Ah, Paciência Minha! Crônica
Cabelo engelizado com creme de pentear, porque o gel me causa rinite, vamos às obrigações!
Oficina mecânica-troca de óleo.
Cortesia na entrada:
Com aquele sorriso de médico, o recepcionista logo diz:
_Bom dia, senhora. Como está?
Respondo bom dia e digo que estou bem através da máscara.
Ele continua, com aquele sorriso de médico:
_A senhora pode, por favor, aproximar o seu rosto para que eu possa medir a sua temperatura?
_Pois não.
Ele olha para mim e para o termômetro digital:
A feição dele meio esquisita, em dúvida.
Eu abro os olhos e pergunto?
_A minha temperatura está baixa, não está?
Ele, em dúvida, responde:
_Confira, senhora: 34,7 C Isso é normal?
Eu disse a ele que é normal, pelo menos para mim. Estava com a janela aberta e estávamos com onze graus e meio de temperatura ambiente. Confirmei a temperatura. Outras vezes, mesmo em casa, a minha temperatura fica em torno dos 35 C (centígrados).
Consegui entrar na oficina mecânica. Aprovada para cliente.
Perguntei onde deixaria o meu automóvel, sem dizer que eu estava precisando mais do que o "Ximbica", carinhoso apelido do automóvel.
_Para a troca de óleo basta posicionar - bom ele disse o nome técnico- mas eu chamos de aquele negócio que levanta o carro para a troca de óleo.
Com todo o cuidado e bem devagarinho fui ultrapassar aquela rampinha do elevador de automóvel.
Com os dois pneus da frente em cima daquela tira que fica nos chão de pequena elevação, o motor morreu.
Será que eu tirei o pé da embreagem?
Não liga mais! E agora?
_Sem bateria.
Coitado do mecânico.
O que foi que eu fiz, questionei-o:
_Tente outra resposta mais adequada. Diga que é o frio, diga que o combustível é ruim, tente outras alternativas, por favor.
_Não. É a bateria que está sem carga.
Insisti mais um pouco:
_Tem certeza?
_Quanto tempo faz que a senhora não sai de carro?
Ah, lá se vão quatro meses de quarentena.
Tentei ser prudente:
_A gente tem que se cuidar. Quanto tempo?
Lá se foram três horas, agradáveis porque saí para andar um pouco.
Álcool gel de brinde e fizemos um teste.
O que? Acharam que eu iria voltar para casa sem pedir para que ele colocasse as rodas da frente em cima da barra? Nunca! Não sou crédula.
Ele fez o que eu pedi e desligou e ligou o motor várias vezes e, com ar de superioridade, me ensinou a utilizar o pisca-alerta especialmente nos casos em que a bateria pifa na rua.
_Agora, a senhora sabe como agir em caso de bateria fraca!
Entenderam o título do texto? Ah, Paciência Minha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário