Bom, Nesse Caso, Não Sei / Crônica de Supermercado
As mulheres com os maridos ou pais ou filhos, no supermercado. Algumas tentam acalmar dizendo que logo tudo volta ao normal, outras atiçam e incentivam para que digam o que lhes passar pela cabeça.
Sobram palavras para toda a família, inclusive para os parentes que não estão ouvindo a conversa.
O absurdo é que o que está faltando para eles, é o futebol. Nesse momento todos os estados estão sem campeonatos estaduais e torneios municipais, falta até o esporte dos amadores.
Com todo o respeito, é hilário ver o jeito de homem que quer ver homem para dizer bobagem.
Nessa ida ao supermercado, lembrei-me do pai de uma colega, num dia em que estávamos reunidas. Ele tinha sete filhas mulheres e um filho homem. Estávamos em mais de dez garotas, fora a manicure, que a filha mais velha pediu para que fosse até a casa dela para fazer as unhas das mãos.
O pai delas, num determinado momento, se levantou e disse:
_Vou sair e não se preocupem comigo. Vou ao Coritiba assistir um jogo de futebol. Preciso ver homem!
Ele saiu e todas nós, garotas, rimos.
Enquanto todas as mulheres se preocupam com os petiscos para sexta-feira, eles estão com aquele jeito de meninos bem comportados. Ainda bem que estão bem comportados!
Nem Coritiba, nem Atlético e, muito menos o Paraná Clube se manifestam. Podiam dar uma chance para eles e fazer uma matéria publicitária sobre os times de futebol.
É que, para nós, mulheres, os momentos de folga servem para verificar se aquele creme antirrugas funciona ou é somente propaganda. Para nós não falta distração.
Eles estão reclamando porque os jogos da Copa do Mundo acabaram aqui em Curitiba, as rodas de bate-papo estão à míngua e eles gostam de trocar ideias.
E, a origem da crônica veio de uma conversa na qual o marido dizia estar com vontade de dizer umas verdades para alguém que o tinha incomodado com um esbarrão nos pés dele com um carrinho de compras.
A esposa disse para que ele não levasse nenhuma contrariedade para casa e que deveria ter dito o que realmente penso na hora em que o carrinho de compras passou por cima do pé.
Ao invés dele concordar com ela, ele respondeu que ela não o entendia. Não mais se queixaria dentro do supermercado. Cabe um elogio à educação dele. Ele se queixava, mas não queria reclamar e deixou claro o objetivo do comentário.
Seguiram ambos olhando na mesma direção, coisa de casal que se entende.
A Copa do Mundo está sendo um período bom para todos nós, mas não precisamos falar apenas de futebol.
Bom, nesse caso, eu não sei. Sexta-feira tem jogo e pipoca, de pipoca eu sei.
Um comentário:
Cansei de futebol....
Beijo Lisette
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