Corolário Epistêmico
Esse amor, Rio de Janeiro,
Vem nesse ar de mar inteiro,
De um passeio e de Ipanema
Com seu charme de Iracema.
Do cajá e de fevereiro,
De uma casa de ferreiro,
Se conjuga o sol em tema,
Ao cantar verso em fonema.
Nesse mar alvissareiro,
No quiosque de um doceiro,
Amendoim se faz poema,
Passarinha em seu cinema.
Esse amor que é de janeiro,
Num carinho bagunceiro,
Trouxe paz, findou dilema;
Quero mais desse problema.
Não sabia que esse carteiro
Me traria do seu canteiro,
Esse bem, esse episteme,
Corolário de um sistema.
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