Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

A Dizer

A Dizer


A realidade

Que não se sabe

Até se ver


Hora metade,

Quando assim cabe

Um não saber


 Com sobriedade,

 Vem por dizer.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Reverberações dos Ventos

Reverberações dos Ventos


Os ventos sopram

De tantos cantos

E se desdobram

E evitam prantos.


Vêm, colaboram,

Cuidam de tantos

Que sóis afloram

Com seus encantos,


E comemoram

Os gestos santos,

Mas não demoram,

Fazem recantos.




 

domingo, 17 de agosto de 2025

Modo Menor

Modo Menor


Hoje feliz

Com cicatriz,

Modo menor


De ser feliz,

Que a dor não quis,

Foi sem furor,


O que condiz

Com bom humor.


 

sábado, 16 de agosto de 2025

Parafraseando as Férias no Interior

Parafraseando as Férias no Interior


Sem dono é o verbo escolher,

O verbo é determinante

E diz sobre o que fazer

Do momento logo adiante,


É o dever a concorrer

Nesse caminho constante,

E ao supérfluo, seu correr,

E nele restar consoante


Com a graça de querer

Algum lugar que é distante,

Mas é a alma desse querer

Que faz o dia num instante.


 

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O Poema que Não Li / Crônica

 O Poema que Não Li / Crônica


     Neste caso não li porque me perdi em assuntos variados sobre saúde e história.

     Não sei se o poema seria épico, trágico, lírico, satírico ou banal, mas não li.

     Sobre saúde, não vou cronificar o que não é doença, mas condição, onde certamente coloco Deus na situação.

     O artigo sobre história pareceu uma releitura ótima de Beethoven, porque ele foi considerado o primeiro exotérico, e eu já tinha ouvido contar história semelhante com questionamentos semelhantes dentro de casa.

     Sei que há muitos "fatos" onde não se encontra um motivo racional que os expliquem, mas ainda assim deixo para outros estudarem o que não tem explicação.

     Por sorte, encontrei várias páginas interessantes e , o tempo de leitura faz esta noite suavemente amornada e aconchegante, e pode ser a antevéspera da primavera, pois setembro está chegando, ou foi o sanduíche quente que lanchei.

     O poema mora na alma do poeta a recitar, e independe de toda a racionalidade que se possa buscar.

     A realidade não supera a vontade de poetizar o que é belo, volátil como a eletricidade que nos move, e a matemática é música.

     Neste período de pausa para pensar encontrei o que precisava ler, imaginar que sabia sem saber, me fez bem.

     Agora, deixo a filosofia aproveitar a sexta-feira.

     Grata pela leitura.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Mulher de Lua

 

Mulher de Lua


Pela janela

Olho a rua,

Não tem lua.


Peço a janela

Que a substitua

E ela se amua,


Porque estou nela

E está frio, sem lua.



quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Artificial / Comentário


Artificial / Comentário


     Recebo mais uma pesquisa a ser respondida para um avatar da inteligência artificial.

      Não responderei.

     Há um exagero no uso de tal artifício. Se for para elaborar publicidade dirigida, pior ainda.

     Aquela pesquisa em que pede uma avaliação do atendimento através de nota, penso que é válida.

     No entanto, pesquisa sobre hábitos de consumo, nem respondo.

     No mês passado recebi a recomendação de pensar em mim, me cuidar e me avaliar física e espiritualmente. 

     Estou fazendo o possível para fazer o dia a dia saudável, e com ânimo.

     Estou evitando de fazer ligações para lugares cuja resposta é: diga uma palavra sobre o assunto do seu interesse, que redireciono a sua ligação. 

     O mundo digital tem seus limites.

     Um mundo feito de respostas por marcar a pergunta correta, e respostas que não correspondem ao interesse da pergunta, elevado ao potencial do interesse lucrativo de uma empresa, chega a ser irracional.

     Se a inteligência é artificial, ela corresponde a um mundo artificial, no sentido de ser repleto de artifícios que tomam o tempo do consumidor.

     Penso que é prejudicial a convivência em sociedade esse exagero artificial.

     Prefiro o supermercado, onde as expressões são legítimas e esclarecedoras, portanto satisfatórias.

     Por estes dias, perguntei qual era a mexerica e qual era a morgote, e o menino foi perguntar para a supervisora e me auxiliou na decisão da compra.

     Igualmente no domingo passado, fiquei feliz ao ouvir espontaneamente de um garoto que não comeria até chegar em casa, pois faziam um churrasco no Dia dos Pais.

     A naturalidade e precisão humana superam em muitos aspectos a inteligência artificial.

     O ser humano tem como útil as ferramentas tecnológicas. O problema é que não se pode substituir o ser humano pela tecnologia quando o assunto é convivência.

     Deveria haver um limite para o uso da inteligência artificial, até mesmo por vontade individual de se contatar com o próximo, com qualidades e defeitos humanos, afinal somos humanos.

     Grata pela leitura.

     

     

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Deus Sensível

Deus Sensível


O Espírito Santo,

Um Deus invisível

Que está em todo canto


E sopra sem manto

O Deus do impossível

Da arte, puro encanto


 Que leva o quebranto

Sendo o Deus sensível.  


 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Rodopio

Rodopio


Um dia esticado

Cabe no tempo

Mais que contado,


Roteiro dado

É o entendimento

Como tablado


De um sapateado

Em movimento. 

domingo, 10 de agosto de 2025

Pintura à Lápis

Pintura à Lápis


Caderno de colorir,

Antigo de desenhar 

Nas cores de todo vir,


Lápis de cor a convir 

E tudo a se imaginar

E régua p'ra conseguir


A reta desse construir,

Que o hoje viveu a pinçar. 

sábado, 9 de agosto de 2025

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Nem tão Clássica

Nem tão Clássica


Já faz falta

Esse samba,

A tua pauta,


 Na letra alfa,

Nessa dança

Meio peralta


Quando fala

Da esperança.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Chá de Anis

Chá de Anis


Presto atenção,

Faço a oração,

Sigo feliz


Com precisão,

Numa oração

Que me bendiz,


Voa esse alazão

Num céu de anis. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Cada Ideia

Cada Ideia


É tanta a gente,

Que conversar

Se faz pingente,


Que enfeita a gente

Como um colar,

Constantemente


Lembrando a gente

De ser, e estar.




