Cordel
Não viaja neste céu
Quem não tem o peito aberto,
Desconhece o modo inquieto,
E desdenha do escarcéu.
Pilotar, alude ao véu,
Sem se estar boquiaberto;
A correr do vento quieto,
Vem provando o seu pitéu.
As ideias têm o seu mel
Ao visar no sono incerto,
Cor dourada a esse projeto
Planejando o seu corcel.
E, ao compasso e o seu papel,
Vê-se o pássaro coberto
A pousar dentro do teto,
Nesse abrigo de um cordel.
2 comentários:
Oi Yayá,
Lindo seu cordel!
Criatividade e inteligencia!
Beijos!
E...
No riacho claro, às segundas-feiras,
Batiam roupas as lavadeiras.
Também a gente lavava trapos
Nas pedras lisas, nas corredeiras;
Catava limo, topava sapos
(Ai, ai, que susto! Virgem Maria!)
Helena Kolody
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