É Melhor Deixar de Lado
Foi numa segunda-feira que Dicléa percebeu que precisava mudar de vida, pensar nos amigos e nas boas pessoas.
Depois de passar o domingo assistindo televisão, descansando e comendo petiscos. Dormiu e acordou sobressaltada. Havia sonhado com uma sessão espírita.
A recepção do centro espírita era comandada por uma aficionada em economia de combustível fóssil, o qual era considerado sagrado e cuja energia continha vibrações misteriosas com mensagens para a humanidade.
Concentraram-se e os espíritos, devidamente incorporados nos médiuns se identificaram:
O primeiro era um ladrão que havia morrido sem ter se arrependido do mal que praticou em vida.
O segundo era um cantor de boleros de uma boate decadente.
A terceira, sim, a terceira era uma mulher, cuja função em vida foi ser claque do auditório do Michael Jackson durante o espetáculo Thriller.
Os outros médiuns não se manifestaram depois de perceberem a qualidade da situação.
Ao sonho, Diocléa não poderia deixar a menos que acordasse, mas dormia a sono solto e ninguém a acordou.
Naquela sessão, ao invés de ensinamentos de sabedoria, a conversa girou em torno dela mesma.
O ladrão queria saber se o Michael Jackson deixava dinheiro embaixo do colchão ou, se havia enterrado algum tesouro no quintal daquela casa.
O cantor de boleros queria saber como é que o Michael Jackson fez sucesso com o espetáculo Thriller.
O Michael gostaria que os dois fossem com ele para a Terra do Nunca.
A mulher, que fora claque do show, queria andar para frente, coisa que não conseguia desde que aprendeu aquela dança de arrastar os pés para trás.
Os três espíritos perguntaram a ela por que é que ela não procurava uma psicóloga e ela respondeu que todas as psicólogas estavam no céu, e andando para trás ninguém chega até lá. Na falta da psicóloga, restava pedir ajuda ou, trocar favores, com o Michael.
Diocléa virava-se na cama, mas não acordava. Somente quando o despertador tocou é que ela se livrou do pesadelo.
Precisava mudar de vida, pensou ela após o café da manhã. Antes tivesse passado o domingo na internet chateando os outros. Ela não falava a língua inglesa e, nesse caso, chatear o próximo seria conversar pelo Facebook com quem estiver disposto a responder às suas postagens.
Conhecer gente nova poderia melhorar o seu ânimo. Criaria novos mecanismos de contato virtual caso o Facebook não funcionasse como ela gostaria que funcionasse.
Precisava buscar os seus interesses e foi atrás deles com determinação, sem pensar muito no sonho daquela noite.
Aos poucos percebeu o significado daqueles personagens do seu sonho.
A recepção simbolizava os entraves que ela aceitava que algumas poucas pessoas impusessem sobre ela. Também se decidiu a retirar todos os pensamentos mágicos da sua vida como as crendices populares tais como a do azar do gato preto.
O ladrão era toda e qualquer pessoa que tirasse a sua disposição para enfrentar os problemas com calma e determinação.
O cantor de boleros era a autorrepressão. Ele não tinha que perguntar ao Michael como é que ele fez sucesso. Ele devia cantar e se sentir o melhor cantor de boleros fosse onde fosse.
O Michael representava o produto do sistema, aquilo que vende e dá lucro passando por cima de quem quer que seja inclusive do próprio artista.
A mulher da claque era o contrário do Caipora, que anda para trás para não deixar pistas. Ela adquiriu esse hábito ao dançar o Thriller e todos se lembravam dela através do desempenho teatral, o que a impedia de andar para frente.
Diocléa nem pretendia ser feliz para sempre, mas passou a viver melhor depois do sonho.
Foi numa segunda-feira que Dicléa percebeu que precisava mudar de vida, pensar nos amigos e nas boas pessoas.
Depois de passar o domingo assistindo televisão, descansando e comendo petiscos. Dormiu e acordou sobressaltada. Havia sonhado com uma sessão espírita.
A recepção do centro espírita era comandada por uma aficionada em economia de combustível fóssil, o qual era considerado sagrado e cuja energia continha vibrações misteriosas com mensagens para a humanidade.
Concentraram-se e os espíritos, devidamente incorporados nos médiuns se identificaram:
O primeiro era um ladrão que havia morrido sem ter se arrependido do mal que praticou em vida.
O segundo era um cantor de boleros de uma boate decadente.
A terceira, sim, a terceira era uma mulher, cuja função em vida foi ser claque do auditório do Michael Jackson durante o espetáculo Thriller.
Os outros médiuns não se manifestaram depois de perceberem a qualidade da situação.
Ao sonho, Diocléa não poderia deixar a menos que acordasse, mas dormia a sono solto e ninguém a acordou.
Naquela sessão, ao invés de ensinamentos de sabedoria, a conversa girou em torno dela mesma.
O ladrão queria saber se o Michael Jackson deixava dinheiro embaixo do colchão ou, se havia enterrado algum tesouro no quintal daquela casa.
O cantor de boleros queria saber como é que o Michael Jackson fez sucesso com o espetáculo Thriller.
O Michael gostaria que os dois fossem com ele para a Terra do Nunca.
A mulher, que fora claque do show, queria andar para frente, coisa que não conseguia desde que aprendeu aquela dança de arrastar os pés para trás.
Os três espíritos perguntaram a ela por que é que ela não procurava uma psicóloga e ela respondeu que todas as psicólogas estavam no céu, e andando para trás ninguém chega até lá. Na falta da psicóloga, restava pedir ajuda ou, trocar favores, com o Michael.
Diocléa virava-se na cama, mas não acordava. Somente quando o despertador tocou é que ela se livrou do pesadelo.
Precisava mudar de vida, pensou ela após o café da manhã. Antes tivesse passado o domingo na internet chateando os outros. Ela não falava a língua inglesa e, nesse caso, chatear o próximo seria conversar pelo Facebook com quem estiver disposto a responder às suas postagens.
Conhecer gente nova poderia melhorar o seu ânimo. Criaria novos mecanismos de contato virtual caso o Facebook não funcionasse como ela gostaria que funcionasse.
Precisava buscar os seus interesses e foi atrás deles com determinação, sem pensar muito no sonho daquela noite.
Aos poucos percebeu o significado daqueles personagens do seu sonho.
A recepção simbolizava os entraves que ela aceitava que algumas poucas pessoas impusessem sobre ela. Também se decidiu a retirar todos os pensamentos mágicos da sua vida como as crendices populares tais como a do azar do gato preto.
O ladrão era toda e qualquer pessoa que tirasse a sua disposição para enfrentar os problemas com calma e determinação.
O cantor de boleros era a autorrepressão. Ele não tinha que perguntar ao Michael como é que ele fez sucesso. Ele devia cantar e se sentir o melhor cantor de boleros fosse onde fosse.
O Michael representava o produto do sistema, aquilo que vende e dá lucro passando por cima de quem quer que seja inclusive do próprio artista.
A mulher da claque era o contrário do Caipora, que anda para trás para não deixar pistas. Ela adquiriu esse hábito ao dançar o Thriller e todos se lembravam dela através do desempenho teatral, o que a impedia de andar para frente.
Diocléa nem pretendia ser feliz para sempre, mas passou a viver melhor depois do sonho.
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