 

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Linhas Musicais

Linhas Musicais


Perde-se o discernimento,

E este mundo é confusão.

Concordância traz o tempo,

Embora seja canção


Feita, lida, passatempo,

Que soa como obrigação

Na alma, e diz estranhamento,

Mas quer dizer da porção,


Relação de espaço-tempo

Ganhado pela ilusão

De que se sabe do tempo

E o tempo é a contradição. 

 

 

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Essência

Essência


Restaurar

Pela arte,

Esta parte


Que a se doar

Se reparte

À la carte


Num jejuar,

E sobra arte.




 

domingo, 3 de agosto de 2025

Tempo de Domingo

Tempo de Domingo


Lá vem o tempo

De começar;

De novo, o tempo


E o pensamento

De em Deus confiar

Todo o momento,


É Dele o tempo

E o caminhar. 

sábado, 2 de agosto de 2025

Melhor do Estômago Apesar das Águias de Estimação / Minicrônica

 Melhor do Estômago Apesar das Águias de Estimação / Minicrônica



     Estava eu saindo de casa durante a semana, quando observo este animal comendo alguma coisa e resolvi tirar uma foto.

     Caminho mais um pouco e desvio um pombo morto no chão.

     Comecei a me perguntar se estava num filme do canal geográfico sobre a natureza, pois acabara de ver a ave se alimentando de um pombo cujos restos ainda estavam na calçada.

     Pergunto daqui e dali e descubro que são duas dessas aves que visitam o telhado do edifício de vez em quando.

     O meu estômago está melhor, mas naquele momento ele não ficou satisfeito.

     Chamei a águia de animal por matar e comer um pombo sem timidez.

     Pelo menos ela parecia aborrecida após a refeição.

     É a natureza das coisas em contraponto a humanidade.

     O ser humano cozinharia, concordam?

     Grata pela leitura. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Excentricidade

Excentricidade


Nesse fazer, mania

De não parar o dia

Até quando cansar,


Metrônomo que pia

O som da companhia

Nos ouvidos do lar


E faz a correria,

E a pausa a melhorar.


 

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Dinâmica

Dinâmica


Para me refazer,

Não fazer, contrassenso

Que acato quando penso

N'algo pra me aquecer,


  Dinâmica de ser

Sem que seja esse o imenso

Esforço do não intenso,

Mas também não esquecer


De ver o entardecer

E a linha por extenso

Nesse azul que é pretenso,

E que vai esvanecer


Até que o amanhecer

A refaça no lenço

Da névoa do bom senso,

E acordar por fazer.


quarta-feira, 30 de julho de 2025

Inteligência Artificial? Crônica do Cotidiano

 Inteligência Artificial? Crônica do Cotidiano


     Não que seja para rir, mas é.

     A amiga de um parente próximo veio fazer visita.

     Conversa vai, conversa vem, eu reclamei da falta de pessoas para atender o telefone no Serviço de Atendimento ao Consumidor e na facilidade com que diversos telefonemas de marketing acontecem no dia a dia.

     Eu não sabia que ela era a responsável por um departamento de I.A.- inteligência artificial.

     Eu tinha recebido diversos telefonemas e mensagens para que aproveitasse algumas promoções.

     Na semana passada tomei a decisão de ir até a loja e perguntar sobre a promoção para desfazer qualquer mal entendido que tivesse causado naquela conversa.

     Cheguei na loja e perguntei sobre preços e sugestões da empresa, e com tempo para conversar.

     O atendente fez diversas sugestões e gostei de uma das sugestões, ao que, solícito buscou os dados para me repassar.

     De repente um cheiro de café quente e recém passado chegou ao meu olfato.

     _Que cheiro bom. A cafeteria é próxima? Perguntei.

     Era a colega dele que tomava o café.

     O atendente pediu para que eu o aguardasse um momento.

     Pegou um copo de café para ele e trouxe um para mim, perguntando se eu gostava de muito açúcar ou pouco açúcar.

     Chegou mais um colega, rindo, e sem café.

     Conversávamos e tomávamos café numa reunião informal e divertida, todos rimos.

     O atendente se divertiu com a situação quando eu perguntei dos telefonemas.

     _Esse é o departamento da inteligência artificial. O pessoal do marketing toma água para hidratar a garganta.

     E nós, café, agradeci.

     Agora nem sei se elogio a Inteligência Artificial ou a cortesia com que recebi aquele copo descartável com café e pouco açúcar e a conversa animada cheia de promoções.

     Grata pela leitura. 

      

terça-feira, 29 de julho de 2025

Poncho

Poncho


Desta vez,

Tudo certo.

Longe e perto


Sou freguês;

Geada perto,

Me conserto


Sem talvez,

Me acoberto.

 

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Uma Pitada de Humanismo

Uma Pitada de Humanismo


Vontade de correr

Que é apenas a vontade,

E a vontade do ser

É sem serenidade,


A real, a de acontecer

Como tranquilidade

A escolher e escolher,

Quando é especialidade


Que só o outro pode ver

Com literalidade,

Pois somos mais que um ser,

Espelhos de se ver.


  

domingo, 27 de julho de 2025

Decorar

Decorar


Decorando o compasso,

É a música esse tempo

De bem estar escasso,


De varanda ou terraço

De um só contentamento

Quando se faz espaço


D'alma, desembaraço

De mim, ensinamento. 






 

sábado, 26 de julho de 2025

Desligada

Desligada


Tenho o tempo

Para o nada,

Esse nada


Pensamento

De fachada,

Descansada


Com o tempo,

Desligada. 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Sem Pensar

Sem Pensar


Minha pintura

É sobre o tempo,

Mas com candura


E sem ranhura

Ao firmamento

Em linha obscura,


Nessa procura

De um pensamento.

