo. Eu compro os seus peixes.

Janaína aceitou a parceria. Tinha desistido da sua barraca de peixes na beira da praia. Janaína era bonita, mas com jeito de pessoa pronta para a briga. Fregueses não faltaram. Janaína ficou bem de vida. Não foi mais ao salão de beleza dali. Estudou para construir jangadas. Janaína se vestia do jeito dela. Janaína era ela mesma e gostava de ser o que era, mas ainda contrariada.

Um dia, Januário foi encontrado ferido de faca na calçada em frente à peixaria. Janaína chorou sobre o ferimento. Januário curou a ferida. Pediu à Janaína que montasse a sua barraca de peixes. Nem que fosse para alugar. Nem que fosse para achar o seu sorriso , que não era pedra, era sonho, era onda, era mar, era amor. Barraca Janaína do Mar.

O Verso do Reverso, miniconto publicado.

O Verso do Reverso.

Era uma vez um próspero comerciante em pleno estágio de desenvolvimento. O armazém gerava lucro e ele pensava em aumentar o tamanho da loja e colocar mais produtos à venda. Chuvas fortes caíram sobre a cidade de Jaraguá do Sul em 1.974, todos os produtos se perderam na enxurrada, junto com o leito do rio que transbordou. Naquele tempo o seguro não era comum e muitos comerciantes não o contratavam. O empresário Rui se viu na pobreza da noite para o dia.

Olhou para a mulher e os quatro meninos e se perguntou como iria alimentá-los. Procurou ajuda dos parentes, dos vizinhos e dos amigos, mas todos estavam em situação igual ou pior que a dele. Estava desolado e sentou-se na calçada olhando o céu. Vinha mais chuva, céu cinzento, nuvens carregadas e a tristeza espelhava a cidade naquele momento.

Eis que mais um temporal se anunciava, bem perto daquela esquina mais um relâmpago desceu a terra. Atordoado com o trovão, que veio três segundos após o raio, pensou que aquela luz talvez fosse um aviso de Deus. Ele precisava do Ser Superior naquele momento. Lembrou da chácara em Corupá, recém comprada, onde ele se aventurava na vida de pequeno agricultor e onde contava, no futuro, construir uma casa de campo para a família usando parte dos lucros vindos do comércio. Na chácara havia: vinte e cinco galinhas e dois galos, cinco porcos e uma vaca, mudas de milho recém plantadas e uma meia-água com banheiro. Decidiu vender a loja para um comerciante vindo de Porto Alegre e levou a família para Corupá.

Devagarinho arrumou a casa, construiu uma sala, dois quartos e uma cozinha. Era bem menos do que ele tinha antes, mas sobrou dinheiro para manter os meninos estudando no colégio dos padres. Contando com a facilidade de não pagar aluguel e, com a alimentação garantida com a riqueza dos frutos do lugar, ele conseguia sobreviver com os parcos recursos que tinha.

O milho cresceu e Rui vendeu bem a safrinha. Em cinco anos de trabalho, ele e a família conseguiram se reestruturar. Com as economias feitas naquele período, voltou novamente ao comércio. Arrendou um ponto comercial em Jaraguá do Sul. Rui era um vitorioso, voltava à vida na sua cidade natal. A família sentia-se vitoriosa e ficou satisfeita em voltar para Jaraguá.

Em 1.975, Rui comprou a loja, que agora era da família. Não houve prejuízo para a educação dos meninos. Estavam com a saúde em dia. Parecia um sonho.

A loja progredia e estaria tudo bem não fosse uma melancolia que os assomava de vez em quando. Era a lembrança da chuva. Era muito mais que isso, pior que isso, os garotos sentiam saudades da estadia em Corupá. O contato com o campo, a natureza, o rio, a visão das cachoeiras. Eles não sentiram falta de nada. Jaraguá do Sul, que era tão amada por eles, de repente, se tornou incompleta. A palavra “se” insurgia nos pensamentos deles.

