Conselheiro Sentimental
Edson Prado, o repórter do blog, recebeu uma correspondência.
Ele me pediu gentilmente para responder a questão que aflige a leitora numa das postagens do blog.
Transcrevo a seguir, a pedido do repórter do blog, carta e resposta.
“Estimado Edson Prado, estou com um problema profissional e peço a sua sugestão, pois sei que, a dificuldade pela qual passo provavelmente muitas outras professoras passam.
Eu leciono numa escola particular e gosto muito das minhas colegas e da diretora, atenciosa e dedicada aos alunos.
Numa conversa na hora do recreio, enquanto olhávamos as brincadeiras das crianças, a minha colega Silmara contou que estava grávida.
Nós a abraçamos e desejamos todas as felicidades para a gravidez dela.
Silmara disse que iria trabalhar durante a gestação e, após o nascimento do bebê, ela tiraria a licença maternidade, perguntando se, nos poucos dias em que tivesse que fazer exames, eu a substituiria.
Eu acho a gravidez linda, a Silmara é boa pessoa e, enfim, disse que a substituiria na sala de aula nos dias em que ela fosse fazer os exames.
Passaram-se duas semanas e começaram os enjoos. Algumas mulheres enjoam durante a gravidez, sei disso, tenho filhos. A diretora me avisou e eu a substituí.
Para mim a substituição seria tranquila porque trabalho pelo período da manhã e a Silmara trabalha à tarde.
Depois, foi o exame pré-natal e eu a substituí.
A Silmara é uma profissional responsável, volta assim que pode e trabalha com afinco, portanto deixo claro que não tenho queixa dela. A diretora é sensível e ajuda-nos a trabalhar num ambiente de coleguismo e amizade. Ao escrever essa carta não quero que pensem que eu estou criticando alguém.
Quando ela chegou ao quinto mês de gestação, ela precisou fazer repouso. Eu a substituí durante os oito dias de licença para o repouso.
Ela entrou no sétimo mês de gestação e eu estou mal. Por esses dias, um aluno me pediu para desenhar para ele e eu comecei a chorar.
O meu emprego, que era o de professora, se transformou em dois. Pela manhã eu dou aulas e, à tarde, eu cuido da gestação da Silmara.
O que é que eu faço, pois fui eu que me ofereci para a substituição da Silmara durante a gravidez. Estou sem tempo para mim e todas as minhas colegas me elogiam pela amizade que dedico à Silmara. Choro à toa e estou sem tempo para mim. Depois que o bebê nascer, eu terei a classe dela por quatro meses para lecionar.”
Resposta de Edson Prado:
“_Cara leitora, sinto muito. Se puder, explique a sua dificuldade para a sua família e faça de um sábado ou domingo o “seu sábado ou, o seu domingo” e descanse da maneira que preferir. Mas, descanse. Ainda terá pela frente o período da licença maternidade com as crianças da sala da Silmara. Você precisa repor as suas energias para que não fique doente ao enfrentar o excesso de atividades.“
O blog permite apartes de interesse geral.
2 comentários:
Revivi muitas das minhas situações enquanto professora... Temos mesmo que termos uma pausa restauradora pois, o ofício de mestre, não é nada fácil mesmo. É o humano com muitos outros humanos!
Abraço.
Vim desejar uma boa noite e mais uma
vez elogiar seus posts, e agradecer sua amizade!
As pessoas não se precisam, elas se completam...
Não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
___________Mário Quintana
Abraços com carinho!
└──●► *Rita!!
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