 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Delicadezas do Inverno

Delicadezas do Inverno


Aproveitar o frio,

Com a lareira acesa,

E próximo da mesa,

A manta e o seu macio


Aquecendo o vazio

E essa delicadeza

De geleia de framboesa

Do conforto ao extravio


De um longínquo assobio

De um livro sobre a mesa

Meio lido, meio sutil

Do sono e da leveza.


 

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Exaustão

Exaustão


Pensar até a exaustão

Resolver terminar,

Com ou sem solução;


Que se pense a questão

Até nela sonhar

A seta e a direção,


É que o sono é a razão

De melhor se pensar.




 

terça-feira, 22 de julho de 2025

A Alma e o Tempo

A Alma e o Tempo


Esse tempo da gente,

É onde a gente se cabe,

E o que a gente não sabe,

Por ser inteligente,


É que o tempo não sente,

Mas sabe sem que acabe

Ao dizer que não cale

Nesse verso o presente


Tempo da alma consciente,

Pois pra ela o tempo não age;

Humana é a arte "vintage"

De existir normalmente.  





 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Matematicamente

Matematicamente


Vontade de ficar

Ao dia, por estudar,

E essa concentração

Precisa da ideação.


Como se a anestesiar

  O som da nota no ar

Que diz digitação;

Nessa interpretação


Se cessa  todo o idear

 E parece tocar

Por mecanização,

Estuda por razão.   

 

 

domingo, 20 de julho de 2025

Se Depender da Emoção / Crônica

Se Depender da Emoção / Crônica


     Por todos os lugares que vamos, conversamos.

     Eu, num desses lugares viajantes, disse que sentia falta de estar em casa.

     Agora, pela internet, assisto o vídeo, e ouço a única frase que disse antes de voltar para casa:

     "Eu quero voltar para casa".

      Bateu saudade, lembrei do cumprimento, e não sei de qual origem étnica, mas o moço ficou inesquecível ao me chamar de vovó, e pasmem, cheirar o meu rosto.

     Eu, naquele momento, tinha cheiro de vó. Seria o filtro solar?

      Sei que conversei com muita gente, e agora vejo a avenida deserta, sem ninguém.

     Ele e a família vendem sanduíches e queijo frito, do qual comi seis unidades junto ao guaraná, e muito feliz por encontrar guaraná.

     Se eu pudesse dizer algo, mas o que posso fazer além de sentir saudade de vocês, sem exagero de marshmallow, pela doce vó, conforme fui tratada.

     O título da postagem é:

     "O Melhor Segredo Revelado"

     É bom estar em casa, concordo, mas passear é uma oportunidade de fazer amigos.

     Se vocês soubessem o quanto gosto da organização daquela bagunça, e que hoje não existe mais.

     Comentei aqui em casa que parece que existe algo contra o bem estar com uma pitada de felicidade, e esse tipo de comportamento eu já observei por aqui também, onde aprendemos a sorrir sem sorrir para que ninguém observe quando estamos com esse estado de espírito.

     Esse não sorrir aprendi com um maestro numa escola de música.

     Ele disse com todas as letras que era burrice mostrar a felicidade porque muita gente gostava dos grandes dramas e tinham ciúmes de quem não via o mundo como uma máquina que desconhecia a sutileza das emoções bem vividas, e tinha outros propósitos de vida.

     Quanto a tristeza, o mesmo maestro dizia que mostrar a tristeza era como colocar um pedido para continuar nela.

     A teologia diz que ninguém precisa dizer o que Deus sabe, pois é normal para Deus o saber.

     Às vezes é praticamente impossível esconder as emoções, tendo como exemplo uma pesquisa da medicina bem sucedida, porque tal pesquisa beneficiará milhares de pessoas com um custo que tende a baixar na medida em que ficar disponível para muitas pessoas.

     Para algumas pessoas chorar de felicidade é fraqueza de espírito, mas enquanto humanos, é o valor de uma conquista evolutiva na saúde.

     O que dizer dessas ruas vazias e o ódio ao turismo?

     Eu diria para que as pessoas usufruam os seus minutos de folga ou repouso depois de um tratamento de saúde.

     Pessoalmente assisti dez filmes num sábado e num domingo em que tive que ficar em casa, mas quando pude sair, não resisti a um pacote de biscoito com dois biscoitos que custava um único real, e que compensou uma caminhada um pouco longa.

     De onde vem esse sentimento contra a alegria de estar bem, eu não sei, embora não concorde com ele.

     De qualquer modo, peço que continuem postando vídeos com uma ou duas frases essenciais, pois conscientiza a população turística da realidade, e através da realidade, a possibilidade de persuadir essas pessoas que não se satisfazem enquanto não transformam tudo em um sistema maquinalmente desumano.

     Um abraço da vó para vocês.


     Grata pela leitura.  

sábado, 19 de julho de 2025

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Tempo Quieto

Tempo Quieto


Poucos carros na rua

E a cabeça na lua,

Pensamento a vagar;


O inverno até se amua,

E o seu tempo pontua

Pronto a se amenizar


Nessa esfriada tão sua,

Um silêncio a escutar. 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Crença

A Crença


O que não tem sentido,

Não tem, ou assim se pensa,

Porque parece ouvido


 O som do desmedido,

E dessa forma adensa

A nuvem, não o chovido


Visível nesse vidro

De Deus, e tudo é crença.



  

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Comentário sobre o Livro de Cícero : Saber Envelhecer


Comentário sobre o Livro de Cícero : Saber Envelhecer


     Cícero, no seu livro Saber Envelhecer, traz bons conselhos sobre a velhice.

     A velhice deve vir acompanhada da cordialidade, do cultivo dos bons relacionamentos, dos ambientes propícios para uma boa convivência consigo mesmo na velhice.

     O livro foi indicado por um livreiro, porque a tacanheza com a qual via a velhice chamou a atenção dele.

