Desestressando no Supermercado / Crônica de Supermercado
Vamos comprar pães. Fomos.
Aquela fisionomia de chuva, de esperar o tempo seco para outras atividades, está bem.
Até comprar os pães, tudo bem.
Lembrei do óleo. Fui para o corredor correspondente.
Mulheres e mais mulheres no supermercado, umas poucas, em grupo, criticando a uma delas. Não prestei atenção.
Enquanto a mãe cuidava do bebê, a mocinha zapeando no celular.
Até que escuto uma leitora:
_Se me der cinco centavos, eu aceito. Dinheiro é dinheiro.
Alguém ainda me lê! Fico feliz. Diga o que disser. A vontade de escrever não é para provar matematicamente nada. É para entreter alguém que esteja tão entendiado que um tema possa levá-la a questionar, no caso uma leitora.
Uma outra senhora passa no corredor, penso que estressada. Agora já era difícil controlar o riso:
_Có, có, corococó, e imitava uma galinha ciscando com o pescoço. Pensaram no torcicolo que ela deve estar sentindo agora?
Cacarejava, fazia gestos de galinha ciscando e dizia em voz alta:
_Isso me faz tão bem. Estou me sentindo criança, e uma criança feliz que pode cacarejar em qualquer lugar, inclusive no supermercado.
O respeito é necessário, e a alegria dela contagiava. Saí depressa do corredor e fui ao caixa do supermercado.
Cheguei sorrindo ali. A moça me achou de bom humor e foi muito simpática.
Voltei em meio ao aguaceiro, mas sem fisionomia de chuva.
Semana que vem diminue a chuva, vamos aguardar desestressadamente.
Grata pela leitura!
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