I
Quanta luz nas avenidas,
Quanta gente nesse dia,
Passo eu nesse formigueiro.
Levo o passo, dou varrida,
Tiro o pó, dona Maria;
Meço o metro por inteiro.
Sem vergonha dessa lida,
Tomo o banho no chuveiro.
II
Chego a casa com a vida
Ganha - pão dessa guarida,
Sol e sombra do canteiro.
Com a janta esbaforida
Deito e durmo na corrida,
Sonho um sonho sobranceiro.
Levo a lida e a alegria,
Sou bom homem o ano inteiro.
III
Essa luz que me irradia
Não me deixa à vadia,
Levo Deus no meu dinheiro.
Simples vida de coxia,
Anjo meu nessa alforria,
Nessas asas de mosteiro.
Anjo dê-me a fantasia
Dessas asas, e o roteiro.
15 comentários:
Boa noite, tua foto me transmite uma pessoa calma, tranquila, voce e assim mesmo? Obrigada, o Ricardo é um poeta gentil e carinhoso, adoro visita-lo, vai la tambem, voce vai gostar...As vezes, minhas inspirações vem dele, do jeito de me escrever, suave e gentil sempre...bjin e bom fim de semana...Ah, como voce escreve bem, adoro teus trocadilhos e o jeito como embaralha as palavras.
Sou calma a maior parte do tempo. Já fui ao Ricardo. Um abraço, Yayá.
Tem selinho pra vc.
Bjooos
Como sempre tão bem nas palavras, na poesia. Eu adorei! Beijos no coração, querida.
Yayá..
endosso o que a Simone escreveu acima.
Vc tem um jeito suave e doce.
Transmite calma!!
Lindo seu poema..
Bj
MA
Querida amiga,
Passando para deixar um abraço e para dizer que tem um selinho para você lá no meu blog.
Um grande beijo,
Maria Paraguassu.
Bello bello bello!! directo ahí!!
Salud!
Um poema que prima pelo ritmo no dizer e pela ternura que paira no sentir.
Um beijo
Nossa Yayá, que lindo seu poema!!!
Li e reli, é mágico.
Parabéns!!
Beijos de um sábado de muita paz.
Primor de poesia. Fecho os olhos e revejo aquelas mulheres que, pelas 6 horas da manhã, caminham pelos passeios de ruas desertas,em Lisboa, com um saquinho à tiracolo, a caminho o trabalho.
Delicioso poema, que se lê como quem se cantarola pelo ritmo e leveza das palavras.
prazer te ler...
beijo.
Yayá, com sabedoria caminhando entre as palavras e os sentimentos.
Abraço
Olá,Yayá!!
Que bela inspiração!As coisas simples são as mais importantes, e as vezes as mais difíceis...
Beijos!
Belo espaço. Belo e inteligente. Fazendo uma alusão ao texto referente a Fiódor Dostoiévski, digo que ele foi de grande importância para o meu mundo literário. Li alguns de seus livros e sua biografia, ainda quando cursava Letras.
Gosto do que você escreve, também. São escritos que nos levam à criação de lindas imagens. É como presenciar momentos e situações através dos seus olhos. Congratulações pela polidez da cultura poética e agradeço pela visita ao Poesias Partidas. Um abraço.
Que delicado, doce teu poema, Yayá!
Li feito criança,
com tanta sonoridade vi-me pulando amarelinha aqui!
Um beijo, querida.
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