     Falava eu do fundador da Rede Globo e dizia que seria alguma dádiva ou sorte fundar uma emissora de televisão aos sessenta anos. Dizia também que a velhice deveria ser uma fila de acompanhamentos médicos, doenças e num entremeio alguns programas de televisão, caminhadas suaves enquanto fosse permitido, e uma falsa bondade para que fôssemos bem tratados, mas também dizia isso porque ouvi muitas e muitas vezes que lugar de idoso é num museu, como se a visita a um museu fosse enfadonho e não acréscimo de cultura.

     Comprei o livro e li e faz algum tempo.

     Ocorre que, de fato, a velhice mudou, e até mesmo a recente médica que elaborou as perguntas da pesquisa, mostrou como eu e tantas outras pessoas idosas estávamos fora do parâmetro da velhice, hoje considerados como atividades de antigamente.

     A médica está fazendo uma pesquisa sobre a terceira idade e fez várias perguntas, tais como se eu cozinhava, se tinha computador, se tricotava ou fazia crochê, se tinha lanches com amigas, se praticava algum passatempo, se estudava alguma língua estrangeira, se gostava de passear no shopping, etc.

     Foram inúmeras perguntas pessoais respondidas por todos os pacientes que estavam no consultório.

     Contei para a médica que tinha um blog e que gostava, e me fazia bem ter um blog.

     A médica disse que esse era um problema para os médicos em geral, conhecer a terceira idade e saber o que fazem, do que gostam e como essa chamada terceira idade lida com as dificuldades que surgem com a idade, algo que é natural e que se tem que conviver.

     A chamada "senhorinha" de antigamente é outra mulher e o "senhorzinho" é outro homem.

     As atividades da terceira idade são outras, eles aderiram a internet, eles vão ao shopping, eles praticam algum tipo de atividade física.

     No entanto, a terceira idade precisa ir mais vezes ao médico e não pode exacerbar os seus limites, pois pode prejudicar a saúde.

     Concordei porque existem fases em que sequer procuramos um médico porque nos sentimos bem, o que é errado e para todas as idades.

     Ela comentou que sim, as consultas eram necessárias, mas que evitar excessos de cuidados, ou hipocondria, é uma medida saudável, pois a hipocondria é um medo obsessivo de ficar doente, e tal medo precisa de auxílio médico.

     Os conselhos de Cícero são úteis, e foi bom ler o livro mesmo sem a pretensão de criar uma rede de televisão, mas a fase-velhice é outra e gostei de conversar com a médica sobre o que faço do tempo.

     Provavelmente a pesquisa será discutida em algum simpósio de geriatria, e depois de publicada nas revistas especializadas, virá ao público leigo.

     Para concluir, a velhice é outra e a minha geração é quem está vivendo essa nova velhice, e assim sendo que mantenhamos a disposição nessa fase ainda a ser decifrada pelas estatísticas.

     Os meus conceitos sobre velhice, com museu ou sem museu, ficaram a desejar, e todos teremos que experimentar a velhice do jeito que a tecnologia e a ciência permitir, o que, até pode ser bom, espero.

     Grata pela leitura.   

terça-feira, 15 de julho de 2025

Desconhecido

Desconhecido


Esse "eu" que escreve,

Que estranho é esse "eu"

Desconhecido


Da forma breve

E que pensa  o "eu"

Sem tempo, adido


De mim, mas leve,

Que escrito é meu,

Mas não é meu, lido.  

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Desde Aristóteles

Desde Aristóteles


A pesquisa,

Que realiza

Devaneando,


É a poetisa,

Que concisa,

E passeando


Concretiza,

Sempre orando.



 

domingo, 13 de julho de 2025

Imperfeitos Versos

Imperfeitos Versos


Parece interessante

A ideia, consertar versos,

Vírgulas ao incessante,

De poesia e universos;


Versar é algo inconstante,

Dos caminhos diversos

Fica como semblante

Agradecido, versos


Onde tudo é consoante

Na alma dos sons dispersos,

Mas atentos, ressoante

Deste nosso universo. 


  

sábado, 12 de julho de 2025

Nossas Rugas

Nossas Rugas


O tempo mostra as rugas, razão

Pelas quais a plástica não move,

E as quais mostram suave a expressão

Da amostra-grátis; que não se inove


Uma a uma a cada dia na inflexão

Natural, porque é dia que não chove

E não há seca, essa autoavaliação

Que compreende até quando se aprouve


De se enfeitar por motivação

Outra que não a prova de algum nove

Da longevidade, ou a pretensão

Do tempo que quis e não mais houve.


 

 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Pesquisa Contínua

 Pesquisa Contínua


Ensinar

E aprender;

Respirar,


E o que é este ar

Que é sem ser

Por ventar,


E guardar

O saber.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Pessoas Admiráveis- Elza / Miniconto

 Pessoas Admiráveis-Elza / Miniconto


     Elza estava sozinha num país distante do seu.

     Perguntada sobre o que fazia num país distante sozinha, sem pestanejar, respondeu:

     _Quero ficar distante das minhas palavras críticas, das atitudes que o meu dinheiro permite tomar num mau momento e que se tornariam desfaçatez, quero me impedir de estar errada.

     Sem poder se soltar e conversar muito pelo fato de não ter um único conhecido no lugar, pegou um livro e ficou junto das pessoas. Participou das férias dos demais naquele presente oferecido a si mesma com toda a sua alma.

     Férias felizes e raras. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Em Busca da Civilidade Perdida

Em Busca da Civilidade Perdida


Busco a cultura

Do ano passado.

Cadê a cultura

Do arrazoado,


Sem amargura,

Bem cultuado

Numa leitura

Com tudo ao lado,


Que hoje figura

Mais que apressado,

Abreviatura

De um filme errado.



 

terça-feira, 8 de julho de 2025

De Lua

De Lua


Tempo de adaptação,

Férias, frio, e pensamento

Que passeia  na canção,


Pensa o ritmo a audição;

E de contentamento

Começa uma oração,


Aonde a observação

 Faz breve o apontamento.  

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Propaganda Artística

Propaganda Artística


A falta da arte

Fabrica arte,

E todo dia


Não fica à parte,

E sobra parte

Dessa alegria


N'alma, o seu encarte

De um seu bom dia.


