Sobrado
Que poema surge inesperado,
Feito água nova de rio inteiro,
E muda o leito e faz ilhado,
Que corre e some e vem faceiro?
Poesia de solo já alagado,
De quando semeado. Viveiro,
De sonho, quando não acordado,
Terá sentido alvissareiro?
Se vier, que seja um anjo alado,
Que seja o dia do sol brejeiro,
Que diga flor ao descampado,
Que fique amor a esse sobrado.
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