Plenitude
Quero o cheiro de terra molhada,
Lua nova brincando o terreiro,
Rede branca de renda bordada,
Vista alegre de pássaro meeiro.
Quero gosto de boca adoçada,
Onde um só pio se encanta em viveiro,
Canta um conto à mangueira e à goiabada
Feito encontro de viola e violeiro.
Quero o ar fresco da luz madrugada,
Quero o sonho d’um sol algodoeiro,
Claro e tênue da brisa soprada,
Nesse sono dormido ligeiro.
Gesto é terra, gosto é água tomada,
Vento é vida de som romanceiro,
Quer a brisa trazer a toada.
Quero nada mais não, sinto o cheio.
Um comentário:
Uma poesia que mostra todo o encanto do poema da vida! Linda! Trilha sonora perfeita completando-a...
Abraço.
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