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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pessoas Afins

Pessoas Afins

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É bem verdade que, com o calor, as pessoas se animam, ficam mais alegres e extrovertidas. Mas, daí, ao ocorrer um encontro destes, é fato raro.

Estava eu na confeitaria quando chegou uma jovem senhora e começamos a conversar amenidades. A impressão que eu tive foi a de que já havia conversado com ela em algum lugar e não ligava o nome, a pessoa com o lugar, pois que raras são as idas a esta confeitaria no centro da cidade. Preocupada em não a ter reconhecido, eu perguntei-a se já nos conhecíamos de outros lugares tendo em vista a familiaridade nos assuntos agradáveis, embora sem que em nenhum momento falássemos intimidades ou sobre a vida pessoal.

Ela respondeu-me que eu também era familiar a ela, mas estava de passagem por Curitiba. Vinda de Belém do Pará, no norte do país, estava aqui passeando, fazendo algumas compras e logo voltaria à sua terra natal.

A partir deste momento e da revelação de ambas das cidades de origem, eu daqui e ela de lá, tornou-se obrigatório para nós duas o assunto sobre a estranheza que se sente no espírito quando conversamos com alguém bastante parecido em modos e costumes. Discorremos sobre doutrinas várias, inclusive a do espiritismo, o que simbolizaria que nos conhecíamos de outras vidas.

Lembrei-me de uma teoria sobre o tal de “raio N”, uma energia que a essência eletromagnética do ser humano transmite ao se encontrar ou cruzar o caminho com o seu semelhante. Uma teoria que não entendo, sei de ouvir dizer.

Também rimos quando ela pegou um salgado que é um dos meus preferidos e quando eu peguei um doce e ela disse que em Belém do Pará os confeiteiros fazem este doce com frutas como cupuaçu e ela aprendeu a gostar mais do sabor de lá, mas que era um dos seus preferidos igualmente.

Lanchamos, eu, ela e a filha dela, atenta a conversa. Despedimos-nos depois do lanche, cada uma para o seu lugar sem contar nada da vida pessoal.

De qualquer maneira, o modo como ela se despediu está gravado na minha memória porque ela disse:

_Prazer em te rever. Estive lanchando aqui como se estivesse ao lado de uma amiga.

Eu retribuí a gentileza dela e desejei a ela uma boa viagem a Belém do Pará.

8 comentários:

chica disse...

Que lindo isso e como é bom fazer amizades assim.Mesmo que não se vejam mais, ficaram registrados os bons momentos! beijos,chica

Sonia Guzzi disse...

Oi, Yayá.
Aproveitar a oportunidade de encontrar um pouco da gente no outro, é mesmo uma experiência rica.
Bom ano, querida.
Gde abraço.
Em divina amizade.
Sonia Guzzi

Unknown disse...

Por vezes encontramos pessoas com quem um dizer bom dia já estamos em casa e criam-se bons laços de amizade.

Mais tarde rever estes acontecimentos nos deixa muito animados.

Simone.sissagyn disse...

Que delícia de texto, já me vi em situações semelhantes!!! Muuuito obrigada, pela visita e pelos votos!!! Bom Ano, que seja realmente novo, pra todos nós! Grande beijo!

Célia disse...

Isso para mim é o autêntico encontro de almas! Eterno!
Abraço, Célia.

Unknown disse...

Yayámiga

Os Amigos, a gente escolhe; a família não.

Ganhaste um prémio/lembrança lá na nossa Travessa. Parabéns! Vai ver...

Qjs

Vera Lúcia disse...

Olá Yayá,

Sob meu ponto de vista, trata-se de um reencontro de almas afins. Já aconteceu comigo. Sentimos a sensação de que já conhecemos a pessoa há muito tempo.

Beijos.

Unknown disse...

Sempre acreditei que as pessoas são como os espaços,pertencem quando nos preenchem.

Beijo.