Aprendendo a Passear/ Crônica do Cotidiano
Preciso aprender a passear. Pensei que sabia, mas vejo que não.
As famílias estão comemorando este dia de forma inovadora, são pais, mães e filhos, ou mesmo famílias recompostas por outros motivos, cuja imaginação ou essa outra geração, superam as expectativas.
Essas famílias mudam de bairro e de rotina e aproveitam o dia junto a seus filhos.
Percebo algo que fez todos felizes. Os pais levam os filhos ao shopping, enquanto as mães se arrumam para lanchar, e pedem aos pais que o shopping não contenha muitos lanches porque elas querem lanchar e se divertir também. Outras famílias, aquelas que não passaram por modificações estruturais saem juntas o dia inteiro.
Enfim todos os quais estão com boa saúde, tiveram essa possibilidade, e participam dessa motivação, a qual não deixa de ser uma forma de conservar a criança que mora dentro deles, se divertiram.
Nenhum deles saiu da cidade, mas escolheram um lugar repleto de comodidades, sanduíches e sorvetes a preços razoáveis.
Este dia foi planejado o ano inteiro, um dia sem obrigações além daquela de ficar com as crianças e se divertirem.
Um senhor com a esposa e a filha, enfim eles passaram e disseram que valia e muito esse passeio feito na própria cidade. Segundo eles, com a economia feita, alugaram um cômodo com duas camas, e a filha dorme com a mãe na cama de casal, e o pai na cama ao lado, faz as contas do gasto e compartilha com elas, avisando o quanto podem se divertir. A esposa riu muito, mas disse que iriam lanchar. O marido disse para ela não se preocupar, que a conta era dele e que ninguém daria palpite no pedido dele para o lanche. Todos riram.
Ainda existem famílias felizes, com criatividade, e que podem ter algum passeio e não perder a esperança na futura humanidade.
Aprendo que passear pode ser na mesma cidade onde se mora, mas tem que ser num outro bairro, com padaria e supermercado, praça e possibilidade de comer algodão doce ou pipoca doce e salgada, e nada que possa ser perigoso para os pequenos.
Interessante é verificar que eles ficaram distantes dos demais familiares, do amigos, e dos conhecidos do dia a dia. Todos com a fisionomia de criança num dia de criança, a que eles, muito embora responsáveis por todo um planejamento, se divertiram igualmente.
Esse é um jeito novo de pensar, e vivido por algumas famílias, mas apreciei essa ideia sobre a qual escrevo de bom humor.
Grata pela leitura.
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