Calma Garoto! Que Ainda não Assisti ao Filme / Crônica do Cotidiano
Essa crônica não foi escrita naquela quinta-feira porque eu não assisti àquele filme.
Eu tive que procurar a sinopse do filme e, nada como uma manhã abafada para madrugar e procurar alguma curiosidade.
Naquele dia eu estava na fila e o garoto à minha frente estava acompanhado do pai e do tio dele, jovens de vinte e poucos anos.
O garoto estava com uma zebra de plástico em suas mãos.
O pai do garoto o ergueu e o colocou no colo.
Não é invenção, eu tenho sorte em filas. As crônicas estão ali à minha disposição.
Naquele dia eu estava devagar, ligeiramente cansada e não prestei muita atenção quando o garoto mostrou a zebra para mim, que estava logo atrás deles na fila.
Mesmo cansada eu disse ao garoto que a zebra era linda.
Conversar com criança tira o cansaço de qualquer um.
_Você conhece o Martin? Ele disse que esse era o nome da zebra.
_Madagascar?
Não eu não conhecia. A única zebra que eu conheci foi a dos jogos de futebol que dizia:
_Olha eu aí. Deu zebra.
Eu não tinha o que responder ao garoto e me distraí olhando as revistas.
Nem tive tempo. O pai do garoto havia se lembrado de comprar algo. Saiu da fila e deixou o garoto e o tio do garoto, ainda mais jovem que ele tomando conta do garoto.
_ Tio, ele volta?
O tio do garoto disse que o pai dele voltaria.
_Tio, você me ergue para que eu possa ver onde está o meu pai?
O tio disse que não. Deu risada e pediu para o garoto esperar.
O garoto olhou para mim, bem mais alta do que ele e que podia olhar através da fila de muitas pessoas que estava atrás de mim.
Olhei. Eu não tinha prestado atenção na fisionomia do pai dele e de nada adiantava olhar. Continuei olhando para acalmar o garoto.
O garoto olhou e perguntou?
_Você está vendo o meu pai?
Eu olhei em volta pensando na desfaçatez daquele pai em dar uma zebra de plástico para o filho.
_Olha o jeito daquele menino com a zebra na mão!
Por sorte, havia um jovem pedindo licença na fila para passar em frente.
As pessoas implicam com as outras, muitas vezes sem motivo. Acharam que o jovem passava a frente dos outros na fila.
Nesse momento, eu me senti na obrigação de intervir e chutei a bola para o garoto:
_O seu pai está chegando!
Era o pai do garoto. Ele não havia desistido de dar a zebra ao garoto.
A alegria do menino foi engraçada.
O pai do menino parecia ter comprado algum super-herói para o menino.
O Martin estava com ele!
Preciso ir até a videolocadora e alugar o filme. Bem que agora eu poderia estar assistindo um desenho animado.
Como eu não dou zebra como presente para ninguém, não contei. Deixei para contar num dia em que não houvesse jogo de futebol. Os mais velhos poderiam deixar se influenciar pela história naquele dia nada propício.
Um comentário:
Olá,
Hoje venho lhe fazer um convite! Estou escrevendo em outro espaço com mais amigos, pois o Infinito Particular desapareceu sem que eu consiga achá-lo.
Já fiz de tudo, mas como não consegui resolvi blogar em outra página onde fui muito bem recebida.
O blog é de excelente qualidade e muito bom gosto e sou autora por lá e posto regularmente. Se desejar visitar-me ficarei muito feliz e se quiser nos acompanhar será uma honra.
Lindo dia e um enorme abraço!!!
http://refugio-origens.blogspot.com
Postar um comentário