Sobre a Páscoa
Jesus Cristo morreu, e a noite se fez, depois houve o túmulo vazio e a ressurreição.
A noite se faz no planeta Terra, e muitos sentem-se sem salvação em meio à doença e todo o enfrentamento, que é mundial contra a pandemia, pois cientistas e governantes do mundo inteiro estão nessa mesma situação.
Essa situação atinge todo o mundo e não adianta simplesmente fingir que a situação não existe, mas Jesus Cristo ressuscita e a luz se fará à medida da cura.
O pensamento humano também precisa de cura, pois nesse momento pode perder a fé, o que pode ser tão mortal quanto o coronavírus.
Esse momento é o de saber que se está a atravessar uma noite imensa, com todos os perigos que a noite pode apresentar.
Suave pode ser a noite, segundo o escritor Fitzgerald, que escreveu um livro chamado Suave é A Noite, que trata de algumas pessoas que viveram na boemia após a I Guerra Mundial - 1920-e antes da quebra da Bolsa de Valores em 1929. Eram jovens cujas vidas haviam sido modificadas pela guerra e saíam nas noites para conversar até amanhecer porque o dia pouco mais lhes interessava.
Posso afirmar que os jovens eram bastante festeiros na década de XX, pois, nascida praticamente há mais de cem anos, ao menos no espírito, conheci essa geração, que saia às ruas do centro da cidade para todos os eventos, mas todos os eventos, e que disseram que há um tempo de sofrer, mas que eles compensaram esse tempo com o verbo festejar, quase todos professores que não queriam mais do alguns prazeres ao dia, como pegar as frutas nas árvores do quintal, depois lecionar, e depois festejar.
A alma do mundo está doente, afirmei e repito. Fitzgerald é mais real que a realidade que conheci. Sair à noite significava no livro dele beber e cair, além dos devassos caminhos possíveis.
A minha referência é outra, é de gente que lecionava e tinha alguma intelectualidade avançada, a qual sabia se divertir nas festas domingueiras e nos saraus.
Lembrando com alguns carinho de uma passagem com duas dessas professoras, as quais demos carona, e a rua era de paralelipípido, ou seja, um calçamento antigo, com o carro à 60km por hora, conforme dizia o aviso da rua, uma delas não se conteve:
_Estou lembrando do tempo em que papai não tinha automóvel, os solavancos são iguais. Riu-se até cansar.
A outra professora lembrou-se de um dos passeios em que as duas fizeram, e estavam muito arrumadas, quando um dos pneus da trole resolveu se soltar. A diversão daquele domingo delas foi essa.
_Não tem perigo de acontecer tal coisa com um automóvel, tem?
O motorista, rindo-se muito, respondeu:
_Ainda não aconteceu, mas é melhor fazer uma oração para que cheguemos bem à festa do Buffet.
Essas duas senhoras viveram notempo da guerra. Conheciam as dificuldades, que na guerra, iguala as necessidades de uma nação, mesmo levando-se em consideração que o Brasil se declarou como país neutro nessa guerra, houveram dificuldades no país.
Volto ao assunto vírus. Mesmo que o vírus não tivesse chegado ao país, o Brasil sofreria as consequências das dificuldades enfrentadas nos outros países.
Manter a fé nessas situações é algo desafiador, mas há que se fazer planos e contar com Deus, que certamente trará a consolação, conforme está escrito.
Jesus Cristo ressuscitará trazendo a esperança e a alegria de novo aos povos e às nações, mas agora é preciso acreditar!
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