Marina, estudante universitária de Maringá, 23 anos, alta, cabelos pretos lisos compridos, gosta de passar uns dias em uma pousada em Mandaguari, uma cidade que fica a 30 km de distância. Sua tia Lícia, 48 anos, divorciada, decidiu ir junto neste feriado de sete de setembro de 2006.
A pousada é em uma fazenda, tem uma casa de madeira de dois andares com os quartos no andar superior e um restaurante no pavimento térreo com varandas adornando o ambiente. Na fazenda existem cavalos para a montaria, trilhas para caminhadas, um lago para pescarias e piscinas naturais.
Elas chegaram às seis horas da manhã do dia sete de setembro, o dia estava bonito e as duas fizeram atividades ao ar livre o dia inteiro. Lá pelas oito horas da noite jantaram e foram se deitar porque estavam exaustas. O silêncio era grande e elas dormiram logo.
Quando Marina acordou eram sete horas da manhã do dia oito. Ela se espreguiçou e olhou para a cama ao lado para ver se a tia já havia acordado. Para surpresa sua, a cama da tia estava arrumada e ninguém estava no quarto. Marina se levantou, tomou um banho rápido e desceu para encontrar a tia.
No restaurante ela soube que a tia pegou um cavalo na noite anterior e sumiu na estrada que dá acesso a pousada, galopando. Marina ficou atônita com a notícia e pediu para fazer uma busca nos arredores. O responsável pela pousada, o Sr. Manoel ofereceu a sua caminhonete e disse que iria junto porque ele conhecia a vizinhança. Marina aceitou prontamente a oferta.
Foram-se os dois procurando em todos os lugares conhecidos pelo Sr. Manoel sem descobrir nenhuma informação sobre a tia Lícia e o cavalo. Após a busca infrutífera, resolveram voltar para a pousada por um atalho. Pelo atalho eles chegariam mais rapidamente até a pousada, e lá pegariam um documento da tia Lícia e o levariam para avisar as autoridades sobre o sumiço dela. No meio do caminho avistaram o cavalo amarrado em uma jabuticabeira e a tia Lícia sentada encostada na árvore. Pararam o automóvel e correram até a tia Lícia e perguntaram sobre o acontecido.
Ela respondeu que precisava de um momento bom, sem gatos ou ratos, disse que não queria dar explicações. Pediu também que eles voltassem para a pousada e que a aguardassem. O Sr. Manoel, calmo, achou melhor concordar com ela.
No fim da tarde Lícia chegou à pousada dizendo que estava bem, que não iria mais fugir com o cavalo e que ninguém lhe perguntasse nada. Nos outros dias em que elas permaneceram na pousada a tia Lícia se comportou normalmente, disposta, alegre, como se nada tivesse acontecido de diferente.
Marina obedeceu porque foi educada a não questionar os mais velhos, e as duas voltaram para casa sem tocar no assunto. Marina calada olhava para a tia curiosa e a tia pegou um livro para não ter assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário