Enquanto Marx, alemão, continua admirado pela esquerda, ou seja, os socialistas é preciso que se saiba que quem subverteu o capitalismo foi John Stuart Mill e não Marx.
John Maynard Keynes, inglês, elaborou uma teoria econômica chamada keynesianismo, cujo objetivo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excessos, para não contribuir com a inflação. Essa teoria foi adotada até o final dos anos 70.
A partir dos anos 80, John Stuart Mill, outro inglês, foi redescoberto pela economia, desprezando-se a noção de que mesmo na época Vitoriana, ele foi considerado um radical liberal pelo pensamento que: “uma ação é avaliada unicamente em função das suas conseqüências”. Também defendeu o individualismo como forma do bem estar coletivo.
Expostos os dados dos pensadores, faço o meu pensamento do que se observa nos dias atuais:
A substituição do ponto de vista de Keynes pela visão de Stuart Mill, e ainda assim, observando sob um ponto de vista simplificado, foi um retrocesso para o desenvolvimento do ser humano. Marx criou a sua teoria do trabalho e do estado e, nesse ponto, a teoria para toda a sociedade deixa a desejar em alguns aspectos porque nem toda a pessoa tem na sua utilidade ou tem como finalidade a sua função social.
Ocorre que, nem Marx, defensor do proletariado, e nem Keynes, defensor da burguesia, ou classe média, como prefiram ler, previram até onde o individualismo, e o liberalismo radical, poderiam chegar.
As crises financeiras, as multinacionais das drogas ilegais e o despreparo dos estados para combaterem uma e outra respectivamente, estão aqui e no mundo afora.
Resta enfrentar o individualismo e para fazer frente aos malefícios que enfrentamos propomos que algumas atitudes sejam previstas. Uma delas é, além da criação de empregos, a verificação do grau de satisfação dos seus empregados medido pela taxa de rotatividade em um determinado período de tempo dentro da referida empresa. Obviamente, ninguém propõe a um empresário a diminuição do seu lucro, mas mesmo sem diminuir os lucros, que exista um investimento em planos de IDH (índice de desenvolvimento humano) dentro das suas empresas.
Empresa e estado não se confundem e não devem possuir o mesmo objetivo, estado não existe para lucrar. Mas alguém parou para pensar nos prejuízos que o estado tem ao ser provocado pela violência e quanto dinheiro bom tira daqueles que precisam o submundo do crime?
O capitalismo precisa avançar na questão econômica e social, novamente é tempo de deixar de lado alguns excessos do individualismo como fonte de riquezas. Quanto a Marx, digo que a questão social passa pelo combate a criminalidade para que o estado possa cumprir as funções que a ele cabe e o cidadão possa levar a sua vida de acordo com a civilidade.
Os três pensadores eram contemporâneos em sua época, assim explico as alusões a cada um deles.
10 comentários:
Um tema muito importante e muito conhecido dos nossos políticos que o aproveitam segundo as suas linhas e os seus interesses.
No final estamos sempre no mesmo sítio e se uns dias são dos burgueses outros são dos trabalhadores.
Uns lutam desmedidamente para o enriquecimento pessoal e outros são desprezados sem o salário com dignidade.
Uns vivem faustosamente e outros sem o pão de cada dia.
Hoje existe uma corrida aos lugares chave da nossa sociedade e muitos por artes mágicas vão conseguindo chegar lá, espezinhando tudo e todos à sua passagem.../...
Não me vou pronunciar sobre isso. Eu estou no 3º ano da licenciatura de gestão e uma das cadeiras principais do curso é economia. Como ainda estou de férias vou dizer não ao keynes.. lol =)*
adorei seu texto...
eu diria que é uma verdadeira aula de economia...
sou economista....não atuo na area...mas estudei muito tudo que vc escreveu...
deixo um beijo grande....
Zil
O nosso individualismo começa quando não queremos sequer tocar no assunto! Não importa autores e suas teorias... basta-nos olharmos com dignidade o que é feito hoje com nossos régios impostos!! Há retorno? Claro que há: para o bolso de alguns privilegiados que concorrem a cargos políticos federais e usufruem de imenso capital retirado do assalariado que à duras provas produz!! Se fizermos comparações entre o salário mínimo e um federal... valha-me Deus para não abrir-me em xingamentos!!! Respeito a blogosfera! Abraço, Célia.
Diante dos comentários, digo que o texto não tem finalidade econômica ou política. É um texto que se refere a história da organização econômica no séc. XVIII, válida até hoje. Um abraço a todos. Blogo mais à noite. Um abraço a todos, Yayá.
de economia nao entendo nem mesmo da minha! rsrsrs
Um abraço Yayá
com admiração pelo texto
no momento estou preferindo a poesia...rsrs
No contexto já é uma aula de economia...bjssssss
Não entendo nada de economia, mas tenho uma intuição a este respeito, alternam-se os regimes econômicos, mudam-se as teorias e o cerne da questão continua o mesmo: A ganância pelo poder, poder do capital, diga-se. Não interessa qual o grupo, se imperialistas, capitalistas ou socialistas. Nenhum regime econômico, deixou de privilegiar seus representantes e seus pares, em detrimento da sociedade. Cada um quer abocanhar o queijo todo e alternam-se teorias quase como se dissessem "agora é a minha vez de abocanhar o queijo, saí daí que a minha teoria é melhor que a sua, hora do controle financeiro vir parar nas minhas mãos e na dos meus iguais".
Não consigo vislumbrar uma solução para a economia mundial com o real objetivo de cuidar do interesse coletivo sem pensar antes no próprio umbigo. Pra mim sempre haverá uma cúpula que aproveita e uma massa que sustenta o regime e sofre as consequências das crises, o que varia é quem estará na cúpula, qual será o regime da vez, sempre que um estiver comendo o queijo um grupo ao redor estará se organizando para lançar uma nova "proposta eficaz" para melhoria das condições de vida e econômicas da sociedade, mas o real desejo que os move é tomar do outro o tão almejado queijo com o qual cada vez um grupo ou nação se farta, isto é cíclico.
Dinheiro é dinheiro, pra rei, pra proletário, pra multinacional, pra elite, pra camponês, pra quem quer que seja. Os que almejam-no estarão sempre se organizando para obtê-lo e quem alcançá-lo quer tudo pra si senão tudo, o máximo que puderem, até que outro venha derruba-lo e tomar-lhe o filão.
Beijos Yayá!
Corrigindo o século: o correto é o séc.XIX
Postar um comentário