O Caminho é por aqui / Reflexão
Observo as mudanças feitas na interface do Google blog, e já começo a sentir dificuldades, embora saiba que há um aprimoramento na página de postagem.
Por enquanto vou postar pela interface antiga, pois já me habituei com o jeito, enquanto aprendo o novo jeito, ou seja, todas as frases com um traço no meio, algo de que não gostei e nem das linhas de caderno escolar. Estou aprendendo a mexer com esse novo jeito de escrever algo no blog.
De repente me deu saudades de Nara, da revolta da Nara que eu não entendi.
Nara sabia aos dezessete o que eu sei agora.
Graças a Deus, eu sei aos quase sessenta o que Nara sabia aos dezessete.
Era uma festa de aniversário, onde nos encontramos.
Eu não a via há alguns anos. Era amiga de poucas palavras, mas amiga.
Nara levou um bolo de presente ao aniversariante.
Nara chocou a todos. Em cima do bolo, um absorvente higiênico com xarope de groselha.
Ela colocou o bolo em cima da mesa onde estavam os docinhos e os salgados feitos com capricho pela mãe do aniversariante.
Eu era jovem e chamei a Nara para conversar:
_Nara, o que é isso. Os garotos estão rindo e você está maluca! Nara, por favor, eu católica e você evangélica, boa aluna, séria, de poucas palavras e disciplinada. O que é isso?
Nara respondeu:
_Isso é o que me ensinam todos os dias. É sobre isso é o que as garotas e os garotos pensam o tempo todo! O mundo se resume a isso!
Discutimos, me magoei com ela, e vim embora da festa.
Não, Nara. Você não conheceu Mara, a outra moça evangélica com a qual estudava a Bíblia antes de entrar na sala de aula.
A verdade não era a verdade de Nara, Deus existe.
Por vezes, a tragédia humana é tanta, que eu lembro de Nara e o bolo da festa do menino.
Nara tinha os motivos dela, mas não percebeu que ninguém a compreenderia.
Eu também não a compreendi. Logicamente que fui aconselhada a não conversar mais com Nara e não conversei.
Agora eu entendo a revolta de Nara e nem sei se Nara está por aí.
Sei que os fatos não mudaram, mas que eu mudei e por fim, aconselhada pelo meu avô, muito que indiretamente, mas muito.
Mas, se escrevo é porque há algo que eu gostaria de dizer.
Nara, acredita em Deus. Pelo menos não deixa ele morrer no seu pensamento.
Acharam amargo? Vocês não viram o bolo.
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