 

domingo, 6 de julho de 2025

Sentido

Sentido


Bom é ter um sentido

E buscar o saber,

E se crer num sentido

Buscado por querer;


O caos não tem sentido

Sabendo-se a perder,

Contínuo é o seu movido,

 Saber a não se ter


Ou um saber-se perdido

Desnecessário ao ser,

Que o saber definido

Bem pode resolver.




 

sábado, 5 de julho de 2025

Férias

Férias


Ensinamento

E obrigação

São do momento

Satisfação,


Ser pensamento

E autogestão,

Um lenimento

E uma oração


Ao entendimento,

Preocupação

De um não lamento

A educação.


 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Atletas ao Ar Livre Vistos da Janela

Atletas ao Ar Livre Vistos da Janela


Se soubessem que o frio não enobrece,

Que é preciso essa touca que aquece,

Além do sol, do céu azul parado,

Quando até parece enregelado,


Que ao olhar a geada se enternece,

E que tanto frio ninguém merece

Sem a proteção do agasalhado,

E que o algodão, quando acumulado,


Esquenta, passaria na quermesse,

Compraria várias, quantas pudesse,

Vestiria algumas e outra a seu lado

Ensinaria a ficar confortado.



quinta-feira, 3 de julho de 2025

Canções Diversas

Canções Diversas


 Mudar a decoração

Porque outra canção chega

Clássica, e a sensação


Pede essa anotação

Que aos ouvidos trafega,

E quer sua atenção,


E a isso não se diz não,

Um som ao qual se apega.


 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Feito a Jornada

Feito a Jornada


Parcialmente congelada,

E a obrigação é alvissareira

Com a neve travesseira,

Que o dia frio feito jornada


Com meias quentes e gelada

   Chuva numa cristaleira

Desses vidros, confeiteira

Dos chuviscos, decorada


De cor desconsiderada,

E a rua fica faceira

De lãs e o que mais se queira

Na gente da caminhada.  

terça-feira, 1 de julho de 2025

Tempo de Chuva

Tempo de Chuva


Nessa tela sensível

Salpicada de imagem,

Enternece o visível

E todo filme é viagem


Pelo sentido crível

Do tempo na folhagem

Que cai e voa inacessível,

E  transmite a mensagem


De algo que é suscetível

De ser aprendizagem,

Subjetiva e invisível,

Se criar um pensamento. 

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Entretenimento

Entretenimento


Tempo normal,

Vontade igual

E partitura


Na estante igual

A fixa usual,

Esta pintura


Neste ritual;

Nota e figura.


 

domingo, 29 de junho de 2025

A Devanear

 

A Devanear


Maré mansa,

Maré dança

Sem parar,


Tudo alcança,

Vem e avança

Sob o luar,


E o sol criança,

Seu encantar.


sábado, 28 de junho de 2025

Caminho e Estrada

Caminho e Estrada


Aquele ar puro,

E aquela geada,

Caminho e estrada


 Cândida ao ar puro,

Mas congelada

Sobre um chão duro,


Via branco o muro,

Via a caminhada.



 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Treino

Treino


O tempo é a obrigação

De fazer, não fazer,

Cativar oração


Em forma de canção

Por não questionar, ser

O que faz e que não


Desfaz da notação

Sem querer, sem querer. 




quarta-feira, 25 de junho de 2025

Esta Manhã

Esta Manhã


Manhã gelada,

Com suavidade

Veio com a geada

Esta vontade


E uma torrada

Quente, e a cidade

Toda enfeitada

Pela amizade


Simplificada

Pela fatuidade,

Na fria e zerada

Manhã falada. 



 

terça-feira, 24 de junho de 2025

Porquê Arte

Porquê Arte


Variações sobre um mesmo tema

São comuns, clássico problema

Que diverte, e questiona a mente

Que varia obrigatoriamente,


 Brinca a sílaba no fonema

Que repete o tema em teorema

Matemático avidamente,

O que faz d'um sistema a mente


Que se leva a um teatro ou cinema,

Porque bela é a arte e o seu sistema

De impactar a alma dentro a gente

Por vontade,  e que de si, sente.


  

 

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Espera

Espera


A noite fria,

A tradição

Do sul, que João


Batista iria

Em festa e são,

E fez canção


Quando se via

Em louvação.  

domingo, 22 de junho de 2025

Lírico




Lírico


Pato selvagem,

Seu livro é viagem

De não esquecer;


Fica essa imagem,

Foto em bagagem

A reviver


Essa paisagem

No entardecer.


 

sábado, 21 de junho de 2025

Bijuteria da Reflexão

Bijuteria da Reflexão


A acomodação,

Bijuteria

Da reflexão,


É da inação

A companhia,

Mas com canção,


Com a audição

Realiza o dia.

 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Pincéis Sonoros


Pincéis Sonoros


Sabiá e bem-te-vi,

Se os vejo por aqui

Passeio desta janela,


Que chilreiam aqui e ali

E brincam entre si

Nesta tarde singela,


Porque não os preferi,

Foram minha aquarela. 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Maratona

Maratona


Maratonando feriado

E meditando calado,

Segue o ritmo musical


Ouvindo o som renovado

De um coração descansado

Que pulsa dentro ao normal,


Necessário e bem sentado,

Deste canto espiritual.


 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Sem Mesmice

Sem Mesmice


Não é esquisitice

Dia inusitado,

Nesta planície 

Modoficado,


Se Deus o disse,

Aperfeiçoado

A quem o ouvisse

Planificado


Era e servisse

A seu bom grado;

Saiu da mesmice

Determinado.


domingo, 15 de junho de 2025

Tempo ao Tempo

Tempo ao Tempo


Despir-se da vaidade,

Considero mentir,

 Se a festa vai exigir


Com naturalidade,

Necessário é existir

E ser; deixá-la fluir


É obrigatoriedade,

Depois vai diminuir.


sábado, 14 de junho de 2025

De Molas


De Molas


O tempo que molda,

Também cola e solda,

E deixa fexível


O espaço da bola

Na forma da mola

Do colchão flexível,


E o sono dá volta

E volta ao impossível.


