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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Humildade–indrisos cômicos

Humildadeclip_image002

I

Quanta luz nas avenidas,

Quanta gente nesse dia,

Passo eu nesse formigueiro.

 

Levo o passo, dou varrida,

Tiro o pó, dona Maria;

Meço o metro por inteiro.

 

Sem vergonha dessa lida,

 

Tomo o banho no chuveiro.

II

Chego a casa com a vida

Ganha - pão dessa guarida,

Sol e sombra do canteiro.

 

Com a janta esbaforida

Deito e durmo na corrida,

Sonho um sonho sobranceiro.

 

Levo a lida e a alegria,

 

Sou bom homem o ano inteiro.

III

Essa luz que me irradia

Não me deixa à vadia,

Levo Deus no meu dinheiro.

 

Simples vida de coxia,

Anjo meu nessa alforria,

Nessas asas de mosteiro.

 

Anjo dê-me a fantasia

 

Dessas asas, e o roteiro.

15 comentários:

Simone MartinS2 disse...

Boa noite, tua foto me transmite uma pessoa calma, tranquila, voce e assim mesmo? Obrigada, o Ricardo é um poeta gentil e carinhoso, adoro visita-lo, vai la tambem, voce vai gostar...As vezes, minhas inspirações vem dele, do jeito de me escrever, suave e gentil sempre...bjin e bom fim de semana...Ah, como voce escreve bem, adoro teus trocadilhos e o jeito como embaralha as palavras.

Artes e escritas disse...

Sou calma a maior parte do tempo. Já fui ao Ricardo. Um abraço, Yayá.

Ana Martins disse...

Tem selinho pra vc.

Bjooos

Anônimo disse...

Como sempre tão bem nas palavras, na poesia. Eu adorei! Beijos no coração, querida.

MA FERREIRA disse...

Yayá..
endosso o que a Simone escreveu acima.
Vc tem um jeito suave e doce.
Transmite calma!!
Lindo seu poema..
Bj
MA

blog da Paraguassu disse...

Querida amiga,
Passando para deixar um abraço e para dizer que tem um selinho para você lá no meu blog.
Um grande beijo,
Maria Paraguassu.

Uno De Barba disse...

Bello bello bello!! directo ahí!!

Salud!

Lídia Borges disse...

Um poema que prima pelo ritmo no dizer e pela ternura que paira no sentir.

Um beijo

Majoli disse...

Nossa Yayá, que lindo seu poema!!!
Li e reli, é mágico.
Parabéns!!
Beijos de um sábado de muita paz.

jorgil disse...

Primor de poesia. Fecho os olhos e revejo aquelas mulheres que, pelas 6 horas da manhã, caminham pelos passeios de ruas desertas,em Lisboa, com um saquinho à tiracolo, a caminho o trabalho.

Celso Mendes disse...

Delicioso poema, que se lê como quem se cantarola pelo ritmo e leveza das palavras.

prazer te ler...

beijo.

Aclim disse...

Yayá, com sabedoria caminhando entre as palavras e os sentimentos.

Abraço

Vivian disse...

Olá,Yayá!!

Que bela inspiração!As coisas simples são as mais importantes, e as vezes as mais difíceis...
Beijos!

Poesias Partidas disse...

Belo espaço. Belo e inteligente. Fazendo uma alusão ao texto referente a Fiódor Dostoiévski, digo que ele foi de grande importância para o meu mundo literário. Li alguns de seus livros e sua biografia, ainda quando cursava Letras.
Gosto do que você escreve, também. São escritos que nos levam à criação de lindas imagens. É como presenciar momentos e situações através dos seus olhos. Congratulações pela polidez da cultura poética e agradeço pela visita ao Poesias Partidas. Um abraço.

marlene edir severino disse...

Que delicado, doce teu poema, Yayá!

Li feito criança,
com tanta sonoridade vi-me pulando amarelinha aqui!

Um beijo, querida.