Original
Um homem e uma mulher, ambos moradores de rua, começam uma discussão.
Quem está no centro da cidade, cumpre algum objetivo e, os estudantes aguardavam as aulas, as senhoras faziam lanche, os transeuntes desviavam o casal.
Os estudantes, curiosos, ficaram por perto, porque o homem queria estapear a mulher.
Ambos com poucas roupas e desarmados, não metiam medo em ninguém.
De dentro da lanchonete era impossível não ouvir a discussão. A discussão não conteve nenhuma ofensa pessoal e era extravagante.
O primeiro tapa surgiu e os estudantes reclamaram com o homem. A mulher se escondeu atrás do canteiro de obras.
Todos os estudantes estavam a favor dela, quando ela saiu do canteiro, deu um tapa no homem, correndo em seguida para trás do canteiro.
Os estudantes reclamaram da atitude dela.
Um dizia de um lado:
_É hoje que te pego!
A outra, respondia dali:
_Diga o porquê é que você está brabo comigo?
Ele respondia perguntando se ela não sabia.
A gritaria continuava e, em volta, todos ficavam quietos, aguardando os acontecimentos. Os estudantes seguravam-se uns aos outros para não interferirem na discussão.
A mulher, escondida, começou a perguntar:
_O que é que você tem homem? Por acaso eu te traí?
Ele respondeu:
_Não! Eu lá sou homem de discutir com mulher que me trai?
O homem estava muito zangado, mas ninguém sabia o que ele queria com a mulher.
A mulher, de novo, perguntou:
_Por acaso eu te roubei?
Ele respondeu:
_Não! Eu não discutiria se você tivesse me roubado!
O povo, cada vez mais quieto, esperando para ver até onde iria aquela discussão.
A mulher, mais uma vez, de trás do canteiro:
_O que foi que eu te fiz? Diga logo e acabe com isso.
O homem não se aguentou e disse:
_Você é “alcagueta”! Você me dedurou para a polícia.
Ele disse nessa linguagem incorreta e partiu para cima da mulher.
A gargalhada foi geral. O que era silêncio se transformou em piada.
Um estudante disse que iria procurar um policial e pedir emprestado gás de pimenta. Se o homem tinha sido “alcaguetado” é porque merecia.
As moças, estudantes, pediam para que o estudante tomasse cuidado com o pedido.
A zoada foi tanta que dali a pouco chegou um policial e acabou com a baderna.
Dali em diante, as pessoas desejaram uma boa semana para os demais. Todos com sorriso no rosto.
Urbanos contos perdidos.
2 comentários:
Ai ai o que eu me fartei de rir com esta postagem e este conto!! Está de rir e chorar por mais. Super adorei. Desejo tudo de bom para ti,fica bem!! Agora neste momento estou a ver a novela sol de inverno na sic. Eheh muito linda a novela. A Luciana Abreu no papel de fatinha é maravilhosa!! Beijinhos fofinhos e fica na paz de deus!!
Pois é. Quem vive na cidade sempre assiste a algo do género.
Está muito bem contado e você conseguiu levar-me para esse cenário.
No final :))
Um abraço meu.
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