 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Lazer

Lazer


O lazer não é igual,

E diferente

É que é contente,


Segue especial

Sendo da gente

A foto é um ente,


Diferencial

Do seu presente. 

quinta-feira, 12 de junho de 2025

O Pastor tem Razão / Crônica do Cotidiano

 O Pastor tem Razão / Crônica do Cotidiano


     O tema do dia é o Dia dos Namorados.

     Homens compram doces e flores para as namoradas e esposas e as mulheres se arrumam para esta dia comercial, mas especial.

     Se não presenciasse a conversa, eu não acreditaria.

     A moça, ao celular fazia um jogo de palavras. Quando foi questionada, respondeu que se o demônio veio ao mundo com as finalidades de Balaão, ela veio ao mundo para criar confusão.

     Ela se vangloriava e ria do que fazia:

     _Depois da separação de um casal fica fácil fazer a confusão e deixá-los em sofrimento por toda a vids, à medida em que posso influenciar.

     Essa moça existe e faz e exibe o seu poder em frente a uma multidão, ou seja, uma fila com mais de vinte pessoas.

     Fiz uma oração e segui.

     Estupefata, ouço a conversa de outra moça com a amiga. O ex-namorado está passando por dificuldades emocionais e a amiga pediu para a ex-nam9rada ajudar.

     Ela disse que não, e disse a amiga, que se quisesse, que o ajudasse.

     A amiga disse que, se fosse o caso, iria ajudá-lo sim.

     A moça disse que ela não o ajudaeia, que a amiga que fizesse o bem que quisesse ao seu ex-namorado.

     A amiga disse que o convidaria para a feijoada do final de semana na casa de amigos em comum.

     A moça disse que iria faltar feijoada porque ela convidaria um outro amigo para a acompanhar.

     Aquela primeira moça, a adepta da confusão e do mal enquanto personificação do mal, que se divertira consugo como uma personagem maligna, provavelmente está feliz com as confusões, pois ela tinha uma lista de pessoas na agenda para fazer sofrer.

     Feliz foi o rapaz que comprou alguns doces embrulhados em papel celofane colorido para levar para casa e entregar os doces para a esposa para repartirem e comerem quando a vontade pedir.

     Deste dia, sobra uma fila grande de ouvintes sobre como é que o mal age na vida das pessoas.

     Também sobram os influenciados pelo mal.

     Depois, para que o dia seja abençoado, fica a felicidade tímida do homem que leva doces para a esposa. Eles não ouviram a palavra maldosa da confusão.

     E eu, que assisti ao culto, que falava do sopro do mal,  agora presencio o seu sopro e faço orações por aquelas pessoas, para que não ouçam a palavra má.

     Grata pela Leitura.

       

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Rugas

Rugas


Poderia ser diferente

Se as conjunções fossem outras,

Mas a rotina da gente

Configura as nossas louças,


E estas rugas facilmente

Ficam como sendo  roupas

Que o tempo deixou ao presente

Com bons modos, pregas soltas


E vividas, permanente

Lembrança de tantas toucas

Vestidas inutilmente,

Que agora, ao espelho, são poucas.     

terça-feira, 10 de junho de 2025

Tempo de Vontade

Tempo de Vontade


Tempo de caminhar,

Preguiça de vontade

E esta necessidade

Boa de me espreguiçar,


Mas o dia vai raiar,

Com tempo e liberdade;

E orar é atividade

De querer, começar,


E ver o sol chegar,

E criar uma vontade,

Uma necessidade

E a obrigação a se dar.


 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Imaginário Matemático

Imaginário Matemático


O devir,

Esse tema

A seguir


Sempre a vir

Num teorema

Por ftigir,


Fica a sair,

Volta poema.


 

domingo, 8 de junho de 2025

Mal Comparando / Comentário

Mal Comparando / Comentário


     Eram grilos que saltitavam na cabeça.

     Os grilos diziam as mais variadas esquisitices.

     Os grilos moravam na alma, e o corpo era uma sutileza de Deus.

     Ninguém mandava no próprio destino e nem fazia o que dava na cabeça, ideias que vieram fortes nos anos 2.000, mas já éramos quarentões.

     Aos quarenta anos o desino é como se apresenta aos nossos olhos,e a gente lida com ele.

     Os grilos é que eram bons de se conviver, pois traziam a alma exposta a desconhecidos que queríamos conhecer, e que geravam histórias incríveis, como a da moça muito bem nascida e que passara a infância e a juventude comendo , conforme ela confessava: um pão francês com um copo de leite e uma fruta pela manhã, arroz e feijão contados com legumes e um pedaço de proteína, uma fruta às três da tarde e uma sopa antes de deitar, o doce era o açúcar do leite e um bolo simples, quando fosse permitido. Acreditem , esse era o grilo dela, só dela, e a gente chorava com ela e com respeito à sua dor.

     Naquela época os gtilos eram os grandes amigos, porque eram compartilhados.

     Os grilos ajudavam a ser e existir.

     Essa era a tribo, a minha.

     No entanto o grilo da música continua na minha cabeça, tão velho quanto eu. Eutre eu e o grilo e o gtilo e eu.

     O mundo era mais intelectual, e outras tribos eram enfadonhas e sem sentido.

     Os outros grilos amadureceram, mas não mudaram exatamente de opinião, pois ninguém faz o próprio destino e ainda é tolice pensar assim. Ponto de vista é pessoal.

     Destino são as circunstâncias do seu nascimento e livre-arbítrio é a oportunidade de escolher de acordo com a consciência de cada um, e assim as coisas acontecem.

     Enquanto cristâ, tenho o livro de boa ajuda, e o utilizo.

     Alguém já imaginou ter uma escova de dentes e não utilizar? E mesmo assim conseguimos cáries.

     A Bíblia é a higiene da alma, não custa nada dar uma olhadinha nela volta e meia.