_E, se tivéssemos ficado lá o resto dos nossos dias, como seria? Perguntava José.

_Eu cresceria e casaria com a Rita. Lembra da filha do senhor Orlando, aquela rapariga querida, bonita como ela só. Disse Lauro.

_Eu seria padre. Gostei tanto daquele colégio. Agora perdi a vontade. Agora tudo o que eu quero é uma galega para me fazer companhia nos fins de semana. Disse Joaquim.

_Eu seria agricultor. Plantaria cada vez mais e venderia a plantação por um preço melhor ainda. Falou em voz firme o jovem Ivo.

_Talvez fôssemos diferentes, mas não precisamos. Se não tivesse aquela enchente, talvez nem tivéssemos ido até lá. Voltamos a nossa velha boa vida, disse Rui, com voz fraterna de pai.

Laura, a mulher de Rui olha pela janela. Sonhava com o amanhecer na chácara. Queria o leite morno tirado na hora da vaca Saúde. Queria olhar o pôr-do-sol da janela daquela casa abraçada ao marido. Queria um abraço confiante, uma construção a quatro mãos.

A verdade era que a chuva tinha definitivamente dividido o tempo daquela família no antes da chuva e no depois dela. Agora Corupá estava dentro deles. No entanto, o dinheiro vinha do comércio da loja. Os contatos comerciais, os fornecedores e os clientes estavam em Jaraguá. A chácara não gerava renda suficiente para uma vida tranquila, apenas ajustada.

_Já sei! Corupá não sai mais de nós. Corupá virou poesia e poesia é para a vida toda. Vamos cuidar da chácara, vamos continuar a safrinha, criar as galinhas e os leitões. Eu quero mais leite morno para me agasalhar. Eu quero te abraçar olhando para o horizonte. Disse Laura a Rui.

O marido, Rui, a encara estupefato.

_Nós perdemos os móveis, a casa, a loja, ficamos quase sem comida e tu queres reprise?

_Não, não é isso o que eu quero, respondeu Laura. Eu quero que mantenhamos o afeto, o lirismo de Corupá em nossas vidas. Para todos nós Corupá foi um recomeço. Foi uma fantasia que veio de um raio e de um trovão. Eu quero sonhar Corupá. Eu quero a esperança cultivada na terra e nos destinos dos nossos filhos. Tu vais manter a loja, mas vamos para lá todas as vezes que sentirmos vontade de sentir a coragem e a força para recomeçar. Eu quero cultivar a árvore que enfrenta os desafios com otimismo, mesmo na hora em que a dor é inevitável.

Os três filhos mais velhos se divertiram:

_Isso é poesia. Corupá é o nosso poema. É uma história a ser contada.

_Então é conto. Eu cuido do milho e da safrinha. Replicou Ivo.

Coelha Oprimida , miniconto publicado.

Coelha Oprimida.

O líder dos macacos, Macaquildo, irritado com o desprezo com o qual a bela dona Coelha o tratava, ordenou à macacada que organizasse e executasse um plano para dar uma lição na moça. Esse plano havia de valorizar a figura do macaco e nada sutilmente culminar com o casamento do líder com a Coelha.

Os Coelhudos, parentes da Coelha, de repente espalhavam boatos dizendo que ela era esquisita, que tinha complexo de borboleta (pensava que podia voar), que estava deprimida com o fim do relacionamento com o macaco. Para eles unir a força de um líder à esperteza de um coelho, era tudo para se desejar.

A dona Coelha não está deprimida. Ela está cansada com as pressões da vida, os estressados que a rodeiam.

Os pássaros, que do alto observam tudo o que acontece na floresta, ouvem as lágrimas que rolam nas faces da dona Coelha. Eles descobrem todo o sofrimento dela e fazem canções. É ofício, uma obrigação, é o preço do sucesso e da audiência dos seus chilros.

