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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Hoje sem Razão / Reflexão

Hoje, Sem Razão / Reflexão

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Nem posso ou devo ter razão, pois sonhei com Freud, Jung e Lacan. As minhas amigas psicólogas que me perdoem, não estudei o comportamento humano além de um ou dois livros, bem lidos, diga-se.

Mas no sonho, numa conversa descontraída, Freud dizia que fora mal interpretado em algumas das suas colocações.

Disse-me ele, que explanou as suas teorias, teorizando o comportamento sexual, quando gostaria, na verdade, de dizer que algumas causas do comportamento humano tem origem única e exclusivamente na sua condição física.

Também disse do seu por que ter exemplificado a partir desse ponto comum a todo o ser humano, em tese. Porque todas as características físicas diferem de pessoa para pessoa.

Foi simples para alguém com pouco conhecimento na área, como eu, mas disse:

_Não existem duas digitais iguais e o sentido do tato a partir das mãos difere de pessoa para pessoa. E é a partir do tato que se observa muito do que se experimenta: do alimento à moeda. Fui rude, mas se tiverem alguma sensibilidade, perceberão as minhas metáforas feitas com a intenção de não ofender a ninguém, chocando toda a sociedade de uma vez propositadamente.

Jung achou interessante a explanação daquele que fora o seu contestador, e disse:

_Eu também tenho as minhas falhas, doutor Freud. A teoria que desenvolvi baseada na ideação também não foi sem metáforas. Reconheço que usamos subterfúgios para contar dos nossos estudos sobre a alma humana. A ideação como resposta aos conflitos, quando não objetivam uma solução prática, são práticas frustrantes. Os sonhos são mais úteis ao sonhador que para aqueles que o sonham a menos que o sonho mostre uma característica física desconhecida para o sonhador tais como as manifestações das doenças físicas por meios de sonhos, aquilo que o povo chama de “aviso” durante o idear. Concordo que o comportamento prático da sociedade em que vivemos nos levou aos subterfúgios.

Freud concordou e disse:

_A minha fama não é das melhores devido ao subterfúgio que usei para as minhas colocações.

Jung refletiu e corroborou a fala de Freud:

_ A minha fama é de louco. De alguém que sonhou por meses a fio desistindo até mesmo de comer para sonhar. Sinceramente, alguém em sã consciência pensa ser possível escrever toda essa teoria sem um pedaço de pão? Toda a sociedade pensa que é possível.

Freud então interveio:

_Nesse caso, fomos obrigados a usar os subterfúgios sexo e sonhos.

Ambos se divertiam com as suas metáforas, quando Lacan interrompe a conversa agradável dizendo:

_Vocês têm que discutir! O ser humano é um animal e se entende através do instinto. É a partir do instinto primário que o ser humano desenvolve todas as suas capacidades intelectuais e emocionais. Esse foi o meu subterfúgio para atingir toda a sociedade. Vocês me deixaram num mato sem cachorro! Vocês não sabem o quanto suei para descobrir um recurso adequado para explicar a minha teoria sobre o comportamento humano.

Os outros, Freud e Jung o chamaram de bruto.

Depois de tais considerações, posso dizer que vou tomar café. Foi muita psicologia para uma só cristã.

2 comentários:

Célia disse...

Bem, Yayá eu vou tomar um chá de cidreira para acalmar "meus instintos"... Imagino a reviravolta que Freud / Jung e Lacan teriam hoje ao reformular sua teorias para uma sexualidade plena - século XXI...
Abraço.

Teresa Brum disse...

Gosto muito dos seus escritos, sempre me fazem refletir muito, um abraço querida amiga.