Um Livro Bom.
Há cinco anos, Aída, de São Paulo, viajou para Jundiaí atrás de um renomado médico porque andava nervosa demais. Chorava sem motivo ou se irritava facilmente. Ela ia a contragosto do marido.
Pegou o automóvel e a estrada até Jundiaí, se informou a respeito do local onde o doutor Pacífico de Oliveira atendia. Descobriu que ele tinha ido a um turismo rural nas redondezas da cidade.
Cansada e ansiosa, Aída perguntou o endereço do local e como encontrá-lo.
Chegou à chácara exausta. Descobriu o roteiro das frutas, um tipo de turismo onde se convive com a natureza e saboreiam-se as frutas da época. Hospedou-se lá. Dormiu bem e no café da manhã, ela o conheceu. Aparentava uns sessenta anos.
Aída se apresentou e contou o seu problema. Ele perguntou a sua idade, solicitou uns exames e marcou uma consulta. Ela aproveitou para conhecer a chácara e emprestou um dos livros do doutor para ler.
Feitos os exames, ela os levou ao médico. Houve uma queda nos hormônios estrogênio e progesterona. O doutor viu e disse:
_A senhora está na menopausa. Algumas mulheres ficam muito sensíveis nessa fase. Ah, o livro que eu emprestei, me devolva depois, leia sem pressa. Da próxima vez, traga o seu marido para cá.
Aída voltou reconfortada para São Paulo. O livro a fez refletir a quantos anos não pegava um livro para ler. Devia ler mais.
Contou ao marido Arnaldo da consulta, e ele, satisfeito com o médico e com o livro, comprou alguns livros na Livraria Cultura para os dois lerem.
Passados seis meses, em Jundiaí para a consulta, Arnaldo disse ao médico que os livros eram um santo remédio para lidar com diferentes problemas.
Dessa vez, o médico falou de si. Ele nunca leu um dos livros que emprestava. Agora efetua pedidos na Livraria Cultura. Lê todas as noites antes de dormir.
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