As cobras fumantes (algum tempo atrás havia cobras fumantes nesse país) e não fumantes ouvem a nova canção dos pássaros e ficam indignados. Fazem uma reunião no covil e decidem ajudar a dona Coelha. Convidam a moça Coelha para passar uma temporada no capão da floresta.

Os ratos a seguem, sob o comando dos macacos, mas não se aproximam, afinal, as cobras comem os ratos. Eles voltam para a floresta e contam ao Macaquildo.

Os patos selvagens são informados através dos pássaros, do drama da dona Coelha e deliberam sobre a questão:

_Não admitimos uma coelha protegida por cobras. Fica acordado que, nós, que não somos predadores de coelhos, tomaremos conta dela.

A dona Coelha aceita a ajuda dos patos selvagens. Na confusão em que a meteram, os patos são menos perigosos que as cobras. Nesse instante, em que a dona Coelha percebe-se cercada por macacos, ratos, cobras e patos, em que o abatimento se faz presente em sua vida, do meio da floresta surge um ninho de coelhos. Eles a convidam para brincar de roda no dia seguinte. Ela os abraça, agradecida.

À noite a coruja pia forte e sinaliza a morte de alguém. As cobras e os patos escutam o pio.

Dona Coelha acorda alegre e corre para a roda dos seus amigos coelhos. A roda se faz, todos se dão as mãos. A roda gira e aos poucos afasta a dona Coelha do capão. Ela não percebe.

Quando, em rodopios, estão saindo do capão, dona Coelha cai no buraco do tatu. Os coelhos seguem rodando com tanta rapidez, que não percebem a ausência da dona Coelha.

O tatu, que está dentro do buraco, guia a dona Coelha de volta ao capão. As cobras a advertem:

_São coelhos da mesma espécie dos Coelhudos. Macacos me mordam se, eles não forem seus algozes.

A dona Coelha disse que percebeu a tocaia, mas a velocidade do giro da roda a prendia com tanta força, que ela não conseguia fugir. O buraco do tatu foi a sua salvação.

Os patos piscam e sorriem para as cobras. As cobras pedem aos pássaros que procurem coelhos de outra espécie que seja compatível com a dona Coelha. As cobras dizem aos patos:

_Se não encontrarmos bons coelhos, os macacos literalmente comem a Coelha.

Os patos concordam com as cobras e ordenam que a dona Coelha passe o dia descansando e comendo cenouras até que se sinta melhor. Nenhum deles ali é coelho, mas todos respeitam a dona Coelha e a querem bem viva.

Os pássaros conversam e conversam, procuram e procuram, e nada encontram.

A árvore de cacau escuta e um dos seus ramos sugere:

_Pássaros, por que vocês não colocam a dona Coelha junto com a turma de coelhos que fazem dos meus frutos amargos, o mais doce e encantado elixir da vida?

Os pássaros mal ouvem o que é dito e correm para darem essa alternativa às cobras e aos patos.

_Contra Coelhudos, coelhos dos deuses, dizem os patos.

_De acordo com os humanos, não se paga o mal com um bem? Perguntam-se as cobras.

Dona Coelha, hoje é uma empreendedora, faz sucesso e pode ignorar o ambiente opressivo de onde viera. Os patos selvagens e as cobras cuidam daquele lugar. O problema não é mais seu. Ela ainda procura os coelhos certos. Ou melhor, os coelhos bons a admiram. Ela é amada pelas suas conquistas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

As fotos ficaram tão bonitas!

AMANHECER 

 

Neblina e sol.

Enquanto o sol desfaz o enigma

Que cobre a mata,

Encanto claro é paradigma

De nobre errata.

Viceja forte o mal desse estigma

À pena ingrata,

Compondo o incerto cálculo, o pigma

Frustrando a exata.

 

Vejam a estrela reflexo dos raios solares sobre a neblina: Depois dessa, até tenho vontade vontade de acreditar em E.T.s

NEBLINA