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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Ah, Paciência Minha! Crônica

Ah, Paciência Minha! Crônica


     Cabelo engelizado com creme de pentear, porque o gel me causa rinite, vamos às obrigações!
     Oficina mecânica-troca de óleo.
     Cortesia na entrada:
     Com aquele sorriso de médico, o recepcionista logo diz:
     _Bom dia, senhora. Como está?
     Respondo bom dia e digo que estou bem através da máscara.
     Ele continua, com aquele sorriso de médico:
     _A senhora pode, por favor, aproximar o seu rosto para que eu possa medir a sua temperatura?
     _Pois não.
     Ele olha para mim e para o termômetro digital:
     A feição dele meio esquisita, em dúvida.
     Eu abro os olhos e pergunto?
     _A minha temperatura está baixa, não está?
     Ele, em dúvida, responde:
     _Confira, senhora: 34,7 C Isso é normal?
     Eu disse a ele que é normal, pelo menos para mim. Estava com a janela aberta e estávamos com onze graus e meio de temperatura ambiente. Confirmei a temperatura. Outras vezes, mesmo em casa, a minha temperatura fica em torno dos 35 C (centígrados).
     Consegui entrar na oficina mecânica. Aprovada para cliente.
     Perguntei onde deixaria o meu automóvel, sem dizer que eu estava precisando mais do que o "Ximbica", carinhoso apelido do automóvel.
     _Para a troca de óleo basta posicionar - bom ele disse o nome técnico- mas eu chamos de aquele negócio que levanta o carro para a troca de óleo.
     Com todo o cuidado e bem devagarinho fui ultrapassar aquela rampinha do elevador de automóvel.
     Com os dois pneus da frente em cima daquela tira que fica nos chão de pequena elevação, o motor morreu.
     Será que eu tirei o pé da embreagem?
     Não liga mais! E agora?
     _Sem bateria.
     Coitado do mecânico.
     O que foi que eu fiz, questionei-o:
     _Tente outra resposta mais adequada. Diga que é o frio, diga que o combustível é ruim, tente outras alternativas, por favor.
     _Não. É a bateria que está sem carga.
     Insisti mais um pouco:
     _Tem certeza?
     _Quanto tempo faz que a senhora não sai de carro?
     Ah, lá se vão quatro meses de quarentena.
     Tentei ser prudente:
     _A gente tem que se cuidar. Quanto tempo?
     Lá se foram três horas, agradáveis porque saí para andar um pouco.
     Álcool gel de brinde e fizemos um teste.
     O que? Acharam que eu iria voltar para casa sem pedir para que ele colocasse as rodas da frente em cima da barra? Nunca! Não sou crédula.
     Ele fez o que eu pedi e desligou e ligou o motor várias vezes e, com ar de superioridade, me ensinou a utilizar o pisca-alerta especialmente nos casos em que a bateria pifa na rua.
     _Agora, a senhora sabe como agir em caso de bateria fraca!
     Entenderam o título do texto? Ah, Paciência Minha! 
       
     

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