Eu Me Importo Com e Por Você / Crônica de Supermercado
São momentos únicos, mas demonstra a importância de se ter uma boa comunicação, que é melhor do que apenas falar por falar.
Todos os relacionamentos são apreciáveis quando o assunto é transmitir a ideia que se quer passar realmente.
Que não me levem a mal as enfermeiras, mas hoje na fila, quem contou a história foi ela.
Eram duas amigas. A primeira perguntou se a amiga tinha algum problema porque a fisionomia não estava lá muito simpática.
_Não estou bem, fui mal educada com responsável pelo meu setor. Não a chamei de velha porque me segurei.
A outra amiga ficou horrorizada e repreendeu a amiga:
_Não faça isso jamais. As pessoas merecem respeito. O que foi que aconteceu?
A amiga respondeu:
_Ela me perguntou se eu havia identificado o paciente e eu disse que não porque era obrigação dela!
Permitam-me intervir na história: Por alguns momentos houve um paciente não identificado no hospital.
A amiga perguntou:
E o que foi que ela te respondeu?
_Ela disse para que eu ficasse calma.
A amiga interveio novamente perguntando qual seria o problema do paciente não identificado no hospital.
_Ele estava a caminho da sala de cirurgia e chegamos a tempo para perguntar o nome e a idade antes que ele fosse anestesiado. Sem a identificação, o médico se serviria do prontuário do paciente homem que estivesse ao seu alcance e sabe-se lá a cirurgia que o paciente receberia.
A amiga concordou que não havia com o que se preocupar, pois, enfim, o paciente foi identificado e a cirurgia feita foi aquela de que o paciente precisava.
A jovem enfermeira se zangou e disse que não ficou tudo bem porque ela e a outra enfermeira discutiram na enfermaria. Ela estava com medo de perder o emprego no hospital:
_Não é atribuição minha identificar o paciente, é função dela. Eu não sabia que não poderia encaminha o paciente para a cirurgia sem identificá-lo com nome e cirurgia. Eu não sabia e fui mal educada. Ela sabia e brigou comigo por algo que eu não sabia que deveria saber.
Para concluir a conversa com a amiga, disse que amanhã procuraria a enfermeira mais velha para ficarem de bem e trabalharem sossegadas.
Essa é uma conversa de arrepiar os cabelos e a fila fez um silêncio absoluto para ouvir a história da enfermeira. Cada qual esperou a sua vez de se dirigir ao caixa sem abrir a boca.
Eis o porquê do título da crônica, pois o fundamental é a gente se importar um com o outro. Todas as outras questões se acomodam e o descaso acontecido ali, não.
Todos os relacionamentos são importantes, merecem carinho, merecem respeito, merecem um pouco de abnegação. É gostoso que a gente se senta bem, mas também é gostoso saber que o outro está bem e que a gente se dá bem com o outro, na medida do possível, porque ninguém é perfeito e isso parece uma lenga-lenga de corolário, mas não é. É importante!
É fundamental que a comunicação seja exercida de modo que o outro entenda o que a gente quer dizer e que a gente entenda o que o outro quer dizer.
Às vezes eu escrevo por distração, agora não. De ouvir a história fiquei preocupada, a fila ficou atenta, então proponho nessa crônica que a gente tenha como fundamental na vida da gente o cuidado de se importar com e pelo o outro, antes das demais questões.
Um comentário:
Olá, querida
É verdade! A gente deveria acolher aos semelhantes como se fosse a gente mesmo...
Bjm fraterno
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