Artes/ Filosofando
Ao criar o mundo e todas as coisas, animais e Adão e Eva, Deus foi artista. Deus deu vida às formas por ele imaginadas e com graça as dispôs para o homem e a mulher.
A arte em si não supre todas as necessidades do homem, mas o aproxima da plenitude de espírito.
Deus também criou o engano: a árvore do conhecimento.
Todos se lembram da moça da propaganda de shampoo e da voz dela. Para surpresa geral, a propaganda é lembrada até hoje e se tornou uma brincadeira comum nos salões de beleza.
O conhecimento, que é o engano, faz com que a aparência seja adequada ao público, o que fere o ego do artista sem que ele se dê conta. O ego do artista é dono e posse da sua arte.
O ser humano precisa da arte, é uma necessidade vinda da origem da existência.
Todo artista precisa da sua privacidade, de usufruir da arte que ele mesmo proporciona aos outros.
O artista precisa refrescar-se nas artes, vamos ao fato:
Clark Gable, aquele do filme “E O Vento Levou”, elogiado pelo sorriso charmoso e carismático que possuía, confidenciou, anos após as filmagens, que os sorrisos daquele filme se deram por conta da dentadura frouxa e, que a maior dificuldade técnica do filme, foi beijar Janete Leigh com a dentadura escorregando para fora da boca.
Talvez tenha sido a melhor forma já vista de um artista mostrar as suas fragilidades.
Ele era jovem, os recursos odontológicos da época eram menores e ele era banguela.
Por que Clark Gable? Porque ele não sujeitou o corpo dele as exigências do público. Ele não engordou e não emagreceu para fazer filmes, não abusou do seu corpo com remédios para dormir e para acordar para satisfazer o público ou, os seus patrocinadores.
A autenticidade está em falta no mercado, mas as genialidades existem e os grandes filmes e artistas também.
Diga-se que esses pequenos segredos dos artistas, quando contados por eles mesmos, têm graça, mas quando descobertos a contragosto deles, tiram a graça da arte e proporcionam o engano, pois o engano é o olhar daquele que descobre o fato para que ele esteja no lugar da graça do artista.
Sophia Loren contou que comia macarrão todos os dias. Ninguém dançou mambo com o mesmo charme e voluptuosidade. Sem iogurte natural, sem cereais e sem academia.
A arte precisa redescobrir as suas origens, a sua originalidade na personalidade única de cada indivíduo, o indivíduo visto separadamente da sua atuação.
O conhecimento pode dar possibilidade à sabedoria, possibilitar a relatividade do mercado enquanto consumo.
A arte se for vista sob o aspecto de consumo, não passa do saco de leite pasteurizado, reconstituído e homogeneizado tipo C.
Arte é graça e o sucesso pode vir do conhecimento ou não, mas é preciso que os produtores e patrocinadores deem papéis de atuação em acordo com a compleição física do artista.
O preço do sucesso, mal comparando e, voltando ao início do texto, não pode ser a cobra.
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