Predestinação
Dois negociantes se encontram na cafeteria Café de Casa e a conversa fica muito agradável. Conversa vem, conversa vem eles trocam números de telefones e continuam a conversar por muito tempo.
Otaviano e Ronildo marcam encontros e apresentam as respectivas famílias, sentem como se ambos se conhecessem há muito tempo.
Um dia, enquanto conversa, Otaviano se lembra do comércio que não deu certo.
Orlandim fica atento à história, pois, coincidentemente com ele aconteceu algo muito semelhante há alguns anos atrás.
Otaviano conta que alugou uma loja sob um edifício. O preço do aluguel era razoável e o ponto promissor.
O dono do ponto comercial, ao alugar a loja, propôs o contrato por dois anos, convencendo Otaviano que a proposta era boa, pois, se o negócio não desse lucro, a multa contratual seria mínima.
Passaram-se os dois anos e o comércio caminhava bem.
Chegou a hora de renovar o contrato e o proprietário pediu o ponto, dizendo que iria vender a loja. Como praxe, ofereceu ao inquilino a compra do imóvel, mas Otaviano não tinha recursos para comprar a loja e fazer os investimentos necessários ao seu negócio.
Foram seis meses gastos na procura de outro ponto comercial, reforma das instalações e mudança de endereço, com perda de clientes, prejuízos cobertos com parte do capital que seria de investimento no incremento dos seus negócios.
Orlandim, ao ouvir a história, ficou impressionado, porque com ele se dera tudo exatamente igual como ocorrera com o amigo.
Otaviano, para desfazer as coincidências, contou o endereço onde o seu negócio estava instalado naquela época.
Orlandim ficou em pé, como que assombrado. Havia sido ele o inquilino posterior, onde o caso se sucedeu.
_Saiba amigo, que quando eu aluguei o espaço, eu ouvi falar de você, mas sem que me contassem o seu nome e o nome da sua loja de comércio. Agora percebo que foi para que eu não conversasse com você antes de alugar o ponto comercial. A minha situação não foi melhor que a sua.
Otaviano e Orlandim se ofereceram um ao outro para ajudarem-se mutuamente, no futuro, caso precisassem mudar o endereço dos seus comércios.
Otaviano, por curiosidade, quis saber se ele frequentava ainda o Café de Casa e o amigo respondeu que quando, por acaso, passava por ali, parava para tomar um café.
Orlandim lembrou-se da chuva e da rua, onde deixara o seu veículo, estar alagada em frente ao estacionamento em consequência de um reparo da energia elétrica; um pedaço de poste entupia o bueiro. Entrou no café porque consertavam o poste, cujo fio estava caído em frente ao estacionamento.
Otaviano lembrou-se então que, naquele dia, chovia. Não que ele acreditasse, mas parecia predestinação aquele encontro.
Um comentário:
A vida as vezes nos surpreende com estas coincidências... predestinação? Dá para acreditar!!!
Bom final de semana.Bjs Eloah
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