     Hoje em dia se conversa menos, e os grilos "são" pelo celular. Haja paciência para digitar as refeições de década descrita acima. O grilo dormiria na metade da descrição e as impressões da alma ficariam resumidas num Aff! bem desenhado e colorido.

     Os grilos fazem falta, pelo menos a quem aprendeu a conviver com eles sem cobrar deles um tempo para serem deletados.

     Ouvi uma música, cujo refrão, irônico, me fez rir, mas é a época, preciso encontrar a autoria, mas deixo escrito aqui, e por enquanto:

     "Coração, se você me deixar, ensina a minha alma a te esquecer".

     Eu gostaria de saber como é que um bicho grilo sobrevive sem a impressão subjetiva da emoção.

     Nessa comparação de épocas, estou gostando de envelhecer, e de permanecer com um grilo aqui e outro ali.

     Grata pela leitura.  

sábado, 7 de junho de 2025

Mundo Desconhecido / Crônica do Cotidiano


Mundo Desconhecido / Crônica do Cotidiano


     Pensei se deveria ou não escrever, porque o tema é polêmico.

     Fui comprar um sanduíche de frango. Na fila tinha uma moça, que olhou sobre o meu cardápio de sanduíches, e ficou feliz porque havia promoção de combo pot vinte e poucos reais.

     Começamos a conversar porque o combo era muito grande, e eu não comeria todos aqueles complementos.

     Ela me mostrou um sanduíche simples e barato.

     Agradeci a gentileza, pois era o que eu queria.

     Felizes com os pedidos, sorrimos ambas com o belo lanche que teríamos.

     Nesse ínterim, chegou uma moça, e abraçou a moça com a qual conversava, e disse que ela era a amiga, e que não gostava que outras mulheres falassem com ela.

     A moça com a qual eu havia conversado sobre sanduíche, sorriu com timidez e disse que era ciúme.

     Com todo o respeito, aguardei o meu sanduíche e comi numa mesa de costas para as duas.

     E não sei o que pensar, tal comportamento não seria um relacionamento abusivo.

     A moça que estava com ciúmes da sua melhor amiga não levou em consideração a minha idade, e achei que foi desconsideração.

     Sei que depois do sanduíche, deixei a bandeja no lugar apropriado e saí.

     Ultimamente tenho dito que ando desambientada neste mundo, mas também, do jeito que as coisas estão, só por Deus.

     Barroco, não, por favor, que as meninas sem maquiagem e todas de roupa preta, aparecem, e dizem que o gótico é o melhor que há, em termos de filosofia.

     Que mundo é esse, onde se radicalizam os conceitos de vida?

     Ah, crente assiste televisão quando quer, mas falta tempo, porque a gente inventa o que fazer.

     Grata pela leitura.  

    

sexta-feira, 6 de junho de 2025

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Dia de Chuva

      Bolinho, café e histórias para contar.

Natural

Natural


De vez em quando

O sol não aquece,

E a água que desce,

Vem fecundando,


Fica ficando

E até anoitece

E o dia escurece

E segue esfriando


Num vento brando;

Vem e enternece

Quando arrefece

E vai adornando


Os tons, mudando

A cor que umedece,

Porque floresce

A luz recriando

 

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Que Palavras São Essas? / Crônica do Cotidiano

 Que Palavras São Essas? / Crônica do Cotidiano


     "Por Deus", o que está acontecendo com as pessoas?

     Vou ao Shopping, e a escada rolante está em manutenção. Descubro próxima a escada rolante o triângulo de aviso, mas um homem de trinta e poucos anos fala comigo ou conversa em voz audível:

     _A escada rolante está em manutenção.

     Conforme observei, sim, a escada rolante estava interditada. Pergunto sobre onde seria a escada, todos os Shoppings têm uma escada.

     Ele apontou a escada e se dirigiu até a mesma dizendo:

     _Olhe quantos degraus. Eu não aguento mais ver escadas, e descer ou subir por uma delas.

     Começou a fungar e desceu a escada rolante fungando como quem esconde as lágrimas.

     Eu fui próxima e distante, usei o corrimão.

     Pensei em tomar um café, mas ao me aproximar ouvi uma jovem senhora dizendo para a amiga:

     _Eu juro por Deus que a destruirei.

     A vontade foi dizer que naquilo que ela acreditava era qualquer coisa, menos Deus.

     No entanto preservar-se é uma necessidade. Saí e fui até uma casa de lanches rápidos. Sentei-me numa cadeira e apreciei o cafezinho.

     Passei por mais um corredor quando alguém vangloriava-se do seu ódio.

     Tinha algo estranho e não era comigo.

     Haveria tanto a dizer a tais pessoas, mas eu não sei falar de Deus com estranhos.

     Para mim, tudo é diferente, o jeito de pensar nas coisas e de fazer as coisas.

     Orei, porque o "Estranho" soprava com fúria, e até mesmo maltratou o jovem adulto com a escada de lágrimas.

     Vim para casa. Ponto.

     Grata pela leitura. 

terça-feira, 3 de junho de 2025

Imparcialidade

Imparcialidade


Lê-se o jornal,

Que, inteligente,

Descobre o sal.


Muito cordial,

Mas excelente

Porque imparcial


Fica especial,

 Mas gentilmente.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Fotografia

Fotografia


Fotografia,

Que me sorria,

E benfazeja,


Diga bom dia

Por ser bom dia,

E que assim seja


Ou o que seria

 Do que o deseja. 

domingo, 1 de junho de 2025

sábado, 31 de maio de 2025

Pipocando

Pipocando


Que pipoca é esta,

Se ainda não é a festa

Ao começar,


Gaita e seresta

Que animam esta

Noite de luar ,


Que se ouve em fresta,

 Num pipocar?

 

sexta-feira, 30 de maio de 2025

A Frase Correta / Crônica do Cotidiano

 A Frase Correta / Crônica do Cotidiano


     Ver outra pessoa se comportando de modo politicamente incorreto me trouxe um espelho.

     Ele agiu exatamente como ei na segunda-feira passada.

     Histriônico, mas magro, e com 61 anos de idade.

