Cordel de Rio
Quem brinca com cobra d’água,
Não sabe do seu dorido:
Não pica e não faz perigo;
Cobre em verde nessa mágoa.
Cabra-cega, cobra d’água,
Nesse giro divertido
Chama o rio como a um amigo;
Pesca gente embaraçada.
Verde claro, vede essa água,
Tira os braços do arredio
Barco; o remo é que é o seu abrigo,
Nesse rio de cobra-d’água.
Cabra-cega não naufraga,
Brinca o dia sem ter navio;
Sabe o dia de pão de trigo
Desse rancho sem anágua.
Rio não brinca à cobra d’água,
Conta à lenda o seu sombrio;
Salvo é o porto e o chão batido,
Sóbrio ponto entre o cais e a água.
7 comentários:
Cordel de Rio.
Lá no meio da água
Deve estar mais frio
Sem barco não remava.
Olhei para a outra margem
Lá do outro lado
Vi a verde paisagem
E nuvens cinzentas no céu azulado,
De cobras só de ouvir falar
Fico com o corpo todo arrepiado
Para elas sempre que posso evito olhar
Não segue viagem barco parado.
Boa noite para você
amiga Yayá, um abraço
Eduardo.
muito gostoso de ler..
amei.
beijo e boa semana!
Oi Yayá,
"Cordel de Rio"! Lindo!
Dá para imaginar o rio serpenteando por entre campos e matas!
Tenha uma linda semana!
Beijos!
Cada lenda com sua magia....
Beijo Lisette.
Buon inizio settimana...ciao
Gosto muito de cordel, é ótimo e estimula a leitura.
Esse é de prima, e nos faz lembrar de muitas lendas dos rios em Brasil'is Varonil.
Abraço
Belo cordel!Fez-me reviver lembranças da infância, da cabra cega e do medo da cobra d`água.Enfim, gostoso voltar a memória.Boa semana.Bjs Eloah
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