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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

terça-feira, 26 de março de 2019

Cidade Grande / Crônica do Cotidiano

Cidade Grande / Crônica do Cotidiano

      Como é que um automóvel, branco, com placa iniciada por BH, faz o que fez num cruzamento importante da cidade, é de se imaginar.
     O automóvel travou o trânsito. Estava de pisca-alerta ligado. Supunha-se que estivesse com problemas mecânicos.
     Fato mais esquisito na cidade não presenciei antes.
     O automóvel, ou quem quer que seja que estivesse ao volante, tentava romper e o carro não andava.
     Outro automóvel, com alguma pressa, quase subiu em cima do passeio que divide as quatro pistas para seguir em frente.
     Um ônibus parou atrás do automóvel sem conseguir atravessar a rua.
     A pista que cruzava a avenida também tem quatro faixas, mas em sentido único. O semáforo abriu, mas somente um carro conseguiu desviar do automóvel e realizar a conversão para a faixa à esquerda.
      A faixa esquerda tem três pistas. A faixa da direita tem três pistas em direção oposta.
     Somando todas as pistas, o automóvel estava parado e impedindo sete pistas.
     O motorista tentando romper, acelerando sem conseguir nada a não ser dar essa impressão de tentar romper.
     Passaram-se uns cinco minutos, ou a situação proporcionou essa sensação de cinco minutos.
     Vieram dois homens que ninguém viu de onde.
     Um deles pegou a direção do veículo e quem estava ao volante saiu e sentou-se no banco de trás. Parecia ter saído de um banco.
     Outro homem entrou pelo lado do passageiro. Vimos ele se aproximar do veículo em diagonal.
     Sem conseguir ver bem do meu ponto de vista, ajeitaram-se algo parecido com casacos dentro do automóvel.
     O motorista do ônibus deve ter visto com clareza o final do incidente, a placa do automóvel, as pessoas e tudo o que se passou dentro do veículo.
     Esse homem, o que entrou no lugar do motorista, ajeitou o cinto de segurança, os espelhos e rompeu normalmente. O pisca-alerta foi desligado.
     Incidente próximo à prefeitura.
     Simplesmente medo. Os ônibus fizeram a segurança de pedestres e motoristas. Poucos ousaram atravessar a rua naquele trânsito parado por vontade de alguém.
     Ficamos todos atônitos e tentamos nos esconder quando o automóvel rompeu, sem saber do que aconteceu.
     Resta uma pergunta: O que foi que aconteceu ali?   

Um comentário:

Ivone disse...

Pois é, "o que foi que aconteceu ali?" acontecem tantas coisas que nem sequer podemos acreditar. um único motorista faz o transito paralisar!
Boa cronica amiga Yayá!
Abraços apertados e uma boa noite!