     Enquanto ele se perguntava em brados o que ele tinha feito para a filha, que tentava acalmá-lo, eu senti uma vontade enorme de me sentar junto deles e conversar com ele, mas uma senhora antecipou-se e sentou no banco ao lado dele.

     Num ambiente semelhante ao meu ambiente de segunda-feira, ele reclamava porque era um homem bom, disciplinado, e não entendia o motivo da idade trazer certos problemas.

     Sei que era de origem japonesa, e me fez lembrar que ando me comportando como se fosse japonesa, e faz anos.

     A senhora que sentou-se com eles, pai e filha, conversava em tom baixo e peruasivo.

     Eu já havia me acalmado, mas totalmente espelhada nas palavras daquele homem.

     O fato é que o pique da juventude já se foi, mas o enendimento, não. A alma não envelhece.

     E nesse ínterim, descubro que me comporto como as pessoas da minha geração.

     Tudo bem, vamos aprender a ter idade.

     No entanto, eu não o vi da maneira como a senhora o viu e confortou, eu o vi jovem como eu.

     Coisas da alma, ou comportamentos iguais diante de uma mesma situação.

     As interações sociais, hoje em dia, são diferentes daquelas de antigamente, mas são boas enquanto espelhamento de gerações e comportamentos.

     A frase correta é que não somente éramos assim, mas somos assim.

     Valeu a quase geada da manhã de hoje.

     Grata pela leitura. 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Boa Ajuda

Boa Ajuda


Pensar positivo,

Manter-se com Cristo,

A luz que é bendita,


De livre motivo,

Dentro do previsto

E o que se acredita,


Diante do imprevisto;

Crê, que o mal se dista.


 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Feito Poema

 Feito Poema


Mantém-se o tema

Em variação,

E não é problema,


Novo é o sistema,

Nova é a canção;

Repete o tema


Com o fonema

Da recriação.


   

terça-feira, 27 de maio de 2025

O Ponto

O Ponto


Fluidificar,

Arte maleável

É cozinhar,


 Medir, pesar,

E imaginar

O palatável


Sem enfeitar,

Porque é razoável.


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Rola o Som

Rola o Som


Aula que faço

Com atenção

Neste meu espaço,


Sei que me laço

Numa canção

De tempo escasso,


É meu terraço,

Minha lição. 

domingo, 25 de maio de 2025

Longe e Perto

Longe e Perto


Um mundo apagado,

Sem supermercado,

Um mundo esquisito,


E assim angustiado,

Sem vontade ao lado,

Porque nesse rito


Fica o bem comprado,

Que mundo esquisito.

sábado, 24 de maio de 2025

As Chaves da Felicidade




As Chaves da Felicidade


As chaves da felicidade

E os calçados a se calçar

Por querer a praticidade,

E neles o se contentar


Pelo sentir a saciedade

Macia nesse perambular,

E se encontrar nessa bondade

Do tempo, quando a cochilar,


E permanecer em verdade,

Porque, às vezes, fica a pairar

Sem querer sincronicidade

Ao relógio, por contemplar


Na mais bela serenidade,

Quem haverá de se encontrar

Com tais chaves e em qual idade,

Por guardá-las sem recordar. 

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Tempo do Artificialismo

Tempo do Artificialismo


Artificial

Exagerado,

Prejudicial


E antissocial

Ao humanizado

No seu essencial


Que é imaterial,

Mas bem pensado. 

 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Cultura Popular

Cultura Popular


O que se tem que fazer,

Se faz, e o tempo não leva

A sabedoria longeva,

E volta e há de dizer


Que valeu sem se caber

Nos livros, folhas de quebra,

Página que se releva

Bem dobrada sem saber 


Muitas vezes por lazer,

Ou o local no qual se deva

Caminhar enquanto neva,

Sabendo que vai chover.



 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Fusas Confusas

Fusas Confusas


Talvez, não sei,

Talvez, nem sei

Se é o tal talvez,


E o mesmo sei,

Repetirei

Mais uma vez;


Porque não sei

O que é talvez.


 

terça-feira, 20 de maio de 2025

Exatamente

Exatamente


Um filtro, exato,

Não digo, fato

Idealizado


No etéreo abstrato

Da alma sem tato,

Vem fantasiado


Porque o dia é grato

E realizado.



 

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Balada

Balada


Com gripe mal curada,

Ressaca e madrugada,

 Quando muito é excessivo,


Chopin era a balada,

E a noite começada

Naquele frio invasivo;


História a ser contada

Em versos a um notívago.

 

domingo, 18 de maio de 2025

Veranico

Veranico


Se o dia manda

Propaganda,

Nunca envia


A comanda,

E a fila anda

E hoje é dia,


 Dia que abranda

O frio que havia.

sábado, 17 de maio de 2025

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Cultural

Cultural


A agtregação cultural

Faz com que quase se almoce

Aquilo o que não se trouxe


E se pense como igual,

E se conte história doce,

E se pense como fosse


Nessa mesa um comensal,

Mas não é . É que a água é de água doce. 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Tempo Idealizado

Tempo Idealizado


Acrescer a memória

Sem deletar a história

É a questão do feriado,


De folga provisória

D'uma alegria ilusória

De um tempo retratado,


Necessária história

Do tempo idealizado.


 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Passarada

Passarada


Este pouco,

Mais que nada,

Canta solto


E anda solto

Na invernada,

Vem envolto,


Tempo louco

Deste nada.

 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Compasso

Compasso


Se fez falta

Esta pauta

Pelo tempo,


A noite já é alta

Na ribalta,

E o pensamento


Nela é incauta,

Faltou ao tempo. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Experimentação

Experimentação


Com motivo,

Caminhando

Positivo,


Prestativo,

Conversando

Pensativo;


Nesse crivo,

Vivenciando. 

domingo, 11 de maio de 2025

Deleita de Mãe

Deleite de Mãe


Volto ao leite,

Que é o deleite

Som materno,


Brando enfeite,

Morno aceita,

Sol de inverno


Bom lembrete

Do que é eterno.